3 - Informática Básica Final 41 80

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a.

Acessórios: está disponível diversas ferramentas, editor de texto, calculadora,


analisador de discos, entre outras funções.

b. Escritório: aqui é o local onde o usuário pode encontrar as ferramentas


nativas de editor de texto, planilha, apresentação de slides.

c. Gráficos: ferramentas para digitalização e gerenciamento de imagens.

d. Internet: aqui estão as ferramentas necessárias para o acesso à Internet

e. Jogos: a parte de entretenimento encontra-se aqui. Jogos, como paciência


e campo minado, são algumas das opções disponíveis.

f. Multimídia: encontram-se aqui as ferramentas de reprodução de som e


multimídia. Aqui o usuário poderá tocar as suas músicas e assistir filmes em
DVD.

g. Central de Programas do Ubuntu: neste local, o usuário poderá facilmente


encontrar diversos aplicativos disponíveis na Internet, todos gratuitos.

Figura 2.4 – Aplicativos disponíveis na instalação do Ubuntu

40 2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE


3 - No menu Locais, figura 2.5, o usuário tem acesso às diversas pastas do computador, tais
como: Pasta Pessoal, Desktop, Documentos, Música, Imagens, Vídeos e Download. Existem
também outros campos:

a. Computador: o usuário poderá acessar o ambiente de gerenciamento de


arquivos, similar ao do Explorer do SO Windows.

b. Redes: permite que o usuário compartilhe pastas, arquivos e recursos com


outros computadores.

c. Pesquisar por arquivos: o usuário poderá buscar arquivos dentro do SO.

Figura 2.5 – Opções encontradas no item Locais

2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE 41


4 - O menu “Sistema”, figura 2.6, é voltado para o usuário que possui um pouco mais
de conhecimento prático computacional. Neste local, o usuário terá acesso às funções de
configuração, administração e personalização do SO.

4.1. Irei abordar inicialmente a guia Preferências: esta opção possui diversos campos,
porém, apenas alguns itens julgo serem mais importantes ao usuário que está começando
a utilizar o Linux.

Figura 2.6 – Opções que podem ser encontradas no item Sistema

a. Aparência: o usuário poderá alterar o tema, o plano de fundo, as fontes e


os efeitos visuais, como pode ser visto na figura 2.7.

42 2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE


Figura 2.7 – Ícones da guia Preferências

b. Bluetooth: o usuário poderá ativar a rede sem fio, de curto alcance,


conhecida como Bluetooth. Muito útil para transferências de arquivos do celular
para o computador e vice-versa.

c. Conexões de Rede: neste campo, o usuário poderá configurar a rede, seja


ela cabeada ou sem fio, para o acesso à Internet.

d. Monitores: nesta opção, é possível alterar a resolução, a taxa de renovação,


podendo ainda detectar novos monitores a serem configurados.

2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE 43


e. Mouse: o usuário tem a opção de configurar o modo de acessibilidade do
mouse, muito útil para pessoas com necessidades específicas.

f. Proteção de Tela: neste local, o usuário poderá selecionar o tipo de proteção


de tela que mais o agrada, além disso ele poderá bloqueá-la caso esteja inativa.
O tempo de inatividade também poderá ser determinado.

4.2. O campo Administração possui diversos itens, tais como: Drivers de Hardware,
Ferramentas de Rede, Hora e data, Impressão, Usuários e Grupos, Visualizador de arquivos e
logs, outros campos também podem ser encontrados conforme podemos ver na figura 2.8.

Figura 2.8 – Itens da guia Administração

4.3. As guias Ajuda e Suporte, Sobre o GNOME e Sobre o Ubuntu permitem ao


usuário obter mais informações sobre o SO Ubuntu.

44 2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE


5 - O navegador web Mozila Firefox é o browser padrão desse SO, utilizado para o acesso
à Internet. Ele funciona de forma similar ao Internet Explorer do Windows ou ao Chrome
do Google.

6 - No campo Ajuda, o usuário poderá fazer pesquisas sobre o funcionamento do SO


Ubuntu.

7 - Aqui estão localizadas as conexões de rede.

8 - O símbolo da bateria está ligado à quantidade restante de bateria do computador.

9 - Este é o local onde pode ser controlado o volume do som.

10 - Mensagens de e-mail podem ser gerenciadas por este item. Caso o usuário possua
uma conta de e-mail, ele pode cadastrá-la e todas as mensagens serão gerenciadas de uma
maneira simples e cômoda.

11 - Neste local é feito o gerenciamento de data e hora do sistema.

12 - Esta ferramenta é muito útil para o usuário que utiliza bate-papo. Esta versão do Linux
permite que diversas contas possam ser utilizadas simultaneamente. Por exemplo: caso
eu utilize o Gtalk, Messenger, bate-papo do Facebook, Yahoo e até o antigo ICQ, existe
a possibilidade de conversar com todas as pessoas que estejam on-line ao mesmo tempo.
Basta entrar no item: “Contas de bate-papo” – vide a figura 2.9 - e cadastrar as contas que o
usuário deseja deixar ativas.

2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE 45


Figura 2.9 – Item de bate-papo

13 - O botão “Desligar”, como pode ser visto na figura 2.10, é o local onde o usuário pode
bloquear a tela, iniciar a sessão de convidado, alternar a conta, encerrar a sessão, hibernar,
reinicializar e desligar o computador.

Figura 2.10 – Item de controle de ações do SO.

46 2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE


14 – Este campo oculta todos os aplicativos abertos e mostra a área de trabalho.

15 – Quando o usuário apaga um arquivo, ele vai ser armazenado na lixeira. Neste local, os
dados apagados podem ser recuperados ou apagados definitivamente.

2.3.2 Navegador de Arquivos

O navegador de arquivos é um item quase que obrigatório nos SOs atuais. Na Figura
2.5, no menu “Local”, podemos gerenciar as pastas e arquivos. Clicando em “Pasta
Pessoal”, aparecerá um gerenciador de arquivos similar ao “Explorer” do Windows, como
podemos ver na figura 2.11. Tentei enumerar os principais itens dessa imagem para ficar
mais fácil de elucidar o funcionamento de cada uma:

Figura 2.11 – Navegador de Arquivos.

1- A pasta com o nome “frederico” é a pasta do usuário do computador. Ela aparece


automaticamente quando se cria um usuário, seja durante ou depois da instalação do SO.

2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE 47


No sistema de arquivos do Linux a pasta raíz é chamada de “/”. Para ficar mais fácil
de assimilar, no Windows a pasta raíz é o “c:”. Elas se equivalem, pois é nesse local que
o sistema operacional instala as pastas de sistema e de usuário. A pasta de usuário do
Linux é montada dentro da pasta: “/home”, como pode ser visto no item 7 da figura 2.15,
localizada antes da pasta “frederico”.

A pasta “Home” é equivalente à pasta “Meus Documentos” e pode ser encontrada no SO


Windows. Neste local, o usuário terá acesso aos arquivos pessoais.

2 - Na “Área de Trabalho”, é a tela inicial que aparece na abertura do SO. Normalmente


ela vem sem nenhum ícone ou pasta. Caso o usuário deseje criar uma pasta neste local, ele
poderá clicar com o botão direito neste item e, posteriormente, clicar com o botão esquerdo
em cima de “Criar Pasta”. Este procedimento pode ser visto no passo 1, na figura 2.12, e
neste momento, o usuário deverá dar um nome para a pasta.

No passo 2, aparecerá automaticamente na área de trabalho a pasta com o nome especificado


no passo 1. Este procedimento também é feito clicando o botão direito na área de trabalho e o
esquerdo em “Criar Pasta”, sem a necessidade de entrar no “Navegador de Arquivos”. O arquivo
poderá receber o nome que o usuário desejar, basta clicar o botão direito do mouse em cima do
arquivo e selecionar a opção “Renomear”.

Figura 2.12 – Criação de pasta na “Área de Trabalho”

48 2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE


3 - Em “Sistema de Arquivos” estão todas as pastas que estão hierarquicamente abaixo da
pasta raiz.

4 - Em “Redes” poderão ser encontrada todas as redes conectadas com o Computador.

5 - A lixeira fica localizada na barra de tarefas – Desktop – ou na parte direita do Navegador


de Arquivos. Quando o usuário apaga um arquivo e/ou pasta, eles vão diretamente para
a “Lixeira” onde são armazenados temporariamente, ocupando assim espaço no HD. À
medida que o computador precisa de espaço, os arquivos são automaticamente excluídos
de forma definitiva. Porém, é recomendado esvaziar a lixeira para liberar espaço no HD.
Este procedimento é simples: basta entrar na pasta, selecionar os itens que deseja apagar
definitivamente ou clicar o botão direito na pasta “Lixeira” e o esquerdo em “Esvaziar Lixeira”.

Existe a possibilidade de recuperar arquivos apagados erradamente: basta entrar na


pasta, selecionar o(s) arquivo(s), clicar o botão direito e o esquerdo no campo “Restaurar”.
O item restaurado volta para a pasta de origem.

6 - As pastas: “Documentos”, “Música”, “Imagens”, “Videos” e “Downloads” são criadas


automaticamente quando o SO é instalado. Elas servem para ajudar o usuário a organizar
os seus arquivos de acordo com o gênero. Cada usuário possui este conjunto de pastas. Um
detalhe importante é que, normalmente, quando é feito o download de um arquivo, ele é
salvo na pasta “Downloads”.

7 - Esse local serve para mostrar ao usuário onde ele está localizado no sistema de arquivos. Neste
exemplo, a pasta “frederico” que está selecionada, está em /home/Frederico. É importante
lembrar que, normalmente, os usuários podem gravar seus arquivos apenas dentro da pasta
do usuário em que ele está logado. No caso do exemplo, o usuário logado é “frederico”.

2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE 49


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Marque o item que não é um Sistema Operacional:

a. Windows
b. Linux
c. Office
d. Unix

2. Marque a opção que apresenta um Software Aplicativo:

a. Windows
b. Word
c. Linux
d. Processador

3. Todo sistema operacional possui um conjunto de rotinas que compõem o núcleo


do sistema operacional, este é conhecido como:

a. Subrotinas
b. Funções
c. Kernel
d. Programas

4. Marque o item que não é considerado uma distribuição do Linux:

a. Ubuntu
b. Slackware
c. Suse
d. Ana

50 2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

5. Na área de trabalho do Sistema Operacional Linux, na distribuição Ubuntu,


quais são os itens que podem ser encontrados no menu “Aplicativos”:

a. Acessórios, Gráficos, Internet.


b. Acessórios, Jogos, Ajuda.
c. Jogos, Multimídia, redes.
d. Jogos, Configurações avançadas, Ajuda.

6. O sistema de arquivos do Linux é diferente do Windows, desta forma o local


da pasta raiz e a pasta do usuário comum, no Ubuntu, ficam respectivamente
no:

a. / e /usr.
b. /root e /etc.
c. /root e /bin.
d. / e /home.

7. A lixeira armazena dados que são apagados pelo usuário, porém estes dados
são armazenados temporariamente, desta forma é possível:

a. Recuperar um arquivo, mesmo depois de mandar limpar a lixeira.


b. Recuperar um arquivo antes de limpar a lixeira.
c. Sempre é possível recuperar um arquivo na lixeira, mesmo quando ele é
apagado definitivamente.
d. Não é possível recuperar arquivos da lixeira, pois uma vez apagados, não
há como recuperá-los.

2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE 51


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

8. A área de trabalho é o local onde o usuário tem o primeiro contato após o


início do SO, nesse local é permitido o usuário criar:

a. Arquivos e pastas, somente.


b. Arquivos, somente.
c. Pastas, somente.
d. Arquivos, Pastas e Atalhos, somente.

9. O softwares podem ser do tipo Aplicativo, marque o item que não está
associado a esta categoria:

a. Calculadora.
b. Windows.
c. Word.
d. Writer.

52 2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CAPRON, H. L. & JONSON, J. A. Introdução à Informática. 8. ed. São Paulo:


Pearson, 2007.

CHURCHMAN, C. West. Introdução à teoria dos sistemas. Rio de Janeiro, Vozes,


1976.

DALE, N. & LEWIS, J. Computer Science Illuminated. 4. ed. Sudbury, Mass: Jones
and Bartlett Publishers Inc., 2009.

JOÃO, A. A informática para concursos. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2006.

PANISSI, Fernando. Dicas para comprar um computador. Disponível em: <http://


g1. globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1567316-6174,00.html>. Acesso em:
1 mar. 2012.

TREMBLAY, J. P. & BUNT, R. B. Ciência dos computadores: uma abordagem


algorítmica. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.

2. CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE 53


3. Componentes de um computador e periféricos

Diógenes Ferreira Reis Fustinoni

Vimos no capítulo anterior que um computador é composto por hardware e


software. O hardware é a parte física, algo que podemos tocar (o corpo). O software,
por sua vez, é a parte que não vemos, a que faz o computador funcionar e corresponde
a uma sequência de instruções, chamadas de programas, destinadas a informar as ações
e procedimentos a serem executados pelo computador. Neste capítulo, abordaremos
conceitos ligados ao hardware, aprofundando um pouco mais o que foi apresentado no
capítulo 2. Apresentaremos os principais componentes que compõem um computador e os
periféricos mais comuns.

3.1 Sistema binário

Antes de falarmos da estrutura física de um computador, é bom compreendermos


como são representadas as informações em um computador. Primeiramente, devemos ter em
mente que um computador é uma máquina composta de vários componentes eletrônicos.
Sabemos que esses componentes precisam de eletricidade para funcionar. Adicionalmente,
os sinais elétricos são responsáveis pela comunicação entre os componentes eletrônicos do
computador e o seu armazenamento de estado. Em outras palavras, podemos dizer que em
um computador os dados e informações estão sob a forma de sinais elétricos.

Há dois tipos de sinais elétricos em um computador: os sinais que indicam a ausência


de eletricidade e os que indicam a presença de eletricidade. Para identificar a ausência de
eletricidade utilizamos o número 0. A presença de eletricidade é identificada pelo número 1.
Logo, em um computador os dados são representados por 0 e 1. Essa representação dada
pelos dígitos 0 e 1 é chamada de sistema binário, que é a base do sistema digital do mundo
da informática que conhecemos.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 55


No sistema binário, um dígito binário (0 ou 1) é chamado de bit1, do inglês Binary
Digit. O bit é a menor unidade de informação de um computador. Qualquer tipo de dado,
como um arquivo de texto, uma imagem, um vídeo ou um programa, é uma sequência de
bits armazenados no computador. Logo, concluímos facilmente que deve existir uma forma
de codificação para que as coisas que conhecemos sejam convertidos para o sistema binário.

Os números que utilizamos no nosso dia a dia correspondem basicamente aos dígitos
de 0 a 9. São apenas 10 dígitos, sendo por essa razão chamados de sistema decimal. Na
informática, frequentemente devemos converter os números em decimal para números
binários (0 ou 1). A tabela 3.1 apresenta os primeiros números decimais e os respectivos
números binários.

Tabela 3.1 – Correspondência entre os números decimais e números binários


Número decimal Número binário
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
8 1000
9 1001
10 1010
11 1011
12 1100

Uma codificação bastante utilizada na informática para a conversão de texto para o


sistema binário é o código ASCII (acrônimo de American Standard Code for Information
Interchange). O código ASCII é um mapeamento dos caracteres (letras, números e símbolos)
para números binários de 1 byte. A medida 1 byte corresponde a 8 bits. Por exemplo, na
tabela 3.2, com alguns códigos ASCII, a letra “a” é codificada no byte 01100001; o símbolo
@ é codificado no byte 01000000. A tabela completa com os códigos ASCII pode ser
encontrada facilmente na Internet.
1
Dígito Binário.

56 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


Tabela 3.2 – Códigos ASCII
Caracter Representação binária no código ASCII
@ 0100 0000
$ 0010 0100
+ 0010 1011
A 0100 0001
a 0110 0001
B 0100 0010
b 0110 0010

É comum utilizar os chamados prefixos binários para organizar as quantidades de bits


de alguma informação. Os prefixos binários abreviam a forma de escrever as quantidades de
bits, sendo bastante úteis quando lidamos com uma quantidade muito alta. Por exemplo,
ao invés de termos que declarar a quantidade 17 bilhões e 980 milhões de bits, seria
equivalente declarar 2,25 GB (Gigabytes). A tabela 3.3 apresenta os prefixos binários que
podem ser utilizados, com suas respectivas representações e quantidades equivalentes.

Tabela 3.3 – Prefixos binários utilizados na informática

Unidade Representação Quantidade

Byte B 1 B = 8 bits
Quilobyte kB 1 kB = 1024 bits ou aproximadamente 8 mil bits

Megabyte MB 1 MB = 1024 kB ou aproximadamente 8,4 milhões de bits

Gigabyte GB 1 GB = 1024 MB ou aproximadamente 8,6 bilhões de bits

Terabyte TB 1 TB = 1024 GB ou aproximadamente 8,8 trilhões de bits

Petabyte PB 1 PB = 1024 TB ou aproximadamente 9 quatrilhões de bits

Exabyte EB 1 EB = 1024 PB ou aproximadamente 9,2 quintilhões de bits

Zettabyte ZB 1 ZB = 1024 EB ou aproximadamente 9,4 sextilhões de bits

Yottabyte YB 1 YB = 1024 ZB ou aproximadamente 9,6 septilhões de bits

Além da utilização dos prefixos para a quantidade de bits, eles também são utilizados
para expressar a velocidade de um processador ou a velocidade de transmissão de dados
entre computadores. Como veremos ao longo deste capítulo, a velocidade do processador

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 57


é expressa na unidade de frequência Hertz (Hz) e a velocidade de transmissão de dados na
unidade bits por segundo (bps). Se encontrarmos algum valor de medida expressa como
2,8 GHz, saberemos que essa medida trata da velocidade de um processador que é algo em
torno de 2,8 bilhões de Hertz. Da mesma forma, se for apresentado a medida 100Mbps,
identificaremos que essa medida se refere à velocidade de transmissão de dados, equivalente
a 100 milhões de bits transmitidos por segundo.

3.2 Funcionamento de um computador

Um computador é uma máquina composta de componentes eletrônicos que tem a


função de realizar algum tipo de processamento de dados. O processamento de dados ocorre
mediante alguma informação fornecida ao computador, como por exemplo, digitar dados no
teclado, movimentar o mouse, inserir um CD. Esse fornecimento de dados (entrada) é analisado
pelo computador que executa alguma ação, o que caracteriza a fase de processamento.
Nesta fase, o computador pode fazer cálculos, executar tarefas ou instruções. Ao finalizar a
fase de processamento dos dados, o computador entrega um resultado, o qual chamamos de
saída. A exibição do texto digitado no monitor, a execução de um programa de vídeo ou som,
a impressão de textos no papel, o armazenamento de informações em disco ou o simples
movimento do ponteiro na tela do monitor são exemplos de saída.

De forma bem simplificada, um computador tem uma unidade central de processamento


(CPU – Central Processing Unit), também chamado de processador, memórias (memória
principal e sencundária) e barramento, como esboçado na figura 3.1:

Figura 3.1 – Esquema simplificado de um computador.

58 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


O processador é o cérebro de um computador. É a parte do computador que realiza as
tarefas e as instruções passadas pelo usuário por meio da entrada de dados.

A memória principal é indispensável ao computador. O processador a acessa


diretamente e seu objetivo é armazenar uma informação em um dado momento para ser
utilizado pelo processador.

A memória secundária é destinada ao armazenamento permanente dos dados,


também chamada de memória de armazenamento.

O barramento é uma via de comunicação interna do computador e permite a troca


de dados entre os demais componentes internos do computador. Funciona como um
caminho principal pelo qual os dados são movidos internamente entre os componentes de
um computador.

Sabemos que para um computador funcionar precisamos de uma entrada de dados.


Supondo uma situação de um usuário que digita um texto através de um teclado, conforme
a figura 3.1. Teríamos, de forma bem simples, o seguinte esquema de funcionamento:

1. O usuário digita alguma informação no teclado.

2. Uma vez que há alguma entrada de informação no computador, a informação será


enviada pelo barramento ao processador.

3. O processador analisará os dados, podendo realizar algum processamento e enviará


dados para a memória principal. O processador então entra em um ciclo de envio e consulta
de dados armazenados na memória principal e efetua transformações ou cálculos de acordo
com a entrada fornecida inicialmente, utilizando o barramento para a troca das informações.

4. Por fim, ao fim da fase de processamento, o processador apresenta uma saída, o


resultado final, o texto aparece na tela do monitor ou as informações são armazenadas de
forma definitiva na memória secundária.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 59


Para entender melhor o funcionamento interno de um computador, faremos uma
analogia com um restaurante. Uma pessoa quando vai a um restaurante, inicialmente faz um
pedido ao garçom. O garçom anota o pedido e o leva à cozinha do restaurante para que seja
preparado o prato solicitado. Na cozinha, há uma fila de pedidos, todos armazenados de forma
ordenada em bilhetinhos. Os cozinheiros preparam os pratos dos clientes e sempre checam os
bilhetinhos com os pedidos para avançarem no seu trabalho. Ao terminar o prato do cliente, o
cozinheiro o disponibiliza ao garçom. O garçom pega o prato pronto e o serve ao cliente. Nesse
exemplo, podemos pensar no pedido como a entrada de dados no computador. O garçom seria
o barramento que faz o papel de comunicação entre os componentes. O cozinheiro faz o papel
de processador ao preparar o pedido do cliente. E por fim, os bilhetinhos com os pedidos seria a
memória principal que o cozinheiro sempre consulta a fim de preparar os pratos.

3.3 Processador

Como já dissemos, o processador é a parte central de um computador, funcionando como


uma espécie de cérebro da máquina realizando cálculos, fazendo tarefas, transformações e
manipulações de dados. De uma forma geral, tudo que fazemos em um computador, quem faz
é o processador. Fisicamente, o processador, ou CPU (Central Processor Unit) como também
é conhecido, é um chip eletrônico com milhões de componentes eletrônicos microscópicos
chamados de transistores responsáveis por controlar os sinais elétricos existentes em um
computador. A figura 3.2 mostra um processador típico.

Figura 3.2 – Fotografia de um processador.

A figura 3.3 esboça um diagrama simplificado das partes que compõem um


processador. Um processador é composto basicamente por três partes:

60 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


Unidade de Controle (UC) – é a parte do processador responsável pelo controle das
ações a serem realizadas pelo computador. Faz o papel de gerente do processador, indica e
fiscaliza o que deve ser feito e comanda os demais componentes do processador.

Unidade Lógica Aritmética (ULA) – é a parte que executa as instruções lógicas e


aritméticas dos programas. Faz o papel do trabalhador que executa as ordens do gerente.

Registradores – é uma memória interna do processador utilizada para auxiliar a UC e a


ULA no controle e na execução das instruções. Os registradores armazenam poucos dados, mas
são memórias de grande velocidade de acesso por serem internas ao processador. Podemos
pensar nos registradores como um bloco de notas bastante pequeno utilizado pelo gerente e
pelo trabalhador a fim de auxiliá-los com informações para efetuarem suas respectivas tarefas.

PROCESSADOR

REGISTRO ULA

UNIDADE DE CONTROLE

Figura 3.3 – Esquema simplificado de um processador.

Critérios para avaliação de desempenho e escolha de um processador

Quando vamos comprar um computador é comum recebermos uma avalanche de


informações do vendedor, com um monte de siglas e parâmetros que tem o intuito de
informar a qualidade desse computador. Algumas dessas informações são relacionadas ao
processador, de modo que é interessante decifrarmos o seu conteúdo para avaliarmos os
diferentes tipos de processadores existentes no mercado. Apresentaremos alguns conceitos
que devem ser observados em um processador do ponto de vista de parâmetros e tecnologia,
sem abordar os modelos e as marcas existentes no mercado.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 61


O principal parâmetro utilizado para avaliar e comparar os processadores é a sua
velocidade de processamento. Essa velocidade é expressa pela quantidade de instruções ser
executadas em um segundo. Expressa pela unidade de frequência de unidade hertz (Hz),
sendo também chamada de ciclo de clock. Da física, temos que um hertz significa um ciclo,
ou oscilação, por segundo. A frequência também é observada quando um médico fala da
frequência cardíaca, que é a medida do número de vezes que o coração bate por minuto. A
frequência é uma volta, um ciclo ou uma batida por uma unidade de tempo. Se encontrarmos
um valor de 100 Hz, teremos então 100 ciclos por segundo, ou melhor, 100 ações realizadas
pelo processador por segundo. Logo, se um processador tem o ciclo de clock de 2,2 GHz,
significa que esse processador é capaz de realizar 2,2 bilhões de ações por segundo. Quanto
maior o valor do ciclo de clock, mais ações são executadas em um intervalo de tempo menor.
Ou seja, quanto maior o ciclo de clock de um processador, melhor ele é.

Outro parâmetro a ser observado na escolha de um processador é a quantidade de


informação que pode ser lida da memória, ou seja, quantos bytes podem ser lidos e processados
pela CPU de uma única vez. Podemos encontrar no mercado atual processadores de 32 bits
e de 64 bits. Os processadores de 64 bits são mais recentes e, por lerem e processarem mais
dados de uma única vez, são mais eficientes. Porém, ainda existe uma certa resistência em
adotar os processadores de 64 bits em detrimento dos de 32 bits, principalmente porque alguns
programas não foram feitos para serem executados nos processadores de 64 bits.

Vários avanços tecnológicos surgiram com o objetivo de melhorar o desempenho


dos processadores. A técnica do pipeline é um desses avanços, a qual é utilizada para
acelerar a velocidade de operação do processador. O pipeline traz para o processador
mais de uma instrução e cria uma fila de instruções que não são armazenadas na memória
principal, mas sim no processador ou próximo a ele. Desse modo, há uma economia de
tempo no acesso de instruções que estariam armazenadas na memória principal, o que
melhora a utilização de recursos do processador e, portanto, aumenta a velocidade de
processamento das instruções.

Outra tecnologia que surgiu com o intuito de melhorar o desempenho de um processador


é o hyperthreading. O hyperthreading é uma funcionalidade que permite um núcleo físico
trabalhar como se fosse dois núcleos lógicos. Como explicamos anteriormente, um processador

62 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


é um chip composto por componentes eletrônicos microscópicos. Quando dizemos que um
processador tem um único núcleo físico, significa dizer que os componentes microscópicos do
chip funcionam como um único processador, ou seja, com a tecnologia hyperthreading,
conseguimos transformar um processador físico em dois processadores lógicos ou virtuais.
Dessa forma, pode-se melhorar o desempenho de um processador físico, pois as tarefas ou
instruções são executadas simultaneamente, uma em cada processador lógico, o que torna o
processamento 20% mais rápido quando vários programas são executados ao mesmo tempo.

Nos últimos anos, os fabricantes de processadores evoluíram bastante na construção


de CPUs, desenvolvendo chips que contêm mais de um núcleo físico. Ou seja, dentro do
mesmo chip os componentes eletrônicos microscópicos são divididos de forma a formarem
mais de um processador. Inicialmente, foi desenvolvido processadores com dois núcleos
físicos, de forma que seria possível dividir as tarefas entre os dois núcleos. Logo, se tal
processador suportasse hyperthreading, então teríamos 4 núcleos lógicos. Atualmente,
podemos encontrar processadores com 4 núcleos físicos, os chamados quadcore.

3.4 Memórias

O termo memória em informática se refere aos componentes que armazenam


dados no computador. Já vimos que a memória é essencial para o computador funcionar.
De fato, não existe computador que funcione sem memória. Tanto as calculadoras mais
simples quanto os computadores de última geração utilizam a memória para auxiliar o
processador e armazenar informação.

Como já vimos, temos essencialmente dois tipos de memórias num computador: a


memória principal e a memória secundária. A memória principal é a memória que auxilia
o processador no processamento dos dados. Já a memória secundária é destinada ao
armazenamento definitivo de informações. Se o processador precisar de alguma informação
localizada na memória secundária, então a informação deve ser recuperada e armazenada
na memória principal, tornando-se assim acessível à CPU. Podemos concluir que, para que
o processador possa efetuar alguma tarefa, os dados devem ficar alojados na memória
principal. Assim, os programas em execução no computador, os arquivos de texto ou os de
vídeo abertos, enfim, tudo o que depender do processador estará na memória principal.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 63


Basicamente, temos dois tipos de memória principal: a memória ROM e a memória
RAM. ROM vem do inglês Ready-Only Memory e indica um tipo de memória em que os dados
armazenados podem apenas ser lidos e não são perdidos se o computador for desligado.
A memória ROM é geralmente utilizada para fornecer as instruções de inicialização do
computador ao processador, o que chamamos de BIOS.

A memória RAM armazena as informações dos programas em execução que falamos


anteriormente. É a memória que efetivamente auxilia o processador para a realização de
tarefas. Logo, deve ser uma memória capaz de fornecer e armazenar dados de forma
eficiente. A sigla RAM reflete essa eficiência, pois vem do inglês Random Access Memory,
indicando que a memória tem um acesso aleatório que permite fornecer dados gravados
anteriormente independente da ordem e local onde foram gravados dentro da memória
RAM. Uma característica marcante das memórias RAM é que elas são voláteis. Isso quer
dizer que a memória RAM armazena dados temporariamente, de forma que se desligarmos
o computador, as informações presentes nessa memória são perdidas. Por exemplo, se
estivermos escrevendo um texto no computador e houver uma queda de energia, perderemos
as informações do texto que não foram salvas na memória secundária. Fisicamente, a
memória RAM consiste numa pequena placa de circuito, geralmente denominada de pente
de memória. A figura 3.4 ilustra uma memória RAM.

Figura 3.4 – Fotografia de uma memória RAM.

A memória secundária pode armazenar grandes quantidades de dados de forma


definitiva no computador e, às vezes, é chamada de memória de massa. Como não é uma
memória que é acessada diretamente pelo processador, o seu acesso é bem mais lento
quando comparado com a memória primária, como a ROM e a RAM. Alguns exemplos de
memória secundária são o disco rígido e as unidades removíveis de CD-ROM, DVD e pen
drive. O disco rígido, também conhecido como HD (Hard Disk), é a memória que utilizamos

64 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


rotineiramente para armazenar as informações no computador e tem uma alta capacidade
de armazenamento de dados (há HD’s com capacidade de até 2 TB). A figura 3.5 ilustra
alguns exemplos de memória de massa e a tabela 3.4 mostra alguns valores típicos da
capacidade de armazenamento dessas memórias.

Figura 3.5 – Fotografia de uma memória um disco rígido, CD-rom e pen drive.

Tabela 3.4 – Valores típicos de capacidade de armazenamento de memórias secundárias


Memória Capacidade de Armazenamento
HD 500 GB
Pen drive 8 GB
DVD 4,7 GB
CD-ROM 600 MB
Disquete 1,5MB

3.4.1 Tópicos avançados sobre memória

É importante observar o requisito memória na hora de comprar um computador,


pois a memória pode melhorar a performance e a capacidade da máquina. Na compra
de um computador, devemos estar atentos às características da memória RAM, da
memória cache e do disco rígido.

Quanto maior for o tamanho da memória RAM, maior será a capacidade do computador
armazenar informações a serem disponibilizadas para o processador, aumentando a eficácia
do processamento dos dados. No entanto, a capacidade de armazenamento não é o único
parâmetro a ser observado. É interessante também observar a frequência de operação da

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 65


memória, medida em Hz (a medida típica está na casa de MHz). Essa frequência diz o quão
rápida é a memória. Porém, deve-se observar se essa frequência é suportada pela placa-
mãe, além da compatibilidade desta com a marca dos pentes de memória.

Um aspecto relevante para a avaliação do desempenho de um computador é a


verificação da memória cache. A memória cache é uma espécie de memória principal, tal
como a memória RAM, com a característica de ser acoplada diretamente ao processador. É
uma memória extremamente rápida e armazena os dados usados com maior frequência pela
CPU, ou seja, a memória cache vem junto com o processador, permitindo um acesso mais
rápido que o da memória RAM. A memória cache é dividida em níveis: a mais próxima do
processador e chamada de L1, acrescentando um número para as mais distantes, como a L2.

Para entender melhor o papel da memória cache no desempenho do computador,


explicaremos o comportamento dos tipos de memória principal, com base na figura 3.6.
As memórias cache L1 e L2 são bastante próximas da CPU, de forma que aumentam
o desempenho por terem uma velocidade de acesso bastante alta. No entanto, são
memórias com pouca capacidade de armazenamento de dados e bastante caras. Quando
não há espaço para armazenamento de dados nas memórias cache, as informações são
armazenadas na memória RAM. A memória RAM tem maior capacidade que a memória
cache, porém tem menor velocidade para a disponibilização de dados, já que está mais
afastado do processador, além de fornecer tais dados via barramento da máquina. Mesmo
com maior capacidade de armazenamento, a memória RAM possui um limite de bytes que
pode comportar, de modo que, ao atingi-lo, os dados são armazenados no disco rígido
sob a forma de memória virtual. Essa memória virtual, também conhecida como área
de swap, deve ser utilizada apenas em situações de necessidade, pois é um truque para
manter todas as informações necessárias para o processamento carregadas em memória,
armazenando-as no HD e, consequentemente, acarretando um processamento mais lento
no computador. O ideal é que tenhamos altos valores para a capacidade da memória RAM
e também para as memórias cache.

66 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


Figura 3.6 – Comportamento dos tipos de memória principal.

Como vimos, o disco rígido também influi no desempenho do computador. Para


avaliarmos o disco rígido, devemos observar a sua capacidade de armazenamento e a
velocidade de acesso de leitura e escrita, medida em rpm (rotações por minuto). Quanto
maior a capacidade de armazenamento, maior a quantidade de informações salvas de forma
definitiva no computador. Discos rígidos com maiores velocidades de acesso são desejáveis,
pois influi no desempenho do computador quando este necessita utilizar a memória virtual.
Os valores mais comuns encontrados de velocidade de acesso para HDs é de 5.400 rpm,
mas é possível encontrar valores de 7.200 rpm.

Tabela 3.5 – Valores típicos de capacidade de armazenamento de memórias primárias


Memória Capacidade de Armazenamento Velocidade
Cache L1 Geralmente entre 16KB e 128 KB Muito rápida
Cache L2 2 MB Muito rápida (mais lenta que a L1)
Cache L3 6 MB Muito rápida (mais lenta que a L2)
RAM 4 GB Rápida
HD 500 GB Lenta

3.5 Barramento e Placa-Mãe

Já falamos anteriormente sobre o barramento, o qual corresponde aos caminhos internos


do computador para que os dados sejam transportados de um componente para outro. Assim,
quando o processador acessa alguma informação que está na memória, esta é transportada

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 67


por um barramento. A informação que se encontra na memória RAM deve ser armazenada
no disco rígido, ela é transferida também por um barramento. A figura 3.7 ilustra a ligação dos
componentes de um computador pelos barramentos.

Figura 3.7 – Interligação dos componentes de um computador por barramentos.

Em um computador, o barramento fica na placa-mãe. A placa-mãe é o corpo do


computador, pois é o local onde todos os componentes são conectados. Basicamente, a
placa-mãe é uma placa de circuito com vários encaixes, conhecidos como slots, onde os
componentes de um computador são encaixados. A figura 3.8 apresenta uma placa-mãe.
A memória RAM, o HD, a CPU devem ser conectados à placa-mãe, a qual se encarrega de
alimentar com energia e de permitir a comunicação dos componentes entre si. Os dispositivos
de entrada e saída, que estudaremos neste capítulo, também são conectados à placa-mãe.

Existe uma grande variedade de placas-mãe. O desenho do circuito e o formato podem


ser bem diferentes para cada placa-mãe, afetando o modo como os componentes são
encaixados. Logo, se você for montar um computador deve ficar atento ao modelo da placa-
mãe e a compatibilidade deste modelo com os componentes a serem conectados, sobretudo
a compatibilidade com o processador. O encaixe do processador (soquete) pode ser diferente,
de acordo com o modelo da placa-mãe, de forma que, se o processador não for compatível,
ele não pode ser conectado. Outro aspecto a ser observado numa placa-mãe é a velocidade
do barramento, também medida em frequência, como por exemplo, 1333 MHz. A velocidade
do barramento influi na comunicação de dados entre os componentes. Logo, quanto maior
a velocidade de barramento da placa-mãe mais rápida uma informação é passada de um
componente a outro. Por exemplo, se tivermos uma transferência de dados da memória para
o processador, a informação chegará mais rápido num barramento de 1333 MHz do que se
estivesse utilizando uma placa-mãe com barramento de 800 MHz.

68 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


Figura 3.8 – Fotografia de uma placa-mãe.

Em um computador usual, como o Desktop, a placa-mãe é instalada no gabinete.


O gabinete oferece uma estrutura para organizar e proteger os dispositivos de um
computador, além de ser a parte que fica visível para os usuários.

Figura 3.9 – Gabinete.

3.4 Periféricos

Até agora vimos os principais componentes de um computador: o processador, as


memórias primária e secundária, e o barramento que fica na placa-mãe. Para utilizarmos
um computador, precisamos também de outros dispositivos chamados de periféricos. Os
periféricos são os dispositivos que permitem ao usuário se comunicar com o computador. Os

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 69


periféricos podem ser classificados como dispositivos de entrada e saída. Os dispositivos de
entrada são os periféricos que possibilitam que um usuário envie algum dado ou comando ao
computador. Os dispositvos de saída são os periféricos pelo quais o computador retorna ao
usuário uma resposta ou informação. Apresentaremos rapidamente os principais periféricos
utilizados no computador.

3.4.1 Teclado

O teclado é um dos principais dispositivos de entrada de um computador. O teclado


possibilita a entrada manual de dados e comandos no computador por um usuário. O
teclado se assemelha a uma máquina de escrever, contendo letras, números e símbolos
localizados em partes distintas que chamamos de teclas. A figura 3.10 mostra um teclado,
destacando algumas teclas especiais que são bastante utilizadas no computador.

Figura 3.10 – Teclado.

É muito importante que você entenda como funciona o teclado. E, para tal
entendimento, é necessário saber o funcionamento de algumas teclas especiais.

- Barra de espaço

É utilizada para inserir um espaço vazio em um texto.

70 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


- Tecla Enter

É a tecla utilizada na finalização de uma instrução a fim de informar ao computador


que a execute. A tecla Enter também é utilizada em editores de texto para mudar de linha.

- Tecla Shift

A tecla Shift é representada por uma seta grossa para cima, nos cantos inferiores
esquerdo e direito do teclado. A tecla Shift funciona quando pressionada juntamente com
outra tecla, apresentando dois comportamentos. Se a tecla Shift é pressionada junto a uma
letra, essa letra será escrita na tela como letra maiúscula. Se a tecla Shift é pressionada
juntamente com uma tecla que tem dois símbolos, como é o caso da tecla do número 5 que
também tem o símbolo de % acima do número, o símbolo que está na parte superior da
tecla é o que será escrito na tela.

- Tecla Backspace

É representada por uma seta apontando para a esquerda. O backspace tem a função
de apagar o caractere à esquerda do cursor.

- Tecla Caps Lock

Essa tecla possui dois estados diferentes, identificados pela luz do led no canto
direito superior do teclado. Se a luz do led estiver acesa, significa que a tecla Caps Lock
está ativada, acarretando a todas as teclas de letras um comportamento igual aquele da
tecla Shift pressionada, ou seja, as letras serão escritas como maiúsculas. Observe que esse
comportamento só vale para as teclas de letras, não tendo o mesmo efeito para as teclas
que têm dois símbolos. A luz do led apagada indica que a tecla Caps Lock está desativada
e o comportamento do teclado é normal.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 71


- Tecla TAB

A tecla TAB é utilizada para criar tabulações em edições de texto, avançando a um


equivalente de 5 espaços, normalmente. Alguns softwares permitem o uso da tecla TAB
para movimentar o cursor nas caixas de diálogo.

- Tecla Delete

A tecla Delete pode ser encontrada com o nome abreviado Del. Sua função é apagar
um caractere posicionado à direita do cursor.

- Tecla Esc

A tecla Esc é utilizada para interromper uma tarefa ou um procedimento em execução.

- Setas de direção

As setas de direção servem para movimentar objetos na tela, como o próprio cursor ou figuras.

3.4.2 Mouse

O mouse é um dispositivo de entrada que auxilia no comando do computador e de


seus programas. É manuseado com uma mão e, quando movimentado, o cursor na tela
do computador se move. É como uma extensão da mão do usuário que utilizamos para
apontar objetos na tela do computador. O cursor é um indicador que aparece na tela, o qual
mostra a posição que atenderá aos comandos do mouse.

A figura 3.11 apresenta uma fotografia de um mouse. O mouse típico tem dois
botões de controle em seu corpo, o botão da esquerda e o da direita. O botão da esquerda
é utilizado para selecionar objetos, para abri-los ou para executá-los. A seleção de objetos
é geralmente realizada pressionando-se o botão da esquerda uma única vez, o que
chamamos de clique. Para a abertura do objeto ou execução, o mesmo botão esquerdo

72 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


deve ser pressionado rapidamente duas vezes seguidas, o que é conhecido como duplo
clique. Outra função do botão esquerdo é arrastar um objeto. Por exemplo, para arrastar
um arquivo, deve-se selecioná-lo com o botão esquerdo e manter o botão pressionado. O
ato de manter o botão esquerdo pressionado é uma forma de prender o arquivo ao cursor
do mouse. Assim, você pode arrastar o arquivo para qualquer lugar da tela, liberando-o
assim que o botão esquerdo for solto.

O botão direito é utilizado para mostrar propriedades e características do item


apontado pelo cursor. Nos mouses atuais, há também uma espécie de rodinha entre os
botões esquerdo e direito que é frequentemente utilizado para rolar ou movimentar o
conteúdo de uma janela.

Figura 3.11 – Mouse.

O cursor, além de indicar a posição associada ao mouse na tela do computador,


também dá informações ao usuário. Na tabela é apresentado alguns tipos de cursor.

Tabela 3.7 – Cursor de mouse

Cursor Significado

É o cursor padrão. Utilizado para apontar para objetos no computador,


como arquivos e pastas.

É um cursor que indica que não é possível selecionar ou executar o objeto.

Cursor geralmente utilizado na navegação da Internet. Esse cursor informa


que a posição apontada é um link de Internet.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 73


Esse cursor aparece quando o botão esquerdo é mantido pressionado,
indicando que o objeto, arquivo ou pasta, pode ser arrastado.

Esse cursor aparece em programas de edição de texto, indicando a posição


atual onde o texto será escrito.

Esse cursor indica que o programa utilizado está ocupado, pois uma tarefa
está em execução.

Esses cursores aparecem quando aproximamos o cursor de bordas de


janelas, tabelas, figuras. Indica que o usuário pode ajustar o tamanho do
objeto, realizando o arraste da borda para o tamanho desejado.

3.4.3 Monitor

O monitor é um dos principais dispositivos de saída do computador. É a tela na qual


são apresentadas as informações visuais ao usuário. É no monitor que o usuário pode ver o
que acontece no sistema operacional ou nos programas. Também é no monitor que aparece
o cursor do mouse. A figura 3.12 apresenta um monitor.

Figura 3.12 – Monitor.

Os monitores evoluíram bastante ao longo dos anos. Os primeiros monitores de


computadores eram monocromáticos, com a típica tela com caracteres verdes. Não demorou
muito para as cores surgirem nos monitores, utilizando a mesma tecnologia dos televisores
com raios catódicos. Atualmente, os monitores utilizam a tecnologia LCD ou LED. Isso
permite que sejam mais leves e econômicos do que os monitores mais antigos.

74 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


3.4.4 Impressora

A impressora é um dispositivo de saída do computador que permite a obtenção de


cópias em papel de textos, gráficos, desenhos e outros trabalhos criados no computador.

Figura 3.13 – Impressora.

As primeiras impressoras, chamadas de impressoras matriciais, herdaram a mesma


tecnologia das máquinas de escrever e utilizam uma fita com tinta para imprimir os caracteres.
Atualmente, são utilizadas as impressoras a jato de tinta e a laser, que apresentam maior
qualidade e velocidade de impressão em relação às primeiras impressoras.

3.4.5 Scanner

O scanner é um dispositivo de entrada de dados no computador. É um aparelho que


digitaliza a imagem. É como uma máquina de fotocópia que, em vez de copiar, torna cada
ponto de imagem, fotografia ou texto em uma imagem digitalizada no computador.

Figura 3.14 – Scanner.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 75


Existem basicamente dois tipos de scanner: de mão e de mesa. O scanner de mão é um
aparelho parecido com os leitores de código de barra que encontramos em supermercados.
Eles são mais baratos e requerem que o usuário o mova sobre a imagem ou documento para
digitalizar. Essa última característica associa o sucesso da digitalização com a habilidade do
usuário em manejar o scanner, o que pode ser um inconveniente para leigos. O scanner de
mesa, por sua vez, é um aparelho no qual a imagem ou documento a ser digitalizado é posto
sobre uma superfície plana. O scanner de mesa se encarrega de realizar o movimento de
varredura do documento ou imagem em sua superfície e digitalizá-lo. Atualmente, é muito
comum ter a função do scanner de mesa numa impressora multifuncional. As impressoras
multifuncionais agregam as funções de copiadoras, impressoras e scanners.

3.4.6 Modem

O modem é um equipamento para permitir que um computador possa se conectar


a outro computador ou a uma rede de computadores. Originalmente, o modem utilizava
a linha telefônica para realizar a conexão. Nesse caso, falamos que a linha telefônica é o
canal de transmissão para a conexão do computador. O nome modem vem de modulador/
demodulador, o que, de forma simplificada, é o ajuste dos dados antes de serem enviados
e recebidos pelo computador.

O modem é um dispositivo de entrada e saída. É dispositivo de entrada, pois o


computador recebe dados, ou seja, por meio do modem entra informação no computador.
Também é dispositivo de saída, já que o computador envia dados à rede ou a outro
computador, ou seja, saem dados do computador.

Os modems que utilizam a linha telefônica caíram em desuso em função da baixa


velocidade que ofereciam. Hoje, temos modems que utilizam as tecnologias das redes
celulares que permitem uma velocidade de transmissão considerável, em torno de 1 Mbps,
além de oferecer mobilidade para o usuário.

76 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


Figura 3.15 – Modem que utiliza a tecnologia 3G da rede celular.

3.4.6 Disquete, Pen drive e Unidade de DVD

As memórias secundárias que estudamos, como o pen drive e a unidade de DVD são
considerados periféricos do computador. Juntamente com a unidade de disquete, estes
componentes são dispositivos de entrada e saída do computador.

A unidade de disquete, já em desuso, tinha a mesma função de um pen drive:


armazenar informações. Utilizava mídia magnética para o armazenamento. O seu desuso
pode ser explicado pela baixa capacidade de armazenamento, chegando a poucos 1,44
Mbytes em um disquete de 3’’1/2.

Figura 3.16 – Unidade de disquete e disquete de 3’’1/2

Apesar do disquete não ser mais utilizado, a sua imagem é sempre associada ao
salvamento de arquivos. Vários programas utilizam o ícone de um disquete para indicar
o atalho de salvar arquivo. Ícone é uma figura pequena utilizada para representar um
software ou um atalho.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 77


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Qual é a menor unidade de dados que o computador pode interpretar?

2. Oito Bytes equivale a quantos bits?

3. No computador, as letras, os números e os símbolos são todos chamados de


caracteres e são codificados de acordo com a tabela ASCII. Um caractere, como
a letra “A”, é representado no computador por quantos bits?

4. Assinale V para verdadeiro e F para falso as afirmações abaixo sobre quantidade


de bits e velocidade de processador, barramento e transmissão de dados.

a. ( ) A unidade MHz pode ser utilizada para medir a velocidade de


transmissão de dados.
b. ( ) Uma placa-mãe com barramento de 800 MHz possibilita uma
comunicação mais rápida entre os componentes internos do computador
do que uma placa-mãe com barramento de 1333 MHz.
c. ( ) Um usuário tem dois pen drives: o primeiro tem uma capacidade
de armazenamento de 8 GBytes, enquanto o segundo tem 16 GBytes.
O primeiro pen drive está vazio e o segundo pen drive já tem 10 GBytes
utilizados. Podemos afirmar que nessa situação o primeiro pen drive tem
maior espaço disponível do que o segundo.
d. ( ) Um processador com velocidade de 3 GHz processa mais instruções do
que um processador com velocidade de 333 MHz.
e. ( ) Uma memória RAM com capacidade de armazenamento de 8 MHz
tem maior impacto no desempenho do computador do que uma memória
RAM com capacidade de armazenamento de 4 MHz.

78 3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

5. Supondo a situação de um usuário que digita um texto por meio de um teclado,


explique o funcionamento de um computador relacionando o comportamento dos
dados pelos componentes de memória, processador e barramento.

6. Relacione a primeira coluna com a segunda, no que se refere ao processador e suas


partes internas:

a. CPU ( ) É a parte que executa as instruções lógicas e


aritméticas dos programas.

( ) É uma memória interna do processador que


b. Unidade de
tem como característica pequeno armazenamento
Controle
de dados e grande velocidade de acesso.

( ) Parte central de um computador, funcionan-


c. Unidade Lógica do como uma espécie de cérebro da máquina,
Aritmética realizando cálculos, fazendo tarefas, transforma-
ções e manipulações de dados.

d. Registradores ( ) Faz o papel de gerente do processador, indica


e fiscaliza o que deve ser feito e comanda os
demais componentes do processador.

7. Cite as principais diferenças entre a memória ROM e a memória RAM.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO 79

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