Edson Júlio Serrão de Sousa - Ramos de Direito

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS E TECNOLOGIA ALBERTO CHIPANDE

ENSINO À DISTÂNCIA (EaD)

LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

Ramos de Direito

Discente: Edson Júlio Serrão de Sousa

Docente: Flora Peranhe

Maputo, Março de 2024


INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS E TECNOLOGIA ALBERTO CHIPANDE

ENSINO À DISTÂNCIA (EaD)

LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

Ramos de Direito

Edson Júlio Serrão de Sousa

Trabalho de campo da disciplina de Noções Fundamentais de Direito


a ser apresentado no curso Licenciatura em Contabilidade e
Auditoria, 2° Ano do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia
Alberto Chipande, como um dos requisitos avaliativos da Cadeira

Docente

Flora Peranhe

Maputo, Março de 2024

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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 4

1.1. Objectivos ....................................................................................................................... 5

1.1.1. Objectivo Geral ........................................................................................................... 5

1.1.2. Específicos .................................................................................................................. 5

2. Metodologia ............................................................................................................................. 5

3. Revisão Bibliográfica .............................................................................................................. 6

3.1. Conceito de Direito ......................................................................................................... 6

3.2. Princípios Gerais do Direito............................................................................................ 7

3.3. Classificação do Direito .................................................................................................. 8

4. Conclusões ........................................................................................................................ 15

Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 16

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1. Introdução

Desde os primórdios da civilização, a necessidade de estabelecer regras para regular as relações


entre os indivíduos tem sido uma constante. O Direito, como sistema de normas e princípios,
emerge como uma resposta a essa necessidade, oferecendo um arcabouço jurídico para garantir
a ordem e a justiça na sociedade. Ao longo da história, o Direito evoluiu em resposta às
mudanças sociais, políticas e econόmicas, adaptando-se às necessidades e valores de cada
época.

Nessa longa jornada de evolução, o Direito tem sido uma resposta dinâmica e adaptativa às
complexidades da sociedade. Surgindo como uma necessidade primordial de regulamentação
das interações humanas, sua evolução resultou na diferenciação de uma ampla gama de ramos
especializados. Cada ramo foi meticulosamente delineado para abordar as nuances específicas
das diversas facetas da vida em sociedade, desde as transações cotidianas entre indivíduos até
questões de maior escala, como os desdobramentos legais decorrentes de atos criminosos.
Os ramos do Direito não apenas refletem, mas também moldam e sustentam as bases sobre as
quais uma sociedade é construída e mantida. Por exemplo, o Direito Civil atua como um
alicerce regulatório para as relações interpessoais, garantindo a estabilidade e a justiça em
acordos contratuais e disputas civis. Enquanto isso, o Direito Penal surge como um instrumento
de proteção, impondo sanções legais àqueles que violam as normas estabelecidas pela
sociedade.
Ademais, não se pode subestimar a importância dos ramos do Direito que transcendem as
interações individuais, adentrando nas esferas governamentais e internacionais. O Direito
Constitucional, por exemplo, não só estabelece os pilares sobre os quais uma nação é
construída, mas também protege os direitos fundamentais dos cidadãos contra potenciais
abusos de poder. Enquanto isso, o Direito Internacional regula as relações entre estados
soberanos, garantindo a cooperação global e a resolução pacífica de disputas. Cada ramo, seja
ele local, nacional ou internacional, contribui para a coesão e o funcionamento adequado do
sistema legal como um todo.

Neste trabalho, será realizada uma revisão da literatura para explorar os principais ramos do

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Direito, destacando suas características, áreas de aplicação e importância na sociedade
contemporânea.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

• Explorar e compreender os principais ramos do Direito, destacando suas


características, áreas de atuação e importância na estrutura legal da sociedade.

1.1.2. Específicos

• Identificar e definir os principais ramos do Direito, elucidando suas funções e âmbitos


de aplicação.

• Analisar a relevância prática de cada ramo do Direito, por meio de estudos de casos e
exemplos concretos, para compreender como essas áreas influenciam as relações sociais
e jurídicas.

2. Metodologia

Para a pesquisa sobre os Ramos de Direito, será adotada uma abordagem metodológica
centrada na pesquisa bibliográfica. Esta técnica abrange toda a bibliografia já tornada pública
em relação aos ramos do Direito, incluindo livros, artigos científicos, monografias, teses e
outras publicações relevantes. A pesquisa bibliográfica permitirá uma análise abrangente das
bases legais, princípios e desenvolvimentos recentes em cada área específica do Direito. Essa
técnica será particularmente útil para examinar discussões teóricas, estudos de casos,
tendências jurisprudenciais e diferentes perspetivas adotadas por estudiosos e profissionais
jurídicos. Ao integrar a pesquisa bibliográfica, busca-se fornecer uma compreensão sólida e
informada dos diversos ramos do Direito, contribuindo assim para um conhecimento
aprofundado do campo jurídico.

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3. Revisão Bibliográfica

3.1. Conceito de Direito

Etimologicamente, o termo Direito vem do latim “Directum” do verbo “dirigere” (dirigir-


orientar-endireitar), significando aquilo que é “recto”, “direito” ou “conforme à razão”.
Didacticamente, o Direito é o ramo da ciência que estuda as regras gerais, abstractas e
imperativas do relacionamento social, criadas pelo Estado e por este impostas, se necessário, de
forma coerciva. Deveres e obrigações impõem-se à conduta de todas as pessoas no convívio
familiar, na vida laboral e nas relações sociais em geral. A solução dos conflitos, com base no
Direito e mediação do Estado, torna possível a vida em sociedade.

Assim, Direito não é somente o conjunto de normas gerais, abstractas obrigatórias e coercitivas
(normas jurídicas) que regulam, ordenam ou disciplinam os aspectos mais relevantes da vida
societária mas é também o ramo da ciência que tem por objecto o estudo dessas normas. A
ciência jurídica tem por objecto discernir, de entre as normas que regem a conduta humana, as
que são especificamente jurídicas.

Ao contrário de outras normas sociais, as normas jurídicas caracterizam-se pelo seu carácter
coercitivo, pela existência de sanção imposta pela autoridade do Estado no caso de não
observância voluntária.

O Direito regula uma enorme e crescente gama de relações humanas e rege-se, em todo o
mundo civilizado, por numerosos princípios e regras cuja validade é imposta e aceite como
condição da própria sobrevivência social. Tal ordenamento compulsório estabeleceu-se em
lenta e trabalhosa evolução, ao longo de séculos, como se verá em seguida, através de uma
breve referência às suas matrizes históricas mais conhecidas, para uma melhor compreensão
dos sistemas jurídicos vigentes na actualidade.

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3.2. Princípios Gerais do Direito

A Ciência Jurídica costuma enunciar ainda como Fonte de Direito os chamados Princípios
Gerais do Direito, que são os pressupostos lógicos que em que se baseiam as diferentes normas
jurídicas.
No seu livro “Lições preliminares de Direito”, Miguel Real considera que os princípios gerais
do Direito são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a
compreensão do ordenamento jurídico em sua aplicação e integração ou mesmo para a
elaboração de novas normas.

Podem considerar-se como os alicerces do ordenamento jurídico, informando o sistema


independentemente de estarem formalizados na norma legal. Assim, admitem-se como
princípios gerais:
• Não condenar alguém se não se pode provar sua culpa;
• A ninguém é permitido causar dano a outrem e, se o fizer, deverá indemnizá-lo;
• Não se pode punir ninguém pelos seus pensamentos;
• Ninguém pode ser obrigado a citar os dispositivos legais em que se apoia a sua
pretensão, pois parte-se do pressuposto de que o julgador os conhece;
• A ninguém é obrigado fazer o impossível;
• Não há crime nem criminoso se não houver lei anterior que o prescreva como tal.

Assim, a justiça, a igualdade, a equidade, a liberdade, a legalidade, o direito à vida, à defesa e à


resistência contra a opressão – tais são alguns desses princípios cuja relevância na configuração
e na realização do Direito é indiscutível, mas que, no entendimento de muitos autores, não
constituem mais uma fonte de Direito, porquanto: não constituem propriamente uma via pela
qual o direito “nasce” ou “se dá a conhecer”; eles estão ligados, de forma indissolúvel, às
demais fontes que devem tomá-los em consideração, quer na criação, quer na interpretação e
aplicação das regras de Direito.

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3.3. Classificação do Direito

• Direito Positivo e Direito Natural

O Direito Positivo compreende o conjunto de regras jurídicas em vigor num país determinado
e numa determinada época. É o Direito histórica e objectivamente estabelecido, encontrado em
leis, códigos, tratados internacionais, decretos, regulamentos, costumes, etc.; é o Direito cuja
existência não é contestada por ninguém. É com esse significado que nos referimos ao direito
romano, ao direito alemão, ao direito português, ao direito brasileiro.

O Direito Natural, para os que aceitam a sua existência, é aquele que não se consubstancia em
regras impostas ao indivíduo pelo Estado, mas de uma lei anterior e superior ao Direito
Positivo, que se impõe a todos os povos pela própria força dos princípios supremos dos quais
resulta, constituídos pela própria natureza e não pela criação dos homens, como, por exemplo,
o direito de reproduzir, o direito de viver etc. Numa palavra, o Direito Positivo, é o direito que
depende da vontade humana, enquanto o Direito Natural, é o que independe do acto de
vontade, por reflectir exigências sociais da natureza humana, comuns a todos os homens.

• Direito Internacional e Direito Nacional

Direito Internacional vem a ser o complexo de normas aplicáveis nas relações entre países
(Direito Internacional Público), e aos particulares que tenham interesse em mais de um país
(Direito Internacional Privado). Exemplificando: se, na exploração de uma fábrica
hidroeléctrica, construída por dois países, estes tiverem alguma divergência, a questão poderá
ser resolvida por meio de aplicação de normas de Direito Internacional Público. Já o inventário
de um falecido que tenha deixado bens em vários países cria problemas de Direito
Internacional Privado, por isso que estão em jogo interesses de particulares em mais de um
país.

Direito Nacional é o que existe dentro das fronteiras de um país.

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• Direito Público e Direito Privado

O Direito Público diz respeito ao complexo de normas que regulam e disciplinam os interesses
imediatos do Estado na representação da coletividade. Suas regras são imperativas, pois não
podem ser alteradas por acordo entre particulares.

O Direito Privado, por seu turno, compreende, essencialmente, o Direito Civil (regula os
direitos e obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e às relações que as
pessoas estabelecem entre si e a respeito dos bens) e o Direito Comercial (que regula a
profissão dos comerciantes, seus actos e contratos).

3.4. Ramos do Direito

Ramos de Direito são, pois, disciplinas de especialização do Direito, que se ocupam das formas
de regulação de determinados aspectos da vida societária através de normas jurídicas próprias e
servindo-se de princípios, métodos e processos adequados. Os diferentes ramos de Direito
surgem em virtude da necessidade de o Direito se especializar de modo a regular de forma
eficaz os novos problemas e fenómenos da vida societária que vão surgindo, por vezes com
grande complexidade. Assim, os diferentes segmentos ou domínios de regulação do Direito
tendem a ganhar relativa autonomia, apresentando-se como disciplinas ou ramos específicos
dentro da Ciência Jurídica.

a) Direito Constitucional - É o ramo do Direito que tem por objecto de estudo as normas
constitucionais, ou seja, os princípios e normas fundamentais da estrutura política e
organizativa do Estado, as liberdades e direitos fundamentais dos cidadãos e as bases do
ordenamento jurídico da sociedade. O Direito Constitucional caracteriza-se por ter uma
posição normativa hierarquicamente superior aos outros ramos de Direito, porquanto:
suas normas constituem uma lei superior que se fundamenta a si própria; suas normas
são a fonte de produção jurídica de outras normas (leis, regulamentos); todos os poderes
públicos devem actuar conforme às normas constitucionais.

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b) Direito Administrativo – É o ramo de Direito que tem por objecto de estudo o sistema
de normas jurídicas que regulam a organização e o processo de actuação da
Administração Pública e disciplinam as relações pelas quais ela prossegue interesses
colectivos, podendo usar para o efeito de iniciativas e do privilégio da execução prévia.

c) Direito Civil – É o ramo de Direito que se ocupa dos preceitos que regulam as relações
entre simples particulares ou entre estes e o Estado ou outros entes públicos desde que
actuem desprovidos do ius imperium, sob o signo da Justiça. O objecto de regulação do
Direito Civil abarca não apenas as relações sociais de carácter patrimonial (relações
monetário-mercantis amparadas juridicamente) mas também relações pessoais com
certo conteúdo patrimonial (como os direitos de autor) e mesmo relações pessoais puras
(como os direitos ao nome e à imagem). O Direito Civil, do qual se desprenderam
diversos ramos do Direito, fixa normas e institutos fundamentais que servem de
referência ou assumem carácter supletivo em relação aos demais ramos. O Direito Civil
possui sub-ramos que tendem a assumir cada vez mais autonomia, como: direito de
propriedade, direito de obrigações, direito de família, direito de sucessões, direito do
trabalho, direito comercial, etc.;

d) Direito de Propriedade – É o ramo do Direito que se ocupa das normas jurídicas que
instituem, regulam e protegem relações patrimoniais que surgem entre pessoas
singulares e colectivas devido à apropriação e transformação dos bens da natureza e da
produção e reprodução sociais. O Direito de Propriedade regula primordialmente os
direitos reais, que são aqueles em que se atribui a uma pessoa todas as prerrogativas que
se possa ter sobre um bem, de modo a obter desse bem, de forma total ou parcial, as
utilidades que proporciona. O direito real mais importante é o de propriedade que
concede ao titular (o proprietário) as faculdades de posse, uso, desfruto, disposição e
reivindicação.

e) Direito de Obrigações - É o conjunto de princípios e normas que regulam as relações


obrigacionais, ou seja, os direitos ou faculdades que de que uma pessoa é investida e
que lhe permitem exigir de uma outra pessoa determinada prestação (passível de ser

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valorada economicamente), cujo cumprimento pode ser forçoso caso não ocorra de
forma voluntária. Os diferentes negócios jurídicos, como contratos de arrendamento,
compra e venda, doação, mandato, representação, seguro, etc. são regulados pelo
Direito de Obrigações.

f) Direito de Família – É a disciplina de Direito que regula o complexo de relações


jurídicas (de natureza pessoal, social, material, económica) que surgem no seio da
família em si e entre esta e terceiros ou o próprio Estado. Matrimónio, união de facto,
divórcio, pátria potestade, filiação e adopção, tutela e curatela são, entre outras,
matérias reguladas pelo Direito de Família.

g) Direito de Sucessões – É a disciplina de Direito que se ocupa das normas jurídicas que
regulam a transmissão do património e outras relações de carácter não patrimonial ou
de certo conteúdo patrimonial de uma pessoa para outra(s) depois da morte daquela.
Questões relacionadas com a sucessão testada e intestada, o direito à herança e a divisão
dos bens herdados são reguladas por esta disciplina.

h) Direito Internacional Público – É a disciplina de Direito que se ocupa do conjunto de


regras que determinam os deveres e os direitos dos sujeitos internacionais (Estados,
Organizações Internacionais e outros entes) nas suas relações entre si, normas essas que
são de obrigatório cumprimento. Tem como fontes os Tratados, os Costumes e os
princípios gerais de Direito (fontes directas), as decisões dos tribunais internacionais, as
opiniões da doutrina internacional e as resoluções dos organismos internacionais (fontes
indirectas) e as fontes dos próprios estados (leis, doutrina e jurisprudência nacionais e
actos diplomáticos dos estados).

i) Direito Internacional Privado – É a disciplina de Direito que se ocupa do conjunto de


princípios e regras que determinam a lei aplicável a relações jurídicas em que ao menos
um dos seus elementos (sujeito, objecto e lugar) é estrangeiro e, por isso, está
relacionado com mais do que uma legislação. Dito de outro modo, é o conjunto de

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regras aplicáveis à solução de conflitos que podem surgir entre duas soberanias em
virtude do confronto de suas respectivas leis privadas ou de interesses privados de seus
nacionais.

j) Direito Financeiro - É o ramo de Direito que se ocupa do conjunto de normas jurídicas


que versam ou regulam a actividade financeira do Estado, ou seja, a colecta, gestão e
aplicação dos recursos financeiros tendo em vista a satisfação das necessidades do
Estado e da colectividade. Tem por subsistemas ou sub-ramos o Direito tributário e o
Direito fiscal.

k) Direito Tributário - É a disciplina de Direito que tem por objecto de estudo o conjunto
de normas que regulam a actividade de arrecadação das receitas, efectuada
essencialmente através de impostos (prestações unilaterais estabelecidas por lei e
calculadas com base nos rendimentos auferidos pelos cidadãos e entregues ao Estado) e
taxas (prestações efectuadas pelos cidadãos como contrapartida de serviços que lhes são
prestados pelo Estado ou pela utilização de bens do domínio público.

l) Direito Fiscal - É a disciplina de Direito que se ocupa do sistema de normas jurídicas


que disciplinam as relações de imposto e definem os meios e processos através dos
quais se realizam os direitos emergentes daquelas relações. Inclui normas de soberania
fiscal (referentes a poderes do Estado para criar impostos) ¸ normas de incidência
(referentes aos pressupostos e aos elementos de tributação, definindo quem está sujeito
a determinado imposto e sobre que rendimentos recaem os impostos), normas de
lançamento (referentes aos processos de determinação dos elementos da relação de
imposto, identificando os sujeitos passivos e determinando a matéria colectável),
normas de cobrança (referentes à entrada nos cofres do Estado dos impostos;

m) Direito Económico – É a disciplina que se ocupa do estudo do conjunto de normas


jurídicas reguladoras das relações de realização e de direcção da actividade económica,
tendo em vista a produção e a distribuição de bens e a prestação de serviços

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susceptíveis de satisfazer as necessidades de subsistência e desenvolvimento da
sociedade.

n) Direito Comercial – É o ramo de direito que tem por objecto de estudo as normas que
regulam os actos de comércio ou respeitantes ao seu exercício, independentemente de
os sujeitos serem ou não comerciantes. Costuma ser encarado como sinónimo do
Direito empresarial.

o) Direito empresarial é um ramo do direito privado que se ocupa, essencialmente, do


estudo do conjunto das normas jurídicas que disciplinam a actividade de uma pessoa
física ou jurídica (empresário individual ou sociedade empresarial, de diversa natureza),
destinada à prossecução habitual de fins de natureza económica, através da produção de
bens ou da prestação de serviços que satisfaçam necessidades humanas e, em
contrapartida, resultem em benefícios ou resultados patrimoniais ou lucrativos para a
empresa. Deste modo, o direito empresarial abrange um conjunto variado de matérias,
incluindo as regras de constituição das sociedades comerciais ou empresariais, as
obrigações destas, os contratos especiais de comércio empresarial, os títulos de crédito,
a alteração, fusão ou extinção das empresas, de entre outras.

p) Direito do Trabalho – Ocupa-se do estudo do conjunto de normas jurídicas que


regulam as relações sociais emergentes do trabalho, em especial do trabalho
subordinado.

q) Direito do Notariado – É o ramo de Direito que regula a forma como se expressam


documentalmente relações patrimoniais e não patrimoniais que têm lugar
essencialmente entre particulares de modo que possam fazer fé pública e surtir os
devidos efeitos jurídicos. Contratos, testamentos, casamentos, etc. devem revestir
determinadas formas documentais para que sejam juridicamente válidos.

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r) Direito Penal – É o ramo de direito que se ocupa das normas que qualificam como
crimes ou delitos determinadas condutas e comportamentos reprováveis (à luz dos
valores fundamentais da comunidade erigida em Estado) e fixa os pressupostos de
aplicação das penas e medidas de segurança que couberem, em função da gravidade das
transgressões.

s) Direito Processual – (Direito Processual Civil, Direito Processual Penal, Direito


Processual do Trabalho, etc.) - Refere-se ao conjunto de normas que visam tornar
efectivos os direitos legalmente protegidos, definindo a forma de actuar junto dos
tribunais e bem assim a actuação destes com vista aplicação do direito e à realização da
justiça. O Direito Processual tem assim por função dar operacionalidade às normas
previstas nos vários ramos de Direito.

t) Direito da Internet – É um ramo emergente do Direito (pertencente à vasta área do


chamado Direito Virtual) que tem por objecto de estudo as normas que regulam
matérias decorrentes do próprio desenvolvimento da Internet, em especial das relações
jurídicas e sociais decorrentes do fenómeno da Internet. Com efeito, não escapa ao
Direito a regulação a vasta e complexa rede de relações sociais que têm lugar à escala
mundial, incluindo as realidades económicas, políticas, étnicas, raciais, culturais,
religiosas, mediatizadas pela Internet e, designadamente, pelas Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC). Questões como a governação e o sufrágio
electrónicos, realidades como comércio electrónico, jornais, revistas e publicidades
virtuais, bibliotecas on-line, tele-trabalho, conferências, cursos e escolas virtuais – tais
são algumas das muitas formas de manifestação das TIC e que exigem regulação
jurídica adequada pelos Estados, desafio deveras complexo.

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4. Conclusões

Os princípios do direito são essenciais para garantir a justiça e a equidade no sistema jurídico,
servindo como fundamentos éticos que orientam a aplicação das leis. Princípios como
igualdade perante a lei e legalidade asseguram que todas as pessoas sejam tratadas de forma
justa e previsível, protegendo os direitos individuais e promovendo a confiança na justiça.
Além disso, esses princípios desempenham um papel crucial na proteção dos direitos humanos
e na promoção da justiça social, fundamentais para a estabilidade e o funcionamento
democrático das sociedades.

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Referências Bibliográficas
1. Diniz, M. H. (2006). Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. São Paulo: Saraiva.

2. Diogo, F. A. (2000). Sumários de Introdução ao Direito. Lisboa.

3. Oliveira, J. (1989). O Direito. Introdução e Teoria Geral (7 ed.). Almedina, Coimbra.

4. Reale, M. (2020). Lições preliminares de direito. São Paulo: Saraiva.

5. Souza, S. C. (2015). Introdução ao Direito Público. Cuiabá-MT: UFMT.

6. Varela, B. (2011). Manual de Introdução ao Direito. Praia: Uni-CV.

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