Cineantropometria Bacharelado (Futebol) - 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CINEANTROPOMETRIA

VALÊNCIAS FÍSICAS NO FUTEBOL: A IMPORTÂNCIA DE SE AVALIAR

Augusto Cesar Prado Silva Gonçalves


Jaíne Taniele Cavalcante Pinheiro Brito
Rafaela Vasconcelos da Silva
Talia Andréa Da Cruz Guimarães
João

1. INTRODUÇÃO
A partir de sua inserção no Brasil, no século XIX, o futebol vive uma
expansão contínua até os dias atuais, sendo consagrado como a modalidade mais
popular entre a população brasileira, vista como um símbolo de identidade nacional
(MASCARENHAS, 2014). Sua popularização ocorreu entre todas as classes sociais
(FRANZINI, 2003) e na década de 30 aconteceu a sua profissionalização, onde os
praticantes tinham na modalidade uma possibilidade de emprego (MASCARENHAS,
2014).
A aderência ao esporte e consequentemente a sua profissionalização exigiu
da modalidade uma mudança quanto ao seu tratamento. Tornando a preparação
esportiva/física fundamental nesta nova etapa, pois trata-se de um processo que vai
além dos treinamentos (GOMES, 2009), deste modo, avaliar o atleta é um processo
indispensável para que saiba o que deve ser feito a curto, médio e longo prazo
(SILVA, 2017).
O desenvolvimento e aperfeiçoamento das capacidades físicas contribuem
para melhores resultados no desempenho atlético (BUENO, 2015). A valência de
força, resistência, velocidade, coordenação e flexibilidade quanto mais treinadas,
mais se sobressaem nas situações de jogo, transformando-se assim num compilado
específico de habilidades próprias para o futebol (RAMOS, 2012). Ademais, o
objetivo do estudo foi de conceituar as capacidades físicas utilizadas dentro do
futebol e apresentar testes que podem ser usados para avaliações futuras na área.

2. METODOLOGIA
2.1. FORÇA
Força muscular é uma variável importante de ser avaliada não somente para
obter bom desempenho na prática de esportes, como também para identificar
indivíduos que possam estar em um grupo de risco para lesões
musculoesqueléticas (ESCO, 2013).
Quando se trata de mensuração da força muscular pode ser realizada
métodos que utilizem diferentes modos de contração: isométrica, isocinética e
isotônica. Ainda os valores de força, além de ter um componente individual e
genético, são também afetados pelo sexo, idade, nível do atleta e pela modalidade
esportiva praticada atualmente, a medida de força muscular tem sido utilizada para
otimizar os resultados de atletas em competições e avaliar o balanço muscular tanto
em atletas e indivíduos não atleta (Ferraz et al., 2018)
Testes
Para avaliação da força explosiva de membros inferiores pode ser utilizada
técnica de Vertical Jump com auxílio dos braços, conforme protocolo proposto por
Bosco (2007), onde é utilizado para comparação com outros atletas ou evolução
individual.
A primeiro momento é necessário tomar as medidas do avaliado são esses o
peso em quilogramas, estatura e altura total em centímetro (é tomado a medida com
os braços estendidos na vertical) para usos posteriores.
O atleta deve ser posicionado próximo ao aparelho com seu lado dominante
voltado para o aparelho, em pé com o tronco ereto e joelhos em extensão a 180º,
realizando o salto vertical com o contra movimento. A flexão do joelho acontece
aproximadamente no ângulo de 120º, em seguida o executante faz a extensão do
joelho, procurando impulsionar o corpo para o alto e na vertical, os abraços podem
ser utilizados para dar maior impulsão lançados para trás durante a primeira fase.
Os joelhos devem permanecer em extensão durante a fase de voo e o intervalo
entre tentativas é de dez segundos. Três tentativas, sendo considerada a melhor
marca e, para análise dos saltos. Fazendo um movimento de agachamento, se
impulsionar para cima e encostar o ponto mais alto possível assim como na figura
(A).

Figura A- Vertical jump

Após a medida da força


isométrica, os indivíduos
executavam três saltos
verticais ( Jump Test ) com-
intervalo de 1min entre eles,
sendo instruídos a pular
o mais alto possível,
partindo de uma posição de
agachamento com os
mexicanos fletidos a 90º e
mãos
apoiados sobre a coxa. Os
indivíduos saltavam ao
lado de uma parede de 5m
de altura, de modo a
viabilizar o registro da altura
do salto através do
traçado com giz em uma
parede e simultaneamente
o registro do tempo de voo
através do Foot Switch
(Figura 1). Plateralmente foi
cortada a altura do
salto, como proposto por
Bosco et al . 13 (Equação
1) e utilizado por Sousa et
al. 14 e Da Silva et al. 12 ,
para os dados coletados
pelo Foot Switch e o delta
entre o traçado realizado
com o indivíduo ao lado
da parede tendo o braço
elevado e o traçado efetu-
ado durante o salto, como
proposto por Johnson &
Nelson 15 , Marins &
Giannichi 16 e Carnaval 17 .
Visando
facilitar a apresentação e
discussão dos resultados,
este último método será
aqui denominado de Delta
entre traçados (DT
Após a medida da força
isométrica, os indivíduos
executavam três saltos
verticais ( Jump Test ) com-
intervalo de 1min entre eles,
sendo instruídos a pular
o mais alto possível,
partindo de uma posição de
agachamento com os
mexicanos fletidos a 90º e
mãos
apoiados sobre a coxa. Os
indivíduos saltavam ao
lado de uma parede de 5m
de altura, de modo a
viabilizar o registro da altura
do salto através do
traçado com giz em uma
parede e simultaneamente
o registro do tempo de voo
através do Foot Switch
(Figura 1). Plateralmente foi
cortada a altura do
salto, como proposto por
Bosco et al . 13 (Equação
1) e utilizado por Sousa et
al. 14 e Da Silva et al. 12 ,
para os dados coletados
pelo Foot Switch e o delta
entre o traçado realizado
com o indivíduo ao lado
da parede tendo o braço
elevado e o traçado efetu-
ado durante o salto, como
proposto por Johnson &
Nelson 15 , Marins &
Giannichi 16 e Carnaval 17 .
Visando
facilitar a apresentação e
discussão dos resultados,
este último método será
aqui denominado de Delta
entre traçados (DT
Após a medida da força
isométrica, os indivíduos
executavam três saltos
verticais ( Jump Test ) com-
intervalo de 1min entre eles,
sendo instruídos a pular
o mais alto possível,
partindo de uma posição de
agachamento com os
mexicanos fletidos a 90º e
mãos
apoiados sobre a coxa. Os
indivíduos saltavam ao
lado de uma parede de 5m
de altura, de modo a
viabilizar o registro da altura
do salto através do
traçado com giz em uma
parede e simultaneamente
o registro do tempo de voo
através do Foot Switch
(Figura 1). Plateralmente foi
cortada a altura do
salto, como proposto por
Bosco et al . 13 (Equação
1) e utilizado por Sousa et
al. 14 e Da Silva et al. 12 ,
para os dados coletados
pelo Foot Switch e o delta
entre o traçado realizado
com o indivíduo ao lado
da parede tendo o braço
elevado e o traçado efetu-
ado durante o salto, como
proposto por Johnson &
Nelson 15 , Marins &
Giannichi 16 e Carnaval 17 .
Visando
facilitar a apresentação e
discussão dos resultados,
este último método será
aqui denominado de Delta
entre traçados (DT

É medido a maior marca do individuo essas devem ser a altura do salto é


verificada pela diferença entre a altura alcançada pela altura total do avaliado. É
possível identificar a potência pico (W) e o índice de eficiência do salto. Utilizando
as equações já validada para potência, equação 1 e eficiência equação 2.
2.2. RESISTÊNCIA - João Marcelo
Resistência pode ser definida como a "capacidade física e psíquica de um
organismo resistir a um estímulo/estresse de determinada intensidade por um
determinado tempo" (Badillo e Serna, 2019), quando falamos de futebol e de suas
características principais do ponto de vista físico a resistência aeróbica por meio da
fosforilação oxidativa (Gastin, 2001) se mostra muito importante devido às grandes
distâncias que são percorridas em uma partida, podendo chegar a mais de 10km em
jogadores(as) de alto nível (Maciel, 2011), para tanto propomos os seguintes testes
visando medir e avaliar tal capacidade:

Hoff endurance test (Hoff, 2002)


O avaliado deverá percorrer todo o trajeto com a bola como descrito na imagem
realizar ziguezagues,passar a bola por cima das barreiras e mudanças de direção

após corridas em linha reta.

Yo-Yo Intermittent Endurance Test Level 1 (Wood, 2018)

Layout do percurso: Cones ou fita são usados para marcar três linhas paralelas,
com 2,5 e 20 metros de distância, conforme mostrado no diagrama.
Preparações: Certifique-se de que os participantes estejam adequadamente
preparados: bem descansados, hidratados e abastecidos, familiarizados com o
procedimento do teste e motivados para um desempenho máximo. (consulte
preparando-se para o teste do ioiô para mais detalhes). Forneça instruções claras e
padronizadas sobre o teste e o que se espera dele (consulte um exemplo de
instrução), incluindo a importância de manter o tempo de gravação e completar a
corrida completa de 20m.

Iniciando o teste: Todos os participantes devem se alinhar ao longo da linha de


partida. Os atletas iniciam com um pé atrás da linha média (cone B), e começam a
correr quando instruídos pela gravação de áudio. O atleta vira quando sinalizado
pelo bipe de áudio gravado (no cone C), e retorna ao ponto de partida. O atleta não
deve começar a correr cedo, deve percorrer a distância completa e alcançar cada
linha antes ou no tempo da gravação.

Durante o teste: Existe um período de recuperação ativa de 5 segundos entre cada


corrida de 40 metros, durante o qual o sujeito deve caminhar ou correr até a próxima
linha (cone A) e retornar ao ponto de partida. Em intervalos regulares, a velocidade
de corrida aumentará. A velocidade inicial para o Teste de Resistência Intermitente
de Nível 1 é de 11,5 km/h e aumenta em 1,0 km/h nas primeiras etapas e depois em
0,25 km/h. Para mais detalhes, consulte a tabela de velocidades e distâncias para o
YYIE1. Os participantes devem continuar o máximo que puderem.

Finalizando a prova: Alguns atletas optarão por parar quando atingirem seu limite
físico. Para outros, você precisará dar um aviso quando eles ficarem para trás no
ritmo exigido ou cometerem um dos erros listados abaixo. Na segunda infração
você os tira do teste.

Você dá um aviso quando o participante...

não para completamente antes de iniciar a próxima corrida de 40m.

inicia a corrida antes do sinal de áudio.

não alcança nenhuma das linhas antes do sinal de áudio.

vira na marca de 20m sem tocar ou ultrapassar a linha (portanto, ficando curto).
Pontuação: a pontuação do participante é o nível ou a distância total percorrida no
último vaivém completo bem-sucedido. Use esta folha de pontuação YYIE1 para
acompanhar as pontuações dos atletas.

2.3. VELOCIDADE –
A velocidade, assumida como capacidade que permite ao atleta executar ações
motoras no mais curto espaço de tempo sem influência da fadiga, assume no
futebol formas de manifestação muito variadas.
1-Sprint 10m: normalmente usados apenas para medir as capacidades de
velocidade linear de um atleta. Mais especificamente é usado para medir a
aceleração.
É importante entender que sempre que o teste de condicionamento físico for
realizado, ele deve ser feito em um ambiente consistente para que seja protegido de
vários tipos de clima e com uma superfície confiável que não seja afetada por
condições molhadas ou escorregadias.
Instalação de teste confiável e consistente de pelo menos 20m de comprimento
Administradores de teste (mínimo de 2).
Portões de temporização x 2 (preferencial, mas não essencial)
Fita métrica
Cronômetro
cones marcadores
Folha de registro de desempenho
Procedimento de teste:
Os participantes devem se aquecer completamente antes do início do teste. Os
aquecimentos devem corresponder à natureza biomecânica e fisiológica do teste.
Além disso, uma recuperação suficiente (por exemplo, 3-5 minutos) deve ser
administrada após o aquecimento e antes do início do teste.

Iniciando o teste:
O participante se posiciona na linha de partida ,em uma posição inicial de postura
dividida. é importante para a confiabilidade que o participante sempre use a mesma
postura inicial.
O participante deve ser contado '3 – 2 – 1 – GO’.
Se os administradores do teste estiverem usando um cronômetro, o cronometrista
deve ficar na linha de chegada e fazer a contagem regressiva e cronometrar o
sprint.
Ao sinal de 'GO' o participante deve acelerar ao máximo até a linha de chegada o
mais rápido possível.
Cada participante deve completar um mínimo 3 sprints, cada um separado por um
descanso de 2 a 3 minutos, se desejar resultados confiáveis.

Depois do teste:
Terminado o teste, alguns sujeitos podem reagir ao esforço anterior. Para reduzir
quaisquer problemas, os sujeitos devem descansar, sentados ou em pé, por pelo
menos 2-3 minutos.

Sistema de pontuação:
Se três sprints foram concluídos, todas as pontuações são normalmente geradas
em uma pontuação média que fornece um tempo total de sprint de 10m. Isso é feito
usando a seguinte equação.
(Sprint1+ spritnt2+ sprint3 / total de sprints).
2- Illinois test: É necessário registrar informações como: idade, altura, peso
corporal, sexo e condições de teste. Precisa medir e marcar a área de teste usando
cones. O percurso é de 10m e a largura de 5m, quatro cones na lateral, dois em
cada lado marcam, a partida, a chegada e os dois pontos de virada, e no centro são
colocados outros quatro cones com espaço de 3,3m entre eles. Os participantes
devem deitar de frente com a cabeça para a linha de partida, e as mãos nos
ombros. Após o comando o cronometro é acionado, e o atleta tem que se levantar o
mais rápido possível e correr 3m a frente até o outro cone dar a volta e voltar dois
metros até o primeiro cone do centro, após isso ele vai correr em zigzag pelos
cones do centro indo e voltando, após isso vai correr mais 10m até o primeiro cone
da outra lateral, depois voltar 10m até o cone da linha de chegada, onde encerra o
cronometro. Várias tentativas devem ser concluídas com a melhor pontuação
registrada. Uma pontuação excelente é inferior de 15,2s para um homem, inferior a
17s para uma mulher
2.4. COORDENAÇÃO
A coordenação é a capacidade do ser humano de realizar movimentos
complexos de forma rápida e exata, em diferentes condições ambientais e sob
pressões contextuais adversas (GRECO et al, 2013). Dessa forma, a coordenação é
dividida entre: coordenação motora global, onde são utilizados os grandes grupos
musculares, a coordenação motora fina, onde são recrutados os pequenos grupos
musculares, os quais serão desenvolvidos a manipulação de objetos e uma maior
precisão dos movimentos (LOPES E MAIA, 2003).

Testes
O teste de coordenação motora é dividido entre (grossa e fina). Ademais, para
realizar o teste de coordenação motora grossa, será utilizado o teste
korperkoordinations test fur kinder (KTK). Nessa avaliação será aplicado somente o
salto monopedal, o qual tem como objetivo avaliar a coordenação dos membros
inferiores; energia dinâmica/força (Kiphard e Schiling, 1970). Assim, como é
possível observar na figura x.

Figura x – Teste de salto monopedal

Fonte: Gorla (2009)

Serão utilizados 12 blocos de espuma, medindo cada um 50 X 20 x 5 cm.


Sendo assim, tarefa consta em saltar um ou mais blocos de espuma colocados uns
em cima dos outros, com somente uma das pernas. Desse modo, o(a) avaliador(a)
mostra como realizar a tarefa, saltando com uma das pernas por cima de um bloco
de espuma colocado transversalmente na direção do salto, com uma distância de
impulso de aproximadamente 1. 50 m.

A altura inicial a ser contada como válida baseia-se no resultado do


exercício-ensaio e na idade do indivíduo. Com isso devem ser alcançados mais ou
menos ou mesmo números de passagens a serem executadas pelos sujeitos nas
diferentes faixas etárias. Deverão ser aplicados dois exercícios-ensaio para cada
perna (direita e esquerda).

Análise da tarefa: Para cada tentativa, as passagens são avaliadas da


seguinte forma:

Primeira tentativa válida – 3 pontos

Segunda tentativa válida – 2 pontos

Terceira tentativa válida – 1 pontos

Para saltar os blocos de espumas, o avaliado necessita de uma distância de


aproximadamente 1.50 cm para a impulsão, que também deverá ser passada em
saltos na mesma perna. O(a) avaliador(a) deverá apertar visivelmente os blocos
para baixo, ao dar início a tarefa, com a finalidade de mostrar para o indivíduo que
não há perigo caso o mesmo entre em choque com o material. Logo, assim que
ultrapassar o bloco, o mesmo precisa dar mais dois saltos com a mesma perna,
para que a tarefa seja concluída. Posto isto, considera-se como erro o toque no
chão com a outra perna, o derrubar dos blocos, ou ainda, após ultrapassar o bloco
de espuma, tocar os dois pés juntos no chão, por isso pede-se que depois de saltar
os blocos de espuma que sejam dados mais dois saltos.

Por fim, caso o indivíduo erre nas três tentativas válidas, em uma
determinada altura, a continuidade somente será feita se nas duas passagens
(alturas) anteriores houver um total de 5 pontos. Caso não haja isso, a tarefa é
interrompida. Ademais, isso é válido paras as pernas (direita e esquerda), assim,
com os 12 blocos de espuma de altura = 60 cm, podem ser alcançados no máximo
39 pontos por perna, totalizando dessa forma 78 pontos.

Para realizar o teste de coordenação motora fina, será utilizado o teste de


Coordenação Motora com Bola (TCB). Essa avaliação será dividida em tarefas,
assim, na primeira tarefa é realizada sob condições de pressão, de tempo e
variabilidade, a segunda tarefa apresenta pressão de organização, a terceira tarefa
avalia o equilíbrio e a pressão de precisão, por último a quarta tarefa solicita
pressão de precisão (SILVA, 2010). Dessa forma, cada uma das tarefas apresenta
um elemento ou uma exigência, de pressão da coordenação que solicitam sua
sistematização no processo de ensino-aprendizado-treinamento, conforme sugerido
por (Roth, 1998). Por tanto, é possível observar a bateria de testes na figura y.

Figura y – Teste de Coordenação Motora com Bola


Fonte: Silva, 2010.

Todos os testes devem ser registrados através de gravações de áudio e


vídeo com uma câmera filmadora e registrados em fichas onde serão anotados os
resultados individuais. O teste acontece de forma individual onde os alunos recebem
uma explicação detalhada do que devem fazer em cada tarefa. Durante a realização
do teste o(a) avaliador(a) deve anotar os resultados e transmitir as orientações ao
aluno, se necessário. Os materiais que podem ser utilizados durante o teste são:
bolas de handebol adulto, bola de voleibol adulto, bolas de futsal infantil, bola de
basquete infantil, bola Society adulto, bolas de tênis, arcos/ bambolês com no
mínimo um metro de diâmetro, não somente isso como também podem ser
utilizados cones com 50cm altura, mini trave com 75cm X 50cm, cartões numerados
de 1 a 4, fita crepe, fita métrica 20 ou 30 m, cronômetros e trave equilíbrio
3mX10cm.
2.5 FLEXIBILIDADE
A flexibilidade num âmbito geral, ainda busca uma afirmação para explicar
os seus conceitos. Porém, através dos materiais disponíveis é possível afirmar que
a flexibilidade no futebol é utilizada no quesito amplitude de movimento nas
articulações para um melhor desempenho na passada de um jogador por exemplo,
ou propriamente para um goleiro que utiliza mais desta capacidade física, sendo
assim uma ótima flexibilidade é possível aumentar a eficácia com o qual os atletas
aprendem os seus movimentos ao longo das sessões de treinamento. (Achour Jr
2006; Dantas, 2005)
Testes
O teste (BAFLEX) é um instrumento, que mensura a flexibilidade. O
BAFLEX permite um ajuste individualizado, eliminando as influências
antropométricas e é de fácil aplicação, este instrumento é constituído por uma
plataforma de madeira com 142 cm de comprimento e 40 cm de altura. Em uma
extremidade do aparelho, encontra-se um encosto para o tronco (coluna lombar e
torácica) com 35 cm de altura e, na outra extremidade, um anteparo de 25 cm de
altura para posicionar o tornozelo em posição neutra

A posição inicial desse teste, o executante deve ficar assentado no BAFLEX,


com a coluna lombar e torácica em extensão e apoiadas no suporte vertical, e a
pelve posicionada de tal forma que a coluna lombar permaneça em contacto com o
suporte vertical. A partir da posição inicial, é solicitado ao executante que realize
uma flexão de quadril com o objetivo de alcançar o maior deslocamento anterior
possível, flexionando o tronco no sentido ântero superior os cotovelos devem ser
mantidos estendidos durante todo o movimento, assim como o contato entre os
dedos e o indicador da escala métrica, quando a amplitude de movimento máxima é
alcançada, através do deslocamento máximo do indicador da escala métrica, essa
posição deve ser sustentada por dois segundos.
O segundo teste, é o teste de Dedos ao Chão ao qual os indivíduos serão
solicitados a manterem os joelhos completamente estendidos e, a partir daí,
flexionarem o tronco em direção ao chão, com os braços e a cabeça relaxados. O
momento final da flexão era indicado por uma sensação de tensão muscular que
causasse grande desconforto nos ísquios-tibiais e, ao atingirem este momento,
serão tiradas fotos para avaliar a distância entre a posição executada e o chão,
sendo possível determinar uma flexibilidade normal e uma flexibilidade reduzida.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, se faz necessário antes mesmo de criar um cronograma de
treinamento, avaliar os alunos, pois a avaliação vai mapear as estratégias a serem
seguidas e ofertar mais especificidade para a estruturação de um planejamento a
curto, médio, e principalmente, a longo prazo. Por fim, foi possível perceber as
exigências das capacidades físicas na modalidade do futebol e quais os testes
podem ser utilizados para a avaliação de cada uma delas.

4. REFERÊNCIAS

Referências introdução:
MASCARENHAS, Gilmar. Entradas e bandeiras: a conquista do Brasil pelo futebol.
Eduerj, 2014.
FRANZINI, Fábio. Corações na ponta da chuteira: capítulos iniciais da história do
futebol brasileiro (1919-1938). DP&A Editora, 2003.
GOMES, Antonio Carlos. Treinamento Desportivo: Estrututuração e Periodização.
Artmed Editora, 2009.
SILVA, Rui; MOROUÇO, Pedro. Avaliação das características antropométricas e
capacidades físicas ao longo de uma época desportiva em futebol: comparação
entre sub-15, sub-17 e sub-19. Motricidade, v. 13, n. 1, p. 38-49, 2017.
BUENO, S. R. Relação entre estágio maturacional e capacidades físicas em jovens
praticantes de futebol. Piracicaba: Universidade Metodista de Piracicaba, 2015.
RAMOS, Suellen dos Santos. Habilidades motoras especificas do futebol: um
estudo comparativo entre diferentes categorias e posicoes. 2012.

Referências força:
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preparatório em atletas profissionais de futebol. Revista Brasileira de Ciências do
Esporte [online]. 2011, v. 33, n. 1 [Acessado 22 novembro 2022], pp. 219-233.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000100015>. Epub
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CARVALHO, Marselle Nobre de et al. Necessidade e dinâmica da força de trabalho
na Atenção Básica de Saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 295-302,
2018.
Dominski, Fábio Hech et al. Pesquisa em treinamento de força no Brasil: análise dos
grupos e produção científica. Revista Brasileira de Ciências do Esporte [online].
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Silva Neto, Moacir et al. Avaliação isocinética da força muscular em atletas
profissionais de futebol feminino. Revista Brasileira de Medicina do Esporte [online].
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daDistância percorrida por jogadoras de futebol de diferentes posições
durante uma partida. Revista Brasileira de Ciências do Esporte [online]. 2011,
v. 33, n. 2 [Acessado 25 Novembro 2022] , pp. 465-474. Disponível em:
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Fuerza, velocidad y rendimiento físico y deportivo
Juan José González Badillo, Juan Ribas Serna
Librerías Deportivas Esteban Sanz, SL, 2019
Gastin, P.B. Energy System Interaction and Relative Contribution During
Maximal Exercise. Sports Med 31, 725–741 (2001).
https://doi.org/10.2165/00007256-200131100-00003
Wood, R. (2018), "The Complete Guide to the Yo-Yo Test" The Complete Guide
to the Yo-Yo Test, https://www.theyoyotest.com
Hoff J, Wisløff U, Engen LC, Kemi OJ, Helgerud J. Soccer specific aerobic
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Website, 2008, https://www.topendsports.com/testing/tests/illinois.htm, Acessado 23
Novembro 2022. https://www.topendsports.com/testing/tests/illinois.htm

Owen walker, “10m Sprint test.” Sciencesport, 27 janeiro 2016, Acessado 23


novembro 2022. https://www.scienceforsport.com/10m-sprint-test/

Referências coordenação:
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SAMULSKI, Dietmar Martin; MENZEL, Hans-Joachim; PRADO, Luciano Sales.
Treinamento esportivo. São Paulo: Manole, 2013.
LOPES, V.; MAIA, J. Efeitos do ensino no movimento da capacidade de
coordenação corporal em crianças de oito anos de idade. Rev. Paul. Educ. Física,
2003.
KIPHARD, E. J; SCHILLING, F. The Hamm-Marburg body control test for children.
Monatsschr Kinderheilkd, v. 118, n. 8, p. 473-9. Aug, 1970.
SILVA, Siomara Aparecida da. Bateria de testes para medir a coordenação com
bola de crianças e jovens. Escola de Educação Física da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.
ROTH, Klaus. Como melhorar as capacidades coordenativas. In: GARCIA, Emerson
Silami; LEMOS, Kátia Lúcia Moreira; GRECO, Pablo Juan. Temas atuais em
educação física e esportes III. Belo Horizonte: Livraria e Editora Health, 1998.

Referências de flexibilidade:
Achour Jr, A. Exercícios de Alongamento: Anatomia e Fisiologia. 2. ed. São Paulo:
Manole, 2006.

Dantas, EHM. A prática da preparação física. 5.ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005.
Chagas, M. H., & Bhering, E. L. (2004). Nova proposta para avaliação da
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Magnusson SP, Simonsen EB, Aagaard P, Boesen J, Johannsen F, Kjaer M.


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