Gestão Dos Serviços Da Saúde
Gestão Dos Serviços Da Saúde
Gestão Dos Serviços Da Saúde
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Sumário
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
AVALIAÇÃO .................................................................................................. 33
GESTÃO DA INFORMAÇÃO......................................................................... 46
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 49
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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Esse movimento ocorre baseado em premissas gerenciais já sobejamente
conhecidas, como a coordenação, às vezes usada erradamente, o planejamento, a
previsão, a organização, o controle e a avaliação. São os clássicos princípios da
administração científica utilizados com roupagem nova e que ainda dão conta da
materialização dos procedimentos gerenciais adotados pelos profissionais na
Atenção Básica.
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Durante esses anos, tenho percebido que vêm ocorrendo lentamente
alterações na compreensão do “fazer” no processo de gerenciamento da ESF.
Pesquisas têm mostrado que essas diretrizes vêm mudando a visão do aluno e
propiciando uma compreensão mais ampliada do sistema de saúde e seus princípios,
a complexidade das esferas gerenciais e de atendimento assistencial.
Observe:
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A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
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No tocante à dinâmica do gerenciamento, a intenção é contribuir com você no
sentido de ousar e tentar facilitar a compreensão do que foi dito anteriormente, ou
seja, acoplar as bases do gerenciamento aos mais importantes princípios do Sistema
Único de Saúde, além de alguns pressupostos pilares da ESF. Esse desenho
gerencial conduz as ações voltadas à promoção da saúde e ao desenvolvimento das
pessoas na visão da longitudinalidade da ABS. Sobre esse ponto Starfeld (2004)
acrescenta:
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Nesse momento, aproveito para ressaltar a visão de integralidade no
atendimento aos pacientes em nível secundário e terciário, demanda ainda não
alcançada pelas estruturas organizacionais competentes nesses níveis.
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PROCESSO DE TRABALHO
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Voltemos, então, ao gerenciamento e discutamos os princípios administrativos
que dão a forma concreta das ações, das premissas da ESF e dos princípios do SUS.
A escolha desses princípios deu-se pelo grande significado que têm em relação
ao ato de gerenciar, isto é, exigem intervenções de profissionais capacitados, que
exerçam a assistência, a gerência e ações educativas provenientes da população de
uma UBS.
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AÇÕES DE PLANEJAMENTO
Adscrição da clientela
Uma equipe deverá ser responsável por uma área contendo de 600 a 1.000
famílias, com limite máximo de 4.500 habitantes. Esse critério deverá ser flexível,
tendo em vista a diversidade sociopolítica e econômica das regiões. Deverá levar em
conta a densidade populacional e a acessibilidade aos serviços.
• Cadastramento da família;
• Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase
nas suas características sociais, econômicas, culturais, demográficas e
epidemiológicas;
Planejamento, resolutividade,
prevenção e vigilância
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• Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para o
enfrentamento dos problemas de saúde e fatores que colocam a saúde em risco;
Vínculo e acolhimento
Planejamento e assistência
Acesso e hierarquização
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• Prestar assistência integral à população adstrita, respondendo à demanda de
forma contínua e racionalista.
Organizar
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Organizar a demanda
• As visitas domiciliares.
Planejar e organizar
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Planejar e organizar
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Nesse tópico podemos analisar o acoplamento de princípios do SUS com os
princípios do gerenciamento. Só para chamar a atenção, percebe-se que há tomada
de decisão, organização, execução das ações assistenciais e gerenciais,
supervisionando-as e também avaliando. Veja a seguir:
• As visitas domiciliares.
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• Eletrocardiograma (ECG);
• Gerenciamento da sala de medicação e de inalação;
• Gerenciamento da sala de curativo;
• Responsabilidade pelo serviço de vigilância.
Segundo Starfeld (2004), as práticas da Atenção Básica devem ser objeto de
avaliação, visto ser esse nível de atenção a porta de entrada preferencial do usuário
do SUS, responsável pela resolução de grande parte dos problemas apresentados.
Obviamente, a qualidade da atenção é uma questão para todos os níveis de serviços
de saúde, incluindo os de emergência e a atenção especializada.
I) Universalidade
II) Acessibilidade
III) coordenação do cuidado, vínculo e continuidade
IV) Integralidade
V) Responsabilização
VI) Humanização
VII) Equidade
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Essa história serve para ilustrar que, na década 1970, se as autoridades
fossem comprometidas com a saúde da população, hoje nossa saúde brasileira, com
aproximadamente 30 mil equipes para atender quase 200 milhões de pessoas, estaria
com a Estratégia Saúde da Família em quase todos os estados. E a Grande São
Paulo teria mais equipes de saúde atendendo uma população de quase 20 milhões
de habitantes, considerando quase todos os municípios.
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GERENTE DE UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE COM A
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Figura: Gerente De Unidade Básica De Saúde Com A Estratégia Saúde Da Família Criador: Mariana
Moreira
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As atividades inerentes ao gerente também incluem as ações previstas no
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), hoje também chamado Equipe
de Agentes Comunitários de Saúde (EACS), que atribui ao enfermeiro diversas
atividades de gerenciamento, principalmente na condução dos ACS e profissionais
de enfermagem na ESF.
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HABILITANDO AS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA
FAMÍLIA
Figura: Habilitando As Equipes Da Estratégia Saúde Da Família Criador: Hélio Freitag Jr.
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Equipe ESF – Modalidade 1
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Habilitando Equipes de Saúde Bucal, o município ainda recebe do Ministério
da Saúde equipamento odontológico completo (composto por uma cadeira
odontológica, um equipo odontológico, uma unidade auxiliar odontológica, um refletor
odontológico e um mocho) e um kit de peças de mão (composto por um micromotor,
uma peça reta, um contra-ângulo e uma caneta de alta rotação), por meio de doação
direta ou por repasse de recursos necessários para adquiri-los, sendo:
Modalidade II: dois equipos odontológicos (um para uso do Técnico em Saúde
Bucal caso haja espaço físico adequado para a instalação do segundo equipo e seja
aprovado pelo gestor municipal e estadual).
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Além disso, para cada Agente Comunitário de Saúde, o Ministério da Saúde
repassa um incentivo de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais) mensais, e as
equipes de NASF também recebem os valores de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para
os NASF de tipo I e R$ 6.000,00 (seis mil reais) para os NASF de tipo II, de acordo
com a Portaria no 2.489, de 21 de outubro de 2011, que define os valores de
financiamento dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, mediante a revisão de
diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, instituídos pela Política
Nacional de Atenção Básica.
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É importante frisar que os valores repassados pelo Fundo Nacional aos
municípios não são nem devem ser a única forma de financiamento da saúde. O
gestor local também deve incluir no orçamento municipal o percentual destinado à
saúde vindo das fontes de arrecadação de sua cidade. Para regulamentar os
percentuais que cada ente da Federação deve investir em saúde, em 2011 foi
aprovada a Emenda Constitucional no 29. Segundo essa emenda, os estados do país
devem destinar 12% do seu orçamento, os municípios 15% e a União o valor apurado
no ano anterior, corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) do
país.
Os incentivos que vêm com a Estratégia Saúde da Família não são os únicos
que contemplam o bloco de financiamento da Atenção Básica. Os valores da ESF
vêm por meio do Piso da Atenção Básica Variável (PAB Variável), que só é repassado
ao município que adota determinadas estratégias (não somente a ESF), daí o termo
variável. Mas o gestor também deve ficar atento ao Piso da Atenção Básica Fixo (PAB
Fixo), que é calculado multiplicando um valor-base pelo número de habitantes do
município. O valor total é dividido em 12 parcelas mensais e repassado diretamente
ao Fundo Municipal de Saúde. Todos os municípios brasileiros estão
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automaticamente habilitados a receber o PAB Fixo; caso adotem a ESF, os valores
de PAB Fixo e Variável são somados e os dois valores são depositados no FMS.
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IMPLANTANDO A EQUIPE
• a adequação física;
• os recursos humanos;
• assistência farmacêutica;
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• Definir o território a ser coberto, com estimativa da população residente, definição
do número de equipes que deverão atuar e com o mapeamento das áreas e
microáreas;
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ORGANIZANDO A ASSISTÊNCIA
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Processo de trabalho
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Voltemos, então, ao gerenciamento e discutamos os princípios administrativos
que dão a forma concreta das ações, das premissas da ESF e dos princípios do SUS.
A escolha desses princípios deu-se pelo grande significado que têm em relação
ao ato de gerenciar, isto é, exigem intervenções de profissionais capacitados, que
exerçam a assistência, a gerência e ações educativas provenientes da população de
uma UBS.
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AVALIAÇÃO
Com certeza, ao elaborar tal frase, o colega deve ter sido cobrado ou abordado
por algum dos níveis de gestão do seu município com relação à sua produção ou a
algum de seus indicadores. Mas vamos tentar enxergar o que acontece por trás de
tal ocorrência?
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o acesso, melhorando índices de saúde e atuando diretamente sobre a vida das
pessoas, de acordo com a realidade local.
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Assinala que prioridades estaduais, regionais ou municipais podem ser agregadas às
prioridades nacionais, a partir de pactuações locais. Define ainda que os estados e
municípios devem pactuar as ações que considerem necessárias ao alcance das
metas e objetivos gerais propostos.
V. Promoção da saúde;
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Implementar um projeto permanente de mobilização social com a finalidade de:
Mostrar a saúde como direito de cidadania e o sus como sistema público
universal garantidor desses direitos;
Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da emenda constitucional no 29,
pelo congresso nacional;
Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros
para a saúde;
Aprovar o orçamento do sus, composto pelos orçamentos das três esferas de
gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas.
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RESPONSABILIDADES DA GESTÃO
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ALGUNS ASPECTOS POLÍTICOS DA GESTÃO DE
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
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econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder
legalmente constituído em cada esfera do governo (BRASIL, Lei 8.142 de1990).
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Rodrigues (2014) ainda assinala três grandes desafios para a consolidação do
SUS:
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ALGUMAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DA
GESTÃO
Uma vez que entendemos que a gestão dos Serviços Públicos de saúde na
Atenção Básica está ancorada nos princípios e diretrizes dos SUS, e que sofre
influências macropolíticas, evoluiremos para discutir questões mais práticas.
Pautados na nossa experiência, ousamos destacar três características estruturantes
desse tipo de gestão:
• Sensibilidade; e
• Dinamismo.
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E por último, o dinamismo serve para nos tirar da “zona de conforto”. Tudo à
nossa volta está mudando constantemente e isso quer dizer que reproduzir por anos
uma mesma ação provavelmente é um grande equívoco. Nosso trabalho deve ser
dinâmico o suficiente para se adequar:
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GESTÃO DE PESSOAS
O funcionamento da Atenção Básica e as atribuições de todos os profissionais
que podem compor a equipe foram redefinidos pela PORTARIA Nº 2.488 de 2011,
que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de
diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde
da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) (BRASIL,
2011).
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Sem a possibilidade de tratar esse assunto com a profundidade e complexidade
devida, nos ateremos ao fato desse cenário ter aumentado às dificuldades na gestão
dos recursos humanos, e gerado insatisfação, sofrimento e desmotivação para muitos
trabalhadores.
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profissionais cada vez mais desmotivados e adoecidos, incapazes de oferecer
assistência de qualidade às pessoas e coletividades do território, que irão exigir do
serviço e profissionais o direito à assistência com qualidade, aumentando a pressão
sobre os profissionais que não se sentem amparados no Serviço.
GESTÃO DA INFORMAÇÃO
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cobertas pelo programa, além de possibilitar a microlocalização de problemas e do
desenvolvimento das desigualdades sociais e de saúde nos espaços das cidades,
permitindo que a gestão em saúde local seja a mais equânime possível (BRASIL,
2002).
Para que o SIAB atinja seus objetivos é necessário que os profissionais saibam
manipular e compreender esses dados e que, a partir dessas informações, acrescidas
de outros sistemas de informação que disponibilizamos, elabore o planejamento do
trabalho�
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Na mesma direção, o estudo de Thaines et al. (2009) aponta que, apesar de
sua importância para a saúde, os sistemas de informação ainda apresentam pontos
de estrangulamentos na sua forma de organização e prática, o que compromete a
confiabilidade dos dados aí produzidos, visto não representarem a realidade da
situação de saúde da população. Os autores salientam que os sistemas de
informação foram criados com o intuito de acompanhar a produção de dados para
assegurar avaliações da situação de saúde de toda a população e, assim, servirem
como base para o planejamento do nível local como um instrumento para as práticas
de atenção e de gestão. Porém, isso não ocorre na Realidade. Os dados produzidos
nas UBS são pouco trabalhados e pouco utilizados como ferramentas de melhoria e
planejamento da assistência à saúde da população.
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REFERÊNCIAS
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