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Tema
A Revolução Industrial no Âmbito da Higiene e Segurança no Trabalho entre os séculos
XVII E XIX
III GRUPO
Alzira Tovela
Iva Pelembe
Julieta Macovela
Sérgio Miambo
A Revolução Industrial pode ser dividida em três fases, cada uma delas marcada por
inovações tecnológicas que mudaram rapidamente a vida humana:
Primeira Fase: Esta fase foi marcada pelo surgimento do primeiro motor a vapor,
desenvolvido por James Watt, que é frequentemente considerado o inventor mais influente
desse período. Essa inovação é vista por muitos historiadores como o marco inicial da
Revolução Industrial, sendo inicialmente utilizada nas minas de carvão e ferro para
movimentar diversas máquinas. A introdução dos comboios a vapor revolucionou o
transporte, permitindo a movimentação mais rápida e eficiente de pessoas e mercadorias.
Terceira Fase: Esta fase é caracterizada pela globalização e pelo uso de tecnologias
modernas, como a internet e os satélites. Inovações em biotecnologia, smartphones e outras
tecnologias transformaram radicalmente a forma como os seres humanos vivem e se
comunicam, criando um mundo interconectado e acelerando o ritmo da vida cotidiana.
Como afirmou o historiador Eric Hobsbawm, “a Revolução Industrial não foi apenas uma
transformação técnica, mas uma mudança fundamental nas relações sociais e econômicas”
(Hobsbawm, 1962). Esse impacto duradouro continua a ser estudado e debatido por
historiadores e economistas contemporâneos.
Impacto Social e Econômico na Era da Revolução Industrial (Séculos XVIII e XIX)
Impacto Social: O crescimento das cidades industriais resultou em uma rápida urbanização,
mas também em problemas sociais significativos, como o aumento da pobreza e a degradação
das condições de vida. A falta de infraestrutura básica, como saneamento e habitação
adequada, agravou as condições de saúde pública. Segundo o historiador Eric Hobsbawm, “as
novas condições urbanas criadas pela Revolução Industrial tiveram um impacto profundo nas
estruturas sociais e nas relações de classe” (Hobsbawm, 1962).
Um dos documentos mais influentes sobre essas questões foi o "Relatório de Sanidade" de
Edwin Chadwick, publicado em 1842. Chadwick, um reformador social e engenheiro,
investigou as condições de vida nas áreas urbanas da Inglaterra. Seu relatório destacou a
relação entre as condições sanitárias precárias e a saúde pública, propondo reformas
significativas para melhorar as condições de vida e trabalho. Chadwick argumentou que a
falta de saneamento básico e as condições insalubres das habitações eram responsáveis por
altas taxas de mortalidade e doenças nas cidades industriais. Ele defendeu a implementação
de sistemas de esgoto, fornecimento de água potável e melhorias nas condições de habitação,
influenciando políticas públicas que levaram a reformas sanitárias e trabalhistas.
Adoção do Motor a Vapor (Início do Século XIX): A introdução do motor a vapor por
James Watt revolucionou a indústria, aumentando a eficiência da produção. No
entanto, também trouxe novos riscos associados ao uso de máquinas, destacando a
necessidade de regulamentações de segurança;
A Revolução Industrial foi a mudança da vida humana do mundo rural para o urbano, a
poluição atmosfera que atingiu níveis inapropriados para a vida humana, modificou
rapidamente a medicina melhorando a qualidade de vida da maior parte da população
mundial, modificou a vida dos trabalhadores.
Leis e regulamentos
Factory Act de 1833 (Lei de Fábricas): Esta lei foi um marco na regulamentação do
trabalho infantil e das condições de trabalho nas fábricas. Estabeleceu limites de horas
de trabalho para crianças, exigindo que os empregadores mantivessem registros de
idade e horas trabalhadas. Também criou a figura dos inspetores de fábricas para
garantir o cumprimento das normas.
Mines Act de 1842 (Lei das Minas): Esta legislação proibiu o trabalho de mulheres e
crianças em minas de carvão, respondendo às preocupações sobre as condições de
trabalho perigosas e insalubres nas minas. O ato reconheceu a necessidade de proteger
os trabalhadores mais vulneráveis.
Public Health Act de 1848 (Lei de Saúde Pública): Esta lei foi uma resposta direta ao
relatório de Edwin Chadwick e estabeleceu medidas para melhorar as condições de
saneamento nas cidades. Criou comissões de saúde pública para investigar e
implementar melhorias em infraestrutura, como abastecimento de água e esgoto.
Factory Act de 1878 (Nova Lei de Fábricas): Ampliou as proteções estabelecidas pela
lei de 1833, estabelecendo limites para a jornada de trabalho de mulheres e crianças e
exigindo condições de trabalho mais seguras nas fábricas.
Health and Morals of Apprentices Act de 1802: Embora inicial e limitado, este ato
buscou melhorar as condições de saúde e moral dos aprendizes nas fábricas,
estabelecendo padrões básicos de higiene e saúde.
The Education Act de 1870 (Lei da Educação): Embora não diretamente relacionada à
saúde e segurança no trabalho, esta lei foi importante para a educação de crianças,
muitas das quais trabalhavam nas fábricas. A educação contribuiu para a redução do
trabalho infantil e melhorou as perspectivas de vida.
Conclusão
Essas legislações não apenas foram um marco na luta pelos direitos trabalhistas, mas também
iniciaram um processo de conscientização sobre a importância da saúde e segurança no
trabalho (SST). A regulamentação se expandiu ao longo do tempo, levando a melhorias nas
condições de trabalho e ao desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a saúde
ocupacional.
Referências bibliográficas
Chadwick, E. (1842). Report on the Sanitary Condition of the Labouring Population of Great
Britain.
Chiavenato, I. (2009) Recursos Humanos: o capital humano das organizações, 9ª Edição, Rio
de Janeiro, Elsevier.
Sennett, R. (1998). The Corrosion of Character: The Personal Consequences of Work in the
New Capitalism. W. W. Norton & Company.
Thompson, E. P. (1963). The Making of the English Working Class. Vintage Books.