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SUMÁRIO
1. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO.................................................................... 2
1.1. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE...........................................................................2
1.2. . PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA...............................................................................3
1.3. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE...................5
1.4. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE........................................................................6
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Direito Administrativo – Alexandre Medeiros
Aula 4 | Princípios da Administração
1. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Na aula passada foram vistos os princípios da legalidade, impessoalidade e publicidade.
Na aula de hoje daremos continuidade ao estudo dos demais princípios da Administração.
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COMENTÁRIO DA QUESTÃO:
Gabarito: A, pois a regra é a publicidade, todavia é possível haver sigilo, pois o
princípio da publicidade não é absoluto (art. 5º, XXXIII, CF).
B) Errado, o habeas data é uma ação judicial que visa preservar o direito à informação
relativo à pessoa do impetrante, mas evidente que a Administração, independentemente, da
ação de habeas data está obrigada a fornecer as informações requeridas, observadas as
possíveis restrições.
C) Errado, não é necessário que haja uma decisão judicial estabelecendo o sigilo, pois a
própria CF/88 já prevê as hipóteses de sigilo. Na dúvida, a regra é que o ato deve ser público.
D) Errado, o direito de petição de fato materializa o princípio da publicidade, mas não
são todas as informações que necessariamente devem ser fornecidas em face da possibilidade
de sigilo.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO:
Gabarito: C, pois a questão fala em ofensa a interesse público. No caso em especial, o
STF julgou uma ação direta de inconstitucionalidade que envolvia o Brasília Music Festival,
em que aconteceu exatamente a situação narrada na questão de favorecimento de um
seguimento social determinado, um evento tipicamente privado e que não havia justificativa
para destinar verbas públicas para o evento. O Ministro Relator Gilmar Mendes entendeu que
houve ofensa ao princípio da impessoalidade e da moralidade administrativa.
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Lei 9.784/99, Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.
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Lei 8.987/95, Art. 6º, § 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em
situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
A lei diz que não se caracteriza ofensa ao princípio da continuidade, até porque o
serviço continuará a ser prestado à coletividade como um todo, a sua interrupção por motivo
de emergência ou ainda motivada por razões de ordem técnica, ou de segurança das
instalações, ou em razão da inadimplência do usuário. Todavia, nesses dois últimos casos
(para reparos técnicos por motivo de segurança e devido à inadimplência do usuário) é preciso
que haja aviso prévio, sob pena de ilegalidade do corte.
Aliás, o STJ diz que o corte é ilegal tanto nesses casos quando não há o avisto prévio,
como também em face de débitos pretéritos. Exemplo: o usuário não pagou a conta de luz do
mês de janeiro e passaram-se os meses de fevereiro a julho com a utilização normal da
energia elétrica. Em agosto, a concessionária resolve cortar a luz desse usuário inadimplente
devido à inadimplência do mês de janeiro. O STJ disse que esse débito pretérito não autoriza
o corte de energia elétrica, devendo a concessionária ingressar com a ação judicial de
cobrança. O STJ também entende ilegal o corte do fornecimento de energia quando ocorre por
força de fraude no medidor de energia, apurada unilateralmente pela concessionária, porque
ofende a ampla defesa e o contraditório.
É possível haver o corte de prestação de serviço, ainda que essencial, para a pessoa
jurídica de direito público?
Sim, sempre mediante aviso prévio, mas desde que esse corte não atinja serviços
essenciais como saúde pública, segurança pública e educação pública, conforme entendimento
do STJ.
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Contra essa omissão, que inviabiliza o exercício regular de um direito, cabe a ação
constitucional do mandado de injunção. Em outubro de 2007, no julgamento dos Mandados
de Injunção nº 670, 708 e 712, o STF passou a admitir o exercício do direito de greve pelos
servidores públicos civis, mas como o STF não pode regulamentar a matéria, porque não é
Poder Legislativo, determinou a utilização da Lei de Greve do setor privado, a Lei 7.783/89,
no que couber.
Portanto, é equivocado afirmar que é possível utilizar integralmente a Lei 7.783/89 para
o servidor público civil, porque a lei não é destinada para servidor público, portanto se aplica
só no que couber.
Existem ainda algumas situações especiais quanto ao direito de greve do servidor
público.
A Constituição Federal vedou a greve para o militar, então o policial civil pode
fazer greve?
O STF disse que não, pois estendeu a vedação constitucional de greve dos militares
também aos policiais civis, por força de dois fundamentos: primeiro porque se trata de
atividade essencial ao Estado, segundo porque integra os grupos armados.
O servidor em estágio probatório (3 anos a contar a partir do exercício) pode exercer o
direito de greve, segundo o STF, e qualquer norma que limite o exercício desse direito fere o
princípio da igualdade ou da isonomia, devendo ser reputada inconstitucional.