Selos Maçônicos Comemorativos - Revisão Final
Selos Maçônicos Comemorativos - Revisão Final
Selos Maçônicos Comemorativos - Revisão Final
O ilustre, poderoso e Inspetor Geral da Ordem, irmão Wagner Ricardo Xavier Teixeira,
MI, 33º, REAA, obreiro da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Montsalvat, da
Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, querendo honrar nossos irmãos de antanho e,
com isto, insuflar em nossos contemporâneos o sentido de pátria, amor, família, liberdade
e valores maçônicos, se impôs a tarefa de pesquisar, organizar e compilar este trabalho.
Por ser árdua a empreitada e não querendo ser enfadonho, o Ir.’. Wagner decidiu, neste
momento, se ater aos selos comemorativos do Império do Brasil e da República
Federativa do Brasil que homenagearam nossos ilustres irmãos e lojas.
A atribuição de definir quem (ou o quê) será homenageado com um selo comemorativo
atualmente é da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT ou Correios), uma
empresa pública federal vinculada ao Ministério das Comunicações.
Com muito gosto e subida honra, aceitei o nobre convite do meu caríssimo irmão e atual
Hospitaleiro para o mister de revisar a sua obra, o que aceitei com serena humildade. E
espero estar à altura da tarefa, correspondendo à expectativa do Ir.’. Wagner.
EDUARDO WANDENKOLK
Nascido no Rio de Janeiro em 29/06/1838, falecido na mesma
cidade em 04/10/1902. Tendo alcançado o posto de almirante,
foi Ministro da Marinha do governo de Deodoro da Fonseca e
senador da República, de 1890 a 1900.
Foi reformado pelo Marechal Floriano Peixoto em 1892, após
ter assinado o Manifesto dos 13 Generais. Foi detido e
mandado para Tabatinga, no alto Amazonas, junto com outros
presos políticos.
Após ter os seus direitos restabelecidos foi nomeado chefe do Estado-Maior da Armada,
em 1900. Encontra-se sepultado em um mausoléu no Cemitério de São João Batista, em
Botafogo, no Rio de Janeiro.
conseguiu livrar toda a região da moléstia, inclusive o velho foco endêmico do litoral
paulista: o Porto de Santos.
Seu apoio às forças federais foi fundamental para a derrota dos federalistas que
ameaçavam a jovem república brasileira. O apoio ao governo de Floriano Peixoto não
levou, entretanto, Bernardino de Campos a apoiar as pretensões continuístas do
presidente da república. Foi, assim, um dos mais importantes articuladores da candidatura
presidencial de Prudente de Morais, seu correligionário do PRP, afinal eleito para o
período 1894-1898.
A primeira notícia de sua atividade maçônica que temos é a ata de fundação da Loja
Trabalho, de Amparo/SP, de 18/08/1872, que o cita como um dos seus fundadores.
Conhecida como ―Balaiada‖, a campanha de Luís Alves de Lima e Silva saiu vitoriosa. Em
1841, ao voltar ao Rio de Janeiro, Luís Alves foi promovido a General-Brigadeiro e
recebeu o título de ―Barão de Caxias‖, referência à cidade que conseguiu pacificar.
Em 1842, o Barão de Caxias foi nomeado "Comandante das Armas da Corte", cargo já
ocupado por seu pai. Nessa época, eclodiu a revolução liberal em São Paulo e Minas
Gerais, que Caxias reprimiu com facilidade e entrou em Sorocaba, onde enfrentou seu
antigo chefe, o Padre Feijó.
Em Minas Gerais, destacou-se no "combate de Santa Luzia", decisivo para a vitória. Ao
voltar, reassumiu o comando das armas, como o ―Pacificador‖.
Após pacificar três províncias, faltava só o Rio Grande do Sul onde a ―Guerra dos
Farrapos‖ entrava no seu sétimo ano. Foi nomeado "presidente da província do Rio
Grande do Sul" e "Comandante das Armas". Reorganizou as forças imperiais e depois de
dois anos saiu vitorioso.
Após transferir o seu escritório para o Rio de Janeiro, Ubaldino do Amaral exerceu uma
série de cargos, como por exemplo, presidente do Banco do Brasil, Inspetor de Alfândega
e professor na Faculdade de Direito da então capital do país. Na carreira pública,
angariou o posto de senador pelo Paraná de 1891 a 1894, prefeito do Distrito Federal de
1897 a 1898, além de Ministro do Supremo Tribunal Federal. Ubaldino também obteve
renome no âmbito jurídico ao integrar comissões de instituições literárias e científicas no
país e no exterior, assim como o fato de ter sido embaixador do Brasil à corte permanente
de arbitramento do Tribunal de Haia
Amaral foi um dos fundadores da Loja Maçônica Perseverança III, em 1869, sendo seu
primeiro orador. Através desta instituição, realizou diversos trabalhos filantrópicos.
Sua influência no grupo era tamanha que no ano de 1964, quarenta e quatro anos após a
sua morte, foi fundada a Fundação Ubaldino do Amaral, no seio da Loja Maçônica. A
Instituição é encarregada de atuar em diversas frentes de filantropia na cidade Sorocaba,
ajudando a manter diversas instituições como o Lar Escola Monteiro Lobato de Sorocaba,
ARLS MONTSALVAT – 123 – GLMMG Página 9
MAÇONARIA BRASILEIRA – SELOS COMEMORATIVOS
A Questão do Acre, 1903. O atual estado do Acre era reivindicado por Brasil e Bolívia.
Vários brasileiros estavam na região trabalhando nos seringais quando a Bolívia arrenda
as terras a uma companhia americana.
Diante das insurreições e revoltas, o governo brasileiro decide intervir. O Barão do Rio
Branco alega o princípio do uti possidetis que define que o território é de quem o ocupava.
A solução do litígio teve fim em 1903 com o Tratado de Petrópolis.
Ele ficou envolvido durante boa parte da década de 1820 no esforço brasileiro para
manter a Cisplatina como parte de seu território, primeiro durante a independência do
Brasil e depois na Guerra da Cisplatina. No final a província conseguiu se separar e se
tornou a nação independente do Uruguai.
Alguns anos depois em 1835 a província de São Pedro do Rio Grande do Sul se rebelou
na Revolução Farroupilha. O conflito durou quase dez anos e Porto Alegre liderou o
exército em vários confrontos.
Ele teve um papel importante ao salvar a capital provincial dos rebeldes farrapos,
permitindo que as forças governamentais conseguissem um fundamental ponto de apoio.
Porto Alegre liderou uma divisão brasileira em 1852 na Guerra do Prata em uma invasão
contra a Confederação Argentina. Recebeu um título de nobreza e foi sucessivamente
barão, visconde e por fim conde.
Pertencia ao quadro da Loja Fidelidade e Firmeza de Porto Alegre.
RUY BARBOSA
Um dos intelectuais mais conhecidos do seu tempo, foi designado por Deodoro da
Fonseca como representante do nascente governo republicano, tornando-se um de seus
principais organizadores, além de coautor da constituição da Primeira
República juntamente com Prudente de Moraes.
Em junho de 1907, Ruy vai à Conferência da Haia atendendo ao convite do então ministro
das Relações Exteriores, Barão do Rio Branco, sendo esta a sua consagração mundial.
Sobre isso escreveu o jornalista William Thomas Stead: "As duas maiores forças pessoais
da Conferência foram o Barão Marschall da Alemanha, e o Dr. Barbosa, do Brasil.
Todavia ao acabar da conferência, Dr. Barbosa pesava mais do que o Barão de
Marschall".
Na Conferência, foi discutida a criação de uma corte de justiça internacional permanente,
da qual participariam apenas as grandes potências — Inglaterra, Alemanha e Estados
Unidos, com a proposta de criar um Tribunal de Arbitramento.
Ruy Barbosa não se intimidou, enfrentando os defensores daquela proposta e
argumentou em seu discurso, que selecionar para aquele Tribunal, países com maior
poderio militar, iria estimular uma corrida armamentista, e o curso político mundial seria
direcionado para a guerra, o que contrariaria os objetivos daquela Conferência de Paz.
Além disso, Ruy defendeu a tese de que, ante a ordem jurídica internacional, todas as
nações são iguais e soberanas. A imprensa internacional destacou a brilhante atuação do
jurista, "homem franzino, de pouco mais de um metro e meio de altura", cuja brilhante
participação na Conferência "fomentou a imaginação popular no Brasil, onde foi
transformado em uma espécie de herói imbatível". Depois de sua atuação, passou à
história como o "Águia de Haia".
O irmão Ruy foi iniciado em 01/07/1869 pela Loja América de São Paulo, da jurisdição do
Grande Oriente do Brasil, dos Beneditinos, de Saldanha Marinho. Consta o nome de Ruy
no quadro da Loja de 1870 com a idade de 22 anos.
O irmão João Caetano foi iniciado na Loja 2 de Dezembro, Rio de Janeiro, no ano de
1845, tendo alcançado no Grande Oriente do Brasil o Grau 30.
“ Art. 1º. Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos
de fora, ficam livres. Excetuam-se: 1º Os escravos matriculados no serviço de
embarcações pertencentes a país, onde a escravidão é permitida, enquanto
empregados no serviço das mesmas embarcações. 2º Os que fugirem do
território, ou embarcação estrangeira, os quais serão entregues aos senhores que
os reclamarem, e reexportados para fora do Brasil. ”
A lei estabelecia multas aos traficantes, além de oferecer um prêmio em dinheiro a quem
denunciasse o tráfico:
“ Art. 2º. Os importadores de escravos no Brasil incorrerão na pena corporal do art. 179
do Código Criminal imposta aos que reduzem à escravidão pessoas livres, e na multa
de 200$000 por cabeça de cada um dos escravos importados. Art. 5º. Todo aquele,
que der notícia, fornecer os meios de se apreender qualquer número de pessoas
importadas como escravos, ou sem ter precedido denúncia ou mandado judicial, fizer
qualquer apreensão desta natureza, ou que perante o Juiz de Paz, ou qualquer
autoridade local, der notícia do desembarque de pessoas livres, como escravos, por
tal maneira que sejam apreendidos, receberá da Fazenda Publica a quantia de trinta
mil réis por pessoa apreendida.
O irmão Padre Feijó foi iniciado na Loja Amizade em 1833, onde chegou a alcançar o
Grau 18. Só chegou a Rosa Cruz e ao cargo de 2º Vigilante de sua loja-mãe, porque os
seus constantes afazeres políticos não lhe deram tempo para dedicar-se à Maçonaria.
O irmão Osório foi iniciado em 01/08/1870 na Loja América, sendo eleito em 10/02/1896
para Grão Mestre Adjunto.
No campo político, foi ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros de janeiro de 1822 a
julho de 1823, e, desde o início, colocou-se em apoio à regência de D. Pedro de
Alcântara. Proclamada a Independência, comandou uma política centralizadora e
organizou a ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal. Foi o
tutor do futuro Imperador D. Pedro II.
O irmão José Bonifácio foi um dos fundadores do Grande Oriente do Brasil e seu primeiro
Grão Mestre.
Foi o quarto filho do rei João VI e de sua esposa, a rainha Carlota Joaquina da Espanha,
e portanto, membro da Casa de Bragança.
Pedro viveu seus primeiros anos de vida em Portugal até que as tropas francesas
invadiram o país em 1807, forçando a transferência da família real para o Brasil.
Durante a formação das Cortes em Portugal, os revolucionários do Porto pretendiam
reestruturar a economia portuguesa. Para isso, acreditavam que a manutenção dos laços
coloniais era de suma importância para o fortalecimento da economia de Portugal.
Isso significava a interrupção de todas as benesses materiais oferecidas pela liberdade
econômica trazida com o governo de Dom João. Dessa forma, os aristocratas brasileiros
formaram o Partido Brasileiro com o intuito de mobilizar forças que preservassem seus
interesses de ordem econômica.
Uma das primeiras medidas desse novo partido foi agrupar um conjunto de assinaturas
que exigiam a permanência de Dom Pedro no Brasil. Essa manifestação exigindo apoio
de Dom Pedro, era uma resposta ao pedido formal das cortes portuguesas que
reivindicavam o retorno do príncipe regente para Portugal.
Vislumbrando o controle político sobre o território brasileiro, Dom Pedro em 09/01/1822
declarou sua fidelidade aos brasileiros no pronunciamento que ficou conhecido como ―Dia
do Fico." Era dado o primeiro passo para a Independência, que ocorreria em 07/09/1822.
Sobre o irmão Guatimozim consta: … Na 9ª sessão, em 02/08/1822 iniciado nos
augustos mistérios D. Pedro, Príncipe Regente, que adotou o nome heróico de
GUATIMOSIM. … Entre 29/09 e 03/10/1822 resolveu o GOB, secretamente, conduzir D.
Pedro – Príncipe Regente ao cargo de Grão Mestre.
Apoiou o candidato Hermes da Fonseca a sua sucessão em 1910, contra Rui Barbosa e o
presidente de São Paulo, Albuquerque Lins, candidatos de oposição que fizeram
a campanha civilista.
POSFÁCIO
Ofereço este trabalho a todos os irmãos da nossa ordem, para que relembrem que não
estamos aqui por acaso.
Podemos e devemos fazer a diferença neste país, nos espelharmos nestes exemplos de
patriotas que muito fizeram por nossa pátria, e que hoje sofre com mandos e desmandos,
governos e desgovernos.
Não podemos mais ficar omissos. Relembremos as responsabilidades que assumimos em
nossos juramentos (que reforçamos em todas as nossas reuniões). Sei que podemos com
a verdadeira união de nossa sublime ordem mudar este país, exemplos não nos faltam.
Conclamo a todos os maçons da nossa pátria a seguir os exemplos de nossos
antepassados para que também sejamos lembrados e deixemos algum legado para
nossos filhos, netos etc.
Somente o Grande Oriente do Brasil possui, hoje, aproximadamente 2.400 lojas e cerca
de 97.000 filiados. É a maior obediência maçônica do mundo latino e tem o
reconhecimento de toda a Maçonaria Regular mundial.
Em números absolutos a maçonaria brasileira é a terceira maior do mundo, ficando atrás
apenas dos Estados Unidos e da Inglaterra. Ao todo, são mais de 211.000 maçons no
Brasil, distribuídos em mais de 6.000 Lojas nas três potências regulares. Deste total as
grandes lojas estaduais possuem aproximadamente 106.100 membros ativos, filiados a
2.623 lojas.
Somente depende de nós a mudança necessária do Brasil. Temos que nos mobilizar, e
podemos em cada município brasileiro, exercer nossa influência e mudar a história, pois
somos homens livres, de bons costumes e acreditamos em uma pátria melhor para nosso
povo.
Agradeço ao irmão Marcelo pelo primoroso trabalho de revisão. E, junto a ele
agradecemos às nossas esposas, Solange e Izabel, que a cada dia nos revigoram, nos
tornam melhores e embelezam nossos lares.
Por fim, na pessoa do nosso Venerável Mestre, Sérgio Barbosa, cumprimentamos os
valorosos irmãos da Montsalvat, que muito contribuem para o nosso crescimento.
Ir Wagner Ricardo Xavier Silveira – Mestre instalado – Grande Inspetor Geral da Ordem
para o Rito Escocês Antigo e aceito para República Federativa do Brasil. G33.
Obreiro da Augusta e Mui Respeitável Loja Simbólica Montsalvat, 123 – GLMMG.
FONTES
Wikipedia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal