Ensaio de Mýdulo de Elasticidade Ý Compressýo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

DETERMINAÇÃO DO MÓDULO DE
ELASTICIDADE À COMPRESSÃO
DISCIPLINA: ENSAIOS DE ESTRUTURAS E MATERIAIS
PROFESSOR: MARCELO PICANÇO
ALUNAS: BIANCA ALVES
INÊS FREITAS
KAMILLA SOUZA
LUCIANA CAMPOS
SARA LOBO

Belém – PA
2016
SUMÁRIO
1. Sumário 2
2. Introdução 3
3. Objetivos e Objetivos específicos 5
4. Metodologia 6
5. Equipamentos e materiais 7
6. Procedimentos 8
7.Resultados e Discussões 12
8. Outra aplicação de módulo de elasticidade --------------------------------------------------- 14
9. Conclusão 16
10. Referências 17

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INTRODUÇÃO
▪ O módulo de elasticidade é um parâmetro mecânico que proporciona
uma medida da rigidez dos materiais quando estes são submetidos a
tensões externas;
▪ É um parâmetro fundamental para a engenharia pois está associado
com a descrição de várias outras propriedades mecânicas;
▪ Dependendo do material a que se refere, muda-se a forma de obtê-lo e
também seu respectivo valor.

a =F s = ∆L
Æ L0

a ∆a a2 – a 1
E= =
s ∆s s 1 – s2

3
Fig. 1. Gráfico tensão x deformação.
INTRODUÇÃO
▪ Tratando-se do concreto – material que possui comportamento frágil –,
quanto maior o módulo, tanto mais rígido é o concreto, ou menor é a
deformação elástica que resulta da aplicação de uma dada tensão;
▪ Segundo Mehta e Monteiro (2008), o E exerce influência significativa em
um projeto estrutural, já que está associado à deformação máxima
permitida, antes de o material adquirir deformação permanente.
▪ Segundo Equipe de Furnas, 1997 apud Santos, Gambale e Andrade
(2006), o gráfico x do concreto deve ser considerado linear para fins de
cálculo.

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OBJETIVOS
• OBJETIVOS GERAIS
Determinar o valor do módulo estático de elasticidade de dois traços
de concreto (principal e piloto) através da compressão;
Comparar os valores de módulos encontrados dos dois traços;
Comentar outra aplicação científica de módulo de elasticidade.
• OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Determinar as resistências à compressão de cada traço;
Aplicar ciclos de carregamentos nos CP’s;
Medir deformações com uso do extensômetro;
Obter o gráfico Tensão x Deformação.
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METODOLOGIA
• Uso de corpos de prova cilíndricos (10cm x 20 cm) de dois tipos de traço, sendo um principal (1:5) e o
outro rico (1:3,5), moldados e curados de acordo com a NBR 5738 (ABNT, 2015)
• Idade do ensaio: 42 dias, em ambos os traços.
• Ensaio: NBR 8522 (ABNT, 2008) - Concreto: Determinação do módulo estático de elasticidade à
compressão.
• Será descrito somente a execução do ensaio referente aos corpos de prova de um traço, porém o mesmo
foi aplicado igualmente aos dois.
• Dosagem: • Características dos materiais:
Mistura Traço Massa Massa Diâmetro Módulo
Principal 1:1,64:3,36:0,58 específica unitária máximo de finura
Material (kg/dm³) (kg/dm³) (mm) (mm)
Rica 1:0,98:2,52:0,44
Tabela 1: Dosagem dos traços utilizados.
Cimento CP IV 3,03 - - -
• Quantidade de corpos de prova moldados: Agregado 2,92 1,54 19,10 8,01
Corpos de Prova Cilíndricos 10 cm x 20 cm graúdo: seixo.
Principal 5 Agregado 2,60 1,60 1,18 1,81
Rico miúdo: areia
5
Total 10 Tabela 3:Características do cimento e agregados usados.
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Tabela 2: Quantidade de corpos de prova moldados.
EQUIPAMENTOS E MATERIAL
• MATERIAL: 5 corpos de prova de
concreto da mesma betonada. Fig. 2. Corpos de prova de concreto.

• EQUIPAMENTOS
Máquina de ensaios, de acordo
com NBR 5739 (ABNT, 2007)
Medidor de deformação
elétrico: extensômetro; Fig. 4. Prensa.

Paquímetro;
Fig. 3. Extensômetro elétrico.
Capeadores.

7 Fig. 5. Paquímetro.
Fig. 6. Capeadores (neoprene).
PROCEDIMENTOS
• Medir dimensões dos CP’s utilizando o
paquímetro.

• Determinação da resistência à compressão († c ):


Romper dois corpos de prova, seguindo a NBR
5739 (ABNT, 2007);
Definir a tensão de ruptura, a partir da média
das tensões de ruptura dos dois CP’s.

• Determinação da módulo de elasticidade


Centralizar o corpo de prova na máquina,
colocar os capeadores e o extensômetro;

8 Fig. 7. CP posicionado com capeadores


e extensômetro.
Aplicação de ciclos de carregamento, nos quais os carregamentos e
descarregamentos devem obedecer à velocidade de (0,45±0,15) Mpa/s e
devem ser conduzidos pelas seguintes etapas:

9 Gráf. 1: Representação esquemática do carregamento para a determinação do módulo


de elasticidade (Fonte: NBR 8522:2008)
Fig. 8: Aplicação dos ciclos de carregamento durante ensaio no LEC -UFPA

Retirar extensômetro, após última aplicação dos 30% da tensão de


ruptura, e carregar o corpo de prova até a ruptura, obtendo a
resistência efetiva († ce† ).
Os procedimentos acima deve ser realizados em 3 corpos de prova.
Fig. 9.CP após retirada de extensômetro,
10
pronto para ruptura.
Se f c e f deferir de f c em mais 20% em um corpo de prova, os resultados do mesmo
devem ser descartados;
Com o script disponibilizado pelo programa da máquina de ensaio, contendo as cargas e
deformações (obtidas do extensômetro), traçar gráfico Tensão x Deformação:
Dividir as deformações em mm, pelo comprimento inicial do extensômetro (Lo =
100 n n ) , para obter as deformações unitárias (s = ∆L ;
L
)
o
Dividir as cargas pela área da seção do corpo de prova (Ø = 100 mm), para obter as
F
tensões (a = Æ
);
Traçar gráfico Tensão x Deformação no Excel;
Criar linha de tendência do gráfico;
∆a
O módulo de elasticidade será o coeficiente angular da reta (E = )
∆s
O gráfico deverá ser traçado para os três CP’s, e o módulo final será a média dos três. Se
houver defasagem de 5% (no caso de mesmo operador da máquina) ou 10% (no caso de
diferentes operadores da máquina) entre os resultados de E individuais (de cada CP), o
CP disperso deverá ser descartado, e o módulo final será a média dos restantes.

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RESULTADOS
Tensão x Deformação
Linear (Traço Rico) Linear (TraçoPiloto)
12
11
10
9
8 y =31 422x - 0,132
Tensão σ (MPa)

7
6
5
4
3 y = 24699x - 0,3806
2
1
0
0 0,00004 0,00008 0,00012 0,00016 0,0002 0,00024 0,00028 0,00032 0,00036 0,0004
Deformação unitária ε (mm/mm)

Gráf. 2: Gráfico Tensão x Deformação dos traços principal e rico.

Módulo de elasticidade: Resistência à compressão efetiva:


- Corpo de prova do traço principal: E = 24,7 GPa - Corpo de prova do traço principal: a = 28,6 MPa
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- Corpo de prova do traço rico: E = 31,42 GPa - Corpo de prova do traço rico: a = 48,76MPa
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

▪ O módulo de elasticidade do traço rico foi superior ao principal,


situação que já era prevista;
▪ Quanto maior o módulo, maior a rigidez, sendo assim, o traço rico
possui maior rigidez;
▪ Quanto as resistências à compressão obtidas dos concretos: a maior
resistência foi do concreto de traço rico.

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OUTRA APLICAÇÃO DE MÓDULO DE ELASTICIDADE:
Artigo científico: “Resistência à abrasão hidráulica de concretos com
agregados de lama vermelha” (ROSSI , C.; RAMOS ,M.).
• Objetivo: Comparar os resultados do agregado cerâmico produzido a
partir da mistura (LVAF) de Lama Vermelha (LV) e areia fina com o
agregado convencional com seixo rolado (SR), de referência, para
avaliar os desempenhos mecânicos e a erosão por abrasão hidráulica.
• Resultados referentes ao módulo de elasticidade:

14 Tabela 3: Módulos de elasticidade dos concretos Tabela 4: Módulos de elasticidade dos concretos
confeccionados com amostras de SR. confeccionados com amostras de LVAF.
• Foram também realizados os ensaios de compressão simples, tração por compressão
diametral e resistência à abrasão. Os concretos dosados com LVAF foram superiores na
resistência à tração em 3,5%, à compressão axial simples em 55,0% e, principalmente, no
módulo de elasticidade, 89,0%.
• Análise da abrasão hidráulica:

Tabela 5: Desgaste médio das amostras em volume desgastado e altura média de desgaste.
.
• O desgaste médio da amostra LVAF foi 14,5% menor que o da amostra de referência,
explicável pela resistência mecânica e alto módulo de elasticidade, que quanto maiores,
maior a resistência à abrasão.

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Fig. 10: Aparência dos CP’s após ensaio de abrasão.
CONCLUSÃO
▪ A determinação dos módulos de elasticidade dos concretos se mostrou
coerente com os materiais e dosagens utilizadas.
▪ O módulo de elasticidade permite ter uma estimativa aproximada do
comportamento estrutural, visto que está associado a deformabilidade
do concreto.

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REFERÊNCIAS
▪ Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT NBR 5738. Concreto – Procedimento
para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, 2015.
▪ Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT NBR 5739. Concreto – Ensaio de
Compressão de Corpos-de-Prova Cilíndricos. Rio de Janeiro, 2007.
▪ Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT NBR 8522. Concreto: Determinação
do módulo estático de elasticidade à compressão. Rio de Janeiro, 2008.
▪ CALLISTER, W. D., Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução.
▪ BENETTI, J.K., Avaliação do módulo de elasticidade dinâmico de concreto produzido
com agregado graúdo reciclado de concreto.
▪ DA SILVA, K. A. N., Estudo de propriedades mecânicas de concretos produzidos com
diferentes agregados reciclados.

17 ▪ SHEHATA, L. D., Módulo de elasticidade, resultados de ensaios e fatores influentes.

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