Sistemas Eletrico de Potencia
Sistemas Eletrico de Potencia
Sistemas Eletrico de Potencia
Fevereiro 2020
0
APRESENTAÇÃO
Esses tópicos básicos servem também como preparação para estudos mais
avançados em sistemas de potência, voltados particularmente para aplicações de
métodos computacionais, operação econômica, confiabilidade, controle e
automação, estabilidade e proteção.
1
INDICE
5. FLUXO DE POTÊNCIA.........................................................................61
8. TÓPICOS COMPLEMENTARES..........................................................99
REFERÊNCIAS.........................................................................................109
ANEXOS...................................................................................................110
2
1. INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE POTÊNCIA
A Figura 1.2 mostra imagens dos tipos usuais das fontes de produção de
energia elétrica.
4
Figura 1.3 - Linhas de transmissão e subtransmissão
5
Figura 1.5 – Exemplos de subestações
6
• Distribuição: 13,8 e 34,5 kV;
• Subtransmissão: 69 e 138 kV;
• Transmissão: 230 kV e valores superiores.
Interligação de Sistemas
7
Figura 1.6 – Exemplo de uma configuração de um sistema elétrico interligado
8
• Operação e manutenção dos sistemas.
Preliminares
9
• 1888: Motores de indução e síncronos bifásicos (Tesla);
• 1889: Primeira UHE no Brasil;
• 1890: Primeira LT em operação (Oregon/EUA), 3,3 kV, 20 km,
monofásica, iluminação, motores monofásicos;
• 1893: Distribuição bifásica;
• 1894: 5 UHE nos EUA (1 bifásica e 4 trifásicas).
Transmissão e Sistemas
10
Desenvolvimentos e Perspectivas
* * *
12
13
2. CONCEITOS BÁSICOS PARA ANÁLISE DOS SISTEMAS
Variáveis e Parâmetros
14
Geradores: resistência e reatâncias por fase permanente, transitória e
subtransitória;
𝐼𝑀 𝐼𝑀
𝑖(𝑡) = 𝐼𝑀 cos(𝜔𝑡 − 𝛼) 𝑰= ∠(−𝛼 0 ) 𝐼𝑒𝑓 =
√2 √2
15
𝑝(𝑡) = 𝑣(𝑡). 𝑖(𝑡) 𝑆 = 𝑉. 𝐼 ∗
𝑝 = 𝑣𝑖 = 𝑉𝑀 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡𝐼𝑀 cos(𝜔𝑡 − 𝜃)
𝑉𝑀 𝐼𝑀 𝑉𝑀 𝐼𝑀
𝑝= 𝑐𝑜𝑠𝜃(1 + cos 2𝜔𝑡) + 𝑠𝑒𝑛𝜃sen2𝜔𝑡
2 2
A potência é constituida, portanto, de duas parcelas ou componentes, que
correspondem à potência na parte resistiva, chamada de potência real ou ativa, e
potência na parte reativa, chamada de potência reativa, respectivamente, tendo-
se então:
𝑉𝑀 𝐼𝑀
𝑝𝑅 = 𝑐𝑜𝑠𝜃(1 + cos 2𝜔𝑡)
2
𝑉𝑀 𝐼𝑀
𝑝𝑋 = 𝑠𝑒𝑛𝜃sen2𝜔𝑡
2
A potência média da segunda parcela é nula e a potência média total resulta
na potência média da primeira parcela, isto é:
𝑉𝑀 𝐼𝑀
𝑝𝑚 = 𝑐𝑜𝑠𝜃
2
16
Esta potência é também chamada de potência real ou potência ativa. O valor
máximo de px é chamado de potência reativa.
𝑖𝑅 = 𝐼𝑀 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡
𝑖𝑥 = 𝐼𝑀 𝑠𝑒𝑛𝜃sen 𝜔𝑡
17
Figura 2.2. Representação dos fasores e triângulo de potências
Circuitos Monofásicos
𝑉𝑡 = 𝑉𝑎 = 𝑉𝑎0 𝑉𝐿 = 𝑉𝑏 = 𝑉𝑏𝑛
𝑉𝑎𝑏 = 𝐼𝑎𝑏 𝑍𝐴 𝑉𝑡 − 𝑉𝐿 = 𝐼𝐿 𝑍𝐴
𝑉𝑡 − 𝑉𝐿
𝐼𝐿 =
𝑍𝐴
No gerador tem-se:
𝐸𝑔 = 𝑉𝑡 + 𝐼𝐿 𝑍𝑔
18
Circuitos Trifásicos Equilibrados
19
Figura 2.6 – Diagrama das tensões no gerador
𝑬𝒂′𝟎 = 𝑬𝒂 = 𝐸𝑎 ∠00
𝑬𝒃′𝟎 = 𝑬𝒃 = 𝐸𝑎 ∠2400
𝑬𝒄′𝟎 = 𝑬𝒄 = 𝐸𝑎 ∠1200
𝑬𝒂 𝑉𝑅 ∠00
𝑰𝑎 = 𝑰𝑎𝑛 = =
𝒁𝒈 + 𝒁 + 𝒁𝑹 𝒁𝑹
𝑬𝒃 𝑉𝑅 ∠2400
𝑰𝑏 = 𝑰𝑏𝑛 = =
𝒁𝒈 + 𝒁 + 𝒁𝑹 𝒁𝑹
𝑬𝒄 𝑉𝑅 ∠1200
𝑰𝑐 = 𝑰𝑐𝑛 = =
𝒁𝒈 + 𝒁 + 𝒁𝑹 𝒁𝑹
20
Figura 2.7 – Diagrama das tensões na linha
21
A carga está representada pelas impedâncias de cada fase Za, Zb e Zc, que
respondem pelos desequilíbrios. Nos terminais do gerador estão indicadas as
tensões Vt e as correntes IL para cada linha e na carga as tensões em cada fase
VL. Está também indicado o diagrama fasorial das tensões e correntes.
O comportamento das linhas depende desses parâmetros, que por sua vez
influenciam o comportamento do sistema de potência. Os parâmetros podem ser
representados como concentrados ou distribuídos e considerados de forma
completa ou de forma simplificada, dependendo do tipo de estudo a ser realizado.
Uso de Tabelas
As Tabelas 2.1 a 2.4 mostram alguns dados das características das linhas e
condutores, com os valores das resistências das reatâncias indutivas e capacitivas
para os espaçamentos usuais.
22
A Tabela 2.1 mostra valores usuais de tensões, tipos de condutores e
espaçamentos equivalentes.
23
A Tabela 2.4 mostra, para tensões e tipos de condutores, os valores totais
das resistências, reatâncias indutivas e capacitivas, por unidade de comprimento
(km). considerando espaçamentos usuais,
Considera-se como linha curta, em geral, uma linha com uma tensão de
distribuição em 13,8 kV e 34,5 kV, ou em tensões maiores mas com o comprimento
pequeno, até cerca de 80 km.
24
Figura 2.10 - Representação de uma linha curta e diagrama fasorial
𝑺 𝑃−𝑗𝑄
𝑽𝟏 = 𝑽𝟐 + 𝒁𝑰 𝑰 = ( )∗ =
𝑽 𝑉
∆𝑽 = 𝑽𝟏 − 𝑽𝟐 = 𝒁𝑰
𝑅𝑃 + 𝑋𝑄
∆𝑉 ≈ 𝑅𝐼𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑋𝐼𝑠𝑒𝑛𝜃 =
𝑉
Utilizando as unidades em kW, kVAr, MW, MVAr e kV, tem-se em (kV):
A queda de tensão expressa em por unidade (pu) e por cento (%) da tensão
de referência é dada por:
𝑅(𝑀𝑊)+𝑋(𝑀𝑉𝐴𝑟)
∆𝑉𝑝𝑢 = ∆𝑉% = 100∆𝑉𝑝𝑢
(𝑘𝑉)2
25
Adotando uma determinada base de potência, normalmente 100 MVA para
as linhas de transmissão e sistemas de potência, tem-se que:
𝑅(𝑀𝑉𝐴)𝐵 𝑋(𝑀𝑉𝐴)𝐵
𝑅𝑝𝑢 = 𝑋𝑝𝑢 =
(𝑘𝑉)2 (𝑘𝑉)2
𝑃 𝑄
𝑃𝑝𝑢 = 𝑄𝑝𝑢 =
(𝑀𝑉𝐴)𝐵 (𝑀𝑉𝐴)𝐵
∆𝑉 = 𝑅𝑃 + 𝑋𝑄
26
A regulação de tensão ρ na barra de carga pode ser definida como a
diferença entre as tensões nessa barra em vazio V0 e em carga Vc, em relação à
tensão em carga, isto é:
𝑉0 −𝑉𝑐 ∆𝑉 ∆𝑉
𝜌= = 𝜌% = 𝑥100
𝑉𝑐 𝑉𝑐 𝑉𝑐
𝜌𝑄 ≈ 𝑋∆𝑄
Como será visto no item sobre curto circuito, a ocorrência de curto circuito
em um ponto do sistema determina uma corrente de curto circuito e uma potência
de curto circuito, que depende de impedância de Thèvenin Z vista do ponto e da
tensão de circuito aberto E antes do curto. A corrente de curto circuito Icc é dada
por:
𝐸
𝐼𝑐𝑐 =
𝑍
Usando valores em pu e desprezando as resistências em relação ao módulo
das reatâncias, tem-se aproximadamente:
1
𝐼𝑐𝑐 =
𝑋
Verifica-se que em pu a potência de curto circuito Pcc (ou Sk) é igual à
corrente de curto circuito, isto é:
1
𝑃𝑐𝑐 = 𝑆𝑘 =
𝑋
Dessa forma, a regulação no ponto devido à variação de reativos, é dada
por:
1
𝜌𝑄 ≈ 𝑋∆𝑄 = ∆𝑄
𝑆𝑘
Isto é, a regulação no ponto devido à variação de reativos é dada pelo
produto dessa variação pelo inverso da potência de curto circuito no ponto, em pu
ou MVA.
27
Análise da Linha Média
Considera-se com linha média, em geral, uma linha com uma tensão de
subtransmissão em 69 kV e 138 kV, ou em tensões mais elevadas, mas com o
comprimento pequeno, até cerca de 240 km.
verifica-se pelo circuito que a variação tensão na linha média em vazio, em pu, é
dada por:
𝑋𝐿
∆𝑉𝑝𝑢 =
2𝑋𝐶
28
𝑥 2
∆𝑉𝑝𝑢 = 𝑙
2𝑥′
Expressando o valor do comprimento l da linha como l’ em centenas de km,
𝑥
∆𝑉𝑝𝑢 = 5000 (𝑙′)2
𝑥′
varia entre (0,8 e 1,0)(l’2). Pode-se, então, considerar a seguinte regra prática:
𝑉𝐿2 (𝑘𝑉𝐿 )2
𝑆𝑐 = 3𝑉𝐹 𝐼𝐶 = 𝑆𝑐 = 𝑀𝑉𝐴𝑟
𝑋𝐶 𝑋𝐶
(𝑘𝑉𝐿 )2
𝑆𝑐 = 𝑀𝑉𝐴𝑟/𝑘𝑚
𝑥′
(𝑘𝑉𝐿 )2
𝑆𝑐 = 100 𝑀𝑉𝐴𝑟/100𝑘𝑚
𝑥′
Utilizando valores típicos para x’ obtém-se para Sc, por exemplo para 69 kV,
um valor da ordem de 1,5 MVAr/100 km. Para as demais tensões é só considerar
29
que a potência reativa da linha varia com o quadrado da tensão. Assim, para cada
100 km de comprimento as linhas apresentam as potências capacitivas, ou
carregamentos, indicados na Tabela 2.1.
(𝑘𝑉𝐿 )2
𝐵% = 100𝐵𝑝𝑢 = = 𝑆𝑐
𝑋𝐶
30
𝑺𝒂𝒃 = 𝑃𝑎𝑏 + 𝑗𝑄𝑎𝑏
1
𝑃𝑎𝑏 = (𝑅𝑉𝑎2 − 𝑅𝑉𝑎 𝑉𝑏 𝑐𝑜𝑠𝛿 + 𝑋𝑉𝑎 𝑉𝑏 𝑠𝑒𝑛𝛿)
𝑅2 + 𝑋 2
1
𝑄𝑎𝑏 = 2 2
(𝑋𝑉𝑎2 − 𝑋𝑉𝑎 𝑉𝑏 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝑅𝑉𝑎 𝑉𝑏 𝑠𝑒𝑛𝛿
𝑅 +𝑋
De forma semelhante, a potência transmitida de b para a é dada por:
𝑽𝒃 − 𝑽𝒂 ∗
𝑺𝒃𝒂 = 𝑽𝒃 𝑰∗𝒃 = 𝑽𝒃 ( )
𝒁
Em termos das potências ativas e reativas, tem-se:
1
𝑃𝑏𝑎 = 2 2
(𝑅𝑉𝑏2 − 𝑅𝑉𝑏 𝑉𝑎 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝑋𝑉𝑏 𝑉𝑎 𝑠𝑒𝑛𝛿)
𝑅 +𝑋
1
𝑄𝑏𝑎 = 2 2
(𝑋𝑉𝑏2 − 𝑋𝑉𝑏 𝑉𝑎 𝑐𝑜𝑠𝛿 + 𝑅𝑉𝑏 𝑉𝑎 𝑠𝑒𝑛𝛿)
𝑅 +𝑋
Tem-se a seguinte diferença de potências:
Tem-se, então:
𝑉𝑎 𝑉𝑏 𝑉𝑎 𝑉𝑏
𝑃𝑎𝑏 = 𝑠𝑒𝑛𝛿 𝑃𝑀 =
𝑋 𝑋
31
Figura 2.14 – Curva de carga em uma linha de transmissão
32
3. REPRESENTAÇÃO E MODELAGEM DOS COMPONENTES
𝑝
𝑓= 𝑛
120
A tensão gerada no estator, ou armadura, é alternada senoidal e trifásica. O
gerador fornece corrente alternada (CA) senoidal às cargas a ele ligadas. O circuito
do rotor, ou enrolamento de campo, é alimentado por uma excitatriz, ou seja, por
uma fonte de corrente contínua (CC) proveniente de um gerador CC ou de uma
fonte CA com retificadores de estado sólido.
34
De outra forma, o circuito equivalente do gerador pode ser representado
conforme mostra a Figura 3.3. Estão indicadas a tensão interna Ei (ou Ef) gerada,
a tensão resultante Er, a tensão terminal Vt, a corrente de armadura Ia, as reatâncias
de dispersão Xl e de reação de armadura Xar, a reatância síncrona Xs = Xl +Xar,
como também a tensão de reação de armadura Ear.
A tensão de reação de armadura Ear pode ser vista também como uma queda
de tensão devido à corrente ∆Ear, tendo-se, então:
35
Figura 3.4 - Diagramas fasoriais das tensões e corrente no gerador com a tensão terminal
𝐸𝑔 𝑉𝑡
𝑃= 𝑠𝑒𝑛𝛿
𝑋𝑠
A análise acima considera o sistema em condições de regime ou estado
permanente, resultando para o gerador uma reatância permanente Xd (Xs). Diante
de variações de carga e de ocorrência de curto circuito no sistema, ou no terminal
do gerador, a corrente é transitória, comportando-se, em geral, com valores
bastante elevados nos instantes iniciais e decrescendo tendendo a uma condição
de regime permanente.
37
amortecimento rápido. Essa reatância é chamada de reatância subtransitória X”d ,
resultando numa corrente subtransitória I”d. No gerador aparece uma tensão
subtransitória E”d.
38
As relações entre as tensões do primário V1 e secundário V2, as correntes
do primário I1 e secundário I2 e os números de espiras do primário N1 e secundário
N2 são as seguintes:
𝑉1 𝐼2 𝑁1
= = 𝑉1 𝐼1 = 𝑉2 𝐼2
𝑉2 𝐼1 𝑁2
𝑉2
𝑍=
𝐼2
Tem-se no primário:
𝑁1
𝑉1 𝑁2 𝑉2 𝑁1 𝑉2
= = ( )2
𝐼1 𝑁2 𝑁2 𝐼2
𝐼2
𝑁1
Daí resulta:
𝑉1 𝑁1
= ( )2 𝑍
𝐼1 𝑁2
𝑁1 2
𝑋1 = 𝑥1 + ( ) 𝑥
𝑁2 2
Por outro lado, a reatância vista do secundário X1 será:
39
𝑁2 2
𝑋2 = 𝑥1 ( ) + 𝑥2
𝑁1
𝑋1 = 𝑋2 = 𝑋𝑒𝑚𝑝𝑢𝑜𝑢%
𝑅1 ≈ 𝑅2 = 𝑅
40
Figura 3.9 – Diagrama fasorial para o transformador
𝑆 = √3𝑉𝐿 𝐼𝐿
41
Se o equivalente monofásico for representado pela tensão de fase, istoé,
entre fase e neutro, e corrente entre fases, a potência trifásica é dada por:
𝑆 = 3𝑉𝐹 𝐼𝐹
𝑍𝑃𝑆 = 𝑍𝑃 + 𝑍𝑆
𝑍𝑃𝑇 = 𝑍𝑃 + 𝑍𝑆
𝑍𝑆𝑇 = 𝑍𝑆 + 𝑍𝑇
Daí resulta:
1
𝑍𝑃 = (𝑍𝑃𝑆 + 𝑍𝑃𝑇 − 𝑍𝑆𝑇 )
2
1
𝑍𝑆 = (𝑍𝑃𝑆 + 𝑍𝑆𝑇 − 𝑍𝑃𝑇 )
2
1
𝑍𝑇 = (𝑍𝑆𝑇 + 𝑍𝑃𝑇 − 𝑍𝑃𝑆 )
2
Desprezando-se as resistências R resultam relações semelhantes
considerando apenas as reatâncias X.
42
Um autotransformador apresenta o primário e o secundário em um mesmo
enrolamento, mas pode ser analisado como um transformador de dois
enrolamentos, conforme mostra a Figura 3.12. Sendo o autotransformador de três
tensões sua análise é feita como os transformadores de três enrolamentos.
Figura 3.13 - Esquema de uma linha curta interligando um gerador e uma carga
43
Figura 3.14 - Esquema de uma linha média interligando um gerador e uma carga
𝑍 = 𝑅 + 𝑗𝜔𝐿 𝑋𝐿 = 𝜔𝐿
1 1
𝑌 = 𝑗𝜔𝐶 = 𝑗𝐵 𝑋𝐶 = =
𝜔𝐶 𝐵
44
• 𝑉
Corrente constante (ks = 1): 𝑆 = 𝑆0 . ( )
𝑉0
• 𝑉
Impedância constante (ks = 2): 𝑆 = 𝑆0 . ( )2
𝑉0
Para cargas tipo potência constante essa situação é mais grave, pois o valor
nominal das cargas permanece o mesmo com a redução da tensão. É uma situação
mais conservativa, usada principalmente em planejamento, que estabelece folgas
para o sistema, desde que haja disponibilidade de recursos suficientes para isso.
Em operação essa modelagem pode apresentar resultados que se afastam dos
valores reais.
No caso de corrente constante a potência resultante é reduzida
proporcionalmente com a tensão e a possibilidade de ocorrência de colapso se dá
para um valor nominal de potência muito maior, mantendo uma situação mais
estável para o sistema. Para cargas tipo impedância constante a potência
resultante é muito mais reduzida, variando com o quadrado da tensão, e não há
fenômeno de colapso e instabilidade de tensão, pois a tensão tenderia a zero caso
a carga crescesse indefinidamente.
Sistemas com cargas de características compostas podem ser analisados
como situações intermediárias a partir dos casos básicos. Uma análise quantitativa
do problema de colapso de tensão e a influência das características das cargas
podem ser feitas utilizando as equações da linha de transmissão na forma
complexa. Para o caso geral, em que S = So.(V/Vo)ks e Ir = Sr/Vr resulta a seguinte
equação:
45
Figura 1.15 - Alguns tipos de cargas usuais nas indústrias
46
A Figura 1.17 mostra um diagrama unifilar de um sistema em malha,
constituído de três fontes interligadas através de três linhas com transformadores.
47
Figura 1.20 mostra um exemplo de sistema elétrico com diagrama unifilar e
diagrama de reatâncias.
48
4. ANÁLISE DE REDES ELÉTRICAS
As leis gerais dos circuitos elétricos podem ser aplicadas na análise dos
sistemas de potência. São elas as Leis de Kirchhoff, das malhas e dos nós, e a de
superposição. Também são aplicáveis os teoremas de Thèvenin e de Norton. As
variáveis consideradas são as correntes de malhas, as correntes de ramos, as
tensões de nós e as tensões de ramos.
Leis de Kirchhoff
A lei das malhas ou Lei de Kirchhoff para tensão indica que “a tensão
aplicada a um circuito fechado é igual à soma das quedas de tensão nesse circuito,
isto é: Tensão aplicada – soma das quedas de tensão = 0”
A lei de Kirchhoff para corrente ou lei dos nós, define que: “A soma das
correntes que entram numa junção, ou nó, é igual à soma das correntes que saem
dessa junção”.
49
A Figura 4.2 ilustra a lei dos nós.
Uma ilustração do teorema de Thèvenin pode ser vista na Figura 4.3 em que
mostra um circuito original com duas fontes de tensão E1 e E2 e quatro resistências
Z1, Z2, Z3 e Z4 e os terminais P e Q que apresenta uma tensão E, de circuito aberto.
Mostra também o circuito equivalente com a fonte de tensão E (ou Eeq ou Eth), e a
impedância equivalente Z (Zeq ou Zth), em série com a fonte.
50
O teorema de Norton estabelece que “qualquer estrutura linear ativa com
terminais de saída pode ser substituída por uma única fonte de corrente, com valor
igual à corrente nos terminais em curto circuito, em paralelo com uma impedância
equivalente vista dos terminais, com as fontes zeradas”
Equivalência de Fontes
51
O circuito com a fonte de tensão mostra uma tensão gerada Eg e uma
impedância Zg em série alimentando uma carga ZL. A tensão aplicada na carga é
VL, resultando uma corrente IL, que é igual à corrente na fonte Ig.
Tem-se que:
𝑉𝐿 = 𝑍𝐿 𝐼𝐿 𝐼𝐿 = 𝐼𝑔 = 𝐼𝑠 −𝐼𝑝
𝑉𝐿 = 𝐸𝑔 − 𝑍𝑔 𝐼𝐿 = 𝑍𝑃 (𝐼𝑠 − 𝐼𝐿 )
Daí resulta:
𝐸𝑔 = 𝑍𝑃 𝐼𝑆 𝑍𝑝 = 𝑍𝑔
Equações do Sistema
52
linhas L13, L14, L23, L24 e L34, para a transferências de potência, ou corrente, da fonte
para a carga. O sistema fica constituído de quatro nós, ou barras 1, 2, 3 e 4.
53
As equações para este sistema, aplicando a lei dos nós às barras 1, 2, 3 e
4, resultam em:
𝑰 = 𝒀𝑽
𝑌𝑖𝑗 = −𝑦𝑖𝑗
1,5∠00
𝐼1 = 𝐼2 = = −𝑗1,20
𝑗1,25
1,5∠−36,90
𝐼3 = = −0,72 − 𝑗0,96
𝑗1,25
𝐼4 = 0
Utilizando os valores das correntes e das admitâncias os valores das tensões
e das barras podem ser obtidos resolvendo a equação:
𝑰 = 𝒀𝑩 𝑽
Matrizes de Barra
𝑰 = 𝒀𝑽 ou 𝑰 = 𝒀𝑩 𝑽 𝒀 = 𝒀𝑩
𝑽 = 𝒀−𝟏
𝑩 𝑰 𝑽 = 𝒁𝑩 𝑰 𝒁𝑩 = 𝒀−𝟏
𝑩
Um sistema pode dado por uma equação em que sejam agrupadas as barras
com injeção de correntes IA e as barras em que não há injeção de corrente IX. As
tensões correnpondentes são VA e VX e as relações entres essas variáveis são
estabelecidas pela matriz admitância YB, de ordem A+X, composta das submatrizes
K e L, de ordem A, e de M e N, de ordem X, assumindo a seguinte forma:
𝐈 𝐊 𝐋 𝐕𝐀
[ 𝐀] = [ ][ ] 𝐍 = 𝐋𝐓
𝐈𝐗 𝐍 𝐌 𝐕𝐗
𝑽𝑿 = −𝑴−𝟏 𝑵𝑽𝑨
𝒀′𝑩 = (𝑲 − 𝑳𝑴−𝟏 𝑵)
Esse procedimento pode ser visto de maneira simples eliminando uma barra
de cada vez. Utilizando, como exemplo, o caso apresentado acima para eliminar a
barra 4 da matriz YB, tem-se:
57
−𝑗9,8 𝑗0,0 𝑗4,0 𝑗5,0
𝐾 = [ 𝑗0,0 −𝑗8,3 𝑗2,5 ] 𝐿 = [𝑗5,0]
𝑗4,0 𝑗2,5 −𝑗15,3 𝑗8,0
Pode-se verificar que cada elemento Y’kj da matriz resultante Y’B pode ser
obtido a partir do elemento Ykj correspondente da matriz original YB através da
relação:
𝑌𝑘𝑛 𝑌𝑛𝑗
𝑌′𝑘𝑗 = 𝑌𝑘𝑗 −
𝑌𝑛𝑛
58
Os elementos da matriz resultante podem ser determinadom, portanto,
efetuando as operações matriciais ou calculando diretamente cada elemento, como
acima.
𝐼3
𝑌31 =
𝑉1
𝐼3
𝑌33 =
𝑉3
59
Isto significa que a admitância própria Y33, da barra 3, é igual ao quociente
da corrente I3, injetada na barra 3, pela tensão resultante V3, na própria barra 3,
curto circuitando as barras 1 e 2.
𝑉3
𝑍31 =
𝐼1
𝑉3
𝑍33 =
𝐼3
𝑍33 = 𝑍𝑡ℎ3
60
Com base nessas interpretações pode-se, em princípio, medir
experimentalmente os valores das admitâncias e impedâncias próprias em todas
as barras e de transferência entras as barras. Esses valores podem ser também
obtidos a partir de simulações.
61
5. FLUXO DE POTÊNCIA
62
b) Conexão ou ligação entre barras através dos componentes;
c) Chaves para transferência de cargas ou estudos alternativos.
Os parâmetros dos componentes usuais são os seguintes:
a) Linhas de distribuição e transmissão (condutor)
▪ Resistência: r, em Ω/km;
▪ Reatância indutiva: xL, em Ω/km;
▪ Reatância capacitiva: xC, em Ω-1.km;
▪ Comprimento da linha: L, em km;
▪ Valores totais da linha: R = r. L, X = xL. L, Xc = xc / L.
b) Transformadores
▪ Reatância X, em % (na base de sua potência).
Tipos de Barras:
Os tipos das barras podem ser definidos em função dos tipos das cargas que
alimenta, em termos de potências ativa P e reativa Q, e das tensões, em termos de
módulo V e fase δ:
d) Barra de Controle
• Dados: P e δ
• Resultados: V e Q.
63
b) Todas as barras são numeradas em qualquer ordem, sem repetição;
c) A numeração é ordenada, sequencialmente, preferencialmente de 1 a n
(barras).
Resultados das simulações do fluxo de potência:
Equacionamento Básico
A Figura 2.5 mostra a representação de uma linha média compreendida
entre duas barras a e b, com indicação da sua impedância e das tensões, correntes
e fluxos das potências envolvidas.
64
𝑽𝒃 − 𝑽𝒂 ∗
𝑺𝒃𝒂 = 𝑽𝒃 𝑰∗𝒃 = 𝑽𝒃 ( )
𝒁
Em termos das potências ativas e reativas, tem-se:
𝑺𝒂𝒃 = 𝑃𝑎𝑏 + 𝑗𝑄𝑎𝑏
𝑺𝒃𝒂 = 𝑃𝒃𝒂 + 𝑗𝑄𝒃𝒂
Desenvolvendo as expressões de Sab e Sba, e fazendo δ = δa- δb, tem-se:
1
𝑃𝑎𝑏 = 2 2
(𝑅𝑉𝑎2 − 𝑅𝑉𝑎 𝑉𝑏 𝑐𝑜𝑠𝛿 + 𝑋𝑉𝑎 𝑉𝑏 𝑠𝑒𝑛𝛿)
𝑅 +𝑋
1
𝑄𝑎𝑏 = 2 2
(𝑋𝑉𝑎2 − 𝑋𝑉𝑎 𝑉𝑏 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝑅𝑉𝑎 𝑉𝑏 𝑠𝑒𝑛𝛿)
𝑅 +𝑋
1
𝑃𝑏𝑎 = 2 2
(𝑅𝑉𝑏2 − 𝑅𝑉𝑏 𝑉𝑎 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝑋𝑉𝑏 𝑉𝑎 𝑠𝑒𝑛𝛿)
𝑅 +𝑋
1
𝑄𝑏𝑎 = 2 2
(𝑋𝑉𝑏2 − 𝑋𝑉𝑏 𝑉𝑎 𝑐𝑜𝑠𝛿 + 𝑅𝑉𝑏 𝑉𝑎 𝑠𝑒𝑛𝛿)
𝑅 +𝑋
Essas equações básicas de fluxo de potência são estabelecidas para todas
as barras do sistema sob as quais são aplicados os métodos de solução,
usualmente os Métodos de Gauss-Seidel e de Newton-Raphson.
65
Método de Gauss-Seidel
Preliminarmente o método de Gauss-Seidel será aplicado a um sistema de
3 barras, utilizando-se do diagrama da Figura 5.2.
𝑃3 −𝑗𝑄3
𝑽𝟑 𝑰∗𝟑 = 𝑃3 + 𝑗𝑄3 𝑰𝟑 =
𝑽∗𝟑
𝟏 𝑃2 − 𝑗𝑄2
𝑉2 = [ − (𝑌21 𝑉1 + 𝑌23 𝑉3 )]
𝑌22 𝑽∗𝟐
𝟏 𝑃3 − 𝑗𝑄3
𝑉3 = [ − (𝑌31 𝑉1 + 𝑌32 𝑉2 )]
𝑌33 𝑽∗𝟑
66
relação aos valores anteriores. O processo prossegue até se alcançar a precisão
desejada.
Para um sistema de N barras, considerando a barra 1 como referência, tem-
se para a barra k:
𝟏 𝑃𝑘 −𝑗𝑄𝑘
𝑉𝑘 = [ − ∑𝑁
𝑛=1 𝑌𝑘𝑛 𝑉𝑛 ] 𝑛≠𝑘
𝑌𝑘𝑘 𝑽∗𝒌
Método de Newton-Raphson
O emprego do método de Newton-Raphson pode usar as equações tanto na
forma polar como retangular. Na forma polar as tensões em duas barras k e n e a
admitância entre elas são indicadas pelo módulo e fase, conforme segue:
67
𝑁
68
𝜕𝑃𝑘
= −𝑌𝑘𝑛 𝑉𝑘 𝑉𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝑘𝑛 + 𝛿𝑛 − 𝛿𝑘 )
𝜕𝛿𝑛
𝑁
𝜕𝑄𝑘
=− ∑ 𝑌𝑘𝑛 𝑉𝑘 𝑉𝑛 𝑐𝑜𝑠(𝜃𝑘𝑛 + 𝛿𝑛 − 𝛿𝑘 )
𝜕𝛿𝑘
𝑛=1,𝑛≠𝑘
𝜕𝑄𝑘
= 𝑌𝑘𝑛 𝑉𝑘 𝑉𝑛 𝑐𝑜𝑠(𝜃𝑘𝑛 + 𝛿𝑛 − 𝛿𝑘 )
𝜕𝛿𝑛
De forma semelhante são calculadas as derivadas em relação aos módulos
das tensões:
𝑁
𝜕𝑃𝑘
= ∑ 𝑌𝑘𝑛 𝑉𝑘 𝑉𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝑘𝑛 + 𝛿𝑛 − 𝛿𝑘 )
𝜕𝑉𝑘
𝑛=1,𝑛≠𝑘
𝜕𝑃𝑘
= −𝑌𝑘𝑛 𝑉𝑘 𝑉𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝑘𝑛 + 𝛿𝑛 − 𝛿𝑘 )
𝜕𝑉𝑛
𝑁
𝜕𝑄𝑘
=− ∑ 𝑌𝑘𝑛 𝑉𝑘 𝑉𝑛 𝑐𝑜𝑠(𝜃𝑘𝑛 + 𝛿𝑛 − 𝛿𝑘 )
𝜕𝑉𝑘
𝑛=1,𝑛≠𝑘
𝜕𝑄𝑘
= 𝑌𝑘𝑛 𝑉𝑘 𝑉𝑛 𝑐𝑜𝑠(𝜃𝑘𝑛 + 𝛿𝑛 − 𝛿𝑘 )
𝜕𝑉𝑛
𝜕𝑃 𝜕𝑃 𝜕𝑃 𝜕𝑃
∆𝑃 𝐽𝑃𝛿 𝐽𝑃𝑉
= [ ∆𝛿 ]
𝜕𝛿 𝜕𝑉 𝜕𝛿 𝜕𝑉
[ ] = [𝜕𝑄 ] 𝐽= [𝜕𝑄 ] = [𝐽 𝐽𝑄𝑉 ]
∆𝑄 𝜕𝑄 ∆𝑉 𝜕𝑄 𝑄𝛿
𝜕𝛿 𝜕𝑉 𝜕𝛿 𝜕𝑉
69
𝜕𝑃2 𝜕𝑃2 𝜕𝑃2 𝜕𝑃2
.
𝜕𝛿2 𝜕𝛿3 𝜕𝑉2 𝜕𝑉3
∆𝑃2 𝜕𝑃3 𝜕𝑃3 𝜕𝑃3 𝜕𝑃3 ∆𝛿2
.
∆𝑃3 𝜕𝛿2 𝜕𝛿3 𝜕𝑉2 𝜕𝑉3 ∆𝛿3
. = . . . . . = .
∆𝑄2 𝜕𝑄2 𝜕𝑄2 𝜕𝑄2 𝜕𝑄2 ∆𝑉2
.
[∆𝑄3 ] 𝜕𝛿2 𝜕𝛿3 𝜕𝑉2 𝜕𝑉3 [∆𝑉3 ]
𝜕𝑄3 𝜕𝑄3 𝜕𝑄3 𝜕𝑄3
.
[ 𝜕𝛿2 𝜕𝛿3 𝜕𝑉2 𝜕𝑉3 ]
Os vetores e matrizes estão organizados na sequência de potências ativas
e depois de potências reativas por barras, e na sequência de fases e depois de
ângulos das tensões. Como alternativa essa organização das variáveis poderia ser
na sequência por barras, com as potências ativas e reativas e com as fases e
módulos das tensões.
O uso dos desvios das potências e do Jacobiano para o cálculo dos desvios
das tensões deste método de Newton-Raphson conduz a resultados nas iterações,
cujas correções em módulo e direção que levam rapidamente à solução do fluxo de
potência. Este método é básico para os problemas mais complexos que envolvem
a otimização dos fluxos de potência.
𝒇(𝒙, 𝒖, 𝒑) = 𝟎
𝑓𝑖 (𝒙, 𝒖, 𝒑) = 0𝑖 = 1, 2, … 𝑛
70
Definindo-se as fases e módulos das tensões como variáveis de estado xi,
as potências ativas e reativas geradas como variáveis de controle ui e as potências
ativas e reativas das cargas como variáveis de perturbação pi, tem-se para os
vetores correspondentes x, u e p:
𝜹𝟏 𝑷𝑮𝟏 𝑷𝑫𝟏
𝒙𝟏 𝑽𝟏 𝒖𝟏 𝑸𝑮𝟏 𝒑𝟏 𝑸𝑫𝟏
𝒙𝟐 𝜹𝟐 𝒖𝟐 𝑷𝑮𝟐 𝒑𝟐 𝑷𝑫𝟐
𝒙= . = 𝑽.𝟐 𝒖= . = 𝑸𝑮𝟐 𝒑= . = 𝑸𝑫𝟐
. . . . .
[𝒙 𝒏 ] . [𝒖 𝒏 ] . [𝒑𝒏 ] .
𝜹𝒏 𝑷𝑮𝒏 𝑷𝑫𝒏
[𝑽 𝒏 ] [𝑸𝑮𝒏 ] [𝑸𝑫𝒏 ]
𝒙′ = 𝑨𝒙 + 𝑩𝒖 + 𝑪𝒑
𝒇(𝒙𝟎 , 𝒖𝟎 , 𝒑𝟎 ) = 𝟎
𝑱𝒙 𝜟𝒙 + 𝑱𝒖 𝜟𝒖 + 𝑱𝒑 𝜟𝒑 = 𝟎
71
Expressando os desvios ∆x em função dos desvios ∆u e ∆p, tem-se:
𝜟𝒙 = −𝑱𝒙 −𝟏 𝑱𝒖 𝜟𝒖 − 𝑱𝒙 −𝟏 𝑱𝒑 𝜟𝒑
𝑺𝒖 = −𝑱𝒙 −𝟏 𝑱𝒖 𝑺𝒑 = −𝑱𝒙 −𝟏 𝑱𝒖
𝑥2 𝑥4
𝑓1 = 𝑢1 − 𝑝1 + 𝑠𝑒𝑛(𝑥3 − 𝑥1 ) = 0
𝑋
𝑥2 𝑥4
𝑓2 = 𝑢3 − 𝑝3 + 𝑠𝑒𝑛(𝑥1 − 𝑥3 ) = 0
𝑋
𝑥2 𝑥4
𝑓3 = 𝑢2 − 𝑝2 + 𝑐𝑜𝑠(𝑥3 − 𝑥1 ) = 0
𝑋
𝑥2 𝑥4
𝑓4 = 𝑢4 − 𝑝4 + 𝑐𝑜𝑠(𝑥3 − 𝑥1 ) = 0
𝑋
A essas equações são aplicados os valores numéricos seguintes, em pu ou
rad:
𝒑𝟏 𝑷𝑫𝟏 𝟐𝟎 𝒖𝟏 𝑷𝑮𝟏 𝟐𝟎
𝒑 𝑸 𝒖 𝑸
𝒑𝟎 = [𝒑𝟐 ] = [ 𝑫𝟐 ] = [𝟏𝟎] 𝒖𝟎 = [𝒖𝟐 ] = [ 𝑮𝟐 ] = [𝟏𝟎]
𝟑 𝑷𝑫𝟑 𝟐𝟎 𝟑 𝑷𝑮𝟑 𝟐𝟎
𝒑𝟒 𝑸𝑫𝟒 𝟏𝟎 𝒖𝟒 𝑸𝑮𝟒 𝟏𝟎
𝒙𝟏 𝜹𝟏 𝟎
𝒙 𝑽
𝒙𝟎 = [𝒙𝟐 ] = [ 𝟏 ] = [𝟏]
𝟑 𝜹𝟐 𝟎
𝒙𝟒 𝑽𝟐 𝟏
72
0 −10 −40 0 0 1 0
𝐽𝑥 = [−30 0 10 ] 𝐽𝑥 = −𝐽𝑝 = [0 1 0 0]
10 0 −30 0 0 0 1
As matrizes de sensibilidade resultantes são:
0 0,0375 1 0,0125
𝑆𝑢 = −𝑆𝑝 = [0 1 0,1 0 ]
0 0,0125 0 0,0375
As equações com as variações das variáveis são, portanto:
𝜟𝒙 = 𝑆𝑢 𝜟𝒖 + 𝑆𝑝 𝜟𝒑
Daí resulta:
73
d) Fluxo de potência ótimo – Fluxo resultante de um processo de otimização
de uma determinada função objetivo associada ao sistema (por exemplo, perdas,
custos etc.);
Programas de Computadores
A elaboração de um programa para esse fim pode ser feita com base nas
equações apresentadas, porém é uma tarefa bastante difícil, principalmente porque
deve considerar diversas alternativas de soluções.
74
Figura 5.3 – Exemplo de uma tela do programa Anarede
75
Figura 5.4 – Tela de abertura do Programa Powerworld
76
Figura 5.6 – Exemplo de fluxo de potência no Powerworld
A A
0,00 R$/MWh
MVA MVA
slack
148,0 MW 0,00 R$/MWh
99 MW A
74,0 MW
A
124% 99%
MVA
MVA
0 MW
123 MW
A A
124% 99% 99 MW
MVA MVA
123 MW
370 MW
Total Cost
148,0 MW 5476,5 R$/h
77
6. CURTO CIRCUITO SIMÉTRICO
A base para os estudos das faltas trifásicas simétricas pode ser vista na
análise dos transitórios em um circuito RL, considerando as impedâncias das
linhas, reatâncias dos transformadores e as reatâncias das máquinas síncronas.
No sistema os estudos dos curtos circuitos utilizam as matrizes de impedância de
barra.
𝑣(𝑡) = 𝑉𝑀 𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡 + 𝛼)
78
A equação para os circuitos é:
𝑑𝑖
𝑣(𝑡) = 𝑅𝑖(𝑡) = +𝐿
𝑑𝑡
A solução dessa equação é:
𝑉𝑀 𝑅
𝑖(𝑡) = [𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡 + 𝛼 − 𝜃) − 𝑒 − 𝐿 𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝛼 − 𝜃)]
𝑍
𝜔𝐿
𝑍 = √𝑅2 + 𝑋 2 𝜃 = 𝑡𝑔−1 ( )
𝑅
79
A Figura 6.3 mostra a representação gráfica simplificada da corrente i(t) para
o caso de um curto circuito nos terminais de um gerador sem carga, em que não
está incluída a componente unidirecional (a componente com a exponencial).
Figura 6.3 - Representação gráfica da corrente de curto circuito no gerador sem carga
𝐸𝑔 𝑜𝑐 𝐸𝑔 𝑜𝑏 𝐸𝑔 𝑜𝑎
𝐼"𝑑 = = 𝐼′𝑑 = = 𝐼𝑑 = =
𝑋"𝑑 √2 𝑋′𝑑 √2 𝑋𝑑 √2
As tensões E’'g e E’g são determinadas por IL. Ambas são iguais a Eg apenas
quando IL=0, em que se tem Eg = Vt .
80
A Figura 6.4 mostra o circuito equivalente para um gerador fornecendo uma
corrente para uma carga através de uma impedância externa Ze.
O valor da corrente é:
81
Matriz Impedância de Barra para Cálculo de Faltas
No cálculo das correntes de curto circuito no sistema para uma falta numa
determinada barra as correntes pré-falta, isto é, as correntes devido às cargas, são
em geral desprezadas. As correntes de curto circuito podem ser determinadas
utilizando-se do equivalente de Thèvenin e da matriz impedância de barra.
𝑉𝑓 1
𝐼𝑓 = ≈
𝑍𝑘𝑘 𝑍𝑘𝑘
𝑍𝑛𝑘 𝑍𝑛𝑘
𝑉𝑛 = 𝑉𝑓 − 𝑉𝑓 ≈ 1 −
𝑍𝑘𝑘 𝑍𝑘𝑘
Esses cálculos serão aplicados ao caso de um de sistema simples como o
da Figura 6.6, utilizando reatâncias subtransitórias das máquinas.
82
Os diagramas de impedâncias e admitâncias resultam, conforme mostra a
Figura 6.7.
∆
0 𝑉1 −12,33 0,0 4,0 5,0
0 𝑉2∆ 0,0 −8,3 2,5 5,0
[ 0 ] = 𝒀𝑩 𝒀𝑩 = 𝑗 [ ]
𝑉3∆ 4,0 2,5 −15,3 8,0
−𝐼"𝑓 [−𝑉 ] 5,0 5,0 8,0 −18,0
𝑓
𝑉𝑓 1
𝐼"𝑓 = = = −𝑗6,34
𝑍44 𝑗0,157
𝑍14 0,098
𝑉1∆ = −𝐼"𝑓 𝑍14 = − 𝑉 𝑉1 = 𝑉𝑓 + 𝑉1∆ = 1 − = 0,376
𝑍44 𝑓 0,157
𝑍24 0,097
𝑉2∆ = −𝐼"𝑓 𝑍34 = − 𝑉𝑓 𝑉2 = 𝑉𝑓 + 𝑉2∆ = 1 − = 0,383
𝑍44 0,157
𝑍34 0,106
𝑉3∆ = −𝐼"𝑓 𝑍34 = − 𝑉𝑓 𝑉3 = 𝑉𝑓 + 𝑉3∆ = 1 − = 0,324
𝑍44 0,157
83
Potência e Corrente de Curto Circuito
Define-se como potência de curto circuito Pcc (ou Sk) na barra como o
produto da tensão nominal pela corrente de curto circuito na barra. Essa potência
é necessária para a definição da capacidade dos disjuntores usados na proteção
do sistema. No sistema trifásico, tem-se:
𝑉 𝑉2
𝑋𝑡ℎ = =
√3𝐼𝑐𝑐 𝑃𝑐𝑐
Em termos de tensão em kV e potência de curto circuito em MVA, tem-se em
Ω:
(𝑘𝑉)2
𝑋𝑡ℎ =
(𝑀𝑉𝐴𝑐𝑐 )
Por exemplo, no sistema acima em que a barra de Vn = 69 kV apresenta uma
potência de curto circuito Pcc = Sk = 239 MVA tem-se que a reatância equivalente
na barra é Xth = 19,92 Ω.
Se, noutro exemplo, uma barra de Vn = 13,8 kV apresenta uma reatância Xth
= 25 Ω, tem-se que Pcc = Sk = 7,62 MVA e Icc = 318 A.
84
(𝑀𝑉𝐴𝑐𝑐 ) 1
= 𝑃𝑐𝑐(𝑝𝑢) =
100 𝑋𝑝𝑢
Isto é: “a potência de curto circuito em pu é igual ao inverso da reatância em
pu”.
85
7. CURTOS CIRCUITOS ASSÍMÉTRICOS
Componentes Simétricas
86
A Figura 7.1 mostra uma representação gráfica dos fasores componentes
simétricas das tensões.
87
1
𝑉𝑎0 = (𝑉𝑎 +𝑉𝑏 + 𝑉𝑐 )
3
1
𝑉𝑎1 = (𝑉𝑎 + 𝑎𝑉𝑏 + 𝑎2 𝑉𝑐 )
3
1
𝑉𝑎2 = (𝑉𝑎 + 𝑎2 𝑉𝑏 + 𝑎𝑉𝑐 )
3
Expressões semelhantes a essas componentes podem ser estabelecidas
para as fases b e c.
As expressões correspondentes às correntes das fases em relação às
componentes símétricas resultam em:
𝐼𝑎 = 𝐼𝑎1 +𝐼𝑎2 + 𝐼𝑎0
𝐼𝑎 +𝐼𝑏 + 𝐼𝑐 = 𝐼𝑛
88
componente de sequência zero é nula, resultando no sistema apenas as
componentes de sequências positiva e negativa. No entanto, pode haver circulação
de corrente de sequência zero internamente na conexão delta.
𝑰∗𝒂 𝑽𝒂 𝑻 𝑰∗𝒂
𝑺 = 𝑽𝒂 𝑰∗𝒂 + 𝑽𝒃 𝑰∗𝒃 + 𝑽𝒄 𝑰∗𝒄 = [𝑽𝒂 𝑽𝒃 𝑽𝒄 ] [𝑰∗𝒃 ] = [𝑽𝒃 ] [𝑰∗𝒃 ]
𝑰∗𝒄 𝑽𝒄 𝑰∗𝒄
𝑻 ∗ ∗
𝑽𝒂𝟎 𝑰𝒂𝟎 𝑽𝒂𝟎 𝑻 𝑰𝒂𝟎
𝑻 ∗
𝑺 = [𝑨 [𝑽𝒂𝟏 ]] [𝑨 [𝑰𝒂𝟏 ]] = [𝑽𝒂𝟏 ] 𝑨 𝑨 [[𝑰𝒂𝟏 ]]
𝑽𝒂𝟐 𝑰𝒂𝟐 𝑽𝒂𝟐 𝑰𝒂𝟐
89
resultando no trecho as tensões, ou diferença de potenciais, Vaa’, Vbb’ e Vcc’. As
impedâncias mútuas não estão sendo consideradas.
𝑽𝒂𝒂′ 𝒁𝒂 𝟎 𝟎 𝑰𝒂
[𝑽𝒃𝒃′ ] = [ 𝟎 𝒁𝒃 𝟎 ] [𝑰𝒃 ]
𝑽𝒄𝒄′ 𝟎 𝟎 𝒁𝒄 𝑰𝒄
𝑽𝒂𝒂′𝟎 𝒁𝒂 𝟎 𝟎 𝑰𝒂𝟎 𝒁𝒂 𝟎 𝟎
𝑨 [𝑽𝒃𝒃′𝟎 ] = [ 𝟎 𝒁𝒃 𝟎 ] 𝑨 [𝑰𝒃𝟎 ] 𝒁𝒂𝒃𝒄 =[𝟎 𝒁𝒃 𝟎]
𝑽𝒄𝒄′𝟎 𝟎 𝟎 𝒁𝒄 𝑰𝒄𝟎 𝟎 𝟎 𝒁𝒄
𝑽𝒂𝒂′𝟎 𝒁𝒂 𝟎 𝟎 𝑰𝒂𝟎
−𝟏
[𝑽𝒃𝒃′𝟎 ] = 𝑨 [ 𝟎 𝒁𝒃 𝟎 ] 𝑨 [𝑰𝒃𝟎 ] 𝒁𝟎𝟏𝟐 =
𝑽𝒄𝒄′𝟎 𝟎 𝟎 𝒁𝒄 𝑰𝒄𝟎
𝒁𝒂 𝟎 𝟎
−𝟏 𝟎 ] 𝑨 = 𝑨−𝟏 𝒁𝒂𝒃𝒄 𝑨
𝑨 [𝟎 𝒁𝒃
𝟎 𝟎 𝒁𝒄
𝑽𝒂𝒂′𝟎 𝒁𝒂 𝟎 𝟎 𝑰𝒂𝟎
[𝑽𝒃𝒃′𝟎 ] = [ 𝟎 𝒁𝒃 𝟎 ] [𝑰𝒃𝟎 ] 𝒁𝟎𝟏𝟐 = 𝒁𝒂𝒃𝒄
𝑽𝒄𝒄′𝟎 𝟎 𝟎 𝒁𝒄 𝑰𝒄𝟎
90
Isto significa que as componentes simétricas das quedas de tensão em cada
fase da linha são provocadas apenas pelas componentes simétricas das correntes
da sequência correspondente.
𝒁𝒑 + 𝟐𝒁𝒎 𝟎 𝟎
𝒁𝟎𝟏𝟐 =[ 𝟎 𝒁 𝒑 − 𝒁𝒎 𝟎 ]
𝟎 𝟎 𝒁𝒑 − 𝒁𝒎
𝒁𝟎 = 𝒁𝟎 = 𝒁𝒑 + 𝟐𝒁𝒎
𝒁𝟏 = 𝒁𝟏𝟏 = 𝒁𝒑 − 𝒁𝒎
𝒁𝟐 = 𝒁𝟐𝟐 = 𝒁𝒑 − 𝒁𝒎
Estes resultados significam que em componentes simétricas o sistema fica
desacoplado, isto é, há relação direta entre cada componente de tensão com a
componente de corrente através da correspondente impedância de sequência. A
impedância mútua aumenta a de sequência zero e diminui as de sequência positiva
e negativa, que são iguais. Quando não se considera a impedância mútua as três
impedâncias são iguais.
91
A Figura 7.3 mostra um gerador com as indicações das tensões, das
correntes e das reatâncias.
𝑽𝒂𝟏 −𝑬𝒂
𝑽𝒂𝟏 = 𝑬𝒂 − 𝒁𝟏 𝑰𝒂𝟏 𝒁𝟏 =
𝑰𝒂𝟏
−𝑽𝒂𝟐
𝑽𝒂𝟐 = −𝒁𝟐 𝑰𝒂𝟐 𝒁𝟐 =
𝑰𝒂𝟏
−𝑽𝒂𝟎
𝑽𝒂𝟎 = −𝒁𝟎 𝑰𝒂𝟎 𝒁𝟎 = = 𝟑𝒁𝒏 + 𝒁𝒈𝟎
𝑰𝒂𝟎
92
Figura 7.4 - Redes de sequência negativa
93
Curto Circuito Fase -Terra
Tem-se que:
𝑉𝑎 = 0 𝐼𝑏 = 0 𝐼𝑏 = 0
𝑽𝒂𝟎 𝟎 𝒁𝟎 𝟎 𝟎 𝑰𝒂𝟎
[𝑽𝒂𝟏 ] = [𝑬𝒂 ] − [ 𝟎 𝒁𝟏 𝟎 ] [𝑰𝒂𝟏 ]
𝑽𝒂𝟐 𝟎 𝟎 𝟎 𝒁𝟐 𝑰𝒂𝟐
𝑰𝒂𝟎 1 1 12 1 𝐼𝑎
[𝑰𝒂𝟏 ] = [1 𝑎 𝑎 ][0]
3
𝑰𝒂𝟐 1 𝑎 𝑎2 0
Desenvolvento essas equações tem-se como resultado principal o valor da
corrente de curto cicuito na fase a, dado pelas expressões:
𝐸𝑎 3𝐸𝑎
𝐼𝑎1 = 𝐼𝑎 = 3𝐼𝑎1 =
𝒁𝟏 +𝒁𝟐 +𝒁𝟎 𝒁𝟏 +𝒁𝟐 +𝒁𝟎
√3(𝑋22 + 𝑋02 + 𝑋2 𝑋0 )
𝑉𝑏 = 𝑉𝑐 =
𝑋1 + 𝑋2 + 𝑋0
94
A rede de sequência correspondente é mostrada na Figura 7.8. Observa-se
que as três impedâncias de sequência estão em série e a corrente de sequência
positiva é a mesma nas três impedâncias
Por exemplo, dados Z1 = Z2 = 0,1 pu e Z0 = 0,2 pu, tem-se com Ea = 1,0 pu:
3𝐸𝑎 3
𝐼𝑎 = = = 7,5𝑝𝑢
𝒁𝟏 +𝒁𝟐 +𝒁𝟎 0,1+0,1+0,2
𝑉𝑏 = 𝑉𝑐 = 1,14𝑝𝑢
Nesse exemplo, caso Z0 = 0,1 pu, valor igual a Z1 e Z2, tem-se que o valor da
corrente de curto circuito fase terra fica igual ao valor da corrente de curto circuito
trifásico. Tem-se:
3𝐸𝑎 3
Curto monofásico: 𝐼𝑎 = = = 10𝑝𝑢
𝒁𝟏 +𝒁𝟐 +𝒁𝟎 0,1+0,1+0,1
𝐸𝑎 1
Curto trifásico: 𝐼𝑎 = = = 10𝑝𝑢
𝒁𝟏 0,1
95
Figura 7.8 - Diagrama de um gerador com um curto circuito entre as fases b e c
Tem-se que:
𝑉𝑏 = 𝑉𝑐 𝐼𝑎 = 0 𝐼𝑏 = −𝐼𝑐
𝑽𝒂𝟎 𝟎 𝒁𝟎 𝟎 𝟎 𝑰𝒂𝟎 1 1 12 1 𝑽𝒂
[𝑽𝒂𝟏 ] = [𝑬𝒂 ] − [ 𝟎 𝒁𝟏 𝟎 ] [𝑰𝒂𝟏 ] = [1 𝑎 𝑎 ] [ 𝑽𝒃 ]
3
𝑽𝒂𝟐 𝟎 𝟎 𝟎 𝒁𝟐 𝑰𝒂𝟐 1 𝑎 𝑎 2 𝑽𝒃
𝑰𝒂𝟎 1 1 1 1 0
[𝑰𝒂𝟏 ] = [1 𝑎2 𝑎 ] [−𝑰𝒄 ]
3
𝑰𝒂𝟐 1 𝑎 𝑎 2 𝑰𝒄
𝑽𝒂𝟎 = 𝟎 𝑰𝒂𝟎 = 𝟎
𝐸𝑎 −𝑗 √3𝐸𝑎
𝐼𝑎1 = −𝐼𝑎2 = 𝐼𝑏 = −𝐼𝑐 =
𝒁𝟏 +𝒁𝟐 𝒁𝟏 +𝒁𝟐
𝑋2 2𝑋2
𝑉𝑏 = 𝑉𝑐 = = 0,5pu 𝑉𝑎 = = 1𝑝𝑢
𝑋1 +𝑋2 𝑋1 +𝑋2
96
Observa-se que as impedâncias de sequência positiva e negativa estão em
série e a corrente de sequência positiva é a mesma nas duas impedâncias.
−𝑗√3𝐸𝑎 −𝑗√3
𝐼𝑏 = −𝐼𝑐 = = = −𝑗8,66𝑝𝑢
𝒁𝟏 +𝒁𝟐 0,1 + 0,1
𝑉𝑏 = 𝑉𝑐 = 0 𝐼𝑎 = 0 𝐼𝑏 + 𝐼𝑐 = 𝐼𝑛
𝑉𝑎
𝑉𝑎1 = 𝑉𝑎2 = 𝑉𝑎0 =
3
𝐸𝑎 𝑉𝑎 𝑉𝑎
𝐼𝑎1 = 𝒁 𝒁 𝐼𝑎2 = − 𝐼𝑎0 = −
𝒁𝟏 + 𝟐 𝟎 𝟑𝒁𝟐 𝟑𝒁𝟎
𝒁𝟐 +𝒁𝟎
97
Figura 7.11 - Diagramas de sistemas para faltas fase-terra, fase-fase e fase-fase-terra
98
Figuras 7.14 - Diagrama e equivalente de sequência positiva
99
sequência positiva Z1 fica somada à impedância de falta Zf, isto é, em vez de Z1
tem-se Z1 +Zf.
Figura 7.16 - Sistema com a impedância de falta nos curtos trifásicos e entre fases
Figura 7.17 - Sistema com a impedância de falta nos curtos trifásicos e entre fases
100
8. TÓPICOS COMPLEMENTARES
101
Figura 8.1 - Esquema de um sistema de potência com o sistema de proteção
102
• Proteção de distância;
• Proteção direcional;
• Proteção com fio piloto.
Como uma ilustração relativa às proteções a Figura 8.3 mostra uma curva
característica de um relé temporizado de sobrecorrente.
103
perturbações, a partir de uma condição normal de operação, retornando novamente
a uma condição normal de operação.
𝑑 2 𝜃𝑚
𝐽 2 = 𝑇𝑎 = 𝑇𝑚 − 𝑇𝑒
𝑑 𝑡
Sendo:
104
θm= deslocamento angular do rotor em relação a um eixo estacionário, em
rad mecânicos;
t = tempo, em seg;
Tm = torque do eixo ou torque mecânico suprido pela máquina primária
menos o torque de retardo devido às perdas rotacionais, em N.m;
Te = torque elétrico ou eletromagnético resultante, em N.m;
Ta = torque de aceleração resultante, em N.m;
S = potência da máquina, em MVA;
P = potência mecânica;
M = JM = momento angular do rotor, em joule.seg/rad ou W; na velocidade
síncrona ωsm M é chamado de momento de inércia da máquina
H = energia cinética / potência nominal da máquina, em MJ/MVA
𝑑𝜃𝑚 𝛿𝑚 𝑑 2 𝜃𝑚 𝑑 2 𝛿𝑚
𝜃𝑚 = 𝜔𝑛 𝑡 + 𝛿𝑚 = 𝜔𝑛 + =
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑2𝑡 𝑑2𝑡
𝑑 2 𝛿𝑚
𝐽 = 𝑇𝑎 = 𝑇𝑚 − 𝑇𝑒
𝑑2𝑡
𝑑 2 𝛿𝑚
𝐽𝜔 = 𝑃𝑎 = 𝑃𝑚 − 𝑃𝑒 𝑃 = 𝜔𝑇
𝑑2𝑡
𝑑 2 𝛿𝑚
𝑀 = 𝑇𝑎 = 𝑇𝑚 − 𝑇𝑒 𝑀 = 𝐽𝜔
𝑑2𝑡
1
2𝐻 𝑑 2 𝛿𝑚 𝐽𝜔𝑠𝑚
= 𝑇𝑎 = 𝑇𝑚 − 𝑇𝑒 𝑝𝑢 𝐻= 2
𝑀𝑗/𝑀𝑉𝐴
𝜔𝑠 𝑑 2 𝑡 𝑆
105
A Figura 8.5 mostra um diagrama esquemático de uma rede de transmissão
para estudo da estabilidade transitória.
Para uma rede apenas com reatância X ou admitância Y entre duas barras
1 e 2, com as tensões transitórias E’1 e E’2, a equação do ângulo de potência é dada
por:
𝐸1′ 𝐸2′ 1
𝑃𝑒 = 𝑃𝑚 𝑠𝑒𝑛𝛿 𝑃𝑚 = 𝑌12 𝐸1′ 𝐸2′ = 𝑌12 =
𝑋 𝑋
Aplicações em Computadores
Os estudos sobre estabilidade são bastante trabalhosos, requerendo
necessariamente o emprego de simulações em computadores. Esses estudos
podem ser realizados, por exemplo, na versão acadêmica do Programa
Powerworld.
106
A Figura 8.7 mostra um sistema simples com três geradores, três
transformadores e seis linhas para utilização em um estudo de estabilidade
transitória.
107
108
109
110
REFERÊNCIAS
[5] Elgerd, O. Electric Energy System Theory - An Introduction. McGraw Hill, 1971.
111
ANEXOS
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113
114
115