Apostila Radiologia
Apostila Radiologia
Apostila Radiologia
SUMÁRIO:
AULA 3 — CONTRASTE
AULA 4 — TÓRAX
AULA 5 — MÚSCULOESQUELÉTICO
AULA 7 —
AULA 8 —
AULA 9 —
AULA 10 —
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 2 de 56
AULA 1 — INTRODUÇÃO À IMAGENOLOGIA E PRINCÍPIOS FÍSICOS:
• Introdução:
- Imagenologia: dividida em duas grandes áreas, sendo elas a radiologia e a medicina nuclear.
- Na radiologia, o principal conhecimento deve se a anatomia;
- Exemplos: USG, TC, RNM
- Na medicina nuclear, o principal conhecimento é a fisiologia;
- Exemplo: cintilografia — consegue analisar funcionamento através da infusão de iodo
radioativo, facilitando diagnóstico fisiológico e se há funcionamento na glândula.
• Modalidades de exames:
✓ PROVENIENTES DE RAIO-X:
- São fotos que tem origem na eletrosfera do átomo (formados por emissão);
- Tem alta capacidade de penetrar, sendo assim, é necessário o uso de blindagens pesadas para
detê-los (chumbo, concreto, aço ou ferro);
- O raio-x além de aparelho, também é um princípio físico;
- Branco: opacidade;
- Preto: radiolúcido / radiolucidez
- Tomografia computadorizada (TC);
- Mamografia;
- Densitometria óssea (DO);
- Tomossíntese.
✓ ONDAS DE RÁDIOFREQUÊNCIA:
- Ressonância nuclear magnética (RNM).
✓ ONDAS SONORAS:
- Formada por radiação eletromagnética, que é constituída pelos campos elétricos e magnéticos
oscilante e perpendiculares / demanda um meio físico de contato;
- A radiação eletromagnética é uma radiação não ionizante.
- Ultrassonografia.
- AO USG:
- Ultrassonografia utiliza ondas de som, ao pé da letra, logo, produzem ecogenicidade.
- Quando a imagem é preta, ela é anecoide.
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✓ ONDAS ALfA / BETA / GAMA — EXAME DE MEDICINA NUCLEAR:
- Cintilografia;
- PET-CT (Híbrido) — investigação de metástase nuclear;
- Exame híbrido = Radiologia + medicina nuclear;
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• O que é Radiação:
- Radiação é a propagação de energia no espaço e no tempo, que se move através do espaço de um
objeto para outro, onde é absorvido. Precisa ou não de um meio físico (exemplo: gel = meio
condutor)
๏ Espectro magnético: pode ser ionizante ou não ionizante.
- O que diferencia uma radiação de ser ionizante ou não ionizante é a frequência da onda;
- Quanto maior a frequência, maior a energia dessa onda, isto é, maior o poder de penetração e
de ionização nessa célula;
- Exemplos: USG tem radiação, mas é radiação eletromagnética não ionizante (não demanda
proteção). Já o raio-x demanda o uso de proteção, em virtude de ser uma radiação ionizante,
isto é, também tem a presença de radiação espalhada.
3) Choque nuclear.
- 1 e 2 são os que mais fornecem fótons;
- Os 3 fenômenos acontecem ao mesmo tempo, sempre tem desacelaração, radiação característica
e choque nuclear em todos os aparelhos que usam raio-x como fonte (raio-x, TC, D.O.,
Mamografia e Tomossíntese);
- O que muda entre eles é o detector, mas o princípio de formação do raio é o mesmo em todos
(tubo de raio-x);
- Quando a nuvem de elétrons chega ao ânodo, o elétron vai em direção ao átomo de tungstênio.
Quando ele está chegando próximo ao núcleo do tungstênio, ele sofre um desvio de eixo, o que
resulta em uma perda de parte da energia, que é liberada na forma de fótons de raio-x.
✓ Resumo: tem um tubo formado por um polo (-) e um polo (+), sendo que no negativo fornece
uma corrente elétrica que vai liberar calor e energia para os elétrons, levando ao efeito
termiônico. Quando chega no anodo, que é o polo (+) e alvo da nuvem de elétrons, ocorre a
formação dos fótons de raio – x, onde ocorre os fenômenos de frenagem e radiação característica
simultaneamente. Depois disso terá os fótons direcionados para o paciente.
- Efeito termiônico = nuvem de elétrons sendo ejetada do cátodo para o ânodo.
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• QUALIDADE DA IMAGEM:
๏ Como ocorre a interação da radiação com o paciente?
1) Raio-x incidente (chega no paciente) — uma parte da radiação é transmitida (passa do filme
para o paciente e chega no receptor) e forma a imagem.
2) Outra parte desse raio-x incidente será absorvida pelo paciente.
3) Radiação espalhada, na qual tem uma radiação primária chegando no paciente e sofre um
desvio formando outro eixo que pode ou não atingir o filme (quando isso corre compromete a
qualidade da imagem);
✓ Colimação: Consiste em fechar a janela de saída de luz do aparelho, serve para controlar a
abertura e o tanto de fótons que chega no paciente (atinge somente o alvo).
- Exemplo: para fazer um raio-x de mão, pode diminuir a abertura, enquanto que para fazer um
raio-x de abdômen, deve-se aumentar a abertura.
✓ Técnica de Air Gap: quanto maior a distância, maior a qualidade da imagem (se não tem
radiação espalhada).
- No entanto, tem-se um limite para colocar esse filme;
- A radiação espalhada que atinge o receptor diminui por meio do aumento da distância entre
paciente e receptor;
✓ Grades: Constituídas de tiras de materiais que absorvem raios-x (chumbo), com espaços
intercalados pouco absorvedores.
- O ideal é uma grade que absorva a radiação espalhada, mas que permita que os raios primários
atinjam o receptor;
- O raio-x de leito não tem como utilizar grade, por isso ele é de péssima qualidade, por conter
muita radiação espalhada.
2) Radiologia Computadorizada:
- Usa o mesmo aparelho da radiologia convencional
- Processo: Ionização de fósforo (armazena elétrons de alta energia) / Leitura com laser (elétrons
liberam energia na forma de luz) / A luz é captada e transformada em uma escala de cinza
(representa a energia dos raios x);
- Vantagens: Acesso em qualquer lugar (comodidade), menor chance de perder imagem. Utiliza o
mesmo chassi para todos os pacientes
- Desvantagem: Quantidade de radiação bem maior que a convencional (maior emissor de todos);
Custo da maquinaria (+- 30 000 dólares)
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3) Radiografia Digital:
- São usados detectores digitais que geram a imagem, que é armazenada digitalmente;
- Processo: possui um receptor que capta a intensidade dos raios x e transformam diretamente em
imagem para diagnostico na tela de workstation;
- Vantagens: Acesso em qualquer lugar (comodidade), menor chance de perder. Utiliza o mesmo
chassi para todos os pacientes. Exame bem mais rápido. Menor quantidade de radiação
- Desvantagem: Custo da maquinaria (+- 1.5 milhão de dólares).
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✦ RAIO-X: exame rápido e simples.
- Ex.: radiografia da mão, crânio (para patologia e não trauma), coluna cervical, tórax; osso
(todos); coluna lombar (verificar presença de osteófitos — bico de papagaio, compressão óssea
que causa dor);
- Paciente com TCE, ao chegar na urgência e pedir TC, não RX de crânio. TC analisa a parte óssea
e interna do crânio e encéfalo. RX não dá contraste ao tecido cerebral (KV e aM não são
suficiente para identificar hemorragias);
- Paciente com trauma de coluna cervical, deve-se pedir RX (preocupação da lesão cervical é a
medula). Para isso, é necessário analisar o alinhamentos dos corpos cervicais via RX.
- Tórax: em PA (paciente de costas — trajeto do fóton de trás para frente) e PERFIL;
- Abdômen: em decúbito dorsal (não separa região com ar, água, com órgão ou sem órgão, fica
sobreposto / misturado) e ortostática = em pé (possível ver onde tem ar e líquido) — analogia
com garrafa de água.
๏ RAIO-X CONTRASTADO:
- Uso de Iodo e Bário — serve para evidenciar regiões e caminhos desejados diante de outras
estruturas anatômicas;
- Histerossalpingografia (útero) — comum e endometriose com trompa obstruída;
- Trânsito intestinal: faz com 0, 15 e 20 minutos, até chegar no reto do paciente para analisar se
está obstruído ou não.
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✦ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:
- Utiliza os fótons de raio x, um detector, um computador e um monitor;
- Foi o primeiro exame que foi possível ver o cérebro — grande evolução na medicina;
- Raio-x apresenta sobreposição de imagem;
- TC “fatia" o paciente em vários cortes, de maneira que não apresente sobreposição;
๏ Unidades de densidade:
- Unidades de hounsfield (UH) — avalia a densidade = coeficiente de atenuação linear;
- Na TC o laudo é feito de acordo com a densidade dos tecidos e lesões (hipodenso ou
hiperdenso);
- Transformação da medida original do coeficiente de atenuação linear para uma escala
adimensional;
- RX: apenas diferencia tonalidades de cinza;
- TC: diferencia as tonalidades de cinza + densidade.
✓ Unidades de Hounsfield (UH): Osso > músculo > matéria branca > matéria cinzenta > sangue >
LCR > água > gordura > pulmão > ar.
1) Tomografia Simples: Na medida que a mesa caminhava o tubo rodava o paciente de maneira
gradativa. Cerca 1 hora e meia para fazer uma TC de abdômen;
2) Tomografia Helicoidal: Tudo caminha e roda ao mesmo tempo. Vantagens: - exame de todo o
paciente é mais rápido
3) Tomografia Multislice:
- Tem um tubo e vários detectores — Muito rápido;
- Diminui a colimação, põe mais fótons ao mesmo tempo — imagem formada bem mais
rápida (cerda de 5/10 s);
- Desvantagem: Maior quantidade de radiação no paciente, o custo da TM é mais caro que o
raio-x.
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✦ MAMOGRAFIA:
- Um cirurgião analisou uma mama pós mastectomia e observou a presença de calcificações. Após
uma análise patológica ele viu que tinha um tumor no local, então passou a associar essas
microcalcificações com tumores.
- Normalmente pacientes já vinham quando a lesão já se apresentava palpável (estágio avançado)
๏ Composição do aparelho:
- Tubo de raio x (normalmente formado de ródio);
- Colimador primário;
- Placa de compressão (evita a radiação espalhada e gerar uma imagem melhor);
- Bucky (onde o filme é colocado = placa + filme).
๏ Tipos de mamografia:
- Convencional: mais barato;
- Digital: Pode ser tanto a computadorizada quanto a digital (Cerca de 150.000 dólares).
๏ Vantagens:
- Redução da superposição da mama;
- Imagem mais clara = aumento da acurácia (mais sensibilidade e mais especificidade);
- Redução das reconvocações;
- Redução de falsos positivos.
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๏ Limitação:
- Dose de radiação;
- Custo (cerca de 700.000 dólares);
- Tempo de interpretação e curso para aprender a fazer o laudo.
๏ Analogia:
- O raio x está para TC, assim como a mamografia está para a tomossíntese;
- Raio-x e mamografia com sobreposição, TC e TS não tem sobreposição.
๏ Objetivos:
- Prevenção e diminuição dos efeitos da radiação;
- Evitar a deterioração genética das células das populações.
3) Exposição:
- Definida apenas para feixes de raio-x e gama.
- Ela caracteriza a capacidade de um feixe de
fótons de ionizar o ar.
- Medida de taxa de exposição: utilizada em
monitorizações rotineiras;
- Unidade de medida: Roentgen (R).
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- Exemplo: RX e TC, em um caso ambos os exames de imagem são eficientes para o diagnóstico.
Logo, qual exame escolher?
- Deve-se fazer o raio-x, pois a dose de radiação é menor, isto é, expõe menos o paciente.
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• Interação da célula com a radiação:
- O fóton de raio-x chega na célula e a ioniza. Quando ionizada, ocorre uma alteração na molécula
de DNA. Nessa célula lesada pode ocorrer um reparo correto ou incorreto. Se ocorrer um reparo
incorreto a célula sofrera morte celular ou vai ter incapacidade de reprodução ou pode
permanecer uma célula mutada viável.
- Célula Somática: Danos que ocorrem em qualquer célula do indivíduo, exceto nas germinativas.
- O efeito biológico se manifestara no próprio indivíduo irradiado.
- Célula Hereditária: Ocorre a partir de danos nas células germinativas.
- O efeito biológico se manifestara nas descendentes do indivíduo irradiado.
1) EFEITOS DETERMINÍSTICOS:
- É um efeito pré-determinado, que pode ocorrer em minutos ou em anos. Tem uma dose mínima
de radiação que vai promover esses efeitos. Já tem valores pré-determinados relacionados com a
dose e a severidade desses efeitos.
- A partir do momento que atinge o limiar daquele efeito, conforme aumenta a dose, aumenta a
intensidade do efeito.
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- Reação do indivíduo a exposição: Depende de fatores como a quantidade total de radiação
previa recebida; Individualidade orgânica (um pode ter reação, outro não) e intervalo de tempo
durante o qual a radiação foi recebida. Quanto menor o tempo de um exame com o outro, maior
será o efeito da radiação sobre o paciente.
- Efeitos Determinísticos na pele: Eritematosa e inflamatória; ulceração superficial: radio dermite
exsudativa.
- Radio dermite crônica: Epiderme atrófica — ocorre a perda dos folículos pilosos, perda das
glândulas sebáceas, áreas irreguladas de acantose (aumento da espessura), vasos superficiais
dilatados, vasos profundos parcialmente ocluídos por fibrose.
- Tecidos Hematopoiéticos: Redução ou incapacidade de produzir Glóbulos Brancos e Glóbulos
Vermelhos.
- Sistema Vascular: Lesões nos vasos sanguíneos (pode causar hemorragia).
- Sistema Gastrointestinal: Reações inflamatórias e ulcerações.
- Sistema Reprodutor em ambos os sexos: Esterilidade temporária ou permanente
2) EFEITOS ESTOCÁSTICOS:
- Ocorre ao acaso, não se consegue determinar a dose de radiação que causara a lesão Esse é um
grande problema da radiação ionizante, 1 dose em um indivíduo pode não causar reação
decorrente da radiação enquanto em outro pode gerar uma neoplasia por exemplo.
- Não existe um limiar de dose, não se sabe o quanto é seguro. Nesse caso a severidade não está
relacionada com a dose, pode-se administrar uma dose máxima e não ter efeito, mas também
pode administrar uma dose mínima e ter efeito.
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- Público mais sujeito: Trabalhadores expostos a radiação (radiologista e técnico de raio-x) e
pacientes que são frequentemente expostos a radiação (quem faz exame periódico);
❖ Determinístico — tem uma dose relacionada com o efeito e a severidade depende de um limite
de dose. (Quanto maior a dose maior a severidade da reação).
❖ Estocástico — não tem limiar de dose e a severidade não depende do valor de dose da radiação.
‣ Grupo mais sujeito a lesão: Embriões, Fetos e Crianças: Processo de multiplicação celular
mais significativo que a própria lesão.
‣ Idosos: Processo de reparo celular menos eficiente / São mais vulneráveis a radiação, tendo em
vista a deterioração de seu telômero com o passar dos anos.
‣ Período gestacional: Possíveis efeito de acordo com a idade gestacional / demanda termo de
consentimento.
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• Princípios de radioproteção:
2) Otimização: ALARA:
- A radiação deve ser reduzida a mínima dose possível; "As Low As Reasonably Achievable”
- Problema: A redução pode afetar a qualidade diagnóstica do
exame. “Tão baixo quanto razoavelmente
exequível”
3) Limitação de doses:
- Distancia: afastado das fontes / exposição inversamente proporcional ao quadrado da distância.
- Blindagem: Interpor um absorvedor entre a fonte e a pessoa
- Tempo: Dose de radiação: MA (dose de e- que sai) X tempo.
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• Equipamentos de proteção individual (EPI):
- Vestimenta plumber / colete;
- Protetor de Gônadas;
- Colar (prejudica um pouco a formação da imagem);
- Protetor de extremidades;
- Óculos (retina).
‣ Blindagem da sala:
- Porta com folhas de chumbo para evitar que a radiação espalhada saia da sala. Paredes e espelho
blindado no qual o técnico fica atrás + biombo para proteger pacientes de risco como grávidas
(usado sempre com raio-x móvel);
๏ Características do som:
- A ultrassonografia utiliza energia mecânica, na forma de onda sonora;
- A energia mecânica é transmitida através da vibração das moléculas de um meio (compressão e
rarefação);
- A energia mecânica se propaga no vácuo, por isso demanda um meio de propagação, como água
e gel;
- Não se passa o transdutor direto na pele do paciente, pois o ar não conduz muito bem o som, tem
velocidade baixa, o que gera uma imagem ruim.
๏ Efeito Piezoelétrico:
- Um estímulo elétrico induz vibrações mecânicas, as quais geram estímulos elétricos (pulso
sonoro).
- A velocidade de propagação depende do tecido que está fazendo o exame, que depender da
resistência do meio a compressão, isto é, a resistência do tecido / rigidez.
- Quanto maior a rigidez maior a velocidade de propagação. (Analogia barra de ferro e pedaço de
pano).
- (Menor) Ar < líquido < tecido mole < osso (Maior) — aumenta a velocidade (Osso — absorve a
onda).
๏ Do que é formado o aparelho: Tela que mostra a imagem, a mesa de comando e transdutor (3
tipos = convexo – abdome, linear – partes moles e endocavitario – transvaginal ou próstata).
‣ Transdutor: Conversão entre energia elétrica e mecânica. Fornece energia para os cristais que se
encontram na ponta (lê o impulso emitido pelo cristal).
❖ OBS.:
1. A imagem do ultrassom é invertida;
2. Ultrassom de abdome quando é feito de maneira muito rápida pode confundir o duodeno com a
vesícula. Os resíduos fecais apresentam-se brancos levando o médico a confundir o órgão com
uma vesícula e lauda litíase biliar;
3. Sequência da imagem: Pele —> tecido subcutâneo —> musculatura —> órgão
4. Para diferenciar se é pedra ou pólipo deve-se movimentar o paciente (ficar de lado para ver se a
pedra movimenta) – ambas são imagens hiperecóides e apresentam sombra acústica. Cálculo é
formado por cálcio que absorve o som e forma a sombra acústica.
5. Em exame pélvico normalmente quer ver útero e ovário. Tomar água para encher a bexiga,
pois a água é um bom condutor do som. Útero e ovário abaixo da bexiga. Bexiga vazia = som
com baixa condução.
6. Imagem: HNF = hiperplasia nodular de fígado.
- Nódulo a direita é mais branco = Hiperecogênico.
- Sequência da imagem: fígado —> diafragma —> pulmão. Parte preta = líquida
Fígado:
- Fígado —> importância da anatomia: Veia hepática D / M / E + Veia porta – permite a
segmentação do fígado;
- Esteatose hepática = fígado com muita gordura (branco). Pode ser leve, moderada ou acentuada.
Esconde outras lesões hepáticas. O diagnóstico não confirma ultrassom pois é uma doença
infiltrativa, precisa de Ressonância Magnética.
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- Pode ser hemociderose (acúmulo de ferro) — vai para fígado, coração e pâncreas;
- Couinaud — classificação de divisão do fígado em 8 segmentos:
- Segmento 1 = lobo caudado;
- Lobo esquerdo = (2, 3, 4).
- Lobo direito = (5, 6, 7 e 8). Para separar, usa-se as veias hepáticas (D, M, E) e a porta que
divide em segmentos posteriores e anteriores.
๏ Artefatos do ultrassom:
- Sombra: A energia do som é diminuída por reflexo e ou absorção. Região absorve o som e para
baixo dela não tem imagem, fica preto.
- Reforço posterior: ocorre quando uma estrutura atenua menos o som do que as estruturas
vizinhas. Ocorre quando uma estrutura atenua menos o som do que as estrutura vizinhas. Ex:
líquido (preto).
- Imagem especular: A via de retorno do eco não é a esperada, resultando em uma demonstração
imprópria do eco. Superfícies curvas produzem imagem distorcida, devido ao ângulo da imagem,
criando um “espelho”. Ex: tíbis = paciente com hipertensão portal, usa o tibis para desviar o
fluxo e aliviar. Se tiver imagem especular desvia a imagem. Normalmente ocorre o princípio de
refração na imagem especular, você pensa que está em um ponto, mas não está.
- Refração: Ocorre mudança na direção. Pode acarretar em duplicação de estruturas profundas em
relação a interface de refração. O som é refratado ao passar obliquamente por uma interface entre
duas estruturas que transmitem o som a velocidades diferentes.
- Reverberação: Origina quando o sinal ultrassonográfico se reflete repetidamente entre interfaces
altamente reflexivas. Produz um conjunto de ecos. Passagem entre dois tecidos de densidade
diferente podendo gerar aparência de espessamento de uma estrutura – pode enganar o laudo.
‣ Efeito Doppler: Baseia-se na variação entre a frequência emitida e a observada nas ondas
quando emitidas ou refletidas por um objeto que está em movimento em relação ao observador.
- Doppler colorido: (veia azul e artéria vermelha) é interpretado pelo sentido do fluxo (se chega
ou sai do coração).
- Doppler pulsátil: Calcula-se o índice de resistência e de pulsatibilidade baseado na
velocidade do fluxo.
- Doppler de amplitude (potência): quando a velocidade do fluxo é muito baixa. Problema:
não apresenta cor (tudo laranja) não se sabe se é sangue que chega ou que sai, se é veia ou
artéria. Exemplo: em nódulos com pouco fluxo.
‣ Permite saber: velocidade do fluxo em uma artéria (normal / padrão = fluxo acima da linha de
base e veia abaixo da linha de base) – permite identificar obstruções por exemplo uma carótida
com placa de gordura de acordo com a velocidade do fluxo. Velocidade sistólica e diastólica –
calcula o índice de resistência e pulsatibilidade.
‣ Utilizado para avaliar: oclusão arterial, trombose venosa profunda (TVP), ultrassonografia de
carótidas vertebrais, ultrassonografia de crânio, musculoesquelético, obstetrícia (transluscência
nucal) e testículos.
๏ 2 tipos de aparelho:
1. Campo Aberto: indicado para obesos e claustrofóbicos, o qual usa campos magnéticos menores,
mais baixo, o que pode fazer com que se perca alguma lesão.
- Vantagens: não utiliza energia elétrica, configuração aberta;
- Desvantagem: valores baixos de campo magnético.
2. Campo Fechado: é o melhor tipo de aparelho, o qual usa campos magnéticos maiores,
formando uma imagem de melhor qualidade e precisão.
- Vantagens: campos magnéticos altos e homogêneos;
- Desvantagens: alto custo, maior controle durante a operação.
- Magneto: funciona como um imã, que gera um campo magnético alto e homogêneo que atua na
parte anatômica posicionada. A forma de gerar o campo magnético define os tipos de magnetos
que existem hoje.
- Bobinas de gradiente: pega o campo magnético gerado pelo magneto e desvia / altera o eixo
desse campo. É responsável pelo barulho durante o exame, pois liga e desliga alterando o eixo
do campo. Usa 3 bobinas (x, y e z). Produz variações no campo magnético criando planos de
corte.
- Bobina de radiofrequência: Transmissão e recebimento do sinal de RM (coleta sinais). Mede /
calcula o desvio desse eixo. O desvio desse eixo varia de acordo com o tipo de tecido e varia se
esta patológico ou não.
- Cabine Atenuadora de Radiofrequência ou Gaiola de Faraday: A sala de RM precisa ser
blindada, por isso é formada por placas de alumínio ou cobre que evitem que o campo magnético
saia da sala.
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- OBS.: É importante tirar todo metal próximo, pois o aparelho tem magneto que puxa tudo feito
metal ao redor dele.
- Unidade de Magnetismo: Tesla ou Gauss -> 1T = 10.000 G.
✓ Sequência de acontecimentos:
- Magneto —> alinha o campo de H em paralelo —> bobina em gradiente manda um pulso que
altera o eixo de acordo com a propriedade do tecido —> bobina de radiofrequência mede o
quanto alterou esse eixo, permitindo saber o que é tecido normal, o que é patológico, o que é
liquido, o que é solido.
✓ Critério de avaliação:
- TC: densidade; Ultrassom: ecogenicidade; RM: sinal – hipersinal, isosinal ou hiposinal. Cada
substancia tem uma cor diferente
• Responsabilidade civil:
- Demanda consentimento esclarecido no qual conste as possíveis complicações. Medico
radiologista e solicitantes igualmente responsáveis. Demanda preparo para prestar atendimento
em caso de reação.
- Demanda uma equipe multidisciplinar: enfermeiro, médico solicitante, médico radiologista,
técnico de radiologia e equipe de apoio.
- Poderá ser utilizado por: em procedimentos complexos (radiologia intervencionista), em casos
de uso de meios de contraste que possam causar reações adversas, em pacientes grávidas que se
submetem a exames que utilizam radiação ionizante.
• Meios de contraste:
✓ Raio-X / TC:
- Contraste positivo: iodado e sulfato de Bário;
- Contraste negativo: ar, O2, água e gordura
- Ultrassom: microbolhas;
- RNM: Gadolínio.
๏ Contraste Negativo:
1) Pneumopelvegrafia: mostra o útero e ovários;
๏ Contraste Positivo:
1) Sulfato de Bário:
- Administrado via oral ou retal. Endovenosa não pode, pois provoca a morte do paciente Ex:
Seriografia de esôfago – estomago- duodeno: avalia parede, contratilidade da parede. Indicado
para avaliar RGE (refluxo gastrointestinal).
‣ Complicações do sulfato de bário:
- Paciente desorientado pode aspirar e causar pneumonite química (RX tórax) — tratamento com
antinflamatório.
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- RX de abdome: preocupar se tem perfuração de víscera oca — se o bário cair na cavidade
peritoneal causa uma inflamação muito intensa levando a uma inflamação crônica (peritonite
química).
- Paciente com colostomia — pode vazar na anastomose — para testar a anastomose não pode
usar contraste de bário. Nesse caso usa iodo, pois não causa reação na cavidade. Porém não é tão
eficiente quanto o bário.
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✦ ULTRASSONOGRAFIA:
- Exemplo: ultrassonografia de fígado com nódulo. O nódulo se apresenta hiperecoico, pois a parte
sólida absorve contraste e a parte líquida não.
- Contraste = Microbolhas;
- As microbolhas de ar agem como refletores de imagem, aumentando o número e a intensidade
das interfaces. Age como eco-realçador no ultrassom.
- Atuam na frequência utilizada no diagnostico ultrassonográfico. Tem a propriedade de modificar
características acústicas do tecido.
- Detecta e quantifica o fluxo sanguíneo na microcirculação.
๏ Vantagens:
- É excretado pelo pulmão, por isso precisa da cápsula, pois está atuando na estabilidade para
ultrapassar estruturas pulmonares;
- O diâmetro da bolha influencia.
- Tem meia vida adequada para o exame
- Tem baixa toxidade por ser de metabolismo e excreção rápidos.
- É feito por administração endovenosa: Em bolus (injeta tudo de uma vez) ou infusão (varia de
acordo com o exame);
- Não usa radiação ionizante
- Não há contraindicação em paciente com doença renal (Excreção pulmonar e por vias biliares)
- Não há problemas em pacientes claustrofóbicos
- Pouca incidência de reação adversa
- Pode ser realizado à beira do leito ou no centro cirúrgico
๏ Contraindicações:
- Pacientes com shunt cardíaco; Por via arterial (perde tempo da meia vida que já é curta); Após 24
horas em pacientes que realizarão litotripsia (quebrar pedras) extracorpórea
- Cautela em paciente com DPOC – pois a via de excreção desse contraste é pulmonar e o órgão
já se encontra enfraquecido; e em pacientes com doença arterial coronariana grave.
๏ Reações adversas:
- Índice de reação: 0,1 % = incidência baixa
- Mais comuns: cefaleia; náuseas; dor lombar; rubor; dor torácica e tontura.
- Dependem do contraste e da via.
- CONTRASTE É O GADOLÍNIO!!
- Via de administração: endovenosa;
๏ Gadolínio em humanos:
- Evento adverso agudo severo = é raro (2,4%) – náuseas, vomito, cefaleia, calafrios, calor, dor
local.
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- Reação anafilática gera alto número de óbitos - (0,01%)
- Condição de depósito de gadolínio em pacientes com função renal normal: matriz óssea e
cérebro.
• Fatores associados:
- Acidose metabólica;
- Papel do zinco — promove o aumento da transmetalação;
- Eventos pró-inflamatórios;
• Gadolínio:
- O Gadolínio (Gd+3) é um íon metálico paramagnético que reduz o tempo de relaxamento de T1 e
T2. Devido à toxicidade de sua forma iônica, ele é usado como um quelato, ou seja, moléculas
orgânicas grandes (complexo ligante) formam um complexo estável ao seu redor, bloqueando a
saída do íon gadolínio livre. O quelato reduz a chance de toxicidade.
• Transmetalação:
- Resultado de uma reação tóxica do Gadolínio livre liberado do quelato, sendo armazenado em
qualquer célula do organismo;
- Íons excretados inadequadamente devido à nefropatia (cálcio, zinco, ferro, cobre).
• Efeito em gestantes:
- Efeito teratogênico/mutagênico.
- O gadolíneo pode-se acumular no líquido amniótico: risco desconhecido de Fibrose nefrogênica
sistêmica para feto e mãe.
- EVITAR USO EM GESTANTES!
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• Uso na pediatria:
- Crianças de até 1 ano de idade e recém-nascidos demandam avaliação cuidadosa devido a
imaturidade da Função renal.
• Estrutura do iodo:
- É formado por um anel benzênico, por átomos de iodo, complexo COOH e radicais substitutivos,
que podem atuar na redução da toxidade e na eliminação. O complexo COOH permite que tenha
solubilidade em água e seja uma formação salina (amino – acida).
- É um contraste iônico, isto é, sofre dissociação.
- Quanto mais iodo, mais opacificada a imagem formada.
• Tipos de estruturas:
Melhor: Dímero não iônico
- Pois tem 6 moléculas de iodo, ou seja, opacifica
mais.
- Por ser não iônico, não dissocia.
- Quanto mais perto da osmolaridade natural
(300/380) melhor = dímero não ionizante.
- Contraste de baixa osmolaridade = não iônico
‣ Riscos:
- Exames repetidos e com reação prévia;
- Uso de interleucina-2, B-bloqueadores Cr S > 2,0mg/dl;
- Alérgicos (pólen);
- Fotossensibilidade;
- Sexo feminino.
‣ Manifestações clínicas:
- Eritema, prurido, cefaleia, tremor, fadiga, dor articular, perda do apetite e alteração do paladar;
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❖ REAÇÕES ADVERSAS RENAIS:
‣ Efeitos na função renal:
- Alterações hemodinâmicas por efeito direto do contraste;
- Obstrução intratubular;
- Lesão direta de células tubulares;
- Efeito pré-renal na hipotensão e/ou desidratação;
- Mecanismos imunológicos.
• Fisiopatologia:
- Os fatores etiológicos sugeridos incluem:
- Alterações hemodinâmicas renais (vasoconstrição),
- Toxicidade tubular direta
- A CREATININA SÉRICA GERALMENTE AUMENTA DENTRO DAS PRIMEIRAS 24 H,
APRESENTA UM PICO DENTRO DE 96 H E RETORNA AO VALOR DE BASE ENTRE 7 E
10 DIAS.
‣ Fatores de risco:
1. Doença renal severa pré-existente;
2. Diabetes mellitus (nefropatia diabética);
3. Desidratação;
4. Doenças cardiovasculares;
5. Uso de diuréticos ou drogas nefrotóxicas;
6. Idade avançada (> 70 anos);
7. Hipertensões arteriais sistêmica;
8. Hiperuricemia;
9. Múltiplas doses de contraste iodado em um curto intervalo de tempo (< 24 horas).
• Equipe / Estrutura:
- Dor torácica aguda;
- Hipertensão;
- Hipotensão com taquicardia e bradicardia
- Edema agudo de pulmão
- Convulsões.
• Pacientes diabéticos:
- Maior número de intercorreôncias clínicas e de exames por imagem e contraste.
- Metformina: anti-hiperglicemiante oral, excreção por via renal. Inibe a gliconeogeônese, e eleva
a sensibilidade periférica à insulina.
- Pacientes que fazem contraste iodado e fazem uso de metformina podem desenvolver acidose
lática, que tem mortalidade entre 25 a 50%. Porque metformina diminui a taxa de filtração
glomerular.
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‣ Metformina:
- Creatinina normal: Conduta semelhante ao estudo eletivo
- Creatina anormal ou desconhecida: avaliar o risco e benefício, hidratação do paciente,
monitoração bioquímica.
• Hipotireoidismo e pré-natal:
- Screening pré-natal e reposição;
- Gravidez: administrado quando o exame radiográfico for essencial;
- Após administração do contraste, avaliar a função do neonato (1a semana);
- Lactação: poucos estudos, interromper a lactação por 24 horas e armazenar o leite.
- Tireoide: podem desencadear hipersensibilidade e crise tireotóxica. Pacientes com
hipertireoidismo: tratar antes de utilizar. Não utilizar até dois meses antes do mapeamento de
tireoide. Não utilizar em pacientes em terapia com iodo-
• Contrastes — Punção:
- Evitar:
- Repetir punções (dor, irritação, ansiedade);
- Injetar nos membros inferiores (risco de trombose e flebite);
- Injetar cateter venoso central (risco de ruptura).
• Extravasamento:
1) Tratamento inicial:
- Elevar a extremidade afetada acima do coração;
- Gelo por 15-30 minutos (depois: 3x/dia, 1 a 3 dias consecutivos);
- Observação por 2 a 4 horas (se volume maior que 5ml);
- Avisar o médico que fez a solicitação do exame.
3) Condutas após:
- Recomenda-se telefonar diariamente (ou solicitar a enfermagem qualificada que o faça) até o
paciente referir;
- Resolução completa da lesão, e certificar-se de que o paciente observe ou relate: dor
residual, bolha no local, vermelhidão cutânea no local da injeção, alterações de temperatura no
sitio de extravasamento, pedir para que compare com área normal no outro membro, mudança da
sensibilidade.
❖ Raio-X — OPACIDADE:
- Radiopaco: mais branco que o osso;
- Radioluzente: mais escuro que o osso.
❖ TC — DENSIDADE:
- Hiperdensa;
- Hipodensa.
❖ USG — ECOGENICIDADE:
- Anecoide = Cisto;
- Hipoecoica;
- Hiperecoica = geralmente é o angiomiolipoma.
‣ Métodos de imagem:
- Raio – X;
- Tomografia Computadorizada;
- Ressonância Magnética Ultrassonografia;
- Cintilografia;
- PET/CT, PET/RM E SLIDE.
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• Semiologia radiológica do tórax:
‣ Raio-X de tórax — incidências:
- De rotina: Póstero-anterior (PA) e Perfil (P);
- Adicionais: Ápico-lordótica, oblíquas (anterior esquerda — OAE, e anterior direita — OAD)
Lawrell, Expiração/Inspiração, AP (ântero-posterior).
• Etapas e avaliação:
1. Identificação do Paciente – etiqueta de identificação sempre ao lado direito. Nela consta
nome, idade e data do procedimento.
- Importante ter certeza de que o exame pertence ao paciente
3. Inspiração / Expiração — contar arcos costais posteriores. Valor normal: pulmão deve estar
entre 9º e 11º arco postal.
- Acima do 9º: paciente em expiração durante o exame
- Abaixo do 11º: paciente muito inspirado durante o exame;
- Algumas patologias levam ao aumento do pulmão. Assim, essa analise pode ser um achado
diagnostico.
- Ex: paciente com DPOC ou enfisema pulmonar.
4. Centragem do exame — A forma de incidência dos fótons deve ser a mesma em ambos
hemicorpos. Fatores que interferem: distancia – quantidade de fótons que chega no centro, no
lado D e no lado E são diferentes. No lado que chega mais, fica mais escuro. Pode levar a
diagnostico equivocado (Ex: pneumonia).
- Fazer medida da parte branca (pele) até o final do filme: as distâncias dos dois lados devem ser
muito próximas uma da outra.
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5. Posição em Relação ao Paciente — Pode alterar a incidência de fótons em determinada região
devido a rotação.
- É importante que o paciente não mexa após ser posicionado para o exame, pois pode
descentralizar o exame.
- Como saber: traçar uma linha em cima dos processos espinhosos e traçar outra linha ate a
clavícula. A linha do lado E deve ser do mesmo tamanho da linha do lado D.
6. Penetração dos fótons de raio x - raio -x mais branco ou mais preto. Depende do KV e mA.
- Contar corpos vertebrais: normal visualizar entre 3º e 5º. Se visualizar abaixo disso indica
que o KV está muito alto.
- Importante para detectar determinadas patologias: Ex: pneumonia = branco. Se o KV estiver
muito alto omite.
• Objetivos
1. Avaliar partes moles: pele, panículo adiposo, musculo, mamas e mamilos, axila, espaço supra
clavicular e linhas companheiras das clavículas.
- OBS.:
- Linha acessória da clavícula: não visualizar não indica patologia
- Exame da mama: avaliar a mama, axila, região supra clavicular
- Axila e região supra clavicular: busca por linfonodos aumentados que indiquem suspeita
de metástase.
- Ex: Bolinha branca na base do pulmão: nódulo – está no terço inferior do hemitórax direito: pode
estar no pulmão, em cima do arco costal, no tecido subcutâneo, na mama, pode ser o mamilo –
colocar moeda tampando e refazer o exame.
É importante investigar antes de dar qualquer diagnostico.
2. Arcabouço ósseo:
- Visualiza: clavícula, arcabouço ósseo e
esterno;
- Pode-se observar malformações, tais
como Pectus Excavatum (abaulamento da
caixa torácica) e Pectus Carinatum
(anteriorização esternal — necessita de
cirurgia).
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‣ Fraturas de arcos costais:
- Solicitar RX com incidência adicional para aumentar a sensibilidade do exame.
Pode-se solicitar USG de arcos costas para complementar o diagnóstico;
- É uma fratura que não demanda cirurgia, por formar-se um calo ósseo em
aproximadamente dois meses que recompõe a área fraturada.
- Pode-se fazer também a cintilografia, que indicará metabolismo aumentado na
região lesionada.
‣ Patologias de brônquio:
- Bronquioectasias = dilatação irreversível do brônquio. Pode ser cilíndrica,
cística (sacular) ou varicosa.
- Causas: idiopática em até 40%, infecção, fibrose cística, imunodeficiências e
obstrução brônquica.
- Achados radiográficos: sinal do trilho de trem e imagens anelares.
- Prova: Saber anatomia e como avaliar o exame.
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‣ Trama vascular:
- Geralmente os brônquios não são visíveis fisiologicamente, apenas quando está
com patologia.
- Aparenta uma cardiomegalia e ICC descompensada, com rede vascular
aumentada (regurgitada)
- Edema agudo de pulmão – aspecto em asa de borboleta.
‣ Parênquima Pulmonar:
- RX em perfil – fazer do lado esquerdo por causa do coração. Quanto mais distanciar do filme
maior a distorção cardíaca. Do lado D não tem estruturas relevantes.
- São 14 estruturas a serem avaliadas:
1) Traqueia;
2) Espaço pré traqueal vascular
3) Arco aórtico;
4) Brônquio do lobo superior Direito;
5) Brônquio do lobo superior Esquerdo;
6) Artéria pulmonar Esquerda;
7) Artéria pulmonar Direita;
8) Dobra axilar;
9) Escápula;
10) Ângulo costofrênico posterior Direito
(mais baixo);
11) Ângulo costofrênico posterior Esquerdo;
12) Bolha gástrica;
13) Cólon transverso;
14) Veia cava inferior
- Ainda pode-se ver o espaço retro-esternal e o espaço retro – cardíaco
‣ Achados patológicos:
- Que causam Redução da transparência pulmonar:
1) Doença do espaço aéreo;
2) Atelectasias;
3) Doença intersticial: Padrão reticular // Padrão Septal // Padrão nodular
- A maioria das substancias aparecem brancas, por isso é importante saber caracterizar cada uma
delas, saber distinguir e fazer exames complementares se necessário para diferenciar diagnósticos
(como TC e cintilografia);
- Nunca deixar de associar a clínica do paciente para chegar no diagnóstico.
✓ Doença do espaço aéreo — Consolidação: reposição do gás no espaço aéreo por líquido,
células ou ambos;
✓ Atelectasia:
- Quando tira o ar de um pulmão e fica com pressão menor, de maneira que o outro pulmão
insuflado o empurre, até colabora o pulmão vazio.
✓ Derrame pleural – liquido empurra o pulmão;
✓ Pneumotórax (ar na cavidade pleural) causa atelectasia
• Traumatismo Crânio-encefálico:
- Há lesão traumática intracraniana?
- Qual é a natureza da lesão porventura existente? É passível de tratamento cirúrgico ou clínico?
- Escala de Coma de Glasgow é inespecífico em alguns casos pois o paciente pode ter GCS3 e no
método de imagem o paciente está normal.
- A imagem auxilia no diagnóstico de lesão intracraniana, conduta terapêutica e melhor estimativa
do prognóstico do paciente.
- O Glasgow que define se o TCE é leve, moderado ou grave.
• Raio-X de Crânio:
- RAIO-X DE CRÂNIO NÃO SE FAZ: o raio-x não consegue determinar se há lesão
intracraniana ou não. Deve-se sempre se questionar: “esse exame mostra o que eu quero ver ou
não? Ele consegue me mostrar se está normal ou não?”
- Não adianta fazer o exame se ele não mostra o que eu quer saber.
- Lesão secundária: lesão que está acontecendo como consequência de uma lesão primária —
pode ser: edema cerebral, herniação cerebral, infarto cerebral, hemorragia secundária, infecção e
hidrocefalia.
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LESÕES SUPERFICIAIS:
- Bossa serossanguínea ou Hematoma Subgaleal ou “Galo"
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FERIMENTOS PENETRANTES:
- Normalmente em virtude de mordeduras;
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LESÕES TRAUMÁTICAS EXTRA-AXIAIS
NÃO FAZER TC CONTRASTADA! APENAS TC SEM CONTRASTE PARA ESSAS DUAS FORMAS.
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LESÕES TRAUMÁTICAS INTRA-AXIAIS:
LESÃO INTRA-AXIAL: trata-se de uma lesão axonal traumática que no livro é chamada de lesão
difusa.
7. CONCUSSÃO: disfunção imediata e transitória de uma função neurológica devido a uma força
mecânica.
- Amnésia para efeitos imediatamente antes e imediatamente após a concussão;
- Alteração da consciência e mobilidade;
- Disfunção transitória dos neurônios do sistema ativador reticular ascendente no tronco
encefálico.
- Teve uma repercussão fisiológica;
- Exemplos: jogador que levou uma bolada na cabeça e foi levado desacordado ao hospital.
Acordou sem sintomas, ainda que tenha sido hospitalizado e examinado;
- Jogadores de futebol americano e hóquei são fortemente acometidos.
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LESÕES TRAUMÁTICAS SECUNDÁRIAS:
- São definidas como reações fisiológicas regionais ou sistêmicas;
- Classificadas em: herniações, edema, isquemia e infarto cerebrais, hemorragia secundária,
infecções e hidrocefalia.
A. HERNIAÇÃO CEREBRAL:
- Normalmente é subfalcina ou acomete o giro do cíngulo (abaixo da foice do cérebro e acima do
corpo caloso — ultrapassando a linha mediana).
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B. EDEMA CEREBRAL DIFUSO:
- Aumento do volume cerebral e/ou aumento da quantidade de água no encéfalo;
- Tipos: citotóxico, vasogênico, hidrostático e hipo-osmótico
- Edema pode ser unilateral ou bilateral, aparece entre 24 e 48 horas, o que terá na TC:
- Perda das densidades, apagamento dos sulcos, uma assimetria volumétrica e tumor no SNC. A
clinica falara onde ocorreu a lesão, necessário saber a idade do paciente.
- RNM: diferencia o edema citotóxico dos demais;
- Todo paciente supra-vetorial é em adulto, criança tem mais intra-vetorial.