Filosofia - O Problema Da Natureza Dos Juizos Morais

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Juízos de Fator Juízos de Valor

● afirmações que não são discutíveis ● afirmações discutíveis


● verdadeiro falso ● são apreciações (nem v nem f)
● juízos descritivos (neutros) ● são sempre avaliações positivas ou
● nao sao normatizar,dizem apenas negativas
aquilo que é, e não o que deve ser ● são normatizadas (i.e.dão-nos o'que
consideram que a ação humana
deve cumprir)

Perspectivas cognitivistas Perspectivas não


cognitivistas
É possível o conhecimento no Defendem não ser possível atribuir
domínio da moral.Os juízos morais um valor de verdade aos juízos
podem ter valor de verdade. morais.Não podemos falar de
conhecimento acerca de questões
morais.

Subjetivismo Moral
Tese: Defende que os nossos juízos morais dependem da avaliação que
cada sujeito faz acerca das ações,essa avaliação faz-se a partir dos
valores/preferências sociais de cada um.A verdade ou falsidade do juízo vai
variar consoante os valores de cada pessoa.
Argumentos:
● Argumentos da existência de desacordos sobre questões morais:os
juízos de valor dependem da opinião de cada um, não há valores
universais e por isso a moralidade é puramente subjetiva.
● Argumento da tolerância: O subjetivismo promove a tolerância na
medida em que considera que nenhum juízo moral está
objetivamente certo ou errado, a sua verdade vai sempre depender
da opinião de cada um.
Objeções:
● O subjetivismo não explica porque é que em determinados
materiais existe concordância em todos os sujeitos
Ex: É injusto o trabalho infantil.
● Se considerarmos, como fazer o subjetivista,que todos os juízos
morais são válidos, podemos gerar consequências indesejáveis do
ponto de vista moral.
Ex:”Os judeus são uma raça inferior”

Relativismo Moral
Tese: Para um relativista os valores e juízos morais dependem das
sociedades onde os indivíduos crescem. Assim um juro moral só é
verdadeiro ou falso à luz de uma determinada cultura/sociedade.
Argumentos:
● argumento da diversidade cultural: cada povo acha que uma dada
prática é certa em função do que os valores e costumes dessa
comunidade.
● argumento da tolerância: O facto de se compreender os juízos
morais de um determinado povo em função da sua própria cultura
vai fazer com que sejamos mais tolerantes.Neste sentido não há
culturas inferiores nem culturas superiores.
Objeções:
● O facto de diferentes sociedades terem diferentes crenças
morais(ex:em relação ao trabalho infantil) não invalida a existêntia de
um juízo moral objetivo,que valha para todos.
● O facto de existirem indivíduos que não acertam os valores da sua
própria cultura mostra que os juízos morais não são um reflexo exato
da cultura.
● Se o relativismo for considerado verdadeiro então qualquer juízo
moral é admissível e nesse caso não fazia sentido falar em progresso
moral.

Objetivismo Moral
Tese: defende que os juízos morais são verdadeiros ou falsos de um modo
objetivo, isto é, não dependem de preferências individuais nem de
contextos sociais.
Para os objetivistas os juízos morais descrevem factos morais e por isso
podem ser objetivamente v ou f.
EX:o trafico de seres humanos é inaceitável.
Outros filósofos destacam o papel da razão e consideram que um juízo
moral é objetivo se resultar de uma avaliação imparcial e se basear em
argumentos que sejam aceites universalmente.
Argumentos:
● De imparcialidade:considera-se que o juízo de valor,a ideia de que a
ação é boa ou má deve distrair-se de considerar o interesse do
sujeito individual,assim avaliar a bondade da ação implica antes que
se considere a imparcialidade, o interesse de todos.
● Contra a tolerância relativa: A propósito da tolerância, se dissemos
que o valor da tolerância é relativo à nossa sociedade, teríamos que
aceitar que outras sociedades fossem intolerantes. Ora, isso é
inaceitável( por exemplo aceitar a intolerância na cultura
nepalesa(nepal)),logo a tolerância é um valor objetivo,proposto
universalmente.
Objeções:
● O argumento contra a ideia de tolerância relativa não consegue
provar que a tolerância é um valor objetivo.
● Os desacordos da perspetiva ética põem em causa a objectividade
da ética (ex: eutanasia).
● Em questões de decisão moral , as pessoas não são rigorosamente
imparciais e é inevitável procurar o seu próprio interesse.

O problema do Critério da Moralidade da Ação


➔ Como saber se uma ação é moralmente correta ou não?
➔ Há ações que são sempre boas?...ou sempre más?
➔ Que critério usar para saber?
EX: Dar uma esmola é sempre bom?
Mentir é sempre mau?
Resposta de kant(objetivista): É possível termos um critério universal, ou
seja válido para todos)que nos ajude a decidir qual a ação boa.
Ética deontológica: O valor moral de uma ação assenta no cumprimento
do dever e de princípios que a priori e por si só justificam a correção moral
de qualquer ação, independentemente das suas consequências.

A Ação Moral
(Ser Humano)

Sensibilidade vontade Razão/Racionalidade

➢ Domínio dos Querer capacidade ➢ Determinação


prazeres de decidir de leis morais
➢ Realização de ➢ cumprimento
desejos e de deveres
impulsos Ação ➢ manifestação
➢ influência dos de autonomia
instintos
➢ sentimentos
Tipos de ação
➔ ações por dever(ou por respeito ao dever )-Morais
EX:dar esmola por imperativo racional;
➔ ações conforme ao dever- não tem valor moral
EX:dar esmola por compaixão;
➔ ações contrárias ao dever-imorais
EX: mentir;
Ação por dever: Agimos única e exclusivamente motivados pelo puro
respeito à lei moral independentemente das consequências e mesmo que
isso prejudique as minhas inclinações ou desejos.
Ação conforme ao dever:Fazemos o que é correto, mas não pelo motivo
moralmente certo.São moralmente legais.
Compre-se a norma moral.
Os motivos não são moralmente corretos porque ou se age por interesse
próprio (intenção egoísta) ou por influência de sentimentos mesmo que
sejam bons(inclinações imediatas)
Ações contrárias ao dever:São ações erradas, que contrariam a lei
moral,não são ações que sejam universalizáveis, isto é, se o agente
considerar que a norma vale apenas para si não é aplicável a todos os seres
humanos, então não será uma boa norma.

Como Saber Qual a Norma que Deve Orientar a Ação?

Imperativo categórico:
Agimos segundo o imperativo categórico quando a nossa vontade decide
apenas por critério de racionalidade, isto é,agimos adotando normas que
queremos que valham para todo o seu racional.
1ºFormula: Da lei da universal
“Age como se a máxima da tua ação se possa tornar lei universal”
A fórmula permite “fazer o teste”- se não queremos que a norma que
escolhemos (ex: é legítimo copiar ) valha para todos, então é porque não é
uma norma normal.
2ºformula: Da Humanidade
“Age de tal forma que trates a humanidade(...)sempre como um fim em si
mesmo e nunca como o meio”
Para kant o ser humano é merecedor de um respeito absoluto; ninguém
deve ser usado como instrumento para beneficiar outrem,daí a distinção
que kant faz: ser coisa = ser pessoa
Imperativo categorico imperativo hipotético

A ação impõe-se de modo A ação é um meio para atingir um


absoluto(“Deves”) dado fim(“se queres x, então faz y”)

A vontade não é influenciada por A vontade obedece a algo exterior a


nada exterior a razão, apenas razão(sentimentos, interessados)
obedece a lei moral racional(que
está em nós)

Autonomia da Vontade= Heteronomia da Vontade


Boa Vontade

Lei Moral: Refere-se à forma e ao princípio de que ela própria deriva e não
aos resultados da ação.

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