Trabalho Semestral Disciplna Cuidar em Enfermagem I

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Nome: Heitor Joles Figueiredo

TRABALHO SEMESTRAL DISCIPLNA CUIDAR EM ENFERMAGEM II

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

1.A) Quais aspectos clínicos do caso acima justificam a


passagem de SNE?

 Dificuldade de deglutição: Retenção severa de alimento na


cavidade oral.
 Risco de desnutrição e desidratação.
 Estado de consciência: Glasgow = 13, aumentando o risco de
aspiração.
 Tempo prolongado de internação na UTI.

B) Quais os cuidados devem ser orientados à família do


paciente com relação à SNE?

 Higiene bucal regular.


 Monitoramento de sinais de complicação.
 Posicionar o paciente elevado durante a alimentação.
 Cuidados com a sonda (verificação e troca).
 Importância da hidratação adequada.

C) Descreva os materiais e procedimento.

Materiais:

 Sonda enteral (Dubbhoff)


 Fio-guia ( mandril )
 Toalha de rosto
 Copo com água
 Saco plástico para lixo
 Estetoscópio
 Xylocaína gel
 Seringa de 20ml
 Esparadrapo / micropore
 Cordonê
 Luvas de procedimento
 Gazes
 Biombo se necessário

Procedimento:

 Higienizar as mãos e reunir o material


 Explicar o procedimento ao paciente;
 Elevar a cabeceira da cama deixando o cliente com a cabeça
inclinada para frente;
 Calçar as luvas de procedimento;
 Proteger o tórax com a toalha de rosto e limpar as narinas do
paciente;
 Medir a sonda enteral da ponta do nariz ao lóbulo da orelha,
descer até o apêndice xifóide e acrescentar até a cicatriz
umbilical; e marcar essa medida com esparadrapo ou
micropore;
 Lubrificar a sonda utilizando gaze e Xylocaína gel;
 Introduzir a sonda lentamente através de uma das narinas,
pedindo ao paciente que degluta (se paciente consciente) para
facilitar a descida da mesma até a marca;
 Fazer flexão do pescoço até ultrapassar a parede nasofaríngea
para facilitar a passagem;
 Introduzir a sonda até a marca;
 Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse, principalmente se
o paciente estiver inconsciente;
 Testar a localização da sonda nasoenteral:
 Aspirar o conteúdo gástrico com a seringa;
 Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar na região epigástrica;
se ouvir ruído a sonda estará no local correto;
 Fixar a sonda no nariz com esparadrapo ou micropore de modo
que não comprima a asa do nariz;
 Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a
peristalse gástrica empurre a ponta da sonda através do piloro
até o duodeno;
 Deixar o paciente em posição confortável;
 Recolher o material
 Higienizar as mãos;
 Fazer anotações de enfermagem;
 Aguardar 24h a migração da sonda para o duodeno ou tirar RX
simples de abdome para verificar seu posicionamento antes de
iniciar a dieta ( HÁ RESSALVAS);

D) O que a resolução do COFEN nº 619?2019 discorre sobre a


passagem de SNG e SNE.

Estabelece diretrizes para atuação da equipe de enfermagem na


sondagem Oro/nasogástrica e nasoentérica, visando à efetiva
segurança do paciente submetido ao procedimento, independente de
sua finalidade.

O procedimento de sondagem oro/nasoenteral, seja qual for sua


finalidade, requer cuidados de Enfermagem de maior complexidade
técnica, conhecimentos de base científica e capacidade de tomar
decisões imediatas;
Por essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção de
sonda oro/nasogástrica (SOG e SNG) e sonda nasoentérica (SNE) é
privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico-científico ao
procedimento

E) Qual indicação destes medicamentos acima? Eles podem


ser administrados via SNE? Justifique.

 Ácido acetilsalicílico e Clopidogrel: Antiplaquetários, podem ser


administrados via SNE (triturados e diluídos).
 Losartana: Antihipertensivo, também pode ser administrado via
SNE (triturado e diluído).

2. A ) Descreva as alterações no hemograma e urina I e


justifique de acordo com o caso acima?

Hemograma:

Leucócitos elevados (17.000 células/μL) e neutrófilos aumentados


(82%), sugerindo uma infecção bacteriana, coerente com a infecção
urinária.

Exame de Urina:

PH baixo (4,8), cor alaranjada, densidade elevada (1.060), e aumento


de leucócitos (15 por campo) e hemácias (10 por campo), além de
bactérias presentes, confirmando a infecção urinária

B) Descreva a técnica de SVD masculina e feminina.

SVD masculina:

 Reunir material, higienizar as mãos e explicar procedimento e


finalidade ao paciente;
 Promover um ambiente bem iluminado e privativo;
 Colocar o paciente em decúbito dorsal, expondo apenas os
genitais, calçar luvas de procedimento;
 Fazer higiene intima do paciente conforme técnica;
 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos, máscara;
 Abrir o pacote de cateterismo vesical sobre as pernas do paciente,
em posição diagonal com a ponta próxima a base peniana;
 Colocar a solução antisséptica na cúpula redonda;
 Colocar o saco de lixo próximo à cama;
 Abrir e colocar sobre o campo as seringas, agulha e sonda vesical;
 Abrir a embalagem do coletor posicionando a ponta da extensão
sobre o campo;
 Abrir a ampola de água destilada e deixá-la na mesa de cabeceira;
 Calçar as luvas estéreis;
 Aspirar a água destilada com seringa e agulha com o auxílio de
outra pessoa, s/n.
 Colocar xylocaína gel na outra seringa com auxílio de outra pessoa
(10 a 20ml);
 Testar o balão e a válvula da sonda introduzindo a quantidade de
água recomendada pelo fabricante (aproximadamente 20ml);
 Conectar a sonda à extensão do coletor (sistema fechado);
 Segurar o pênis perpendicular ao corpo, retraindo o prepúcio;
 Realizar antissepsia em movimentos circulares do meato uretral
para baixo até a base da glande. Repetir o procedimento três
vezes ou quantas forem necessárias;
 Após movimentos unidirecionais de cima para baixo no corpo do
pênis e períneo;
 Colocar o campo fenestrado;
 Introduzir a Xylocaína no meato uretral, pressionando a
extremidade do mesmo contra o bico da seringa;
 Inserir suavemente a sonda até sua bifurcação; se houver
resistência á passagem, aumente a tração sobre o pênis;
 Insuflar o balão;
 Tracionar a sonda até encontrar resistência;
 Reposicionar o prepúcio;
 Retirar o campo fenestrado;
 Fixar a sonda com a fita adesiva na região supra-púbica;
 Deixar o paciente confortável;
 Recolher o material, higienizar as mãos e fazer as anotações (tipo
e calibre da sonda, volume de água do balão, aspecto da urina,
intercorrência).

SVD feminina:

 Reunir material, higienizar as mãos e explicar procedimento


e finalidade ao paciente;
 Promover um ambiente bem iluminado e privativo;
 Colocar o paciente com membros inferiores fletidos, expondo
apenas os genitais, calçar luvas de procedimento;
 Fazer higiene íntima do paciente conforme técnica;
 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos;
 Abrir o pacote de cateterismo vesical sobre as pernas do
paciente, em posição diagonal com a ponta próxima a região
glútea;
 Colocar a solução antisséptica na cuba redonda;
 Colocar o saco de lixo próximo á cama;
 Abrir e colocar sobre o campo as seringas, agulha e sonda
vesical;
 Abrir a embalagem do coletor posicionando a ponta da
extensão sobre o campo;
 Abrir a ampola de água destilada e deixá-la na mesa de
cabeceira;
 Colocar a Xylocaína gel na gaze;
 Calçar as luvas estéreis;
 Aspirar a água destilada com seringa e agulha com o auxilio
de outra pessoa, s/n.
 Iniciar antissepsia com movimento unidirecional de cima
para baixo, desprezando a gaze ao final de cada região
seguindo a ordem: monte de Vênus, grandes lábios do lado
distal para o proximal;
 Afastar com a mão não dominante, os grandes lábios e com
a mão dominante proceder antissepsia dos pequenos lábios
do lado distal para o proximal;
 Manter os grandes lábios afastados com a mão não
dominante de forma a visualizar o meato uretral e proceder
a antissepsia do mesmo, movimento circular (com a mão
dominante);
 Não soltar os dedos até inserir a sonda, pois essa mão já
está contaminada;
 Colocar o campo fenestrado;
 Inserir a sonda 5 a 7 cm no meato uretral, observando o
retorno urinário;
 Observar casos de falso trajeto;
 Insuflar o balão;
 Tracionar a sonda até encontrar resistência;
 Retirar o campo fenestrado;
 Fixar a sonda com a fita adesiva na face interna da coxa;
 Deixar o paciente confortável;
 Recolher o material, retirar as luvas e higienizar as mãos e
fazer as anotações (tipo e calibre da sonda, volume de água
do balão, aspecto da urina, intercorrência).

C) Quais são as medidas que os enfermeiros devem ser


evidenciar e ressaltar à sua equipe sobre a prevenção de
Infecções Relacionadas as Infecções do Trato Urinário e
consequente Cateter Urinário.

- Higienização rigorosa das mãos antes e após manusear o cateter.

- Realizar a técnica de inserção com material estéril.

- Manter o sistema fechado e estéril.

- Garantir o esvaziamento da bolsa coletora de urina regularmente


sem desconectar o sistema.

- Evitar a inserção desnecessária do cateter e removê-lo o mais cedo


possível.

- Monitorar sinais de infecção (febre, dor, alteração da urina) e


realizar a troca do cateter quando indicado.
D) Verifique e descreva de acordo com a literatura científica 1
artigo científico (salientando ao final referência, artigos
último 5 anos) que descreva níveis de infecção relacionados à
catéteres vesicais de demora.

A literatura científica destaca que infecções do trato urinário


associadas ao uso de cateteres (ITU-AC) são a infecção hospitalar
mais comum, representando cerca de 80% das ITUs hospitalares. Um
artigo publicado recentemente em 2021 sugere que as melhores
práticas para prevenção incluem o uso criterioso de cateteres,
manutenção de sistemas fechados, e higienização rigorosa das mãos
pelos profissionais de saúde. A troca frequente de cateteres e o uso
de sistemas de drenagem com barreiras antimicrobianas têm
mostrado redução das taxas de infecção.

2E) O que a Resolução 680/2021 cofen salienta sobre o


procedimento SVA e SVD.

A Resolução 680/2021 COFEN atualiza e acrescenta novas regras ao


procedimento de sondagem vesical, que deverá ser executado pelo

enfermeiro com presença obrigatória do técnico de enfermagem


Resolução 680/2021, atualiza e acrescenta novas regras à Resolução
450/2013, que normatiza o procedimento de sondagem vesical no
âmbito da equipe de Enfermagem;

Visto que, por se tratar de um procedimento invasivo envolvendo


riscos ao paciente, como infecções do trato urinário e/ou a trauma
uretral, ou vesical, a inserção de cateter vesical é privativa do
Enfermeiro, visto que o procedimento necessita de cuidados de
Enfermagem de maior complexidade técnica, conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas, devendo o
Enfermeiro imprimir rigor técnico-científico ao procedimento.

REFERÊNCIAS:

 Intervenções e Medidas de Prevenção e Controle da Resistência


AntiMicrobiana. Site:
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/curso
s/rm_controle/opas_web/modulo5/pre_urinario.htm. Acesso em
5/10/2022.
 POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Guia Completo de Proecedimentos e
Competências em Enfermagem. 9.ed. Guanabara Koogan, 2021.
 https://www.cofen.gov.br/atualizacao-das-normas-de-carteiras-
profissionais-de-empresas

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