Luciana Cabral Cunha turma 07 – psicanálise: tarde.
MÓDULO 06 - Estudando as variantes dos mecanismos de defesa do ego.
FAÇA UM TEXTO DISSERTATIVO REFLETINDO SOBRE O MITO DE PINÓQUIO.
A angústia existencial aumentou? Por quê?
O mito do pinóquio fala de um menino que era manipulado por outras pessoas através
de cordas, ele queria ser um menino de verdade, mais seu medo de não ser amado o
impedia, ele estava na defensiva contando mentiras e por isso o nariz crescia,
interpretava um personagem, um boneco, sua fada madrinha ao tentar ajuda-lo orientava
que para ele ser de verdade precisaria ser sincero e verdadeiro, no entanto o grilo falante,(
sua consciência ) inquieta sugeria outras formas para se proteger da verdade, do contato
com seu verdadeiro EU.
Essa estória em minha percepção é contada para representar um dos mecanismos de
defesa muito utilizado no mundo que me cerca, a manipulação, utilizada na maioria dos
relacionamentos não saudáveis, com o intuito de se conseguir o que se deseja por meio
de coação, ou sendo usado como um meio de forçar obter algo que se quer, podendo ser
das mais variadas formas, inclusive as mais sutis, algumas delas pode ser difícil de ser
identificado. Alguns mecanismos usados para manipular são o choro, vitimização,
superioridade, perseguição, mentiras, projeções, formação reativa, negação da realidade,
recalque.
Outros artifícios usados na manipulação também podem ser os excessos de lisonjas sem
motivos reais, presentes fora de épocas, sustento financeiros, esses meios de
manipulação na maioria das vezes geram relacionamentos destrutivos.
Esses artifícios são os meios de proteção para não se entrar em contato com seu EU
verdadeiro.
A angústia existencial aumentou?
Sim, significamente. Por quê?
A manipulação os impede de serem pessoas sinceras e verdadeiras, por isso, cria-se
máscaras para ser aceitos pela sociedade, muitas vezes interpretados por personagens,
como por exemplo o” bonzinho” que não sabe dizer não quando na verdade queria ter
dito, “o salvador “que necessita da superioridade e do sofrimento que estão
inconscientemente gravados na memória e que precisam reviver esses aspectos
significativos da infância. A manipulação é uma forma de trapacear.
Essas máscaras escondem na verdade o medo de não ser amado, medo da solidão, do
desprezo, do desvalor, da indiferença, do abandono ou da destruição. Torna se um modo
doentio e manipulador de se relacionar com o mundo, um modo de demonstrar ‘amor’
(que na verdade não é amor e sim obsessão) na esperança desesperada de que aceitando
certos abusos receberão em troca o amor, mais essa forma só piora as coisas porque
cada vez mais os medos ganham forças e crescem até que dar amor para recebê-lo em
troca se torna uma forma impulsora na vida do manipulador, e como essa estratégia não
funciona as coisas tendem a piorar, causando assim dependências psíquicas de
validação emocional, a manipulação diminui a autoestima, quem manipula necessita da
aprovação do outro, força o amor e a aprovação, nunca terá a certeza que é amado de
verdade, porque projeta sua baixa autoestima manipulando de diversas formas inúteis.
A autoimagem causada pelos mecanismos de defesas é irreal, inflada, proveniente de
uma personalidade enfraquecida e com baixa autoestima. Meu trabalho na terapia é
auxiliar o paciente a se libertar desses personagens defensivos, uma vez que também
trabalho em minha própria desconstrução de antigos comportamentos inadequados
ocasionados pelos mecanismos de defesa, fortalecendo meu Ego, sendo que uma vez
liberto de interpretar personagens, serei minha verdadeira essência, livre do medo, não se
importando com julgamentos alheios e validações. É no contato com minha
personalidade, meu EU, meus sentimentos, pensamentos e ações e autoconhecimento,
que realmente terei plena autoaceitação, amor próprio e autoconsideração, me
legitimarei ao invés de procurar quaisquer relacionamentos que me dê um senso de
autovalor.