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Pré-Projecto Dr. Jacinto

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO METROPOLITANO DE ANGOLA

JACINTO AUGUSTO ESTEVE FERREIRA

RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO


APRENDIZAGEM. ESTUDO DE CASO: COMPLEXO
ESCOLAR DO ENSINO PRIMÁRIO E I CICLO DO ENSINO
SECUNDÁRIO Nº 2037 NO ANO LECTIVO 2023-2024

LUANDA
2024
JACINTO AUGUSTO ESTEVE FERREIRA

RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.


ESTUDO DE CASO: COMPLEXO ESCOLAR DO ENSINO PRIMÁRIO E I CICLO DO
ENSINO SECUNDÁRIO Nº 2037 NO ANO LECTIVO 2023-2024

Pré-projeto de pesquisa apresentado ao Instituto


Supeior Politécnico Metropolitano de Angola como
requisito parcial para a conclusão da Licenciatura em
Instrução Primária sob orientação da Professora
MsC. Izilda Beje.

LUANDA
2024
JACINTO AUGUSTO ESTEVE FERREIRA

RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.


ESTUDO DE CASO: COMPLEXO ESCOLAR DO ENSINO PRIMÁRIO E I CICLO DO
ENSINO SECUNDÁRIO Nº 2037 NO ANO LECTIVO 2023-2024

Pré-projeto de pesquisa apresentado ao Instituto Supeior Politécnico Metropolitano de Angola


como requisito parcial para a conclusão da Licenciatura em Instrução Primária sob orientação
da Professora Izilda Beje.

Aprovado aos: ____/____/____

___________________________________________________________________________

Coordenação do Curso de Instrução Primária.

Considerações_______________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
RESUMO

Este trabalho tem por objectivo geral fazer uma análise crítica e reflexiva sobre a relação
professor/aluno no processo de ensino - aprendizagem, especificamente, busca aprofundar
conhecimentos acerca do tema através de uma pesquisa qualitativa ou quantitativa, de modo a
refletir sobre o papel do professor no relacionamento com os educandos. Os dados obtidos
foram colectados por meio do uso da técnica da pesquisa bibliográfica e da entrevista, fez se
um levantamento de diversos autores e artigos sobre o tema. Conclui-se que o professor é um
profissional fundamental no processo de ensino e aprendizagem do aluno e, dependente da
tendência pedagógica que ele adota em sua prática, o mesmo terá uma forma particular de se
relacionar com o aluno, facto que irá influenciar de modo positivo ou negativo na
aprendizagem do discente. Sugere-se, portanto, maior discussão sobre as práticas adotadas
pelos professores em sala de aula.

Palavras - Chave: Aluno. Aprendizagem. Professor.


SUMÁRIO

1. TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA............................................................................ 6


1.1 TEMA .................................................................................................................................. 6
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................................. 6
2. OBJECTIVOS ..................................................................................................................... 6
2.1 OBJECTIVO GERAL .......................................................................................................... 6
2.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................6
3. HIPÓTESES ..........................................................................................................................7
4. JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ..................................................................................... 7
5. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 8
6. METODOLOGIA DE PESQUISA ................................................................................... 15
7. CRONOGRAMA DA PESQUISA .................................................................................... 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICOS ................................................................................. 18
6

1. TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA

1.1 TEMA

Actualmente, torna-se necessário e urgente abordar questões ligadas a este tema tão
acutilante “Relação Professor Aluno no Ensino Aprendizagem”, principalmente, nas
práticas educativas, o que se observa é que, por não se dar a devida atenção à temática em
questão, muitas acções desenvolvidas no ambiente escolar acabam por fracassar. Daí a
importância de estabelecer uma reflexão aprofundada sobre esse assunto, considerando a
relevância de todos os aspectos que caracterizam a escola.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Para melhor compreender esta problemática é importante reconhecer, e levar em


consideração a escola como a única instituição demarcada, com a possibilidade da construção
sistematizada do conhecimento pelo aluno.

Com base nisso, levanta-se como problema de investigação do trabalho, a


possibilidade de através da Teoria das Representações Sociais, o seguinte problema:

Que procedimentos deve se levar em conta no papel de professor no ensino-


aprendizagem do aluno?

2. OBJECTIVOS

2.1 OBJECTIVO GERAL

 Analisar a relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem, sendo


influência directa no ambiente educacional, e a eficácia do ensino no Complexo
Escolar Chacal nº. 2037.

2.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Pretende-se a partir do objectivo geral atingir os seguintes objectivos específicos:

 Compreender e valorizar a diversidade cultural, social e individual dos alunos,


ajustando práticas pedagógicas para incluir todos;

 Avaliar o conhecimento prévio dos alunos para adaptar o ensino ao nível adequado,
por meio do diálogo;
7

 Identificar as estratégias utilizadas nas metodologias activas como a aprendizagem


baseada em projectos, estudos de caso e debates, promovendo o envolvimento e a
participação activa dos alunos.

3. HIPÓTESES

Entende-se que hipótese é um conjunto estruturado de argumentos e explicações que


possivelmente justificam dados e informações, mas que ainda não foram confirmados por
observação ou experimentação .

H1: Analisar as metodologias activas de ensino, como aprendizagem baseada em


projectos, ensino híbrido, estudos de caso e discussões de maneira mais significativa.

H2: Compreender as necessidades individuais, estilos de aprendizagem e interesses


dos alunos, ajudando-as a adaptar-se ao ensino para atender às suas necessidades específicas

4. JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Justificativa é dar razão plausível de fundamentar as causas que levam um


determinado facto a ocorrer, na busca de encontrar a justiça necessária para um determinado
acontecimento.

A escolha do tema a ser abordado é essencialmente baseado no actual contexto escolar,


nota-se que ainda são muito perceptíveis no cotidiano da escola, as reclamações e
insatisfações por parte dos professores em relação aos alunos e vice-versa, ou seja, a relação
professor-aluno parece ser permeada por animosidades ou conflitos. Diante de tantos
desconfortos pedagógicos, houve alguns impasses, a partir daí, tomou-se a decisão de olhar de
frente o problema e o aproveitar para um tema de pesquisa a ser investigado.
8

5. REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 DEFINIÇAÕ DE TERMOS E CONCEITOS

Relação

É uma correspondência ou conexão entre algo ou alguém com outra coisa ou outra
pessoa. Desta forma, a noção de relação é usada em diversas ciências para explicar todo o tipo
de fenómenos, por exemplo, tratando-se de uma comparação entre duas quantidades
comensuráveis.

De acordo com Karl Marx (1997, p.916):

As relações sociais que os homens estabelecem entre si, e que


constituem a sua existência social, decorrem das forças produtivas e
dos modos de apropriação dos meios de produção.

Ensino

O ensino é uma forma sistemática de transmissão de conhecimentos utilizada pelos


humanos para instruir e educar seus semelhantes, geralmente em locais conhecidos como
escolas.

Para, Israel Scheffler (2011, p.33):

O ensino como uma atividade cujo propósito é a realização da


aprendizagem, sendo praticado de maneira a respeitar a integridade
intelectual do aluno e sua capacidade de fazer juízos independentes.

Aprendizagem

Aprendizagem é o processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos,


comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo,
experiência, formação, raciocínio e observação.

Referindo-se também ao conceito de aprendizagem, Oliveira (1993, p.61):

O coloca, como definição de Vygotsky, como sendo o processo de


aquisição de conhecimentos ou ações a partir da interação com o
meio ambiente e com o social.

5.2 O professor e sua prática

Muitos professores que actuam nas escolas não se dão conta da importante dimensão
que tem o seu papel na vida dos alunos. Nesse sentido, um dos aspectos que se quer ressaltar
neste trabalho é a importância da formação do professor e da compreensão que ele deve ter
9

em relação a esse assunto. Pois, não há como acontecer na escola uma educação adequada às
necessidades dos alunos sem contar com o comprometimento activo do professor no processo
educativo.

Entretanto, ao aproximar-se da figura de alguns professores, percebe-se que muitos,


baseados no senso comum, acreditam que ser professor é apropriar-se de um conteúdo e
apresentá-lo aos alunos em sala de aula.

Mudar essa realidade é necessário para que uma nova relação entre professores e
alunos comece a existir dentro das escolas. Para tanto, é preciso compreender que a tarefa
docente tem um papel social e político insubstituível, e que no momento actual, embora
muitos factores não contribuam para essa compreensão, o professor necessita assumir uma
postura crítica em relação a sua actuação recuperando a essência do ser “educador”.

E para o professor entender o real significado de seu trabalho, é necessário que saiba
um pouco mais sobre sua identidade e a história de sua profissão.

Teríamos que conseguir que os outros acreditem no que somos. Um


processo social complicado, lento, de desencontros entre o que
somos para nós e o que somos para fora [...] Somos a imagem social
que foi construída sobre o ofício de mestre, sobre as formas
diversas de exercer este ofício. Sabemos pouco sobre a nossa
história (ARROIO, 2000, p.29).

Fazendo uma correlação com esse ponto de vista, não se pode deixar de destacar e
valorizar os fenómenos histórico-sociais presentes na actividade profissional do professor.
Nessa perspectiva, jamais poderá ser compreendido o trabalho individual do professor
desvinculado do seu papel social, dessa forma estarse-ia descaracterizando o sentido e o
significado do trabalho docente.

Considerando a emergência de se trabalhar a identidade do professor, percebe-se uma


vasta bibliografia sobre a profissão docente, a qual tem apresentado muitas ideias e
questionamentos, principalmente sobre a formação dos professores, e, mais especificamente,
sobre a formação reflexiva dos professores.

5.2 Alunos e seus Aspectos

Quando mencionada e analisada a fase estudantil, é caracterizada a fase da


adolescência sendo a mais complicada, é sem dúvida, uma demonstração de cuidado, atenção
e preocupação com os alunos que compõem o mundo estudantil das escolas.
10

E para entender melhor algumas questões ligadas à adolescência, é preciso


compreender esse fenómeno, considerado a partir do século XX, fase que acabou se
expandindo de tal forma, que hoje pode-se considerar que muitos jovens manifestam
comportamento de adolescente. Segundo Carvajal (1998), existem três fases distintas para
esse momento da adolescência. Portanto esse período não é linear e há diversos aspectos a
serem considerados.

a) A primeira fase considerada por esse autor é a “puberal”, marcada pelo aparecimento
das modificações fisiológicas, as quais são acompanhadas das mudanças psíquicas. Nesse
estágio, os adolescentes irritam-se facilmente, tornamse arredios, explosivos e preferem
manter-se isolados. Já manifestam o desejo de que o tratem como adulto.

Para Carvajal (1998, p. 78):

“O púbere começa a desempenhar o papel mais importante do


adolescente: aquele que busca uma identidade”.

b) A segunda fase é chamada de “adolescência nuclear” e é denominada por Carvajal


como o núcleo da adolescência. Marcada como etapa de surgimento do grupo, o qual passa a
ser foco de interesse do jovem. Nessa fase, tudo gira em torno dos interesses do grupo,
chegando ao ponto de o jovem curvar-se às leis ditadas pelos companheiros. Aqui, ao
contrário da fase anterior, surge, no adolescente, a necessidade de se compartilharem todas as
coisas com os seus pares eleitos, pois ele tem necessidade de sentir-se aceito pelos colegas.

Aparecem novos códigos de comportamento, que, muitas vezes, ditam as regras a


serem seguidas. Momento marcado pela oposição ao mundo, desencadeando um jeito
diferente de ser. Esse período oferece modelos identificatórios como: punks, darks, hippies,
metaleiros e outros. Isso mostra o quanto, essa fase é marcada por um momento de rica
expressão, originalidade e criatividade.

c) A terceira e última fase é denominada pelo autor, como “adolescência juvenil”. Esse
conceito já qualifica o início da vida adulta. Os adolescentes começam a manifestar um
comportamento mais independente e surgem as preocupações com os acontecimentos sociais.
Eles começam a se tornar mais activos, envolvendo-se em trabalhos na comunidade e passam
a respeitar as regra da sociedade.

Segundo a psicologia, no desenvolvimento humano, todo rompimento entre o que está


estabelecido e o que é necessário ainda a ser definido é um processo doloroso e, ao mesmo
tempo, delicado. É assim que se apresentam as mudanças que ocorrem nessa passagem.
11

Por sua vez, quando tratado sobre alunos refere-se a um grupo de indivíduos com
interesse ao aprendizado. Na escola, esse momento é muito impreciso e normalmente vem
acompanhado de sentimentos contraditórios como: sensibilidade, indiferença, energia,
fragilidade, entusiasmo, desânimo, alegria, tristeza, firmeza, insegurança, delicadeza,
irreverência entre outros.

Segundo Matos (2003), nessa fase, o jovem oscila em seu modo de ser, ora age como
criança, ora como adulto. Essa ambiguidade também ocorre por parte dos adultos, pois, em
muitas situações, eles permitem um “quase tudo”, em outras utilizam excesso de rigor,
exigindo do jovem responsabilidade de adulto. Isso só confirma que a imprecisão não está
apenas no jovem, mas também naqueles que com eles convivem.

Para os professores, entender esse período de transformação da vida humana é


fundamental para o bom relacionamento com os alunos, bem como para a organização de
novas práticas pedagógicas. Essa percepção e compreensão do comportamento do jovem
auxiliarão os professores na criação de projectos inovadores mais voltados para a cultura dos
alunos.

Segundo Calligaris (2000), “Nossos adolescentes e jovens amam, estudam, brigam.


Batalham com seus corpos, que se esticam e se transformam.” Cabe à escola então, despertar
o interesse e os sonhos desses jovens, do contrário só poderá constatar que todo espaço é
desinteressante para quem para de sonhar.

5.3 O processo de interação e de mediação na relação professor-aluno

Em todo processo de aprendizagem humana, a interação social e a mediação do outro


tem fundamental importância. Na escola, pode-se dizer que a interação professor-aluno é
imprescindível para que ocorra o sucesso no processo ensino aprendizagem. Por essa razão,
justifica-se a existência de tantos trabalhos e pesquisas na área da educação dentro dessa
temática, os quais procuram destacar a interação social e o papel do professor mediador, como
requisitos básicos para qualquer prática educativa eficiente.

De acordo com as abordagens de Paulo Freire, percebe-se uma vasta demonstração


sobre esse tema e uma forte valorização do diálogo como importante instrumento na
constituição dos sujeitos. No entanto, esse mesmo autor defende a ideia de que só é possível
uma prática educativa dialógica por parte dos educadores, se estes acreditarem no diálogo
12

como um fenómeno humano capaz de mobilizar o refletir e o agir dos homens e mulheres. E
para compreender melhor essa prática dialógica, Freire acrescenta que:

[...], o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro


em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos
endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode
reduzir-se a um ato de depositar idéias de um sujeito no outro, nem
tampouco tornar-se simples troca de idéias a serem consumidas
pelos permutantes. (FREIRE, 2005, p. 91).

Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como postura


necessária em suas aulas, maiores avanços estará conquistando em relação aos alunos, pois
desse modo, sentir-se-ão mais curiosos e mobilizados para transformarem a realidade. Quando
o professor actua nessa perspectiva, ele não é visto como um mero transmissor de
conhecimentos, mas como um mediador, alguém capaz de articular as experiências dos alunos
com o mundo, levando-os a reflectir sobre seu entorno, assumindo um papel mais
humanizador em sua prática docente.

Já para Vygotsky 1984, a ideia de interação social e de mediação é ponto central do


processo educativo. Pois para o autor, esses dois elementos estão intimamente relacionados ao
processo de constituição e desenvolvimento dos sujeitos. A actuação do professor é de suma
importância já que ele exerce o papel de mediador da aprendizagem do aluno. Certamente é
muito importante para o aluno a qualidade de mediação exercida pelo professor, pois desse
processo dependerão os avanços e as conquistas do aluno em relação à aprendizagem na
escola.

5.4 Ensino-aprendizagem

Muitos pesquisadores consideram o ensino e a aprendizagem termos indissociáveis na


construção do conhecimento. Assim, não se pode compreender a importância do primeiro,
sem reconhecer o significado a que o segundo nos remete nessa construção.

Sabe-se que esses conceitos sofreram várias transformações no decorrer da história de


produção de conhecimento pelo homem. Nesse sentido, o processo ensino-aprendizagem tem
sido caracterizado de diferentes formas, ora procura dar ênfase à figura do professor como
detentor do saber, responsável pela transmissão do conhecimento, ora vem destacar o papel do
aluno como sujeito aprendiz, constructor de seu conhecimento.

Por seguirem trajetórias paralelas, os estudos e as pesquisas sobre o como se ensina e


o como se aprende demonstram que hoje não existe uma forma única para compreender esse
processo.
13

Entretanto, as tendências pedagógicas foram evoluindo e foram divididas em cinco


abordagens, dentre as quais algumas colocaram como seu maior objectivo o reflectir, o pensar
e o fazer do professor.

A primeira abordagem a ser retomada é a “Tradicional”. Nessa teoria, o processo


ensino-aprendizagem era totalmente centrado no professor. Tinha como objectivo principal
formar o aluno ideal, contudo não se levava em conta seus interesses.

Para Mizukami (1986, p.12):

“Nessa abordagem, quanto mais rígido o ambiente escolar, mais


concentrado e voltado para a aprendizagem o aluno se mantinha. O
professor era visto como mero repassador de conteúdo e o aluno
como um ser passivo no processo. As habilidades desenvolvidas no
aluno eram a memorização e a repetição”.

Em seguida, vem a abordagem “Comportamentalista”. Teoria baseada no empirismo


que vê o aluno como produto do meio. E o experimento é a base do conhecimento, que,
segundo Skinner (1997), estudioso dessa abordagem, o comportamento resulta de um
condicionamento operante. A resposta esperada do aluno ocorre quando ela é estimulada por
meio de reforços.

O professor é aquele que planeja, organiza e controla os meios para atingir seus
objectivos, os quais são estruturados em pequenos módulos, conhecidos como estudos
programados.

A abordagem “Humanista” apresenta seu enfoque no aluno. Segundo Mizukami


(1986), a ênfase dessa teoria ocorre por meio das relações interpessoais e do crescimento que
delas resulta.

Nessa teoria, a preocupação maior do professor deve ser a de dar assistência aos
alunos, ele deve agir como um facilitador da aprendizagem. O conhecimento resulta das
experiências do aluno, o qual é capaz de buscar por si só os conhecimentos.

A quarta abordagem é a “Cognitivista”. Segundo Mizukami (1986, p.59):

“Essa abordagem percebe a aprendizagem de forma científica,


como um produto do meio, resultante dos factores externos.
Preocupa-se com as relações sociais sem deixar de privilegiar a
capacidade do aluno em assimilar as informações”.

Nessa teoria, o professor, além de planejar os conteúdos, preocupa-se em trabalhá-los


da melhor forma, adequando-os ao desenvolvimento dos alunos. Aqui o professor é visto
como um coordenador e o aluno como um sujeito activo em seu processo de aprendiz.
14

Na abordagem “Sócio-Cultural”, a relação professor - aluno ocorre de forma


horizontal e não impositivamente. Isso significa que as relações autoritárias são abolidas dessa
teoria.

A ação pedagógica do professor e do aluno volta-se para uma prática histórica real.
Segundo Freire (1989), o educador e o educando são sujeitos do processo educativo, ambos
crescem juntos nessa perspectiva.

O professor e o aluno trabalham procurando desmistificar a cultura dominante. Dessa


forma, à medida que os alunos participam do processo de construção do conhecimento, mais
críticas se tornarão suas consciências.

Com essa rápida retomada das principais teorias que contribuíram historicamente no
processo ensino-aprendizagem, é possível perceber que sempre houve uma preocupação, por
parte da sociedade, em adequar as teorias às realidades de cada período histórico.
15

6. METODOLOGIA DE PESQUISA

Metodologia é o estudo sistemático e logico dos métodos, procedimentos e técnicas


utilizados em uma determinada área de conhecimento ou disciplina cientifica para realizar
investigação, analise, interpretação e resolução de problemas.

Conforme Marconi e Lakatos (2003), o método é o conjunto de actividades


sistemáticas e racionais, que permitem com a maior segurança e economia alcançar o
objectivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do
cientista. Entende-se, desta forma, que o método é a ordem que se deve impor aos diferentes
processos necessários para atingir determinado fim ou resultado desejado.

A metodologia deve ter suporte métodos de investigação qualitativos e quantitativos.

Segundo Lampert (2000,p.98):

“Métodos de investigação qualitativos preocupa-se com um nível de realidade que


não pode ser quantificado, relativamente aos procedimentos técnicos a pesquisa é de
levantamento bibliográfico porque vai valer-se de material já publicado sobre a reforma
tributária e o processo de implementação das autarquias locais, como: livros, jornais, revistas,
artigos da internet e outros, de modo analisar algumas ideias e experiências sobre o assunto”.

Para Markoni e Lakatos (2017), “A pesquisa quantitativa é mais indicada quando o


objetivo pretende analisar medidas quantificáveis se fundamentando em amostras da
população, utilizando-se de medidas numéricas para se testar hipóteses ou buscar-se padrões
numéricos.”

Para elaboração deste trabalho trata-se, de um estudo de carácter exploratório, com


abordagem qualitativa. Os dados obtidos foram colectados por meio do uso da técnica da
pesquisa bibliográfica e da entrevista.

6.1 CARACTERIZAÇÃO

O estudo está vinculado a uma Instituição Académica nomeadamente Complexo


Escolar Chacal nº. 2037 do Ensino Primário e Primeiro Ciclo do Ensino Secundário,
localizada em Luanda, Município de Belas, distrito urbano do Morro dos Veados, inaugurado
a 2 de Março de 2019, pelo Governador de Luanda Sérgio Luther Rescova, de salientar que
trata-se de uma escola que está localiza em centro militar da UGP, com capacidade de 700
16

alunos mas actualmente está com 757 alunos distribuídos em pelo turno da manhã e tarde da
primeira a 9 classe, contendo 32 professores e com 14 salas cada sala contendo 27.

6.2 TIPO DE PESQUISA

Tipos de estudo: bibliográfico pelo facto de ter bases na colecta de informações


provirem de suportes livros e arquivados como fonte primária, secundária e/ou terciária,
filmes, documentários disponíveis em bibliotecas, centros de pesquisa e arquivo da internet.

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia


já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas,
boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita
magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado
sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que
tenham sido transcritos por alguma fonte, quer publicadas, quer gravadas
(MARCONI & LAKATOS, 2003, p. 183).

6.2 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

A observação sistemática e a entrevista com uso de questionário semi-estruturado.


Este procedimento de colecta de dados, pois, a entrevista como instrumento de pesquisa, é a
técnica que consiste em aplicar perguntas abertas aos entrevistados. Sobre as entrevistas,
Aragão & Salvador (2017 apud Borges & Silva, 2011, p. 43) dizem que: “A entrevista é uma
técnica que se constitui em um instrumento eficaz na colecta dos dados”.
17

7. CRONOGRAMA DA PESQUISA

TARAFEAS OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO

Elaboração do projeto
Levantamento bibliográfico
Analise dos dados e
informação
Redação dos capítulos
Conclusão e referencias
Revisão e redação final

Entrega da Monografia

Avaliação da Monografia

Banca
18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICOS

ARAGÃO, José Wellington Marinho; SALVADOR, Maria Adelina Hayne Mendes Neta,
Metodologia cientifica, 2017.

ARROIO, M. João. O resgate da autoridade em educação. Porto Alegre: Artmed. 2000.

BURRHUS, Skinner. Pedagogia Histórico Crítica: Primeiras aproximações. 6. ed. São Paulo:
Autores Associados, 1997.

CALLIGARIS, C. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2000.

CARVAJAL, G. Tornar-se adolescente: a aventura de uma metamorfose. São Paulo: Cortez,


1998.

CARVALHO, José. O Conceito de Ensino. Ed. Segmento. 2010.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 19 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

FREIRE, P. Medo e ousadia. 8. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

ISRAEL, Scheffler. A linguagem da Educação. Ed. Saraiva. São Paulo, 2011.

KARL, Marx. O Pensamento de Karl Marx. 2ª Ed. Porto. Livraria Tavares, 1997.

LAKATOS, E.; MARCONI, M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas,


2017.

LAKATOS, E.; MARCONI. Fundamentos de Metódologia Cientifíca. 5ª ed. (2003)

LAMPERT, Ernâni. Educação, Cultura e Sociedade. Ed. Salina. Lisboa. 2000.

MATOS, Valente. (Org.) Professor Reflexivo no Brasil. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2003.

MIZUKAMI, M da G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.

OLIVEIRA MK. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. Ed.


Porto Alegre. Artmed. 1993.

VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

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