Cineantropometria Bacharelado (Futebol) - 2
Cineantropometria Bacharelado (Futebol) - 2
Cineantropometria Bacharelado (Futebol) - 2
1. INTRODUÇÃO
A partir de sua inserção no Brasil, no século XIX, o futebol vive uma
expansão contínua até os dias atuais, sendo consagrado como a modalidade mais
popular entre a população brasileira, vista como um símbolo de identidade nacional
(MASCARENHAS, 2014). Sua popularização ocorreu entre todas as classes sociais
(FRANZINI, 2003) e na década de 30 aconteceu a sua profissionalização, onde os
praticantes tinham na modalidade uma possibilidade de emprego (MASCARENHAS,
2014).
A aderência ao esporte e consequentemente a sua profissionalização exigiu
da modalidade uma mudança quanto ao seu tratamento. Tornando a preparação
esportiva/física fundamental nesta nova etapa, pois trata-se de um processo que vai
além dos treinamentos (GOMES, 2009), deste modo, avaliar o atleta é um processo
indispensável para que saiba o que deve ser feito a curto, médio e longo prazo
(SILVA, 2017).
O desenvolvimento e aperfeiçoamento das capacidades físicas contribuem
para melhores resultados no desempenho atlético (BUENO, 2015). A valência de
força, resistência, velocidade, coordenação e flexibilidade quanto mais treinadas,
mais se sobressaem nas situações de jogo, transformando-se assim num compilado
específico de habilidades próprias para o futebol (RAMOS, 2012). Ademais, o
objetivo do estudo foi de conceituar as capacidades físicas utilizadas dentro do
futebol e apresentar testes que podem ser usados para avaliações futuras na área.
2. METODOLOGIA
2.1. FORÇA
Força muscular é uma variável importante de ser avaliada não somente para
obter bom desempenho na prática de esportes, como também para identificar
indivíduos que possam estar em um grupo de risco para lesões
musculoesqueléticas (ESCO, 2013).
Quando se trata de mensuração da força muscular pode ser realizada
métodos que utilizem diferentes modos de contração: isométrica, isocinética e
isotônica. Ainda os valores de força, além de ter um componente individual e
genético, são também afetados pelo sexo, idade, nível do atleta e pela modalidade
esportiva praticada atualmente, a medida de força muscular tem sido utilizada para
otimizar os resultados de atletas em competições e avaliar o balanço muscular tanto
em atletas e indivíduos não atleta (Ferraz et al., 2018)
Testes
Para avaliação da força explosiva de membros inferiores pode ser utilizada
técnica de Vertical Jump com auxílio dos braços, conforme protocolo proposto por
Bosco (2007), onde é utilizado para comparação com outros atletas ou evolução
individual.
A primeiro momento é necessário tomar as medidas do avaliado são esses o
peso em quilogramas, estatura e altura total em centímetro (é tomado a medida com
os braços estendidos na vertical) para usos posteriores.
O atleta deve ser posicionado próximo ao aparelho com seu lado dominante
voltado para o aparelho, em pé com o tronco ereto e joelhos em extensão a 180º,
realizando o salto vertical com o contra movimento. A flexão do joelho acontece
aproximadamente no ângulo de 120º, em seguida o executante faz a extensão do
joelho, procurando impulsionar o corpo para o alto e na vertical, os abraços podem
ser utilizados para dar maior impulsão lançados para trás durante a primeira fase.
Os joelhos devem permanecer em extensão durante a fase de voo e o intervalo
entre tentativas é de dez segundos. Três tentativas, sendo considerada a melhor
marca e, para análise dos saltos. Fazendo um movimento de agachamento, se
impulsionar para cima e encostar o ponto mais alto possível assim como na figura
(A).
Layout do percurso: Cones ou fita são usados para marcar três linhas paralelas,
com 2,5 e 20 metros de distância, conforme mostrado no diagrama.
Preparações: Certifique-se de que os participantes estejam adequadamente
preparados: bem descansados, hidratados e abastecidos, familiarizados com o
procedimento do teste e motivados para um desempenho máximo. (consulte
preparando-se para o teste do ioiô para mais detalhes). Forneça instruções claras e
padronizadas sobre o teste e o que se espera dele (consulte um exemplo de
instrução), incluindo a importância de manter o tempo de gravação e completar a
corrida completa de 20m.
Finalizando a prova: Alguns atletas optarão por parar quando atingirem seu limite
físico. Para outros, você precisará dar um aviso quando eles ficarem para trás no
ritmo exigido ou cometerem um dos erros listados abaixo. Na segunda infração
você os tira do teste.
vira na marca de 20m sem tocar ou ultrapassar a linha (portanto, ficando curto).
Pontuação: a pontuação do participante é o nível ou a distância total percorrida no
último vaivém completo bem-sucedido. Use esta folha de pontuação YYIE1 para
acompanhar as pontuações dos atletas.
2.3. VELOCIDADE –
A velocidade, assumida como capacidade que permite ao atleta executar ações
motoras no mais curto espaço de tempo sem influência da fadiga, assume no
futebol formas de manifestação muito variadas.
1-Sprint 10m: normalmente usados apenas para medir as capacidades de
velocidade linear de um atleta. Mais especificamente é usado para medir a
aceleração.
É importante entender que sempre que o teste de condicionamento físico for
realizado, ele deve ser feito em um ambiente consistente para que seja protegido de
vários tipos de clima e com uma superfície confiável que não seja afetada por
condições molhadas ou escorregadias.
Instalação de teste confiável e consistente de pelo menos 20m de comprimento
Administradores de teste (mínimo de 2).
Portões de temporização x 2 (preferencial, mas não essencial)
Fita métrica
Cronômetro
cones marcadores
Folha de registro de desempenho
Procedimento de teste:
Os participantes devem se aquecer completamente antes do início do teste. Os
aquecimentos devem corresponder à natureza biomecânica e fisiológica do teste.
Além disso, uma recuperação suficiente (por exemplo, 3-5 minutos) deve ser
administrada após o aquecimento e antes do início do teste.
Iniciando o teste:
O participante se posiciona na linha de partida ,em uma posição inicial de postura
dividida. é importante para a confiabilidade que o participante sempre use a mesma
postura inicial.
O participante deve ser contado '3 – 2 – 1 – GO’.
Se os administradores do teste estiverem usando um cronômetro, o cronometrista
deve ficar na linha de chegada e fazer a contagem regressiva e cronometrar o
sprint.
Ao sinal de 'GO' o participante deve acelerar ao máximo até a linha de chegada o
mais rápido possível.
Cada participante deve completar um mínimo 3 sprints, cada um separado por um
descanso de 2 a 3 minutos, se desejar resultados confiáveis.
Depois do teste:
Terminado o teste, alguns sujeitos podem reagir ao esforço anterior. Para reduzir
quaisquer problemas, os sujeitos devem descansar, sentados ou em pé, por pelo
menos 2-3 minutos.
Sistema de pontuação:
Se três sprints foram concluídos, todas as pontuações são normalmente geradas
em uma pontuação média que fornece um tempo total de sprint de 10m. Isso é feito
usando a seguinte equação.
(Sprint1+ spritnt2+ sprint3 / total de sprints).
2- Illinois test: É necessário registrar informações como: idade, altura, peso
corporal, sexo e condições de teste. Precisa medir e marcar a área de teste usando
cones. O percurso é de 10m e a largura de 5m, quatro cones na lateral, dois em
cada lado marcam, a partida, a chegada e os dois pontos de virada, e no centro são
colocados outros quatro cones com espaço de 3,3m entre eles. Os participantes
devem deitar de frente com a cabeça para a linha de partida, e as mãos nos
ombros. Após o comando o cronometro é acionado, e o atleta tem que se levantar o
mais rápido possível e correr 3m a frente até o outro cone dar a volta e voltar dois
metros até o primeiro cone do centro, após isso ele vai correr em zigzag pelos
cones do centro indo e voltando, após isso vai correr mais 10m até o primeiro cone
da outra lateral, depois voltar 10m até o cone da linha de chegada, onde encerra o
cronometro. Várias tentativas devem ser concluídas com a melhor pontuação
registrada. Uma pontuação excelente é inferior de 15,2s para um homem, inferior a
17s para uma mulher
2.4. COORDENAÇÃO
A coordenação é a capacidade do ser humano de realizar movimentos
complexos de forma rápida e exata, em diferentes condições ambientais e sob
pressões contextuais adversas (GRECO et al, 2013). Dessa forma, a coordenação é
dividida entre: coordenação motora global, onde são utilizados os grandes grupos
musculares, a coordenação motora fina, onde são recrutados os pequenos grupos
musculares, os quais serão desenvolvidos a manipulação de objetos e uma maior
precisão dos movimentos (LOPES E MAIA, 2003).
Testes
O teste de coordenação motora é dividido entre (grossa e fina). Ademais, para
realizar o teste de coordenação motora grossa, será utilizado o teste
korperkoordinations test fur kinder (KTK). Nessa avaliação será aplicado somente o
salto monopedal, o qual tem como objetivo avaliar a coordenação dos membros
inferiores; energia dinâmica/força (Kiphard e Schiling, 1970). Assim, como é
possível observar na figura x.
Por fim, caso o indivíduo erre nas três tentativas válidas, em uma
determinada altura, a continuidade somente será feita se nas duas passagens
(alturas) anteriores houver um total de 5 pontos. Caso não haja isso, a tarefa é
interrompida. Ademais, isso é válido paras as pernas (direita e esquerda), assim,
com os 12 blocos de espuma de altura = 60 cm, podem ser alcançados no máximo
39 pontos por perna, totalizando dessa forma 78 pontos.
4. REFERÊNCIAS
Referências introdução:
MASCARENHAS, Gilmar. Entradas e bandeiras: a conquista do Brasil pelo futebol.
Eduerj, 2014.
FRANZINI, Fábio. Corações na ponta da chuteira: capítulos iniciais da história do
futebol brasileiro (1919-1938). DP&A Editora, 2003.
GOMES, Antonio Carlos. Treinamento Desportivo: Estrututuração e Periodização.
Artmed Editora, 2009.
SILVA, Rui; MOROUÇO, Pedro. Avaliação das características antropométricas e
capacidades físicas ao longo de uma época desportiva em futebol: comparação
entre sub-15, sub-17 e sub-19. Motricidade, v. 13, n. 1, p. 38-49, 2017.
BUENO, S. R. Relação entre estágio maturacional e capacidades físicas em jovens
praticantes de futebol. Piracicaba: Universidade Metodista de Piracicaba, 2015.
RAMOS, Suellen dos Santos. Habilidades motoras especificas do futebol: um
estudo comparativo entre diferentes categorias e posicoes. 2012.
Referências força:
Borin, João Paulo et al. Avaliação dos efeitos do treinamento no período
preparatório em atletas profissionais de futebol. Revista Brasileira de Ciências do
Esporte [online]. 2011, v. 33, n. 1 [Acessado 22 novembro 2022], pp. 219-233.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000100015>. Epub
01 Set 2011. ISSN 2179-3255. https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000100015
CARVALHO, Marselle Nobre de et al. Necessidade e dinâmica da força de trabalho
na Atenção Básica de Saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 295-302,
2018.
Dominski, Fábio Hech et al. Pesquisa em treinamento de força no Brasil: análise dos
grupos e produção científica. Revista Brasileira de Ciências do Esporte [online].
2020, v. 42 [Acessado 22 novembro 2022], e2024. Disponível em:
<https://doi.org/10.1016/j.rbce.2019.02.002>. Epub 06 Jul 2020. ISSN 2179-3255.
https://doi.org/10.1016/j.rbce.2019.02.002.
Silva Neto, Moacir et al. Avaliação isocinética da força muscular em atletas
profissionais de futebol feminino. Revista Brasileira de Medicina do Esporte [online].
2010, v. 16, n. 1 [Acessado 22 novembro 2022], pp. 33-35. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1517-86922010000100006>. Epub 12 Abr 2010. ISSN
1806-9940. https://doi.org/10.1590/S1517-86922010000100006.
Referências resistência:
Maciel, Wagner Pottes, Caputo, Eduardo Lucia e Silva, Marcelo Cozzensa
daDistância percorrida por jogadoras de futebol de diferentes posições
durante uma partida. Revista Brasileira de Ciências do Esporte [online]. 2011,
v. 33, n. 2 [Acessado 25 Novembro 2022] , pp. 465-474. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000200012>. Epub 09 Dez 2011. ISSN
2179-3255. https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000200012.
Fuerza, velocidad y rendimiento físico y deportivo
Juan José González Badillo, Juan Ribas Serna
Librerías Deportivas Esteban Sanz, SL, 2019
Gastin, P.B. Energy System Interaction and Relative Contribution During
Maximal Exercise. Sports Med 31, 725–741 (2001).
https://doi.org/10.2165/00007256-200131100-00003
Wood, R. (2018), "The Complete Guide to the Yo-Yo Test" The Complete Guide
to the Yo-Yo Test, https://www.theyoyotest.com
Hoff J, Wisløff U, Engen LC, Kemi OJ, Helgerud J. Soccer specific aerobic
endurance training. Br J Sports Med. 2002 Jun;36(3):218-21. doi:
10.1136/bjsm.36.3.218. PMID: 12055120; PMCID: PMC1724499.
Referências coordenação:
GRECO, Pablo Juan; SILVA, Sionara A. O treinamento da coordenação motora. In:
SAMULSKI, Dietmar Martin; MENZEL, Hans-Joachim; PRADO, Luciano Sales.
Treinamento esportivo. São Paulo: Manole, 2013.
LOPES, V.; MAIA, J. Efeitos do ensino no movimento da capacidade de
coordenação corporal em crianças de oito anos de idade. Rev. Paul. Educ. Física,
2003.
KIPHARD, E. J; SCHILLING, F. The Hamm-Marburg body control test for children.
Monatsschr Kinderheilkd, v. 118, n. 8, p. 473-9. Aug, 1970.
SILVA, Siomara Aparecida da. Bateria de testes para medir a coordenação com
bola de crianças e jovens. Escola de Educação Física da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.
ROTH, Klaus. Como melhorar as capacidades coordenativas. In: GARCIA, Emerson
Silami; LEMOS, Kátia Lúcia Moreira; GRECO, Pablo Juan. Temas atuais em
educação física e esportes III. Belo Horizonte: Livraria e Editora Health, 1998.
Referências de flexibilidade:
Achour Jr, A. Exercícios de Alongamento: Anatomia e Fisiologia. 2. ed. São Paulo:
Manole, 2006.
Dantas, EHM. A prática da preparação física. 5.ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005.
Chagas, M. H., & Bhering, E. L. (2004). Nova proposta para avaliação da
flexibilidade. Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 18(3), 239-248.