Artigo - Educação e Qualidade - Desafios Do Século XXI - Dr. Alberto Padi Sita
Artigo - Educação e Qualidade - Desafios Do Século XXI - Dr. Alberto Padi Sita
Artigo - Educação e Qualidade - Desafios Do Século XXI - Dr. Alberto Padi Sita
UNIVERSIDADE 11 DE NOVEMBRO
Instituto Superior de Ciências da Educação de Cabinda
(ISCED – CABINDA)
CICLO DE DEBATES 4ª EDIÇÃO / 2018
EDUCAÇÃO Vs QUALIDADE
“DESAFIOS DO SÉCULO XXI”
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
1.1. Problemática ...................................................................................... 4
1.2. Objectivo da Pesquisa ....................................................................... 4
1.4. Metodologia da investigação ............................................................. 4
1. INTRODUÇÃO
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1.1. Problemática
A educação e qualidade dos serviços é uma temática que preocupa os países dado que
constitui desafios do século XXI. A educação em Angola desde 1975 até 2002, deu passos
significativos no que tange a proliferação. Mas, não está acompanhar a qualidade, embora
haja algumas excepções, nas áreas das ciências sociais e nas engenharias. O nosso ensino
superior público ou privado é cópia do ensino médio. O professor entra na sala de aula e
prega ditando conteúdos, e passando maior tempo no quadro negro ou verde com giz á
arco-íris e a opinião do aluno não vale nessa era do ponto com, é o desafio a enfrentar. E
assim, preocupações com: os métodos pedagógicos utilizados, a competência profissional,
a motivação pela carreira, o processo de recrutamento e seleção de pessoal para o exercício
da profissão, a proliferação das infraestruturas e dos formados dentre outras, são todas de
extrema importância para reflexões nos novos tempos.
Questões de reflexão:
1. De que modo a educação e a qualidade podem contribuir nos desafios da diversidade
socioeconómica de Angola?
2. Que modelo de aluno a escola deve formar para o efeito?
3. Que modelo de aula queremos que seja ministrada?
4. Que tipo de professor queremos neste processo de ensino?
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2- REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Educação
2.2. Ensino
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Neste processo, podemos encontrar três tipos de ensino: ensino-formal, ensino-informal e
ensino não-formal.
1. Professor inseguro: aquele que tem medo dos alunos e que teme ser questionado, pelos
alunos, aquele que não sabe transmitir os conteúdos apesar de os ter preparado.
3. Professor arrogante e ditador: aquele que não respeita a autonomia dos alunos.
Aquele que aterroriza os alunos. Grita, despreza e irrita os alunos. Aquele que reprova o
aluno porque não respondeu taxativamente como ele ensinou. Uma prova que não prova
nada.
4. Professor bonzinho: aquele que atribui nota alta desonesta até mesmo por afinidade e
recebe elogios desmedidos de “granda prof.” pelos alunos para parecer o facilitador do
processo se ensino e aprendizagem.
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5. Professor desorganizado: aquele que aparece na aula sem um plano do que vai tratar.
Não lê, não prepara a aula, não consulta o programa da escola. Não aparece em actividades
pedagógicas ou cientificas da escola e pensa que já sabe tudo.
Os desafios da educação para o século XXI começa com a definição dos modelos
metodológicos de ensino a implementar com vista a trazer competências no modo de
ensinar e de aprender. Trazer a qualidade e excelência no processo do ensino-
aprendizagem com pedagogias e professores que estimulam a criatividade e promover a
autonomia libertando-os da cela de aula para uma sala de aula estimuladora. Preparar
indivíduos capazes de viver e enfrentar os novos cenários sócio-económicos para um
mundo novo que vale apena ser vivida. Daqui há poucos anos a tecnologia vai
retransformar o mundo.
Os computadores vão sair da tela para parede. Daqui há 30 anos teremos um estilo de vida
mais virtual e inteligente. Seremos amigos de robôs. E com isso, a escola deve preparar a
geração que vai viver na quele tempo. No entanto, actualmente existem outras propostas de
ensino convidativas que são importantes e bem diferentes do tradicional e que estimulam
os nossos herdeiros a trabalhar muito o lado da criatividade dos novos desafios:
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2.4. As Cinco Metodologias Importantes de Ensino no século XXI
Uma das principais dificuldades das escolas e professores se trata de escolher qual é o
melhor modelo metodológico de ensino a utilizar em sala de aula. Dado que um
determinado método pode funcionar melhor para alguns alunos e ser menos eficaz para
outros alunos. Além disso, há aqueles professores que adoptam determinada metodologia e
que têm complicações para serem flexíveis. Por isso, apresento a seguir, cinco
metodologias possíveis que o professor poderá identificar e usar na sua realidade.
É uma pedagogia de níveis de iniciais desenvolvida pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner
em 1919, aconselhando que a educação permita o desenvolvimento harmônico do aluno,
estimulando nele a clareza do raciocínio, equilíbrio emocional e a pro-atividade. Nesta
pedagogia, cada classe tem um tutor responsável por todas as actividades, que acompanha a
mesma turma durante sete anos. Durante o ensino primário, a turma e o professor é (a) o
mesmo (a)– ou seja, não se reprova – e aprendem coisas que estimulam o
desenvolvimento de outras habilidades como: narração de histórias, divertimentos com
bonecos, brinquedos, e o uso de imagens, sons, jogos e letras no ensino, pois que estimulam a
imaginação e a memória das crianças, evitando o estímulo excessivo ao pensamento abstracto.
Aqui os alunos em cada sala são divididos por faixa etária. Já no período correspondente ao
Ensino Médio, as classes ganham professores especialistas, mas continuam com um tutor.
Nesse modelo o ensino é dividido em ciclos de sete anos e não há repetência, para que as etapas
de aprendizagem possam estar de acordo com o ritmo biológico próprio de cada idade. Além
disso, não há provas, as avaliações são baseadas nas actividades do dia-a-dia e resultam em
boletins descritivos sobre o comportamento, a maturidade e o aproveitamento do aluno. As
escolas desse modelo se preocupam em trabalhar não só o lado acadêmico, mas o físico,
social, ético e individual e com avaliações, principalmente no ensino médio. De qualquer
forma, também é levado em conta a execução de trabalhos, o empenho, o
comportamento e, melhor ainda, a dificuldade de cada um com determinados conteúdos.
Pedagogia para níveis de base criada pela educadora italiana Maria Montessori no século
XX, e tem como ponto-chave a valorização da autonomia do aluno dentro da escola e o
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respeito pelo tempo de desenvolvimento de cada aluno e que o ensino deve ser activo onde o
aluno busca o seu próprio aprendizado com auxílio do professor na superação das suas
dificuldades. Na verdade, esse seria o papel de todos os adultos, que deveriam ajudar os
alunos a se desenvolverem como pessoas criativas, confiantes e independentes. Apesar dos
alunos terem idades diferentes dentro de uma mesma classe, eles são estimulados
igualmente e trabalham muito em grupo. Também são importantes as experiências por
meio dos sentidos, com jogos e outros materiais pedagógicos para facilitar que os alunos
entendam o conteúdo. Nesta metodologia, os materiais didáticos ficam à disposição dos
alunos o papel do professor é guiar e observa-los, faze-los entender e superar as suas
necessidades e se disponibilizando para auxiliá-los, sem impor um ritmo e interferindo apenas o
necessário.
Outra particularidade desta pedagogia defende que as turmas sejam compostas por alunos de
diferentes idades para que estes possam trocar experiências e ajudar uns aos outros. Também
defende que educar significa muito mais que ensinar conteúdos prontos. A educação vai desde o
desenvolvimento da segurança e da criatividade do aluno até o amadurecimento social,
emocional e intelectual dele. Por isso, até mesmo objectos da vida quotidiana devem ser
inseridos no ambiente escolar com fins pedagógicos.
Foi desenvolvida pelo pedagogo e advogado Paulo Freire em 1963. Seu princípio básico é a
pedagogia libertadora, ou seja, a ideia de que cada indivíduo é agente da própria libertação à
medida em que adquire conhecimento desenvolvendo ao aluno um senso crítico. Ou seja, sua
visão é formar um cidadão livre, capaz de fazer questionamentos e agir para transformar o
mundo. Nesta pedagogia, a transformação é muito importante. Então o professor precisa
ouvir e aprender do aluno e não simplesmente depositar os conteúdos que no final, acabará
o aluno a não saber nada. Nesta as avaliações são importantes.
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É baseada na obra do biólogo e pensador suíço Jean Piaget que propôs que o
conhecimento é adquirido através da interação da criança com o ambiente em
que ela vive.
Mas isso não retira a presença do professor: a diferença é que ele deve apenas ensinar e
mediar. O mais importante é que ele oriente seus alunos para uma aprendizagem com
autonomia. Isso porque cada aluno é visto como uma pessoa diferente da outra e com seu
próprio tempo para aprender as coisas. Nesta pedagogia o professor trabalha com um
número limitado de alunos com muitos trabalhos em grupo e os alunos são submetidos a
várias situações e avaliações em que precisam pensar e achar possíveis soluções em salas
de aula o que lhe permite acompanhar de perto os alunos, entendendo as necessidades de cada
um. Assim, quem defende o construtivismo acredita formar indivíduos capazes de inventar
coisas novas e de direcionar um olhar mais crítico as coisas. Mas, que também é possível
reprovar.
É uma técnica que visa circundar teoria e prática numa visão freriana-construtivista de
forma permitir que o ensino se torne mais alegre, dinâmico e atrativo com a participação
do aluno, re-significando o seu espaço escolar, contribuindo na auto-estima. Nelson
Mandela numa das suas frases explica que “As crianças de hoje são os líderes de amanhã e a
educação é uma arma muito importante para as preparar para os seus futuros papéis, enquanto
líderes da comunidade”. E assim, a Pedagogia de Projectos, é o melhor caminho que visa
desenvolver aos líderes do amanhã nossos herdeiros a autonomia, criatividade, capacidade
analítica e o poder de decisão, uma vez que a escolha do tema parte do educando, passando
o professor a ser igualmente sujeito do processo. Neste contexto, a Pedagogia de Projetos
deve permitir que os alunos contextualizem conceitos e descubram outros significados com
o seu trabalho, selecionando informações relevantes que possibilitem o desenvolvimento
de habilidades e competências que os auxiliarão em sua vida pessoal e nas actividades
profissionais.
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2.5. Pedagogia
Na Educação, o professor é uma parte do processo de ensino. Tal como o aluno é a outra
parte do processo de aprendizagem e vice-versa. Optemos por uma educação de valor, em
vez de um ensino de sucesso com a proliferação. O meu ideal politico-pedagógico está na
curiosidade e centrado na acção das ideias e por uma pedagogia de projectos. A
curiosidade e saber partilhar as fontes é mais importante do que o conhecimento.
Na nova era, a opinião do aluno pode ser importante. Esse modelo de gestão com a
pedagogia de projectos no ensino considera o aluno, como parceiro do saber e não uma
tabua nivelada. Uma Pedagogia de Projectos, que tem como missão re-significar o espaço
escolar para uma vida que vale apena ser vivida, faz com que o aluno encontre o espaço da
excelência e sua potência de agir. Nesta pedagogia, todos os intervenientes do processo,
assumem com firmeza três grandes virtudes do saber que chamo:
1. Saber ouvir
2. Saber contextualizar
3. Saber inovar.
Penso noventa e nove vezes e nada descobre; deixo de pensar, mergulho em profundo
silêncio – e eis que a verdade se me revela: Albert Einsten “A mente que se abre a uma
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ideia jamais voltará ao seu tamanho original” E assim, o professor é recomendado a
repensar nas seguintes qualidades que penso:
O que significa que devemos ter: Humildade intelectual, Formação mental e Coesão ética
na nova maneira de ensinar. Apesar das diferenças entre esses métodos, o objectivo é
sempre o mesmo: promover uma formação de qualidade por meio de conhecimentos
sólidos repassados para os alunos. A multiplicidade de pedagogias de ensino na nova visão
de escola, visa despertar de que não há um método de ensino melhor que o outro. Mas,
associando os cinco métodos propostos nesta pesquisa, ajuda estimular a independência e a
criatividade dos alunos em sala de aula e assim trazer cada vez mais a qualidade,
excelência e a auto-estima dos envolventes no processo. Na prática, pode ser que sua turma
ou até mesmo a direcção da escola não permita a utilização completa de um modelo ou de
outro. No entanto, existem diversos benefícios relacionados a utilização de métodos
variados de ensino.
Conteúdos que exigem maior imaginação dos alunos podem ser melhor explorados por
meio das cinco metodologias propostas, enquanto o método tradicional pode ser mais
adequado para conhecimentos dogmáticos. Cada método de ensino é adequado para cada
tipo de situação, perfil professor, tipo de aluno e o conteúdo a ser ministrado. O ideal é que
não haja limitação a apenas um método. O importante é manter uma abertura para novas
abordagens em sala de aula e adequar detalhes conforme os resultados.
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para exemplificar teorias. Daqui há poucos anos a tecnologia vai retransformar o mundo.
Os computadores vão sair da tela para parede. Daqui há 40 anos teremos um estilo de vida
mais virtual e inteligente. Seremos amigos de robôs na nossa convivência. Por isso, a
escola deve preparar a geração que vai viver na quele tempo.
A liderança no processo de ensino é uma virtude de gestão ética que influencia as pessoas a
empenhar-se de forma aberta e participativa num determinado processo, com objectivos de
saírem-se bem na condução de um líder diferenciado do chefe. Mas, acima de tudo, é uma
responsabilidade demostrada por profissional humilde que estimula e ajuda na melhoria
contínua do processo. DRUCKER, 1998 explica que é objectivo de qualquer instituição
garantir eficácia e a eficiência nos seus serviços.
Houve um período em que o ser humano viveu nas cavernas e se organizou da sua maneira
em tribo e com um chefe para viver nas cavernas. E só mandava quem era mais forte o
chefe da tribo. Depois de algum tempo, assentaram-se numa outra era diferente a era
agrícola com outra estrutura de sobrevivência a família. E o poderoso passou a ser o dono
da terra. E contratou alguém para lhe ajudar a gerir o Capataz que hoje na maior parte das
instituições chamamos de Reitor, Decano, Director ou Gerente da empresa. Anos
passaram, várias coisas aconteceram e apareceu uma outra era chamada revolução
industrial, onde o trabalho passou a ser sacrifício e a arte satisfação para alguns. Muitos
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anos depois, fomos envolvidos numa outra era chamada era da informação. Onde nos
organizamos em teia mundial caçando informação. Quem não tem telemóvel, rádio, TV ou
internet está fora do tempo. Agora estamos entrando numa nova revolução fantástica. A era
da acção das ideias. Onde o modelo de gestão é apoiada ao slogan da organização e o
cliente ou aluno o mais importante que o lucro. Esse modelo de gestão está na qualidade
dos novos modelos do ensino. O advento da actual crise orienta as pessoas à necessidade
de desenvolver o conhecimento em competência e habilidade para fazer face aos novos
cenários socioeconómicos que se apresentam, no sentido de permitir com sucesso o
cumprimento dos objectivos desses País.
O termo Gestão aqui definido é a forma de colocar pessoas competentes na liderança das
instituições escolares para que se possa construir incentivos nos modelos de escola que se
preconiza, fazendo com que este se sinta implicado no processo e tenha possibilidade de
agir sobre esse processo. A qui a gestão não está somente ligada à direcção da instituição,
mas a todos aqueles que participam do processo de produção da escola onde o professor e
outros stakeholders são partes. Os desafios da escola é deixar de ser transmissora de
conhecimento e informações passando a ter o papel de usar metodologias que possibilitem
ao aluno ambiente de aprendizagem significativa, orientando a construção de programas
estratégicos que promovem debates de qualidade e inovação de forma ética para que se
alcancem os objectivos que sejam úteis à sociedade. Assim o seu papel diante da
diversidade socioeconomica torna importante.
Maior parte de alunos nas nossas escolas não estão aprender. Eles terminam uma classe ou
nível superior, mas carregam dificuldades sérias de leitura, de escrita ou até resolver
operações básicas de matemática ou conjugar um verbo no tempo simples. É papel da
escola dar resposta a esse problema. O modelo de ensino criado no final do seculo 19 onde
o professor trabalha com mais de uma turma como se fosse uma só turma, trazendo
desigualdades, é uma pedagogia velha na nova conjuntura. O aluno na sala de aula conhece
melhor a escosta do professor que a cara do professor. Porque está mais casado com o
quadro do que com os alunos. O desafio do actual século é, virado a uma pedagogia
diferenciada e com novos paradigmas de fazer a escola. A implementação do novo
paradigma de ensinar e de aprender, leva repensar a prática pedagógica do professor
fornecedor de conteúdos “professor velho” para um professor mediador do processo.
Fazendo com que o aluno busque a sua auto-qualificação sendo agente do processo.
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Presidente da Republica João Lourenço num dos seus discursos
apelou a necessidade, “de apostar na investigação científica e nos
modelos de ensino que possam trazer qualidade…”
As instituições de ensino públicas ou privadas quer os seus cursos em Angola, devem ser
redefinidos com um sistema de ensino por prioridades distribuídos nos sectores abaixo:
O modelo proposto é possível nas áreas de maior actuação actual, com os seguintes cursos
prioritários identificados e a serem identificados, desde o Ensino Médio ao Superior,
estimulando assim a Indústria nacional, regional e transformar localmente as matérias-
primas, que são exportadas de forma bruta e que beneficiam outros países.
Para êxito do exercício no novo modelo de professor, é relevante adaptar-se aos requisitos
da qualidade, afastando-se do professor velho e aproximar o professor idoso. Professor
velho é a pessoa que existe há muito ou pouco tempo na profissão e que tenha muita ou
pouca idade e que não sabe ouvir porque está satisfeito e acha que já sabe tudo e que não
precisa mais aprender. Na actividade de professorado é preciso ter cuidado com a
satisfação, porque ela paralisa, faz envelhecer a prática e a mente fazendo apodrecer a
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cabeça e nos torna inútil e esquecido. Guimarães Rosa, escritor brasileiro, dizia: O animal
satisfeito dorme. O papel da escola é alinhado para ajudar o aluno enquanto ser cravado na
natureza, encontre uma vida boa que vale apena ser vivida porque, conhece-se a si mesmo.
Aquele que descobriu a sua potência de agir, testando, errando, e fracassando e que não se
dobra por subserviência do professor. Professor idoso é aquele que tem bastante idade. E
está constantemente insatisfeito no positivo, aceitando debates e inovação. Aquela pessoa
humilde que quer sempre aprender com os outros, porque sabe que não sabe tudo e sabe
que a outra pessoa sabe o que ele não sabe, e sabe que ele e a outra pessoa não saberiam
muita coisa se juntos não estivessem. O aluno actual quer uma aula que a ajuda confirmar
o seu talento na diversidade de conhecimentos numa coerência ética com o Professor
Idoso. Uma aula que trás os problemas da realidade e daí se buscar respostas que o levam a
ação das ideias. O aluno hoje quer uma aula de alegria e objectivos. Aquela que estimula as
emoções da vida. Um professor deve ter boa vós. O tom de voz, linguagem e fonética clara
e convincente na sala, estimula a aula e ajuda a compreensão rápida do aluno.
O professor deve ser reconfigurado sobre as novas maneiras de olhar o mundo e de ensinar.
Para isso, é preciso um robusto investimento no professor e adequar a formação
pedagógica inicial do candidato á professor. Em Angola a formação do professor é bastante
ornado nos fundamentos da educação com disciplinas como: “história de educação,
psicologia da educação, sociologia da educação” e não prepara o professor para uma
profissão prática fundamental para o seu exercício. A escola cativada no ninho precisa
libertar-se e assumir outras formas e dinâmicas de escolas onde grupos de alunos numa
diversidade de espaços e tempo estarão concentrados a fazer uma actividade. O que será
possível daqui á 15 anos em Angola. A sala de aula com quadro negro, verde ou branco
desaparecerá visto que não são os únicos meios de transmissão de conhecimentos. Ė
verdade que a nossa guerra até certo ponto congelou o país, menos a nossa maneira de
pensar. Hoje é necessário que o professor encontre novos espaços de partilha de
conhecimentos. Nos dias actuais os alunos preferem ficar fora da sala de aula porque as
salas de aulas converteram-se em “selas de aulas” empoeiradas, acaloradas, escuras e de
terror. Qualquer lugar onde alguém está contra a sua vontade é, para este alguém, uma
prisão.
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3. LINHAS DE FORÇA PARA O PROCESSO DA QUALIDADE DO ENSINO EM
ANGOLA
Esta norma é aplicada em mais de 170 países do mundo, sendo componente estratégica
estabelece, como uma instituição pode avaliar a satisfação dos seus utentes quanto aos
serviços prestados. A qualidade pode ser atendida de várias maneiras, dependendo da visão
do pesquisador e dos objectivos que se quer atingir. Qualidade não significa satisfazer os
requisitos do produto e a opinião do aluno não conta. Para Deming, a qualidade é um grau
previsível de uniformidade e confiança ao mais baixo custo e adaptação às necessidades do
mercado. Ishikawa, considera que para se ter qualidade é necessária a satisfação do cliente
interno e externo de modo a que as suas expectativas sejam atingidas, com base uma
melhoria contínua do processo. Precisamos repensar e inverter a lógica de que a escola
ensina e o aluno aprende.
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mesma instituição que concorrem para o efeito submetendo um programas de acção
do seu mandato.
Uma investigação científica sustentada na diversidade de sectores e empresas com
pessoal identificado.
Criação de normas ao combate a cábula e ao cancro “a corrupção” no ensino e
aprendizagem.
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3.4.2. Instituto Superior Politécnico Lusíada de Cabinda – ISPLC (inaugurada em 2002)
Funciona num estabelecimento não próprio.
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Conclusões
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Referências bibliográficas
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