Proposta - Fase 2 - Edital 09.2022 - Especialização em Gestão de Negócios Amazônicos
Proposta - Fase 2 - Edital 09.2022 - Especialização em Gestão de Negócios Amazônicos
Proposta - Fase 2 - Edital 09.2022 - Especialização em Gestão de Negócios Amazônicos
1. INSTITUIÇÃO
Universidade Federal do Amazonas
3. PÚBLICO-ALVO DO CURSO
Agricultores familiares, pescadores, bioeconomistas, indígenas, extrativistas, cooperados e a sociedade
em geral.
O Amazonas possui quase 1,6 milhões de km2 de área territorial, 62 municípios e 4.269.995
habitantes (IBGE, 2021). O Produto Interno Bruto (PIB) equivale a 108,18 bilhões de reais. A
maior parte da economia está concentrada na capital, sobretudo, no parque industrial subsidiado
com incentivos fiscais do governo federal, cujo PIB per capita é de R$ 38.880,73 com taxa da
população ocupada da ordem de 23,7%. Diferentemente de Manaus, os demais municípios do
interior do estado têm sua economia baseada no setor primário (IBGE, 2019).
Santa Isabel do Rio Negro, Lábrea, Maués, Manacapuru e Tefé estão nas calhas dos rios Negro e
Amazonas. Têm índice de ocupação econômica de 3,2%, 4,7%, 5,7%, 7,4% e 10,2%,
respectivamente, enquanto o PIB per capita corresponde a proporções que variam de 16% em
Santa Isabel do Rio negro a 44% em Tefé, em relação ao de Manaus (IBGE, 2019).
Estes municípios carecem de ações que impulsionem o desenvolvimento de atividades econômicas
pensadas nas vocações locais e sustentáveis, como negócios ambientais, bioeconomia, agricultura
familiar, manejo de pescado, turismo de base comunitária e extrativismo vegetal e mineral, a fim
de gerar emprego, renda e incrementar o percentual da população economicamente ativa.
Como consequência da qualificação, o desenvolvimento socioeconômico poderá ser vislumbrado
através do estímulo ao arranjo das cadeias produtivas e fomento ao terceiro setor com incentivo à
criação de cooperativas de produtores rurais como vem estimulando o IDESAM em Lábrea que,
em 2021, comercializou R$ 1,4 milhões de reais em óleos vegetais e madeira manejada ou mesmo
por meio do mapeamento da cadeia de valores de produtos, como o guaraná de Maués (SILVA &
SILVA, 2016; SILVA et al. 2018) .
A agricultura familiar, amplamente difundida no Amazonas, caracteriza-se também pelo manejo
Formulário de Eventos CAAC 1655689 SEI 23038.007183/2021-03 / pg. 1
de pescado, de acordo com a Lei 11.326/2006 (BRASIL, 2006). A Secretaria de Produção Rural
(SEPROR) iniciou o mapeamento do potencial pesqueiro do estado, tendo identificado
Manacapuru como polo promissor dessa atividade (AMAZONAS, 2021).
Em Santa Isabel do Rio Negro localiza-se o pico da Neblina que é o ponto culminante do Brasil,
contendo em seu território vastas áreas indígenas, com potencial capacidade para desenvolver
turismo de base comunitária, mas também de pesca artesanal e produção de peixes ornamentais,
que atualmente representa sua mais lucrativa atividade econômica (IDAM, 2021).
4.2. Articulação e cooperação com o setor público ou setor produtivo local: descreva o processo
de articulação e cooperação com órgãos de planejamento de formação dos agentes públicos
ou com o setor produtivo (Caso tenham documentos comprobatórios, inclui-los na aba
documentos)
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) é o órgão gestor da politica estadual de meio
ambiente, enquanto o Instituto Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) é o órgão executor
dessa política. Ambos são órgãos da estrutura da administração direta do estado, assim como a
Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo (SETEMP) que fomenta o
desenvolvimento de atividades econômicas para gerar emprego e renda.
Devido às grandes distâncias geográficas do estado, não foi possível articular diretamente com os
setores produtivos, nos municípios onde se pretende ofertar a qualificação, uma vez a cidade de
Lábrea, por exemplo, está a 702 km de distância de Manaus, em linha reta, cujo acesso se dá,
sobretudo, por barco como na maioria das cidades amazonenses.
Então, buscaram-se com as secretarias já citadas a formalização de acordos de cooperação técnica
ou parcerias que pudessem estimular arranjos produtivos locais a partir da qualificação proposta,
entretanto, combinando com oficinas para produção de bens e serviços com características das
vocações locais, desencadeando na capacitação em nível de extensão universitária e financiada
com recursos de fundos ambientais ou do terceiro setor.
A SEMA manifestou-se interessada em estabelecer um termo de cooperação técnica com a UFAM
para que outras iniciativas desse tipo, de fato, ocorram no futuro a partir de novas fontes de
financiamento (carta de intenções e e-mail, anexos).
O interesse nessas parcerias também foi manifestado pela SETEMP, mas também pelo IDESAM
que é uma organização não governamental (ONG) que já atua na região sul do Amazonas,
sobretudo na região de Lábrea e Apuí (cartas de intenções anexas).
Temos o interesse de formalizar parcerias também com a SEPROR e com o Instituto de
Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (IDAM), a fim de tornar o arranjo mais
robusto e complexo, mas também identificar cooperativas de produtores rurais.
Todos os órgãos públicos e do terceiro setor contatados, assim como a Universidade Federal do
Amazonas (UFAM), reconhecem que o Amazonas possui aproximadamente 97% de sua cobertura
vegetal preservada tendo, portanto, potencial de desenvolver experiências ambientais sustentáveis
e inovadoras. É a partir dessa possibilidade que essa relação simbiótica está se desenhando para
estimular o desenvolvimento de atividades econômicas e inserir populações que vivem à margem.
4.3. Diretrizes do curso e da formação dos egressos do curso (Caso tenha o projeto pedagógico
do curso, inclui-los na aba documentos).
O curso lato sensu de “Especialização em Gestão de Negócios Amazônicos” com carga horária de
420 horas foi idealizado na perspectiva de alinhamento ao desenvolvimento de atividades
econômicas pensadas nas vocações locais do interior do estado do Amazonas, através do
compartilhamento de saberes e colaboração entre os atores públicos, privados, terceiro setor e a
sociedade civil organizada.
O maior intento é desenvolver novos horizontes de negócios buscando evidenciar as experiências
ambientais sustentáveis já observadas no contexto regional e ser motor do processo de geração de
b) A necessidade da formação de um profissional que seja capaz de refletir sobre sua realidade e
criar perspectivas e diferenciais para a sociedade e a economia, agregando valor as cadeias
produtivas da região através dos conhecimentos adquiridos e colocar em prática numa atuação
capaz de gerar novos negócios e mercados e contribuir para odesenvolvimento da Amazônia;
4.4. Resultados que o se pretender atingir com a oferta do curso (Caso tenham documentos
referentes a este critério, inclui-los na aba documentos).
Outro índice considerado será a média de desempenhos dos alunos, no limite aceitável
de conceito B (7-9), considerando o limite máximo de 20% abaixo desse conceito.
Será considerado ainda o grau de satisfação dos alunos, medido por avaliações
(aplicação de instrumentos) ao final de cada disciplina (módulo), considerando um
volume de 80% de avaliações positivas de cada disciplina ministrada, como índice
positivo e o que ocorrer abaixo disso buscar-se-ão observar e contornar o problema
observado para que não seja reincidente, caso ocorra.
2) Metas, aqui entendidas como a consecução dos objetivos do curso, como segue:
OBJETIVO META
Oferecer componentes de Atingir 100% de oferta
conhecimento teórico e prático de das disciplinas propostas
Gestão de negócios e oportunidades
amazônicas
Incentivar práticas sustentáveis e Atingir 60% de negócios
contribuir para o fortalecimento viáveis para o mercado
econômico e social da região encaminhados
Incentivar o respeito e ética para com Ter 100% de negócios
as comunidades e os detentores dos aprovados no tripé da
conhecimentostradicionais sustentabilidade
(economicamente viáveis,
ambientalmente corretos
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e socialmente justos)
3) Limite de tolerância, aqui entendido como o percentual de variação que o curso tolera ao não
atingir uma meta, ou seja, uma espécie de “margem de erro”, convencionado no curso como
limite de até 20%.