07 - Romantismo
07 - Romantismo
07 - Romantismo
LITERATURA
ROMANTISMO
CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
Em um momento
histórico no qual as classes
sociais se definiam como nós as
conhecemos, na atualidade,
fortemente impactadas por dois
grandes acon- tecimentos
mundiais que mudaram o rumo da
história da humanidade, nascia, no
século XIX, o Romantismo. A
Revolução Industrial (1760-
1840) e a Revolução Francesa
(1789-1799) causaram profundas
transformações na sociedade europeia e, por conseguinte, no resto do mundo.
Concomitantemente a tais transformações, a ascensão da tipografia (inventada pelo
alemão Johannes Gutenberg), disseminada no final do século XVIII, popularizaria o
Romantismo em proporções nunca antes vistas, na história da literatura.
AUTORES E OBRAS
ATIVIDADES
LEIA ATENTAMENTE O EXCERTO QUE SEGUE.
[...] Agora quem move estes ridículos combates de frases é a vaidade ferida dos mes- tres e dos pontífices;
é o espírito de rotina violentamente incomodado por mãos rudes e inconvenientes; é a banalidade que
quer dormir sossegada no seu leito de ni- nharias; é a vulgaridade que cuida que a força. Nós só lhe
queremos puxar as orelhas! Isto, resumido em poucas palavras, quer dizer: combatem-se os hereges da
Escola de Coimbra por causa do negro crime de sua dignidade, do atrevimento de sua retidão moral, do
atentado de sua probidade literária, da impudência e miséria de serem independentes e pensarem por
suas cabeças. E combatem-se por faltarem às virtudes de respeito humilde às vaidades onipotentes, de
submissão estúpida, de baixeza e pequenez moral e intelectual [...].
Considere as afirmações que seguem, referentes ao excerto acima, extraído de um dos textos mais
polêmicos e importantes da literatura portuguesa:
I – Neste texto, uma carta aberta, Antero de Quental respondeu ao poeta Antonio Feliciano de
Castilho, que o havia provocado anteriormente. Castilho censurara um grupo de jovens de Coimbra,
acusando-os de exibicionismo livresco, de obscuridade propositada e de tratarem temas que nada tinham
a ver com a poesia.
II – A resposta de Quental saiu em folheto: “Bom Senso e Bom Gosto”. Neste folheto, de onde
retiramos o excerto acima, Antero defendia a independência dos jovens es- critores, apontava a gravidade
da missão dos poetas na época de grandes transforma- ções em curso, a necessidade de eles serem os
arautos do pensamento revolucionário e os representantes do “Ideal”. Além disso, ridicularizava a futilidade,
a insignificância e o provincianismo da poesia de Castilho.
A. apenas I e II.
B. nenhuma das alternativas.
C. todas as alternativas.
D. apenas III.
E. I e III.
1. Leia cuidadosamente o poema que segue e responda:
SE EU MORRESSE AMANHã
SUGESTÕES CULTURAIS:
FILME O GUARANI, dirigido por Norma Bengell, de 1996, filmado no Brasil, base- ado no
romance homônimo de José de Alencar, com Márcio Garcia, Herson Capri, Glória Pires, José
de Abreu e grande elenco.
FILME SENHORA, dirigido por Geraldo Vietri, de 1976, filmado no Brasil, baseado no
romance homônimo de José de Alencar, com Elaine Cristina, Paulo Figueiredo, Flávio Galvão
e grande elenco.
FILME WERTHER, dirigido por Max Ophüls, de 1938, filmado na frança, baseado no
romance homônimo de Goethe, com Pierre Richard-Willm, Annie Vernay, Jean Galland e
grande elenco.
REFERÊNCIAS
AMORA, Antônio Soares. Presença da literatura portuguesa: era clássica. São Paulo:
Difel, [19--].
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1995.
CÂNDIDO, Antônio. Formação da literatura brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981.
GUINSBURG, J. O romantismo. São Paulo: Perspectiva, 1993
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através de textos. São Paulo: Cultrix,
1994a.
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa em perspectiva. São Paulo: Atlas, 1994b.
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1995a.
MOISES, Massaud. Dicionários de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1995b.
SARAIVA, Antônio José. História da literatura portuguesa. Porto: Porto Editora, 1996.
SCHEEL, Márcio. Poética do romantismo: Novalis e o Fragmento Literário. São Paulo:
Ed. Unesp, 2010.