Matéria de Contabilidade
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Matéria de Contabilidade
CONTABILIDADE
GERAL
Cursos:
GESTÃO E MARKETING
1º Anos
CONTABILIDADE
GERAL
Salientamos ainda que este texto de apoio ao estudante não substitui nenhuma
outra obra desta área. Portanto, no decorrer do estudo desta disciplina o
estudante deverá consultar outras obras, principalmente os constantes na
biografia desta obra.
1.2-Origem da Contabilidade
1.3-Evolução da Contabilidade
O surgimento e a evolução da contabilidade confundem-se com o próprio
desenvolvimento da humanidade. Nesse contexto os estudos sobre as
civilizações da Antiguidade nos mostram que o homem primitivo já “cuidava da
sua riqueza”, através, por exemplo, da contagem e do controlo do seu rebanho.
Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registos a fim
de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de
produção etc.
NA BÍBLIA
Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo património foi detalhadamente
inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele
recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42,
verso 12.
Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controlo de activos era
prática comum.
Entidade
• Cooperativas;
• Pessoas físicas.
• Os bancos;
• Fornecedores;
• Sócios e Accionistas;
• Gestores. Etc.
3.1.1- Noção
Activo Bens
Património Direitos
Passivo Obrigações
BENS
E PASSIVO
DIREITOS OBRIGAÇÕES
Legenda:
Património de….em…/…/20…
PL = Activo - Passivo
Activo
Total
Passivo
Património Líquido
3.2 - Inventário
A tarefa principal da inventariação é de revelar os fenómenos, factos e
operações económicas, que não se reflectem na documentação.
• Perdas naturais;
• Erros no Cálculo;
• Furtos etc.
3.2.1 - Definição
3.2.5 - Periodicidade
3.3 - O BALANÇO
3.3.1 - Introdução
Capital Próprio
Activo +
Passivo
3.2.2 – Definição
Podemos definir o Balanço como é um mapa contabilístico com a
descrição do património num dado momento ou ainda como o conjunto de
bens activos e passivos devidamente ordenados, através de um quadro que
nos permite saber o capital próprio da empresa.
A=CP + P
3.3.3 - Composição do Balanço
Conta a Receber – são todos os terceiros que têm dívida para com a
empresa pelo facto de terem adquiridos bens e serviços, com excepção de
bens destinados ao imobilizado. A principal conta integrante desta rubrica é a
de Clientes.
3.3.3.3 - Passivo
A+CPP = P + CPA
3.4 – CONTA
Vamos analisar quais são as principais contas que fazem parte das massas
patrimoniais parciais. Devido às suas características existem massas
patrimoniais parciais que ainda são subdivididas constituindo aquilo a que
chamamos Rubricas.
DIREITO
ESQUERDO
Toda a conta tem um título que é escrito a meio da sua representação gráfica
que apresenta a forma de um T. À parte esquerda do T dá-se o nome de Deve
e à direita dá-se o nome de Haver.
Por isso, quando fazemos alguns registos no lado esquerdo da conta diz-se
que estamos a Debitar a conta, e quando registamos alguma coisa no lado
direito da conta diz-se que estamos a Creditar a conta.
3.4.5.1 – Terminologia
Debitar uma conta significa inscrever uma certa quantia do lado debito
(esquerdo).
15.500,00
13.500,00
Ao balancear uma conta, ou seja, ao comparar o seu débito com o seu crédito
podem ocorrer três naturezas:
D Titulo de conta C
13.500,00
15.500,00
D Titulo de conta C
1.500,00
1.500,00
D Titulo de conta C
500,00
350,00
Saldo: 500,00 -350,00 = 150,00 Sc
D Titulo de conta C
350,00 250,00
500,00 200,00
400,00 Sd
850,00
850,00
D Titulo de conta C
SI: 400,00
Como no balanço, o valor da extensão inicial das contas do Activo está escrita
no primeiro membro, ou seja, no lado esquerdo, então, por analogia, a
extensão inicial do activo deve ser escritas no lado esquerdo das contas.
Movimentação:
D Contas do Activo C
Saldo inicial
Diminuições
Aumentos (+)
Saldo Devedor
Movimentação:
Saldo inicial
Diminuições
Aumentos (+)
Saldo Credor
D Contas De Proveitos C
Anulações Proveitos
Saldo Credor
D Contas De Custos C
Custos Anulações
Saldo Devedor
O método das partidas dobradas, data do Sec. XV, há autores que afirmam que
o frade Fanscicano Luca Pacioli foi o seu inventor.
Segundo este método, todo debito numa conta origina um crédito noutra conta
ou vários créditos noutra conta e vice-versa de igual valor.
Exemplo:
Totais
D + Sc = C + Sd
Totais
Os salários;
Os prémios;
As remunerações adicionais em espécie;
Outros subsídios;
Trabalho extraordinário;
Bónus de produtividade, assiduidade;
Subsídio da Renda de Casa.
Os subsídios de transporte;
Ajudas de custos;
A indeminização paga pela não concessão de férias ou período de
descanso;
Subsídio de doença;
Bolsa de estudo a favor dos filhos dos trabalhadores.
Pretende – se:
Débito Crédito
Contas
Pagamento do Salário
Débito Crédito
Contas
a) b) c) d) e) f)
Legenda:
a) Número de ordem do lançamento.
b) Preposição a.
c) Descrição do lançamento.
d) Número dos fólios do Razão Geral referentes as contas movimentadas.
e) Coluna auxiliar das importâncias (a utilizar somente nos lançamentos
compostos)
Exemplo:
Z ……26/05/N………
2 32 Fornecedores
a Diversos
Liquidação da Dívida
a 43 Depósitos à Ordem 120.000,00
a 45 Caixa 400.000,00 520.000,00
3.5.2.5 - Estorno
A escrituração comercial é um meio de prova em caso de litígio por isso não
deverá necessariamente, apresentar irregularidades. Se houver cometido erro
ou omissão em qualquer assento, será ressalvado por meio de estorno.
………………01/04/N……….………
37 Outros Valores a Receber e a
Pagar
a
43 Depósitos à Ordem 520.000,
Nota de Pagamento por 00
transferência bancária efectuado no
dia 20, por lapso não foi registado
nessa data
……20/04/N………
31 Clientes
31.1 Clientes Correntes
a 45 Caixa
………….30/05/N…………..……
43 Depósitos à Ordem
43.1 Moeda Nacional
a 32 Fornecedores
32.1 Fornecedores Correntes 120.000,00
Pagamento da factura nº 420
………….30/05/N…………..……
32 Fornecedores
32.1 Fornecedores Correntes
a 43 Depósitos à Ordem
43.1 Moeda Nacional
………….30/05/N…………..……
32 Fornecedores
32.1 Fornecedores Correntes
a 43 Depósitos à Ordem
43.1 Moeda Nacional
………….30/05/N…………..……
32 Fornecedores
32.1 Fornecedores Correntes
a 43 Depósitos à Ordem
43.1 Moeda Nacional
………….01/06/N…………..……
43 Depósitos à Ordem
43.1 Moeda Nacional
a 31 Clientes
31.1 Clientes Correntes
1. Anulação do lançamento
………….01/06/N…………..……
31 Clientes
31.1 Clientes Correntes
a 43 Depósitos à Ordem
43.1 Moeda Nacional
480.000,0
Estorno do Lançamento nº 20 0
………….01/06/N…………..……
45 Caixa
45.1 Fundo fixo
a 31 Clientes
31.1 Clientes Correntes
………….01/06/N…………..……
45 Caixa
45.1 Fundo fixo
a 43 Depósitos a Ordem
43.1 Moeda Nacional
4.1 - INTRODUÇÃO
A constituição de uma empresa consiste, no seu registo, isto é, tendo em conta
os seus aspectos constitutivos, tais como Registo no Ministério do Comércio e
no Registo Civil das Pessoas Jurídicas.
a) Capital inicial;
b) Reservas;
c) Prestações suplementares;
d) Resultados transitados;
e) Resultado líquido do exercício.
Desdobrando-se em:
Tipos de Acções:
Emissão de Acções
5.1- EXISTÊNCIAS
5.1.1 - Introdução
As existências são bens armazenáveis a serem consumidas no processo
produtivo da empresa, ou a serem objecto de venda, uma vez que há que
distinguir existências das empresas comercias das existências das empresas
industriais. Assim, da Rubrica existências constam varias contas:
Compras
Mercadorias
Produtos Acabados e Intermédios
Subprodutos, Desperdícios, Resíduos e Refugos
Produtos e Trabalhos em Curso
Matérias-primas Subsidiários e de Consumo
Adiantamento por Conta de Compras
Provisão Para Depreciação das Existências.
O tratamento do tema EXISTÊNCIAS por parte das empresas pode ser feito de
acordo com dois e todos de registo (Sistema Inventario Permanente e Sistema
de Inventario Intermitente). De seguida vejamos quais são as suas
características básicas.
Assim, ao fazer uma compra dos bens adicionados das despesas inerentes à
compra, tais como: frete, seguro, direitos alfandegários. E, diminuído dos
descontos comercial.
Neste caso, são registadas pelo seu custo de aquisição que será igual ao valor
da factura.
Esquematicamente temos:
Débito Crédito
Contas
21 Compras
26 Mercadorias
Compra a prazo
Débito Crédito
Contas
21 Compras
26 Mercadorias
32 Fornecedores
Exemplo:
Exemplo:
Devoluções de Vendas
O custo das mercadorias vendidas pode ser determinado através dos métodos
de custeio: tais como: O Custo histórico, Custos específicos e Fichas de
Armazém.
O Custo do lote mais antigo – FIFO ( first in first out); segundo este
critério, o custo de cada requisição de existências identifica-se com o
custo do lote mais antigo, o que conduz a supor que as existências
se esgotam por ordem de entrada em armazém: só saem existências
dum lote, quando está esgotado o imediatamente anterior.
O Custo do lote mais recente – LIFO (Last in first out); O último lote a
entrar em armazém é o primeiro a sair. Assim, os lotes saem pela
ordem inversa da sua entrada.
1ª Venda CMP
VEx VEt / QEx QEnt 100 .000,00 0 / 1000 0 200
2ª Venda
Exemplo:
Débito Crédito
Contas
40.000,00
21 Provisão para Depreciação de existências
40.000,00
26 Outros Custos e Perdas não Operacionais
Débito Crédito
Contas
168.000,00
31 Clientes – clientes Correntes
168.000,00
26 Vendas - Mercadorias
Débito Crédito
Contas
180.000,00
71 Custos das Mercadorias Vendidas
180.000,00
26 Mercadorias
5.2- Imobilizações
5.2.1- Introdução
Qualquer empresa independente da sua natureza, necessita possuir o seu
património, de forma contínua e permanente, um conjunto de elementos que
garantam o seu respectivo funcionamento nas melhores condições.
Débito Crédito
Conta
A. Compra de imobilizado
B. Produção de imobilizado pela própria empresa
C. Despesas com conservação e reparação do imobilizado corpóreo
D. Amortizações do imobilizado
E. Alienação do imobilizado
F. Sinistro do imobilizado
G. Abate do imobilizado
H. Reavaliação do imobilizado
I. Leasing
A- COMPRA DE IMOBILIZADO
b) Compra a Prazo
Débito Crédito
Contas
Valor da Reparação
75.2.26 Conservação e Reparação
Valor total
43 ou 45 Caixa/Depósitos á Ordem
Débito Crédito
Contas
Valor da Reparação
37.3 Acréscimos e Deferimentos
Valor total
43 ou 45 Caixa/Depósitos á Ordem
D-AMORTIZAÇÕES DO IMOBILIZADO
1- Método Directo;
2- Método Indirecto.
1- Método Directo
Débito Crédito
Contas
Valor amortizado
73 Amortização do Exercício
Valor total
11 Imobilizações Corpóreas
500.000,00
43/45 Caixa/ Depósitos à Ordem
Débito Crédito
Contas
Valor amortizado
73 Amortização do Exercício
Valor total
18 Amortizações Acumuladas
A quota de amortização (Qi) obtém-se dividindo a base de cálculo pela vida útil
do bem (n). A base de Cálculo corresponde à diferença entre o valor de
aquisição (Vo) e o valor residual desse mesmo bem (Vr). Assim:
Utilizando o método das quotas degressivas, a quota anual aceite como custo é
calculada através da aplicação das taxas de amortização, corrigidos dos
seguintes coeficientes:
Onde:
Qi = Quota de amortização
Vo = Valor inicial
Vr = Valor Residual
AAc= Amortização acumulada
I= Taxa
Taxa de amortização = 1/tempo de vida útil
Dados:
Base de Cálculo = Vo – Vr
Quadro de Amortizações
Bibliografia
Borges, A.; Isidro, H.; Macedo, J.; Moreira, A.; Morgado, J.; PRÁTICAS DE
CONTABILIDADE FINANCEIRA, 3ª Edição; Áreas Editora, 2002, Lisboa.