4 Ano - Explorar - Criança - Rev1

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4º ano

Caderno de
Experiências
dA criança
ENSINO FUNDAMENTAL | ANOS INICIAIS

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Caderno de
Experiências
dA criança
ENSINO FUNDAMENTAL | ANOS INICIAIS

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CASULO EDITORA
CÁPSULAS LITERÁRIAS

CADERNO DE EXPERIÊNCIAS DA FAMÍLIA


Criação: Cristiane Batista

CONSELHO EDITORIAL
Antonio Braga Filho
Tatiana Alcaraz

EQUIPE EDITORIAL
Organização: Tânia Fanti
Editor-Chefe: Tiago Braga

CONSULTORIA LITERÁRIA
Ana Leme – Movimento Literário
Carol Braga – Conversa de Quintal

REVISÃO
Larisse Lázaro Santos Pinheiro
Laryssa Soares do Nascimento
Douglas da Silva Macedo
Raquel Barbosa Galvão
Willie Oliveira Pinheiro
Isabella de Sousa Campos
Catalogação na Publicação (CIP)
(BENITEZ Catalogação Ass. Editorial, MS, Brasil)
B336c Batista, Cristiane
1.ed. Projeto cápsulas literárias : explorar : 4º ano :
caderno da criança / Cristiane Batista ; coordenador
Antonio Braga , organizadora Tânia Fanti. – 1.ed. –
São Paulo : Editora Casulo, 2022. – (Projeto cápsulas
literárias ; 4)
100 p.; il.; 30 x 30 cm.

ISBN : 978-65-998377-1-5

1. Animais. 2. Autoconhecimento. 3. Infância.


4. Poesia – Literatura infantojuvenil. 5. Viagem.
I. Braga, Antonio. II. Fanti, Tânia. III. Título. IV. Série.
08-2022/145 CDD 028.5

Índice para catálogo sistemático:


1. Poesia : Literatura infantil 028.5
2. Poesia : Literatura infantojuvenil 028.5
Bibliotecária : Aline Graziele Benitez CRB-1/3129

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Resenha:
Você raramente se surpreende ou é daquelas pessoas para
quem tudo sempre é novidade?

Pois bem, de um jeito ou de outro, Depois da Nuvem, o


poema ilustrado do artista Lucas Lopes, vai te surpreender
e te emocionar.

O livro traz, de maneira natural e saborosa, uma


forte união entre texto e imagem, utilizados
aqui para falar de sentimentos, essa coisa tão
difícil de ser traduzida em palavras.

E, se a sua poesia lhe parecer singela numa


primeira leitura, não se engane. Um olhar mais
atento desvela surpresas.

De um verso a outro e a cada novo desenho,


elas vão se desdobrando, conforme viramos
as páginas, fazendo emergir de dentro de nós,
leitores, sensações, sentimentos e verdades, tal
qual as imagens projetadas no interior de cada
personagem pensado e desenhado pelo autor.

A riqueza de Depois da Nuvem se faz presente


não só nas metáforas construídas pelo poeta,
mas, sobretudo, na sutileza das imagens que
florescem do interior dos personagens. Elas
nos levam a reflexões acerca da natureza, das
nossas construções sociais, culturais e das
nossas relações conosco e para com o outro.

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QUEM É LUCAS LOPES?
Lucas Lopes nasceu em 1988 em Minas Gerais, na cidade de Uberlândia, onde se formou
em Artes Visuais pela Universidade Federal.

O artista, que quando criança costumava desenhar nas paredes de casa, produz as suas
pinturas com aquarela, tintas naturais e acrílica e trabalha também com direção de arte
em outras áreas como teatro, circo e dança.

Além de pinturas e esculturas, ele já fez inúmeros projetos artísticos, dentre eles:
Ilustração de livros, revistas, álbuns musicais e painéis para bibliotecas e outros espaços.

Seu desejo de nunca deixar de brincar o levou a trabalhar como Artista-Professor em


São Paulo, na Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA), um importante centro de
educação artística para crianças.

Ele também orienta cursos e oficinas criativas em projetos e ateliês pela cidade.

POR QUE LER ESSA OBRA?


Os livros têm vários poderes. Eles nos transportam para lugares diferentes, nos
conectam com seres incríveis e também são capazes de nos fazer sentir mais empatia.

Essa obra, em específico, navega por águas muito profundas e tem como eixo principal
tratar você, leitor, como um ser sensível e capaz de vivenciar grandes emoções.
O poder de Depois da Nuvem é muito especial: Ele faz com que olhemos para o nosso
interior de forma atenta, mas também muito generosa.

No decorrer da leitura, você vai descobrir que dentro de todos nós habitam muitos
“eus” escondidos. Sair em busca de cada um deles sempre vale a pena.
Vamos começar?

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Caro aluno,

Antes de iniciarmos a nossa jornada, quero propor a você


uma viagem especial. Certamente, não é igual à que você
deve estar acostumado, mas oferece muitas paradas e
experiências diferentes: Uma viagem literária!
Ao final deste livro ela terá te levado para muitos lugares
inimagináveis! Vamos experimentar?

ANTES DA
LEITURA
Experiência 1 - Você já olhou para o CÉU hoje?

Você costuma observar o clima no seu dia a dia ou é daqueles


que espera a mãe trazer a blusa de frio, o guarda-chuva e o
protetor solar?

Será que vive com a “cabeça nas nuvens” e, mesmo se olhar para o
céu de manhã, caso alguém pergunte, não vai saber dizer se tem sol,
garoa ou se está nublado?

Antes de começar a correria da aula, sugiro que você preste atenção em como está o dia lá fora.
Escreva abaixo o que você observou.

Procure descrever com palavras como está o céu; as cores, se há nuvens, estrelas, etc.

Como o seu corpo reagiu à temperatura que está lá fora? Tremeu de frio? Sentiu calor? O que
mais te chamou a atenção?

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Experiência 2 - Você já olhou para os SEUS AMIGOS hoje?

Agora que já olhou para o dia, vamos continuar nossa exploração.

Você costuma perceber seus amigos no dia a dia?

Costuma perguntar como estão?

E, se pergunta, você escuta de verdade a resposta?

Escolha duas pessoas da classe para conversar sobre como


elas estão se sentindo hoje. Depois, registre no caderno cinco
palavras, no máximo, que descrevem as suas sensações.

Agora, pense na expressão facial e corporal deles e escolha


algumas palavras para descrever como você acha que se sentem.

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Experiência 3 - Você
já SE olhou hoje?

Da mesma maneira
que a gente
raramente observa
o tempo e o que nos
rodeia, na correria
do dia a dia, também
costumamos não
olhar pra dentro de
nós.

Pensando na
atividade anterior,
agora procure refletir
sobre como você está
se sentindo.

Está alegre?
Preocupado? Curioso?

Preencha o desenho
abaixo com palavras
que descrevam os
seus sentimentos.
Pode abusar da
criatividade na hora
da escrita.

Tente cores
diferentes,
formatos de letras
malucas. Use a sua
imaginação!

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Experiência 4 - Cofre de segredos

Abrir um livro é abrir todo um universo de sonhos e


possibilidades.

Com isso em mente, vamos criar, coletivamente, um cofre que


possa representar interna e externamente todos os sentimentos
que nos tocam quando pensamos no livro que vamos ler.

O exterior da caixa vai traduzir, não só como você e seus amigos


pensam o objeto livro, como também pode trazer elementos
daquilo que gostam.

Escolha que materiais vocês vão utilizar. Pode ser tinta, lápis
de cor, aquarela, recortes. Há uma série de opções e técnicas
diferentes para você se inspirar.

Mãos à obra!

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Experiência 5 - O que vem depois?

O que será que o autor reservou para quem se


aventurar a abrir o livro?

A obra que você vai ler traz um título instigante não


acha?

Você já parou para pensar sobre o que vem depois


das coisas?

O que vem depois do sono? E depois de uma bronca?


Depois do riso?

Se ainda não parou, pare agora e pense: O que vem


depois das coisas? Sempre vem algo?

Você vai receber um pedaço de papel amarelo.


Escreva nele palavras para explicar o que você acha
que virá depois da capa. Se quiser, pode decorar o
seu papel.

Depois, coloque-o no cofre de segredos feito na


experiência quatro.

Não vale mostrar para ninguém.

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Experiência 6 - O que eu vejo?

Assim como o título, uma imagem pode dizer muita coisa.

O que essa imagem te diz? Você acha que ela é enigmática


ou que já “entrega” o sentido do livro?

Tente colocar em palavras o que vem à sua mente quando


você a observa.

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Experiência 7 - O interior
de todas as coisas

O autor dedicou seu livro ao


interior de todas as coisas.

O que você acha que habita


em você?

Assim como ele utiliza


imagens para mostrar
o interior de seus
personagens, nós também
podemos fazer o mesmo.

Já pensou do que você


é formado? Quais são as
imagens que lhe vêm à
cabeça quando pensa em
você?

Lembra da experiência de
escolher palavras para dizer
o que sentimos? Vamos
fazer agora com imagens.

Selecione desenhos, fotos


e outras ilustrações que
signifiquem algo para você.
Depois, use a imaginação e
sensibilidade para criar a
sua colagem.

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Experiência 8 - Ouvir junto, ler
sozinho, ler para o outro: As
muitas faces da leitura
O livro é um objeto mágico, que, como vimos até
agora, nos apresenta mil possibilidades antes
mesmo de abri-lo.

Essa magia permanece até mesmo depois de


aparentemente desvendá-la. Quer ver como?
É simples. Ouça a leitura do seu professor.
Preste atenção ao que você sente ao ouvi-lo e ao ver
as imagens mostradas.

Preste atenção na entonação e nas pausas.


Depois, leia sozinho, só para você. Preste atenção no
que sentiu durante a leitura.

Agora, leia para o seu colega.


Percebeu alguma diferença?
Você acha que leu da mesma maneira que o seu
professor?
O que foi igual e o que foi diferente?

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Experiência 9 - Um livro de
poesia ou uma poesia que é
livro? Pequeno Sarau

Você acha que o que leu é um livro de


poesias ou uma poesia que virou livro?
Cada página pode ser lida sozinha?
Uma história é uma coisa gigante ou é
um monte de historinhas que vira uma
grande? Uma poesia pode ser feita de
pequenas poesias? O que ela precisa ter
para virar um livro? Depois de pensar no
assunto, escolha sua pílula e divirta-se!

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Experiência 10 - Para
onde eu vou?

O autor de Depois da Nuvem colocou uma epígrafe em seu livro. Ele escolheu
um poema em que Rumi, um poeta do século XII, convida o leitor a falar sobre
o lugar que visitou no poema.

As epígrafes costumam dialogar com a obra em questão, resumindo a história,


reforçando o seu sentido e/ou até mesmo apresentando novos caminhos na
leitura.

Inspirado em Rumi e Lucas Lopes, faça um exercício de imaginação.

Para que lugar o poema de Lucas te levou? Quais lugares você conhece que são
verdadeiros poemas? O que existe nos lugares que você escolheu que faz deles
poemas? São só coisas bonitas ou coisas que nos fazem perceber algo diferente
no mundo?

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Experiência 11 -
Quem pode chorar?

O poeta diz que alguém ensinou os homens a não chorar.

Você concorda? Quem ensinou isso a eles? Será que existem mais coisas
as quais fomos ensinados, mas deveríamos fazer diferente?

Escreva (ou desenhe) de um lado as coisas que nós aprendemos com os


outros e, do outro, as coisas que já nasceram com a gente.

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Experiência 12 - Eu moro Experiência 13 -
onde eu quiser! Dentro de mim tem…

O poeta diz no texto que na poesia “uma Vamos brincar de faz de conta?
lágrima pode ser de orvalho”, diferente
da realidade na qual o orvalho sempre Se você fosse um personagem
nasce do lado de fora das coisas. desenhado por Lucas Lopes, o que teria
Ele diz também que nela podemos morar na sua barriga?
em um “lugar-gota”, se quisermos.
Aproveite o espaço abaixo e se desenhe
Que tal representar o lugar mais incrível com algo muito legal dentro da sua
que você gostaria de morar? Escolha barriga.
como vai fazer e divirta-se!

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Experiência 14 - Pode
ser a gota d´água.

Você já se sentiu tão


bravo que ficou a ponto
de gritar e que, se
alguém lhe falasse mais
uma palavra, explodiria
igual a uma bomba?

Os vários tipos de gotas


da poesia de Lucas nos
lembram isso e existe
uma expressão para tal:
“Pode ser a gota d’água”.

Qual será a gota d’água


para cada um de nós?

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CONVERSANDO COM
OUTRAS CRIANÇAS
Experiência 15 - Felicidade é…
Durante todo o livro, o poeta apresenta pessoas que não
parecem felizes. Às vezes parecem tristes, outras, apenas
não mostram expressão alguma. Você sabe dizer por quê?

Converse com os seus amigos, em trios, e, juntos,


comparem a poesia e as imagens.
Respondam: Por que as pessoas não estão felizes?

Completem escolhendo uma das imagens e respondendo,


na sua opinião, o que seria necessário para aquela pessoa
se sentir feliz?

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Experiência 16 - Onde nascem
meus orvalhos?
Em um trecho do texto, Lucas diz: “Orvalhos
podem nascer em qualquer lugar”, nos
lembrando que os sentimentos podem estar
expressados num lugar, num objeto, numa
pessoa, etc.

Você, com certeza, tem “orvalhos”


espalhados à sua volta.

Pensando na sua escola, onde você encontra


seus orvalhos?

Desenhe o local da escola onde lhe


aconteceu algo muito importante.

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Experiência 17 - Vamos fazer um poema?

Para você, o que diferencia uma lágrima e uma gota de chuva? Numa tempestade, as gotas
parecem iguais? Você acha que elas são, de fato, iguais? E as lágrimas, são todas iguais? A
lágrima que você chora quando alguém lhe dá um castigo é igual a que você chora quando
machuca o pé numa pedra ou quando morre um bichinho que você amava? E a que você
chora quando está muito feliz com um acontecimento? Também é igual?

Que tal fazer uma roda e conversar sobre os tipos de gotas que conhecemos?

Depois disso, o educador vai passar uma folha de papel em que cada um vai ser orientado
a escrever um verso, como se fosse uma gota, e, em seguida, dobrará o papel para que o
próximo aluno não consiga ler o que você escreveu quando for escrever a sua própria frase.
Ao final, teremos um poema escrito por todos!

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CONECTANDO
COM A ARTE
Experiência 18 - O que me representa?

Um artista plástico utiliza as imagens, as Se você fosse escolher um tom ou uma


cores e as texturas para criar e contar a sua técnica para ilustrar os seus sentimentos,
história. qual seria? Escolheria sua cor preferida ou
pintaria como a enxergamos? Utilizaria
Neste livro, percebemos que Lucas é canetinha? Giz de cera? Aquarela? Enfim, o
econômico no uso das cores, criando cenas que melhor representaria você em uma obra
quase monocromáticas (quando há o de arte?
predomínio de uma única cor ou tom), mas
utilizando cores em pontos específicos para Escolha um dos desenhos criados por Lopes
contar a sua história, como no coração ou no e recrie-o de uma forma diferente, utilizando
farol, por exemplo. toda a sua criatividade, sensibilidade e
mostrando o que mais faz sentido para você.
Em outros pontos, ele utiliza técnicas como
o pontilhismo para ilustrar as muitas faces
da chuva, ou o esfumaçado, para mostrar a
densidade das nuvens.

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Experiência 19 - Tudo é desenho?
Em uma entrevista para o blog português Des-i, o escritor Lucas Lopes
disse: “Tudo é desenho, o nosso trajeto pelo mundo, os encontros”.
Pensando em nossa trajetória até aqui, em que olhamos ao nosso redor,
para os outros e para nós mesmos, você diria que o autor tem razão? Você
também acha que tudo é desenho ou acha que tudo é palavra? Talvez uma
mistura dos dois ou outra arte, como a dança, a escultura ou o teatro?

Converse com os seus amigos e tente descobrir o quanto Depois da


Nuvem mudou o seu olhar para o mundo.

Experiência 20 - Vamos abrir a caixa?

Ao longo da nossa jornada literária criamos uma


caixa coletiva para guardar os tesouros que a leitura
nos prometia ou ia nos entregando. Agora que
chegamos ao final dessa primeira viagem, que tal
abrirmos nosso cofre e confrontarmos nossas visões
com as de nossos colegas?

Será que as promessas feitas foram cumpridas?


Será que a sua leitura foi semelhante à do seu
colega? O que teve de semelhante? O que teve de
diferente? Depois de descobrir todos os segredos
que vocês recolheram, registre ao lado o que mais te
surpreendeu nesta viagem.

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Resenha:
A delicada jornada de um garoto em busca da realização
de um sonho é o mote de Frido, o belo livro de Marta
Dalbem e Fernando Zenshô, numa parceria repleta de
encanto e ternura.

A partir de rimas inspiradoras, o livro trafega entre paisagens


áridas e sentimentos complexos, conseguindo equilibrar
cenários conhecidos de quem lê e novos lugares,
enquanto fala sobre a necessidade e a capacidade
de sonhar que os seres humanos possuem.

Na trajetória de Frido não faltam obstáculos.


Mas, assim como na vida, também existe muita
cor e esperança.

Enquanto tenta travar novos contatos e renovar


o seu círculo de amizade e apoio, o que fará com
que a sua caminhada seja mais leve e fluida, ele
encontra nos livros e poetas grandes amigos.

Os traços do ilustrador conseguem capturar a


atenção do leitor desde o primeiro momento,
pois complementam e transformam,
perfeitamente, os versos criados pela autora em
imagens que unem a aridez do lixão ao sorriso
sempre aquecido de Frido.

Se ele conseguir realizar os seus sonhos,


seremos nós a receber o maior prêmio. Enquanto
leitores, sairemos dessa jornada mais leves,
esperançosos e felizes; sentimentos poderosos
que se revelam nossos maiores tesouros!

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QUEM É MARTA
DALBEM?
Marta sempre foi apaixonada por livros e crianças. Por trinta anos ficou imersa em
livros cheios de números, mas as duas filhas a ajudaram a estar sempre próxima do
mundo das palavras e da imaginação.

Vários livros brotaram em seu pensamento ao longo dos anos, quase sempre com uma
visão positiva do mundo e das pessoas. Frido nasceu assim, como um pedacinho da
história da Marta, juntando a poesia e a realidade do mundo.

QUEM É FERNANDO
ZENSHÔ?
Pai de uma menina, Fernando Zenshô é um ilustrador e artista plástico que adora estar
entre tintas, pincéis e histórias fantásticas. Para criar o Frido, ele usou o bom e velho
grafite e aquarela.

A inspiração para suas ilustrações veio do universo das crianças e das histórias dos
retirantes brasileiros que saem de suas casas em busca de trabalho e prosperidade, mas
levam sempre na memória a beleza de sua terra natal.

Seu desejo é que todas as crianças do mundo possam crescer com ternura e dignidade.

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POR QUE LER ESSA OBRA?
Caro leitor, ao abrir as páginas deste livro, você vai conhecer uma pessoa muito
especial, com muitas vivências e um humor contagiante.

Frido é um menino mais ou menos da sua idade, que gosta de ler, olhar a natureza
(você vai ver como ele adora olhar pela janela!) e de brincar.

À primeira impressão, ele pode ser diferente dos outros colegas da escola, mas quem
se dê a chance de conhecê-lo vai descobrir um menino gentil, educado e inteligente;
o tipo de pessoa que queremos sempre por perto, para compartilhar as histórias, as
brincadeiras e os sonhos.

Está pronto para conhecê-lo?

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ANTES DA
LEITURA
Experiência 1 - Como me chamam?

Você já parou para pensar sobre o seu nome? Por que você se chama assim? Quem te deu esse nome?

E apelido, você tem? É o mesmo em casa e na escola? Você gosta do(s) seu(s) apelido(s)?

Anote abaixo o seu nome e apelidos. Caso saiba o porquê de cada um deles, escreva também. Depois converse
com o seu professor e os seus colegas sobre esses apelidos.

Nome:

Quem escolheu?

POR QUÊ?

apelido:

Quem escolheu?

POR QUÊ?

apelido:

Quem escolheu?

POR QUÊ?

apelido:

Quem escolheu?

POR QUÊ?

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Experiência 2 - Eu leio Experiência 3 - Casa é onde o
como meu amigo? nosso coração está!

O professor fez a primeira leitura do livro Todo mundo mora em algum lugar, não é?!
para a classe e você deve ter percebido
o som gostoso que essa história emite A nossa casa deve ser o lugar mais importante
ao ser lida em voz alta. Esse ritmo é do mundo, pois, é nela que descansamos, nos
muito comum nos textos de cordel e nos fortalecemos, recebemos os nossos amigos, a
repentes, típicos das feiras nordestinas. tia de longe, o primo que vem bagunçar.
A cadência também pode ser encontrada
É onde guardamos os nossos tesouros. Aquilo
nas batalhas de rap e nos slams, próprios
que a gente leva no coração e que dinheiro
das grandes cidades.
nenhum pode comprar, por exemplo: o cacho
de cabelo do bebê e o primeiro dente de leite do
Que tal uma leitura conjunta? Cada filho são os maiores tesouros para seus pais.
um pode ler um trecho da história em
voz alta e observar se as várias vozes Compartilhe com seus colegas o que você
interpretadas podem dar um ritmo mais gosta na sua casa e quais “tesouros”
diferente para as rimas. você tem nela.

Na casa de Frido tem planta, brinquedo e retrato


na parede. E na sua, o que tem?

Faça um registro mostrando os cômodos, os


móveis, os enfeites ou outras coisas que sejam
importantes pra você. Essa pode ser uma forma
de apresentar a sua casa aos seus colegas. Você
pode registrar em desenho, poema, escultura.

Use a sua criatividade!

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DURANTE
A LEITURA

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Experiência 4 - Querido Frido,

No começo da história, você viu Frido


em sua casa, com a sua mãe, sua
irmãzinha e seus brinquedos, mas em
seguida ele vai com o pai para São
João, em busca de ascensão e profissão,
deixando em Campo Florido a mãe e a
irmã.

Enquanto lutam na cidade grande em


busca de seus sonhos, as mulheres da
família permanecem onde estão.

Como você imagina a vida das duas


durante o tempo em que Frido e o pai
foram morar na cidade?

Faça de conta que você é uma delas


(você pode escolher!) e escreva uma
carta para Frido, contando a sua vida
para ele.

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Experiência 5 - Eu carrego meu mundo comigo!

Você observou que na mala de Frido tem uma imagem de cactos estampada? A
estampa da planta é uma representação do lugar de onde ele vem, ou seja, sua terra
natal. Por isso, na história, essa mala simboliza tudo aquilo que trazemos de casa,
como esperanças, valores, histórias, objetos importantes, fotografias e lembranças.

Você acha que todo mundo traz na “mala” um pouquinho do lugar de onde vem?

Que tal contar um pouco da história que você também traz na mala?

Encontre uma caixa pequena e traga para a escola. Ela pode ser de sapato, de
cereal, o que for. O importante é que você vai pintar, modificar e reciclar essa caixa,
transformando-a na sua mala.

Que desenhos ou colagens você vai fazer nela para representar o lugar de onde você
vem?

Dica: Esse “lugar” pode ser qualquer coisa, até um sentimento ou uma pessoa e você
pode usar qualquer tipo de material que combine com o que você quer representar.

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Experiência 6 - Querida…
Voltando um pouco para a
história, a carta que Frido recebeu
da sua família precisa de uma
resposta. O que ele pode contar
sobre suas andanças?

Leia a carta que seu colega escreveu


na experiência seis e responda
como se você fosse o Frido. O que
você vai responder? Vai contar do
lixão, das aulas, dos amigos que
fez? Vai mandar um desenho da sua
mala, ou vai apenas comentar as
notícias contidas na carta? Exerça a
sua imaginação.

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Experiência 7 - De onde a
gente vem?

Frido e o pai se mudam do interior para


uma cidade maior, urbana. Vamos falar
um pouco sobre esses caminhos?

Converse com seus parentes, um


vizinho ou algum amigo da sua família,
sobre suas histórias e as histórias dos
seus antepassados: avôs, avós, bisavós...

Descubra se mudaram da cidade que


nasceram, se foi a família toda, por que
fizeram essa migração e quais desafios
enfrentaram.

Olhe o mapa do Brasil e o mapa-múndi,


se for o caso, pinte o país (ou cidade) de
origem e marque o local de onde eles
saíram e onde chegaram e converse com
o professor.

Caso eles venham de mais de um lugar,


você pode usar canetas ou lápis de cores
diferentes. Quanto mais colorido for o
seu mapa, maior é o número de locais
que essa pessoa viveu.

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Experiência 8 - E se…

Frido e seu pai se mudam por


razões diferentes. O menino
quer uma profissão e o adulto,
ascensão, uma vida melhor.
Mas, as pessoas mudam de
suas cidades e países por
muitos motivos diferentes.

Entreviste alguém da sua


família e descubra que razões
poderiam levar vocês a se
mudarem de um dia para o
outro, de estado ou de país.

Com a ajuda do professor,


elabore perguntas que ajudem
o entrevistado a pensar sobre o
assunto.
Com as respostas em mãos,
escreva uma narrativa
contando a história dessa
mudança como se já estivesse
acontecido.

Lembre-se de que quanto


mais detalhes descobrir, mais
original ficará a sua história.

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Experiência 9 – Recomeçar.

Assim como tantas pessoas que vivem em nosso país,


Frido e seu pai escolheram sair de Campo Florido para uma
cidade maior a fim de conseguirem realizar os seus sonhos e
transformar as suas vidas. Mas, nem sempre essas andanças
acontecem pelo desejo das pessoas. Algumas vezes, por
motivos diversos, as pessoas são obrigadas a sair do seu local
de origem e recomeçar a vida em outros países, se tornando
refugiadas. Você já parou para pensar sobre o que leva alguém
a largar a sua família, sua casa, seus amigos e ir embora?
Conhece alguém que tenha passado por isso? Como podemos
ajudar alguém nessas condições?

Imaginando que mudou para a sua vizinhança uma família refugiada:

1) O que você colocaria numa cesta de boas-vindas para


presenteá-los? Desde comidas até objetos que você imagina que
poderiam ajudá-los, o que iria na cesta preparada por você?

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2) Escreva uma pequena carta para os seus vizinhos apresentando os lugares da vizinhança que você
mais gosta de frequentar e conte-os também o porquê.

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Experiência 10 - Ter o que
queremos ou o que podemos?

Frido muda para a cidade em busca


de melhores condições de estudos.
Se ele pudesse escolher entre morar
na sua antiga casa ou viver a vida
na cidade, morando no lixão, o que
você acha que ele escolheria e por
quê?

E você, se fosse ele, escolheria a


mesma coisa?

Releia a história de Frido com os seus


colegas e conversem sobre as escolhas
de cada um, anotando as vantagens
existentes nas duas alternativas.

43
Experiência 11 - Ser adulto é ter trabalho?

O pai de Frido, que era plantador de feijão, saiu do interior e foi para a
cidade em busca de “ascensão”. No entanto, pouco sabemos de sua labuta
diária, já que temos só o cotidiano do menino representado na história.

Você consegue imaginar quais empregos ele teve? A história dá alguma


pista de como era esse emprego, se é que ele conseguiu?

Converse com os seus colegas de classe e investiguem, juntos, que tipos de


trabalho os migrantes conseguem ao sair do interior. Exerça sua imaginação e
faça um desenho em aquarela, bem representativo, do pai trabalhando.

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APÓS A LEITURA
Experiência 12 - O que colore o meu mundo?

Você se lembra do nosso primeiro livro?

Enquanto os personagens retratados em Depois da Nuvem aparecem sempre com o semblante triste e
carregado, Frido está sempre alegre e sorridente, como se a sua vida fosse cheia de luz e cor. As ilustrações
parecem reforçar isso, você não acha?

Entre as coisas que colorem o mundo de Frido, estão os livros e sua paixão pelos poetas. Pensando nisso, você
consegue dizer para os seus colegas o que colore o seu mundo?

Escreva abaixo (ou desenhe, se preferir) quais histórias e personagens, presentes nos livros, alegram a sua vida.

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Experiência 13 - Piada
maldosa tem graça?

Frido era “motivo de piada” por sua


sujeira e seu cheiro e se sentia muito
mal por isso.
Experiência 14 - O que a minha
Você considera isso uma injustiça?
família faz?
Conhece outros tipos de “piadas” que
as crianças costumam fazer na escola Sabe quem pode ser uma ótima fonte de informações
e que podem fazer outras crianças se sobre profissões e mercado de trabalho? Sua família!
sentirem igualmente tristes? Por isso, vamos ter um dia de encontros na escola.

Após conversar sobre isso, você Vamos receber os familiares para que possam
receberá um papel em branco do seu contar para você e seus colegas sobre o que fazem,
professor. Nele, escreva três atitudes onde trabalham e tudo o mais que vocês quiserem
“comuns” e que você considere de saber.
mau gosto, que já tenha presenciado
Para tornar esse encontro mais rico, pedimos que
entre os seus colegas na escola ou até
agora você pense e registre as perguntas que gostaria
mesmo fora dela. Entregue ao professor,
de fazê-los.
sem colocar o seu nome, e aguarde as
instruções para finalizar a experiência.

46
Experiência 15 - Frido
ganhou um canudo.

Frido era um garoto com muitas qualidades e


o sonho de ter uma profissão. Era alegríssimo,
inteligentíssimo e tantas outras coisas. No final da
história, descobrimos que ele ganhou estudo, pão e
canudo, mas não sabemos qual a sua profissão. Você
consegue imaginar que profissão Frido escolheu?

Escolha uma profissão para o Frido e escreva por


que você acha que ele se daria bem nessa área.
Que características, na sua opinião, precisa ter
para exercê-la?

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Experiência 16 - Também quero meu canudo!
Agora que você já tem muitas informações sobre profissões e
até descobriu uma profissão para Frido, que tal pensar sobre
o que você quer ser?

Você gosta de aventura ou prefere alguma coisa mais


tranquila? Gosta de trabalhar em grupo ou funciona
melhor sozinho? Pense um pouco e depois escreva que
profissão você gostaria de exercer e como acha que vai ser
o seu dia a dia nela.

Experiência 17 - Como
encontrar os nossos
tesouros?

Percorremos um longo caminho e


estamos quase ao final da viagem, na
companhia de Frido. Você se lembra
que discutimos sobre os tesouros
que fazem parte da nossa casa na
experiência 5 - Casa é onde nosso
coração está?

Como será que Frido se sente estando


tão longe da sua casa? Morando no
lixão, Frido sabe que lá “não tinha
nada, não”, mesmo sendo um lugar
tão cheio de coisas, como mostram
as próprias imagens do livro. Na sua
opinião, quais as coisas que Frido
sabia que existiam na cidade e que não
encontrava no lixão?

Faça um desenho, com muitos detalhes,


daquilo que você acha que Frido
sonhava que existia na cidade e que na
vida real faltava para ele.

48
49
Experiência 18 - Queremos
mudar o mundo!

Frido Sabido, após ganhar pão e canudo,


continua querendo saber de tudo. Sempre com
esperança, sonha em mudar o mundo.

E você, já pensou no que pode fazer para


transformar o mundo? Que mudanças você
faria? Esse “mundo” seria a sua casa, sua escola,
sua cidade ou o Planeta Terra? Converse com os
seus colegas e depois compartilhe com a classe
algumas ações que podem ser feitas para deixar
o mundo melhor.

50
CONECTANDO
COM A ARTE.
Experiência 19 - Cores, pra que te quero!

Fernando Zenshô utiliza duas técnicas diferentes


para contar a história de Frido através das imagens: o
grafite e a aquarela.

O grafite percorre as páginas dando movimento às


andanças de Frido em casa, a caminho de São João e
da escola e imprime personalidade aos personagens
retratados.
Você percebeu como é a aquarela que define o estado
de espírito do menino? É como se o colorido do que
ele ama - os livros, brinquedos e os cactos - inundasse
o seu coração agindo como um escudo contra as
dificuldades diárias, como só a arte consegue fazer.

Pensando nisso, percorra novamente as páginas do


livro e escolha uma das imagens coloridas que mais
tenha gostado para se inspirar e criar a sua própria
arte, o seu próprio escudo. Pode ser um desenho ou
uma poesia. O tipo de arte com o qual você mais se
identifica. Ao final, cole a sua obra de arte dentro da
sua mala, decorada na experiência 7, de maneira
que possa ser vista/lida, sem precisar ser retirada da
caixa. Como uma estampa da sua mala.

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Experiência 20 - Eu mostro meu mundo pro mundo!

Frido nos levou para uma viagem incrível. Passeamos por paisagens áridas, conhecemos pessoas e
situações que, por vezes, exigiram um pouco mais de cada um.
Difícil? Às vezes, mas o texto poético de Marta e as imagens inspiradoras de Fernando fizeram com
que a caminhada fosse menos árdua.

Ao longo dessa jornada você foi convidado a pensar o mundo de maneira diferente, com mais cor,
poesia e chegou até a criar um mundo só seu, lembra?

Você virou um artista e preencheu o seu mundo particular com arte, confeccionando uma mala para
representá-lo.
Que tal agora compartilhar um pouquinho desse mundo com os outros? Vamos fazer uma bela
exposição para apresentar essa grande viagem?

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Resenha:
O sonho de desbravar o mundo é o que move o
personagem do livro Imaginação, com texto de Nicholas
Penha e divertidas ilustrações de Silvia Ferraz.

As rimas do autor apresentam uma


mistura de cenários e representações
ambientais e culturais que resultam num
mosaico colorido, que ao final propõe
uma grande celebração do respeito às
diferenças de todos os povos.

A ilustradora, mergulhada na arte e


infância, demonstra conhecer bem estes
universos, já que traz para as ilustrações
elementos importantes, como: brinquedos,
colagens e dobraduras. Assim, ela convida
você, criança leitora, a se aventurar nesta
viagem. Essa união entre a musicalidade
do texto e o colorido das imagens dá
ritmo ao livro. O que apresenta ao leitor a
potência do onírico, ou seja, de tudo que
está relacionado aos nossos sonhos, a
imaginação, sugerindo que a realização
dos nossos objetivos está a um passo de
todos, basta acreditar.

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NICHOLAS
PENHA EM SILVIA
VERSOS FERRAZ EM
VERSOS
Ele vive a escrever versinhos
Para todos os seus amores.
Ele também faz desenhos
Feitos de todas as cores. Desde criança adora observar
Dizem que ele possui, o mundo, os detalhes,
Os mais preciosos tesouros, as pessoas e os desenhos
Victoria e João Pedro, das nuvens pelo ar!
E que valem mais do que ouro.
Gosta de cavaleiros, princesas, Ao traçar sua jornada
Castelos e dragões. a diversão é o sinal,
De piratas, navios, que indica o caminho
Monstros e tubarões. e que não é cilada!
Ele diz que foi para a lua,
Viajando pelo espaço. Curiosa por natureza;
Que foi domador de tigres, Criativa na busca de solução.
Malabarista e palhaço. Multitalento com destreza
Um dia escreveu um verso, e otimista por pura paixão!
Sobre uma aventura do João,
Que foi para a escola num foguete, Da arte ela não solta!
Feito de papelão. o que a vida traz, ela costura.
Então, escreveu um livro, Com amor e com alma dá meia volta,
E nunca mais parou, pinta e borda sua cultura!
De escrever suas histórias,
Com muito carinho e amor.

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POR QUE LER ESSA OBRA?
Prezado leitor, você já parou para pensar quais são os seus sonhos mais desejados?
O personagem do livro que você vai ler tinha a cabeça cheia de sonhos e adorava
imaginar como seria realizá-los, tanto que o nome do livro é Imaginação. Era tanta
coisa diferente que passava por seus pensamentos que, para mostrar tudo isso, a
ilustradora não escolheu uma técnica apenas. Os desenhos feitos por ela trazem um
pouquinho de cada coisa que o menino sonhava. E para você não se perder nesse
labirinto de cores e sensações, ela costurou tudo com linha, para provar que dentro da
gente cabe um mundo inteiro. Então, mesmo que a gente compartilhe nossos sonhos
com os outros, uma parte deles ainda vai estar guardada dentro da gente, como se
preservada por essa linha da vida que cada um tem dentro de si! Está pronto para se
inspirar nesse garoto sonhador?

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ANTES DA
LEITURA
Caro aluno, depois de duas viagens literárias, te convidamos para mais uma. Para esta aventura pedimos que
você traga toda a sua curiosidade e sua veia de explorador!

Experiência 1 - O que você tem na cabeça?

“Criança diz cada coisa!”; “O que esse menino tem na cabeça?”; “Tá com a cabeça na lua!”. Com certeza você já
deve ter ouvido algum adulto usando essas expressões para se referir a você ou outra criança, não é mesmo?
Parece que, quando crescem, os adultos se esquecem de como é ser criança e de como funciona a cabeça e o
pensamento de uma criança. E você, o que pensa sobre isso? Acredita que pensamento de criança é diferente
de pensamento de adulto? Escolha 3 palavras que possam explicar o que está passando na sua cabeça agora e
preencha os balões.

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Experiência 2 - Aconteceu comigo!

Além dos muitos pensamentos aleatórios que


passam pela nossa mente o tempo todo, temos um
lugar reservado para as nossas memórias. Nossas
lembranças são como um escudo para quando
nos sentimos desanimados e tristes. E uma das
coisas mais gostosas são as lembranças das férias
que já tivemos! Quando lembramos, revivemos as
mesmas emoções que sentimos no passado. Conte
para seus colegas algo bem divertido que aconteceu
durante uma de suas férias. Pode ser uma viagem,
um passeio com os amigos, um pic nic, uma festa
Experiência 3 - Minhas vontades
do pijama… Tente lembrar quem estava com
você, onde você estava e o que fazia. Quanto mais
detalhes você der, mais nítida será a cena na Além de pensamentos e lembranças, levamos
imaginação de quem ler. também na nossa mente, nossos desejos e
vontades. Podemos pensar que esses desejos
e vontades ocupam o nosso coração, mas é
quando pensamos sobre os nossos sonhos é
que temos a possibilidade de transformá-los
em realidade. Por exemplo, seja a vontade de
assistir aquele filme de super-heróis, ou seja a
vontade de fazer uma surpresa de aniversário
para algum amigo. Por isso é importante
conhecer e alimentar as nossas vontades.

Escreva 2 desejos que você tem guardado no


coração e na cabeça nesse momento. Sonhe com
eles, quem sabe esses desejos podem se realizar?

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Experiência 4 - O menino
conhece o mundo

Como descobrimos ao ler Imaginação, podemos


fazer muitas viagens em nossa cabeça. O
personagem do livro imagina desbravar lugares
pelo mundo todo, vivendo aventuras, conhecendo
animais diferentes, aprendendo sobre outras
culturas, sobre outras formas de ver o mundo.
Algumas viagens ele conseguiu realizar fisicamente,
mas outras foram feitas apenas na imaginação.

Observe o mapa e tente localizar os lugares


citados no livro. Marque com um X azul
cada lugar visitado pelo personagem. Pense
nas características apresentadas. Foi fácil de
encontrar? Você já ouviu falar ou conhece esses
lugares? Ficou curioso para aprender mais sobre
eles? Se fosse na vida real, qual lugar seria mais
desafiador para o personagem visitar?

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Fonte: https://i.pinimg.com/originals/d5/29/1e/d5291ed835ebe63148cc36d498a1947d.gif

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Experiência 5 - Conhecer o
mundo sem sair de casa.

Os autores apresentam, através da imaginação do personagem, várias terras


distantes, trazendo um pouquinho de informação de cada um. O deserto, a
selva, as neves dos Pólos Sul e Norte e tantos outros. Você já tinha ouvido
falar desses lugares? Qual te encantou mais? O que mais você acha que deve
encontrar nessas viagens e que não coube no texto? Pesquise com seus colegas
mais informações sobre estes locais. Que idioma eles falam? Em que continente
ficam? Você vai ver que essa é uma pesquisa muito interessante, tantas são
as informações sobre os territórios e as pessoas que vivem neles. Depois,
compartilhe as informações com os colegas da turma e se prepare para ouvir
o que eles têm a dizer sobre as localidades que pesquisaram. Vai ser uma troca
muito rica!

Três pontos turísticos:

Uma comida:

Um animal:

Uma personalidade (pode ser escritor, ator, músico, atleta, etc.):

Uma obra de arte (livro, música, filme, quadro, escultura, etc):

Uma curiosidade:

Outras informações que você acha importante saber sobre o lugar:

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Experiência 6 - Pra onde será
que eu vou?
Apesar de bem jovem, você já viveu muita coisa,
não é? Tanto que deve ter pensado bastante sobre
qual acontecimento divertido iria compartilhar
neste caderno. Conforme vamos crescendo e
vivendo, encontramos pessoas, visitamos lugares
e experimentamos sabores. Enfim, acumulamos
experiências que nos acompanharão por toda
a vida. E uma bela maneira de fortalecer essas
experiências é viajar. Isso mesmo, viajar! Conhecer
outras culturas, outras comidas, outros idiomas e
outros modos de viver. Você já pensou nisso? Tem
vontade de conhecer outros lugares?

Agora que você descobriu, junto com seus colegas,


outras informações mais concretas, como pontos
turísticos, culinária e curiosidades dos lugares citados
no livro. Qual deles você gostaria de conhecer se
pudesse? Vamos fazer um exercício de imaginação?

1 - Em uma folha separada faça um desenho seu,


vestido para a viagem. Recorte e cole no mapa, no
lugar exato que você quer conhecer.

2 - Faça um checklist, uma lista do que você


precisa para fazer essa viagem. Pense no máximo
de detalhes possível: quantos dias quer ficar, que
roupas precisa levar, o transporte que vai usar,
quantas refeições vai fazer. Compare sua lista com
a do seu colega. O que ele colocou de diferente que
pode te ajudar? Planejar uma viagem é quase tão
gostoso quanto viajar!

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Experiência 7 - Estou
viajando e lembrei de você!

Como descobrimos ao ler Imaginação, podemos


Você já ouviu falar de cartão postal? Geralmente são
cartões feitos de papelão retangular e que podem ser
enviados pelo correio sem envelope. De um lado, uma
imagem bem bonita de pontos turísticos e paisagens
do local e, do outro, espaço em branco para uma breve
mensagem e dados de endereçamento. Antes das
redes sociais, era assim que contávamos da viagem
para os amigos e familiares: mandando notícias
ilustradas de cada lugar que a gente ia. Era uma
forma carinhosa de presentear uma pessoa querida.
Apesar desse tipo de correspondência ter caído
em desuso, ainda hoje é possível encontrar cartões
postais para vender em alguns lugares turísticos.
Você já teve a oportunidade de ver um cartão postal,
em algum momento?

Que tal voltar ao passado (nem tão passado assim)


e enviar um cartão postal para alguém querido?
Deixamos na página ao lado, o esboço (frente e
verso) de um cartão postal. Faça um desenho bem
bonito que represente o local que você escolheu
na experiência anterior. Escreva uma mensagem
contando um pouco da viagem e indicando um
lugar para visitação. Depois é só escolher para quem
enviar e completar o cartão!

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Frente do cartão postal -
faça aqui seu desenho!

Verso do cartão postal -


Escreva sua mensagem!

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Experiência 8 - Eu vou até onde a Experiência 9 - Andando por aí
imaginação me levar!
O personagem do livro se pergunta se pode usar
skate, patinete, balão ou até mesmo bicicleta para ir
O personagem de Imaginação sonha fazer
até o Japão que fica longe do nosso país.
viagens reais pelo mundo. E por isso, seu limite
são os países e lugares que já ouviu falar. Mas a
1 ) Escolha um desses meios de transporte citados pelo
imaginação é muito maior que isso, e nos permite
garoto e imagine como seria a viagem. Que tal escrever
viagens até onde ninguém vai, como viajar por
em forma de estrofe, cheia de rimas, para combinar
outros tempos, por planetas desconhecidos ou até
com o texto do Nicholas Penha, autor do livro?
dentro do nosso próprio corpo.

Que viagem super diferente você imagina que


poderia fazer? Faça um depoimento contando sobre
essa viagem como se ela estivesse acontecendo de
verdade! Existem vários formatos diferentes para
realizar um depoimento, escolha o seu preferido:
podcast (que pode ser um áudio gravado no celular
ou no tablet), uma entrevista no jornal, uma página
de diário, uma tirinha de história em quadrinhos.
Solte a imaginação!

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2) Agora que você já imaginou tantas aventuras e
estripulias para essa viagem, escolha um meio de
transporte que você considera mais adequado para
fazer esse trajeto e faça um desenho para representá-
lo. Colocamos abaixo algumas possibilidades

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Experiência 10 - Eu falo, escuto e
entendo tudo!

O personagem de Imaginação sonha conhecer diversos países, mas para isso


sabemos que é importante se comunicar em diferentes idiomas, certo? Que
tal você escolher duas palavras que goste muito e pesquisar como elas são
escritas em cinco idiomas diferentes? Vale ser uma saudação, um sentimento,
uma comida, uma cor ou uma atividade física! Depois você pode compartilhar
com a classe e aumentar o seu vocabulário!

IDIOMA Palavra 1 - Palavra 2 -

OLÁ
Privet ni hao

ciao
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Experiência 11 - Será que sei
esconder um tesouro?
Você lembra da leitura de Frido e de como conversamos sobre os nossos
tesouros? Em Imaginação, o personagem fala que “dos piratas queria os
tesouros”, trazendo para o nosso imaginário esse universo rico e mirabolante
dos piratas, com caça ao tesouro, armadilhas e muita adrenalina. Você já deve
ter assistido ou ouvido histórias sobre os piratas, não é? Então sabe bem sobre
o que estamos falando!

Releia o livro. Viu como um único verso pode carregar um mundo cheio de
significados? Pense sobre o que é um tesouro para o personagem. Ele estaria
em outro país ou guardado em casa? Seria pesado como uma pirâmide ou
leve como um cafuné de mãe? Se você pudesse escolher qualquer tesouro
do mundo, mas um só, qual escolheria? E mais importante, como protegeria
este tesouro dos olhares indesejados dos piratas? Desenhe ou escreva abaixo
o seu tesouro e, na folha ao lado, faça um mapa para que só você saiba onde
encontrar sua relíquia.

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68
Experiência 12 - Decifra-me ou Vamos brincar de “o que é, o que é”? Pesquise e es-
devoro-te colha uma adivinha bem divertida para apresentar
aos colegas e preste atenção às charadas propostas
Uma das viagens que o personagem sonha por eles. Tente adivinhar e aproveite para aumentar
fazer é para o Egito, para conhecer, entre outros seu repertório!
monumentos, a Esfinge. Você já ouviu falar sobre
ela? A Esfinge é um ser mitológico presente
em várias culturas da Antiguidade. As mais
conhecidas são a egípcia e a grega. A esfinge
grega ficou conhecida como guardiã da cidade de
Tebas. Ardilosa, ela apresentava aos viajantes um
enigma. Se respondesse certo, ele poderia passar, se
respondesse errado seria devorado pela criatura.

Tendo como inspiração o enigma da esfinge, será


que você consegue decifrar esse?

“Que criatura anda


com quatro pernas pela
manhã, duas pernas à
tarde e três pernas ao
anoitecer?”

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Experiência 13 - Imaginar rima com cozinhar?

Em suas fantasias, o garoto elege alguns elementos que considera essenciais


para a identificação de um lugar. Animais, arquitetura e arte são alguns dos
elementos que aparecem ao longo do texto, como no trecho abaixo, sobre a Itália:

70
A culinária é outra referência importante que dá identidade aos lugares e que
poderia ter aparecido nos sonhos do personagem. Escolha uma das páginas do
livro e escreva um ou dois versos sobre alguma fruta ou prato típico deste local,
completando a experiência imaginada pelo menino, como no exemplo abaixo:

Em Roma conhecer as ruínas, antigas igrejas e ricos museus. Passear pelas


fontes e praças do Panteão ao Coliseu. Sentar numa cantina na praça e comer
macarrão num prato só meu.

Esta é uma experiência para dar água na boca! Solte sua imaginação!

71
Experiência 14 - Encontrando
um caminho
Ao final da leitura descobrimos que nosso herói
não consegue realizar fisicamente todas as viagens
imaginadas, ou seja, não conhece presencialmente
todos os países e lugares que sonhava. Porém, a
imaginação lhe permite realizar, de outro jeito,
todos os sonhos que viveu.

1) Você já teve muita vontade de fazer alguma


coisa e não conseguiu? Como fez para superar essa
vontade? Teve ajuda de alguém?

2) E se, ao contrário, algum colega te pedisse ajuda


para superar a vontade de fazer alguma coisa? O
que você diria para ele?

72
3) Crie uma tirinha (história em quadrinhos) entre duas crianças com um pequeno diálogo
que mostre essa interação.

73
Experiência 15 - Você é o ator!

Os animais estão muito presentes na imaginação do personagem. Sempre


que pensa em um lugar, ele o conecta com o tipo de fauna que encontrará
lá. Você também costuma fazer essas conexões? Já parou para pensar na
diversidade de bichos diferentes que existem em nosso país e no mundo? Que
tal aumentar seu conhecimento de maneira divertida?

Escolha um animal para representar. Pense em como ele se locomove,


como come, que gestos faz. Depois de ter tudo isso gravado em sua mente,
apresente para seus colegas em forma de mímica! Será que eles vão
descobrir? Ao final, vocês podem comparar quem conseguiu fazer a melhor
imitação e quem escolheu o animal mais curioso ou difícil! Uma forma de
aprender brincando!

Depois de se divertir com seus colegas conhecendo outros animais através


da mímica, que tal fazer um desenho do animal que mais gostou de conhecer
durante a brincadeira?

74
CONECTANDO
COM A ARTE.
Experiência 16 - Minhas asas
são de palavras!

Nas experiências anteriores, conversamos muito sem se machucar. De conhecer o fundo do mar, com
sobre nossa capacidade de viajar para outros lugares a pequena Sereia, de lutar com o Capitão Gancho
através da imaginação. Há uma maneira incrível de e nunca crescer como o Peter Pan! É participar de
conhecer outros lugares, unindo a nossa imaginação um chá com um Chapeleiro Maluco, no País das
com a mente criativa de outras pessoas: os escritores, Maravilhas. Enfim, é um mundo com infinitas
com quem podemos realizar grandes trocas! possibilidades, uma mais inimaginável que a outra.
Escritores são seres mágicos que compartilham seus
devaneios e transformam a imaginação em realidade Pensando em todos os personagens que já foram
para cada leitor. Quantos mundos conhecemos em algum momento seus companheiros de viagem,
através dos livros? Quantas experiências, realidades e crie o seu par de asas para essa grande aventura
vivências os livros nos oferecem durante uma leitura! chamada Literatura. A gente começa dando um
modelo e sugerindo o nome do Frido e do garoto
Ler é nunca estar sozinho. É ter sempre um refúgio, sonhador que te acompanhou em Imaginação.
uma conexão com alguém que pode estar muito Vasculhe sua memória e traga para as suas asas os
distante, mas que em algum momento compartilhou outros personagens que povoam sua mente literária.
com você a mesma história, o mesmo riso, o mesmo Abuse das cores e formas e divirta-se preenchendo
choro. Ler é muito poderoso. É nossa maneira de o interior das asas com o nome de todos esses
viajar no tempo e de viver aventuras perigosíssimas personagens!

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Experiência 17 - Traços e linhas

A ilustradora Silvia Ferraz fez da linha um importante elemento narrativo


para o projeto gráfico do livro. A partir dessa inspiração, propomos uma
produção tendo a linha como principal elemento artístico.

Utilizando cola e linha, que tal fazer uma obra de arte? Você pode fazer um
desenho abstrato, pode desenhar alguma coisa concreta, como um animal
ou uma paisagem, pode usar a linha para preencher o desenho (é só colocar
lado a lado), usar como canetinha para contornar a forma que desenhou. São
inúmeras possibilidades… Use sua criatividade!

76
Experiência 18 - Identidades
culturais

O menino quer muito ir à Espanha, e lembra de três artistas: Picasso, Dalí e Gaudi.
Assim como a Espanha, muitos lugares são conhecidos pelos artistas ou pelas
artes que produziram. A música Garota de Ipanema, composta pelo brasileiro
Antônio Carlos Jobim e letrada por Vinicius de Moraes em 1962, ficou conhecida
no mundo todo e, até hoje, quem a ouve consegue imaginar a cidade do Rio de
Janeiro. Você saberia indicar outros lugares famosos por seus artistas e artes?
Escreva no seu caderno para que depois possa compartilhar com a turma!

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Experiência 19 - Inspiração na
arte indígena
Você já deve ter estudado sobre os povos originários que estavam no Brasil
antes da chegada dos portugueses e deve ter visto nos jornais a luta desses
povos por seus direitos.

Os povos indígenas são detentores de culturas muito antigas que têm como
ponto principal a integração do homem com a natureza. Esse respeito pelo
meio ambiente se traduz em suas lendas de origem, em sua alimentação, em
sua família e até em seus adornos simbólicos. Para o indígena cada elemento
utilizado em sua rotina tem uma razão de ser e é considerado a identidade de
um povo. Os traços e cores utilizados em suas pinturas corporais e em seus
adereços, como cocares e penas, carregam muito significado.

Muitos dos desenhos criados pelos indígenas para ilustrar seus objetos e sua
arte, seja em cerâmicas ou nas marcas corporais, são inspirados nos animais.
Suas pinturas podem representar a pele da cobra, o casco da tartaruga, o olho
do peixe e tantos outros. Deixamos alguns exemplos para te inspirar a criar
um grafismo para representar algum animal que você ache interessante.

Crie aqui o seu exemplo de grafismo

78
Experiência 20 - Sonho que se sonha junto é
realidade / Casa de sonhador

Chegamos ao final de mais uma jornada literária, repleta de aventuras,


descobertas e muita criatividade. Imaginação nos levou a percorrer lugares
incríveis, mostrando o quanto nossa capacidade de sonhar pode nos levar
longe! Nas últimas páginas, o autor deixa claro que, durante a vida, o
personagem conseguiu realizar muitos de seus sonhos. E as ilustrações o
mostram, já com idade avançada, contando para um grupo de crianças as
suas aventuras, reforçando o que falamos lá no início das experiências, que
relembrar é reviver tudo de novo.

Como você imagina que seria a casa desse aventureiro tão sonhador, após
tantos anos de aventura? Depois de conhecer tantos lugares, o que ele teria
trazido de cada viagem? Imagine que você e seus colegas foram convidados a
visitar esse senhor e que são vocês as crianças retratadas no final do livro. O
que teriam ouvido? Que tal fazer um grande painel coletivo que ilustre a casa
de um sonhador que tanto vivenciou?

Relembrar é viver de novo cada aventura na imaginação. Sendo assim,


capriche no painel, pois sempre que passarem por ele, você e seus colegas vão
se recordar do livro Imaginação e das várias aventuras que viveram ao lado do
personagem sonhador.

BIBLIOGRAFIA
Esfinge. In Britannica Escola. Web, 2022. Disponível em:
<https://escola.britannica.com.br/artigo/esfinge/482558>. Acesso
em: 25 de julho de 2022.

79
Resenha:
Corrida Maluca, o texto rimado de Érica Montenegro quase como se pudéssemos sentir as diferentes
de Mélo, com ilustrações de Adélia Oliveira é, antes camadas e características de cada superfície retratada.
de tudo, uma celebração à arte do encontro e ao
respeito à individualidade de cada um. Por fim, Érica e Adélia nos presenteiam com uma
verdadeira ode à leveza e à brincadeira, conectando
Escrito todo em redondilhas maiores e sextilhas, o o leitor à criança que ele sempre vai ter dentro de si.
texto de Érica permite a incursão do leitor no rico Esse é um dos melhores elogios que podemos fazer a
universo da literatura de cordel, onde palavras um livro para a infância.
simples convivem com palavras mais rebuscadas.
As situações cotidianas são transformadas de
repente por meio da inteligência e da poesia. Nesse
sentido, as palavras afiadas da autora partem de
alegorias aparentemente simples para tratar de temas
caros à infância, como estereótipos, cooperação e
companheirismo. Ao usar o humor para falar sobre
esses assuntos a autora consegue acessar lugares
nem sempre aparentes, mas importantes por trazerem
para a discussão questões essenciais ao ser humano.

As ilustrações complementam a experiência literária,


ora mostrando, ora ocultando, num divertido jogo
de esconde-esconde. Nesse jogo, cabe ao leitor ficar
muito atento para não perder nenhuma informação.
Além disso, a mistura de técnicas proposta pela
artista revela um universo cheio de cores e texturas,

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QUEM É ÉRICA
MONTENEGRO
DE MÉLO?
Autora de 7 livros e dezenas de folhetos de cordel, Érica Montenegro de
Mélo é consultora literária, cordelista, escritora, mediadora de leitura
e contadora de histórias. Também é pesquisadora da literatura para
a infância, professora de biblioteca escolar e técnica educacional.
Formada em Pedagogia, a autora é Mestre em Ciências da Linguagem e
Especialista em Literatura Infantojuvenil e Psicopedagogia. No perfil @
encantodoconto faz indicações de leitura literária e discute os processos
de formação de leitores.

QUEM É
ADELIA OLIVEIRA?
Adélia Oliveira é filha de Del e Arlindo, que são muito criativos e grandes
narradores de histórias de vida. Adélia também é narradora de histórias
e ama criar imagens. Quando era criança, passava tardes desenhando,
cortando, colando papéis e fitas. Quando cresceu, continuou fazendo o que
mais gosta, criar livremente!!! Usou, para as imagens deste livro, técnica
mista entre desenho livre, pinturas com tintas acrílicas, giz pastel e lápis
de colorir.

81
POR QUE LER ESSA OBRA?
Querido leitor, você já se pegou num dia daqueles em que nada acontece, ou que tudo
que acontece não parece bom? Pois nossa amiga Borboleta, personagem principal
do livro que você vai ler, arranjou um jeito de mudar tudo isso e, melhor: de quebra
conseguiu transformar também a vida de todos os habitantes de uma floresta muito
especial! Prepare-se para viver a aventura de uma corrida muito diferente de tudo que
você já viu, com desafios, reviravoltas e mistérios. O que pode a força de um leão frente
à tranquilidade de uma ovelha? E a velocidade de um coelho perto das boas passadas de
uma belíssima girafa? Surpreenda-se e divirta-se com essa corrida maluca!

82
ANTES DA
LEITURA
Para finalizar nosso percurso literário, proposto neste kit, escolhemos um livro leve, divertido e cheio de
confusão. Traga sua veia esportiva e divirta-se!

Experiência 1 - Histórias que lembram histórias

As histórias acompanham os seres humanos desde o início dos tempos. Elas são criadas, compartilhadas
e lidas para nos divertir, refletir, ensinar e tantas outras possibilidades. E muitas dessas narrativas
atravessaram séculos e ainda hoje encantam os leitores. Com certeza você já ouviu em casa ou na escola
histórias que os adultos também ouviam quando eram crianças. Os contos de fadas, as lendas, as fábulas
são alguns dos exemplos de contos que são contados e recontados de diversas maneiras em várias culturas.
Vamos lembrar um pouco desse universo literário? Desenhe abaixo personagens que você se lembra de
contos clássicos. Depois compartilhe com seus colegas.

83
Experiência 2 - Conviver

Quantas vezes por dia interagimos com outras pessoas? Mesmo quem mora
sozinho e não é de muita conversa, em algum momento do seu cotidiano vai
se comunicar com alguém. Quando vamos a um estabelecimento comprar
alguma coisa, quando trabalhamos, quando encontramos o vizinho no
corredor do prédio ou na rua em que moramos. Ninguém consegue viver sem
interagir com outros seres. Pensando na sua realidade, na sua rotina escolar
e familiar, o que você acha que é preciso para conviver bem com seus pares?
Quais características ajudam uma pessoa a conviver bem com as outras?
Converse com seus colegas e anote as que você achar mais relevantes.

84
EXPERIÊNCIAS A
PARTIR DA LEITURA
Experiência 3 - Entre caras e caretas

Pelo visto, a borboleta esperta não gostava de


caretas. Porém, fazer caretas é um exercício ótimo
para mover os músculos do nosso rosto, para relaxar
e uma ótima chance para nos divertirmos! Com as
caretas, podemos nos mostrar felizes, assustados,
com nojo, imitando animais ou monstros. As opções
são infinitas. Que tal fazer um concurso de careta
com seus colegas? Depois de receber as orientações
do professor, prepare-se para dar muitas risadas!

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Experiência 4 - Conhece
essa brincadeira?

A borboleta teve uma ideia incrível e resolveu compartilhar com os amigos. Afinal,
é muito mais legal quando fazemos as coisas juntos, não é mesmo? E você, sabe
de alguma brincadeira que pouca gente conhece e gostaria de compartilhar com
a turma? Apresente para os colegas! Não esqueça de explicar as regras: quantos
podem participar, o espaço para a brincadeira e todos os detalhes que fazem dessa
uma diversão tão legal. Depois, é só a turma escolher as mais legais e brincar!

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Experiência 5 - E se a
história fosse minha?

Para organizar a corrida, a dona


borboleta faz uma coisa muito
curiosa: cria “combinados” com
os animais para evitar brigas,
trapaças e outros problemas.
Para você, é importante fazer
combinados antes de realizar
alguma coisa em grupo? E o que
acontece se não forem feitos
acordos? Se a corrida maluca
não tivesse combinados, quem
você acha que venceria? Faça
um texto, em prosa - sem rimas
ou métricas -, contando essa
história alternativa.

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Experiência 6 - Recolhi a história no varal

Você sabia que existe um tipo de literatura muito famosa na região Nordeste
do Brasil, chamada literatura de cordel? Ela recebeu esse nome pois os
escritores faziam folhetos com suas histórias e expunham essas criações
penduradas em varais (ou cordões) em feiras, bancas e mercados. Os cordéis
tradicionais têm, além das rimas, ilustrações em xilogravura, uma técnica que
utiliza madeira e papel para deixar as figuras impressas no papel, como um
carimbo.

Vamos conhecer mais sobre este gênero? Em pequenos grupos, e com a ajuda
do professor, pesquise mais sobre a literatura de cordel. Preste atenção nas
temáticas, nos autores e nos artistas que ilustram suas páginas. Escolha
um dos textos apresentados pelo professor e tente criar um desenho para
representá-lo.

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Experiência 7 - Venham
para a corrida!

Você já acompanhou alguma Copa do Mundo


ou alguma Olimpíada? Esses eventos esportivos
movimentam todo mundo: esportistas, torcedores,
o país que recebe os competidores. São
acontecimentos amplamente divulgados em todas
as mídias possíveis: rádio, TV, jornal, internet e
propaganda. Pela lista de participantes dá pra gente
imaginar que a Corrida Maluca foi um grande evento
e deve ter sido amplamente divulgado! E se você
tivesse sido o responsável por essa divulgação? Em
pequenos grupos definidos pelo professor, crie um
mascote para a competição e faça um cartaz para
convidar as pessoas para o evento!

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Experiência 8 - Acolhimento: aquilo que
me faz bem

Mesmo sabendo que a corrida já ia ser um sucesso, pois muitos animais


se inscreveram, os organizadores “enfeitaram bem a pista” no dia do
acontecimento, deixando tudo bem bonito para quem ia participar e para o
público. Você já deve ter visto também seus pais arrumando a casa para receber
visitas ou para o Natal ou para uma festa, não é mesmo? Deixar um lugar bem
bonito faz toda a diferença para nos sentirmos bem. Na sua opinião, além da
beleza, que outras coisas fazem a gente se sentir bem em algum lugar? Tente
pensar na sua casa, na sua escola, no parque ou em algum outro local que você
costuma frequentar. Que coisa, pessoas ou ações lhe fazem bem? Os livros na
biblioteca? O bolinho de chuva na casa da tia? A risada do amigo? Faça uma
lista para compartilhar com os colegas!

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Experiência 9 - Você ganhou o
melhor prêmio!

A autora fala no texto que o prêmio era algo


bem misterioso. Você conseguiu descobrir o
que era? Acha que a vencedora gostou? Você
acha que se a borboleta tivesse divulgado seu
conteúdo desde o começo, os animais ficariam
mais ou menos interessados em participar?
Você consegue imaginar uma recompensa
que agradasse qualquer animal? Um presente
que fizesse feliz tanto um leão, como uma
girafa ou um jabuti? Que prêmio seria esse?
Faça de conta que você foi o vencedor. Prepare
e compartilhe com seus colegas um discurso
de agradecimento! Você ganhou a corrida e
é hora de agradecer a premiação para toda a
classe dos animais!

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Experiência 10 -
Competência dos bichos

O rei sapo foi escolhido para cuidar do prêmio. A arara, por seu grito estridente,
ficou incumbida de dar a partida. A abelha, “rápida e certeira” seria a juíza. Os
ursos ficariam embaixo das árvores para vigiar a corrida. O que você acha dessas
escolhas? A abelha escolheu o animal certo para cada função? Você escolheria
diferente? Preencha a tabela abaixo com os melhores bichos para cada função
e, depois, confira com seus colegas se vocês pensam de maneira parecida ou
diferente. Uma dica: não se prenda aos animais que aparecem na história, explore
seu conhecimento da fauna e traga para a história outros bichos!

Função Bicho Motivo

Juiz

Anunciar a partida

Vigiar os corredores

Oferecer água aos


corredores

Guardar o prêmio

Fotografar e filmar
a corrida
Entregar o prêmio
aos vencedores
Fazer uma reportagem para
o jornal dos bichos

Enfeitar a pista para


a corrida
Fazer comidinhas para a
festa dos vencedores

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Experiência 11 - Vamos torcer com garra!

Como falamos na experiência “Venham para a


corrida!”, a torcida é parte importante dos eventos
esportivos. São os torcedores que incentivam
os participantes a darem o melhor de si, pois
estimulam, apoiam e acompanham de perto
a carreira de seus ídolos. Os torcedores mais
empolgados conhecem toda a agenda do seu time
ou esportista preferido, e também, cria os gritos de
guerra mais vibrantes, capazes de levar o time até
a final de um campeonato. Dentre todos os animais
que participaram da corrida, tem algum que te
encantou? Pra quem você iria até a floresta para
torcer? Pense nesse animal especial e, inspirado nos
versos criados pela autora e nos cantos das torcidas
que conhecemos, crie seu grito de guerra vencedor!
Vamos deixar alguns exemplos para te ajudar!

“Eu já falei vou repetir, é a Ovelha que manda aqui!”

“Entramos nesta luta, e não entramos pra perder. E


temos a certeza que o Zequinha vai vencer!”

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Experiência 12 - Atenção! Você
foi descoberto!

O comitê dos ursos identificou algumas trapaças durante a corrida. Para não
haver dúvidas, um dos ursos, exímio desenhista, reproduziu a falta e encaminhou
para a juíza abelha.

1 - Seja você o desenhista. Releia a história, escolha o animal trapaceiro e


reproduza o desenho que o urso fez e que vai ajudar a juíza a decidir como agir.

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2 - A abelha, rápida e certeira, recebeu a prova da tramoia e decidiu enviar ao
espertalhão uma carta de advertência, para que tal falcatrua não volte a acontecer
(afinal, ela gostou tanto de ser juíza, que já prevê uma corrida maluca todo ano!).
Com as orientações do professor, escreva essa carta de reclamação. Não esqueça
de colocar todos os fatos da trapaça! Quem sabe você não é convidado para
auxiliar a abelha na próxima edição?

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Experiência 13 - Sou o treinador!

Cada animal que estava vencendo a corrida acaba perdendo por um motivo
diferente. A lebre estava desatenta; o leão, apaixonado; a onça ouviu um mau
conselho; e a jaguatirica sonhou tanto com o prêmio que perdeu o caminho.
É muito fácil a gente se distrair com alguma coisa e deixar de conseguir algo
muito importante para nós! Se você fosse o treinador, que dica daria a cada um
desses bichos para que eles vencessem a corrida? Escolha dois perdedores e
pense três conselhos rápidos que o ajudariam a mudar o resultado da corrida.
Depois, crie símbolos que possam representar esses ensinamentos.

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Experiência 14 - Quero revanche!

Ao longo da corrida, os animais considerados mais fortes, velozes ou espertos


vão sendo eliminados da disputa por vários motivos. Essa situação não é
muito parecida com as suas brincadeiras com seus colegas? Nem sempre é o
favorito que ganha. Quando isso acontece é normal que o perdedor acredite ser
injustiçado, por estar num mau dia e peça uma revanche. Ou seja, sugira outro
jogo, ou até mesmo a famosa melhor de três, quando o jogo é repetido três vezes
para definir o melhor jogador. Isso já aconteceu com você? Escolha um dos
animais que você acha que menos gostou de ser descartado da corrida e crie uma
história em quadrinhos em que este personagem faz a proposta de uma nova
corrida. Observe as ilustrações de Adélia Oliveira e se inspire nas imagens para
criar a sua arte. E não esqueça de fazer um título para a sua história!

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Experiência 15 - Corre daqui, corre dali.

A floresta imaginada pela ilustradora Adélia Oliveira aparece fragmentada ao


longo da história: um pedacinho da pista aqui, um tiquinho do céu ali. Mas, no
texto escrito pela Érica a gente descobre muitas coisas: as pedras, os galhos e
o rio. São tantas cores e texturas que imaginamos, que não surpreende tanto
bicho saindo da pista. Os versos e imagens se complementam num casamento
harmonioso que atiça nossa imaginação. Que tal escolher um dos animais
fujões e desenhar esse novo cenário para a história? Depois faça uma estrofe
curta, como as da história contando como foi chegar lá, o que fizeram quando
descobriram que tinham perdido a chance de ganhar a corrida! Você pode
escrever o texto sobre a figura, como se fosse mais uma página do livro.

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Experiência 16 - Aves diferentes

A história fala de aves que não voam, como a ema e


a seriema. Mas existem outras, como o avestruz e a
galinha! Da mesma forma, existem muitos bichos que
fogem ao padrão das suas espécies, como cobras sem
veneno e gatos sem pelo. Agora imagine que, uma
bela manhã, você desse de cara com um bicho desses,
bem diferentão, e ele lhe dissesse: “Bom dia!”. O que
você responderia? O que perguntaria sobre sua vida?
Escreva uma conversa bem criativa sua com esse
bicho tão especial! Com certeza ele vai ter muito a
contar e ensinar para você e para a turma toda!

101
Experiência 17 - Entrevista do vencedor

Uma das coisas mais comuns quando assistimos um evento


esportivo na televisão é ver os jornalistas acompanhando
a disputa e depois procurando os participantes para uma
conversa ao vivo. Ainda mais quando o resultado não é o
esperado. Na história que lemos, o resultado da corrida foi uma
surpresa para todo mundo, já que os animais favoritos foram
ficando pelo caminho. Imagine que você é um dos jornalistas
que está “cobrindo” o evento e que precisa entrevistar ao vivo o
vencedor. Escreva essa entrevista. O que você perguntaria? E o
que será que a ovelha Belinha responderia?

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Experiência 18 - A comemoração
em família

Na história da poeta Érica, ao contrário do senso


comum, são os animais “calmos” que vencem, ou
seja, a ovelha, o gambá e o camelo. Você acha que
os amigos e as famílias desses animais esperavam
que eles vencessem ou foi uma surpresa? Como
você acha que foi a recepção deles ao voltarem para
a casa? Escolha um dos bichos vencedores e faça
um desenho que represente a chegada dele em casa,
onde sua família e amigos o esperavam com uma
festa surpresa: a festa da vitória! Você pode escolher
a técnica que preferir: colagem, mosaico, pintura,
pontilhado ou um desenho só contornado. Abuse da
sua criatividade.

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Experiência 19 - O retrato
do vencedor

A ilustradora Adélia Oliveira misturou vários materiais e técnicas para criar


as imagens de Corrida Maluca. Mas uma coisa muito bacana é que ela utilizou
materiais que você deve usar no seu dia a dia, como giz de cera, pincel e até
caneta hidrocor! Pensando nessa miscelânea, escolha um dos animais que
terminaram a corrida e faça um retrato em cada um dos quadros. Serão quatro
retratos iguais. Separe os materiais que você mais utiliza nas suas aulas de
artes e nos seus desenhos. Pode ser lápis de cor, giz de cera, aquarela, tinta
guache e outros que você tenha o hábito de usar. Pinte cada um dos retratos,
utilizando uma técnica diferente. Você vai perceber que também é um artista!

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Experiência 20 - Show dos talentos malucos

Chegamos ao final do quarto livro do seu kit literário. Como falamos lá no


começo das nossas conversas sobre esta obra, escolhemos um texto leve e
divertido que nos ajudasse a celebrar a arte, a literatura e o encontro.
Gostaríamos de propor uma experiência que extrapole as paredes da sala de
aula e convide a comunidade escolar a celebrar com o 4º ano a grande aventura
da literatura. Por isso, propomos para o fechamento desse ciclo um show de
talentos malucos! Pode ser um passinho de Tik Tok feito ao contrário, a leitura
de um poema de trás pra frente, cantar uma música só com as palmas das
mãos, fazer um malabarismo doido, mostrar seu conhecimento de estilista, com
combinações inusitadas. Não há limites para a criatividade e talento.

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