DIP SEBENTA Do Fausto Quadros
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(apontamentos e resumos das aulas, "cozinhados" por António Filipe Garcez José aluno n° 20021078)
Bibliografia
- Manual de Direito Internacional Público
André Gonçalves Pereira e Fausto de Quadros
Almedina 2001, 3ª edição
Programa do curso
I
Génese do Dt° Internacional Público
II
Teoria do Dt° Internacional Público
III
Vigência do Dt° Internacional Público no Dt° positivo Interno
IV
Incorporação do Dt° Internacional Público no Dt° positivo interno
V
Sujeitos do Dt° Internacional Público
VI
Responsabilidade Internacional
Iª Parte
Génese do Direito Internacional Público
Antiguidade clássica
Encontram-se regras morais e políticas que se aplicavam a relações entre
Estados, na Bíblia, nos textos dos filósofos, dos historiadores e poetas da
Antiguidade clássica.
Dt° Romano
O dt° Romano estabeleceu muito cedo a distinção entre…
"ius civile",
que só disciplinava relações entre sujeitos que gozavam da cidadania
romana, e …
"ius gentium",
que regulava relações entre cidadãos romanos e estrangeiros, ou entre
estrangeiros.
O "ius gentium" romano era um Direito Universal, e possuía aceitação
generalizada, porque se destinava a satisfazer necessidades comuns a
todos os homens.
O "ius gentium" era Direito Universal, mas era também Dt° privado, pois
regulava relações entre privados, possuindo no entanto algumas áreas
sensíveis ao Dt° Público, designadamente no que se referia à guerra.
Vários critérios:
Crítica a este critério - Também não pode ser aceite, pois a norma de
Direito Internacional, pode em princípio, regular qualquer matéria e ser
dirigida a qualquer entidade susceptível de personalidade jurídica.
Comunidade
Grupos sociais
Sociedade
Comunidade
É um produto espontâneo da vida social, que se forma e se organiza
naturalmente.(Ex: a comunidade estadual, o Estado, onde o sentimento comum da unidade
nacional prevalece sobre tudo o que divide os seus cidadãos)
Sociedade
É um resultado artificial da vontade dos indivíduos, que se associam
para a prossecução de um dado objectivo. (Ex: todas as associações e fundações
que o Dt° Privado prevê).
Resumindo:
7 Os Estados
As Organizações Internacionais
Sujeitos de Os Movimentos beligerantes
Dt°. internacional Os Movimentos de libertação nacional
O Indivíduo
A Santa Sé
A Ordem de Malta
O Direito Internacional pode regular qualquer matéria e ser dirigida a
qualquer entidade jurídica.
1. Ordem Estadual
2. Ordem Supra - Estadual
3. Ordem Inter - Estadual
A dificuldade está na aplicação das normas internacionais e das suas sanções contra os
infractores. As sanções são levadas a cabo contra os Estados mais fracos e não contra
as grandes potências.
A afirmação do Direito internacional
❖ Vitória (1480/1546)
Considera que o Dt° Natural é superior ao Estado e admite que
a Comunidade Internacional é necessária para os Estados.
❖ Suarez 1548/1617)
Admite também a existência de uma Comunidade Internacional, sendo o
Dt° Positivo confinado ao Dt° Natural, numa posição de subordinação a
este.
❖ Vattel (1714/1768)
Defende também a força do Dt° Natural, mas considera que o Estado é
soberano e livre de fazer aquilo que entender. Considera que o Estado
pode interpretar eventualmente o Dt° Natural conforme os seus
interesses.
Resumindo:
1817
Criação das Comissões Internacionais da Circulação Marítima
1907
Convenção da Haia, para a solução pacífica das controvérsias
internacionais
1919
Criação da Sociedade Das Nações, na Conferência de Versalhes, com
o objectivo de manter a Paz entre os Povos.
1945
Criação da Organização das Nações Unidas. em substituíção da S.D.N..
Criação do Estatuto do Tribunal Internacional de Justiça, como parte
integrante da Carta das Nações Unidas
A O.N.U. passa a ter um verdadeiro poder de decisão sobre os Estados.
A O.N.U. vai assim contribuir para a afirmação do Dt° Internacional na sua
vertente Convencional, sendo assim criados progressivamente novos
ramos de Dt° Internacional, tais como o Dt° Internacional Marítimo, Dt°.
Internacional Económico, Dt° Internacional Humanitário, Dt° Internacional
dos Direitos do Homem, etc…
1948
Declaração Universal dos Direitos do Homem
1966
Pacto Internacional sobre os Dts. económicos, sociais e culturais
1969
Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados
Alguns tópicos interessantes …
❖ Hoje o Dt° Internacional existe na diversidade e heterogeneidade dos
seus sujeitos e domínios de aplicação.
Conclusão:
Soldado da G.N.R no Iraque
II Parte
Teoria do Direito Internacional público
Várias teorias para fundamentar a existência do Dt° Internacional
(Como conjunto de normas obrigatórias).
T. normativista (kelsen)
Hoje é a Carta das Nações Unidas que melhor representa a vontade dos Estados
Críticas a esta tese:
1. Esta tese como as outras correntes voluntaristas, conduz à negação
do Direito Internacional, pois os estados são tão livres de chegar a um
acordo, seja qual for o seu conteúdo, como de se desligarem dele.
2. O acordo das vontades, por si só, não cria Direito. A vontade, por si,
não gera efeitos jurídicos, apenas os determina, pois estes são
derivados exclusivamente da norma.
Teses anti-voluntaristas
❖ George Scelle
o facto social é a condição necessária e suficiente do fenómeno jurídico,
logo o fundamento para o Direito Internacional é a existência de
sociabilidade internacional.
❖ Santi Romano
O simples facto da existência da Comunidade Internacional como
instituíção, justifica a existência do Direito Internacional.
❖ Giuliano
A validade do Direito internacional resulta do facto de ele exprimir os
juízos de valor em dado momento vigentes na Comunidade Internacional,
não podendo ser procurada fora desta.
❖ Ago
Uma Ordem jurídica é uma realidade objectiva cuja existência se constata
na História, que cabe conhecer e não fundar sobre factos ou princípios
ideais.
Não é pelos simples facto de uma regra vigorar no grupo social que ela é
uma regra jurídica, ficando também por esclarecer qual o motivo da sua
obrigatoriedade.
Tese Jusnaturalista
(Hugo Grócio, Vattel, Louis le Fur, Verdross)
❖ Louis le Fur
O Direito natural só pode ser apreendido pela "Revelação" e o Direito
internacional fundamenta-se em três princípios suprapositivos.
❖ Verdross
Depois de ter defendido o positivismo Kelsiano, Verdross nos anos 2O
passa a conceber a norma fundamental como uma regra ética (e não só como
uma regra de fonte positiva), um valor absoluto e evidente. Todo o direito positivo
passa a fundar-se no valor absoluto da Justiça, . Diferencia-se dos
clássicos espanhóis afirmando que o Dt° Natural é conhecido atrravés de
uma progressiva participação da consciência moral nos valores e não
pela "Revelação".
❖ Verdross defende que a adesão aos valores pela parte dos Estados
depende exclusivamente da vontade destes , logo não escapa às
críticas antivoluntaristas que já formumámos anteriomente.
Tese monista
Defende que o Direito constitui uma unidade, de que tanto a Ordem
Jurídica interna e a Ordem Jurídica Internacional são manifestações,
resultando a validade das normas interna e internacional da mesma fonte
a elas comum.
Conclusão:
Continua no próximo
episódio, ah! ah! ah! …
Sistema da transformação
Pelo qual o Direito Internacional só vigora na Ordem interna se e na
medida em que cada norma internacional for transformada em Direito
Interno. ( Este sistema é característico dos Estados que adoptaram a solução dualista nas relações entre o Direito
Internacional e o Direito Interno)
Recepção automática
Nesta vertente, as normas internacionais são directamente aplicáveis na
Ordem jurídica interna sem necessidade de quaisquer formalismos