Apostila Radiologia

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Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 1 de 56

MEDICINA ESTÁCIO — APOSTILA DE IMAGENOLOGIA — 8º PERÍODO

SUMÁRIO:

AULA 1 — INTRODUÇÃO À IMAGENOLOGIA E PRINCÍPIOS FÍSICOS

AULA 2 — RADIOPROTEÇÃO, FÍSICA DE ULTRASSOM E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

AULA 3 — CONTRASTE

AULA 4 — TÓRAX

AULA 5 — MÚSCULOESQUELÉTICO

AULA 6 — SISTEMA NERVOSO CENTRAL

AULA 7 —

AULA 8 —

AULA 9 —

AULA 10 —
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AULA 1 — INTRODUÇÃO À IMAGENOLOGIA E PRINCÍPIOS FÍSICOS:

• Introdução:
- Imagenologia: dividida em duas grandes áreas, sendo elas a radiologia e a medicina nuclear.
- Na radiologia, o principal conhecimento deve se a anatomia;
- Exemplos: USG, TC, RNM
- Na medicina nuclear, o principal conhecimento é a fisiologia;
- Exemplo: cintilografia — consegue analisar funcionamento através da infusão de iodo
radioativo, facilitando diagnóstico fisiológico e se há funcionamento na glândula.

✓ Diferença entre Radiologia e Medicina Nuclear:


- Radiologia visa anatomia, enquanto que a Medicina Nuclear visa fisiologia (ambos se
complementam);

• Modalidades de exames:
✓ PROVENIENTES DE RAIO-X:
- São fotos que tem origem na eletrosfera do átomo (formados por emissão);
- Tem alta capacidade de penetrar, sendo assim, é necessário o uso de blindagens pesadas para
detê-los (chumbo, concreto, aço ou ferro);
- O raio-x além de aparelho, também é um princípio físico;
- Branco: opacidade;
- Preto: radiolúcido / radiolucidez
- Tomografia computadorizada (TC);
- Mamografia;
- Densitometria óssea (DO);
- Tomossíntese.

✓ ONDAS DE RÁDIOFREQUÊNCIA:
- Ressonância nuclear magnética (RNM).

✓ ONDAS SONORAS:
- Formada por radiação eletromagnética, que é constituída pelos campos elétricos e magnéticos
oscilante e perpendiculares / demanda um meio físico de contato;
- A radiação eletromagnética é uma radiação não ionizante.
- Ultrassonografia.
- AO USG:
- Ultrassonografia utiliza ondas de som, ao pé da letra, logo, produzem ecogenicidade.
- Quando a imagem é preta, ela é anecoide.
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✓ ONDAS ALfA / BETA / GAMA — EXAME DE MEDICINA NUCLEAR:
- Cintilografia;
- PET-CT (Híbrido) — investigação de metástase nuclear;
- Exame híbrido = Radiologia + medicina nuclear;
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• O que é Radiação:
- Radiação é a propagação de energia no espaço e no tempo, que se move através do espaço de um
objeto para outro, onde é absorvido. Precisa ou não de um meio físico (exemplo: gel = meio
condutor)
๏ Espectro magnético: pode ser ionizante ou não ionizante.
- O que diferencia uma radiação de ser ionizante ou não ionizante é a frequência da onda;
- Quanto maior a frequência, maior a energia dessa onda, isto é, maior o poder de penetração e
de ionização nessa célula;
- Exemplos: USG tem radiação, mas é radiação eletromagnética não ionizante (não demanda
proteção). Já o raio-x demanda o uso de proteção, em virtude de ser uma radiação ionizante,
isto é, também tem a presença de radiação espalhada.

✓ Ondas ionizantes: raio-x e rádio gama.


- São prejudiciais pois causam lesões no DNA celular;
- Demanda o uso de radioproteção;
- Tem a capacidade de introduzir íons na matéria;
- Quanto maior a frequência, maior a ionização e maior o poder de penetração;

✓ Ondas não ionizantes: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, ultrassonografia;


- Não demanda radioproteção, tampouco o uso de blindagens;
- Apresentam ondas de menor frequência se comparadas às ondas de radiações ionizantes
(exemplo: raio-x).

- OBS.: ondas ionizantes produzem íons na matéria


com a imagem;
- Modelo atômico (Bohr): núcleo + elétrons em órbita
- Absorção: elétron absorve energia — camada mais
externa;
- Emissão: elétron emite energia (fóton) — camada
mais interna.
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1) RAIO-X:
- Tubo de raio-x fornecendo energia — é um conversor de energia via cátodo e ânodo;
- O tubo de raio-x libera fótons, que chegam no paciente, atravessam-no (atenuação diferencial)
e chegam até o filme no cassete.
- Os fótons de raio-x tem a capacidade de enegrecer o detector, de modo que formem a
imagem;
- Detector: recebe os fótons de raio-x
- Passa pelo paciente (atenuação diferencial);
- Chega até o filme no cassete.
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• Geração da radiação:
- Núcleo + eletrosfera = átomo;
- Na camada mais interna o elétron tem menos energia que na camada mais externa, então
quando se fornece energia para o elétron, ele precisa absorver essa energia para pular para um
nível mais externo;
- Se o elétron fizer o caminho contrário e pular de uma camada mais externa para uma mais
interna ele libera energia na forma de fótons de raio-x (que vai em direção ao paciente);
- Princípio da lâmpada: você fornece energia e tem luminosidade (fica quente) — para o
fornecimento de energia, é necessária a emissão de prótons (quando fornece energia produz
fótons que emitem grande quantidade de calor). Dessa forma, cerca de 1% da energia
fornecida vira fótons e os outros 99% se converte em calor dentro do tubo. É em razão disto
que existem mecanismos que evitem que esse calor saia do tubo.
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• Fatores que afetam a qualidade e a quantidade de fótons de raio-x:
- Se não tiver qualidade no fóton, terá a emissão de raio-x, entretanto não será suficiente para
formação de imagem. Apenas irá causar danos ao paciente.
- Depois que o fóton sai do aparelho ele chega ao paciente, onde ocorre uma interação, e
posteriormente sai do paciente e chega ao filme fotográfico (detector) no cassete.
- À partir do momento que interage com o paciente pode ocorrer a formação da radiação
espalhada — com o desvio de eixo, essa radiação pode ficar solta na sala ou chegar ao filme.
Quando isso ocorre, é produzida uma imagem de baixa qualidade. Por isso é importante controlar
a radiação espalhada.
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• Formação da imagem:
๏ Tubo de Raio-x:
- Fornece fótons, de maneira que apenas 1% destes fótons cheguem ao paciente, enquanto que
parte dessa energia é perdida, outra parte chega no filme (detector), onde se torna enegrecida.
- Exemplo:
- RX de tórax: osso é branco, pulmão é preto. O osso retém a energia, enquanto que a parte
que retém ar tem uma baixa resistência, de maneira que a radiação atravesse, chegue ao
filme e o queime, marcando-o.

๏ Constituição do Tubo de Raio-x:


- Polo negativo = CÁTODO (-) / CARGA;
- Polo positivo = ÂNODO (+) / ALVO;
- Óleo + vidro = evita o superaquecimento;
- Placa de chumbo = conter a radiação
espelhada;

๏ Como forma o fóton no tubo:


- O técnico regula a quantidade de energia que chegará no aparelho. Essa energia chega no polo
negativo, que é o cátodo. Esse polo (-) tem 1 ou 2 filamentos de tungstênio. O tungstênio é um
metal pesado que será aquecido quando receber energia a cerca 2200 graus. Quando aquece o
filamento essa energia é transferida para os elétrons, e, na medida que recebem energia forma
uma nuvem de elétrons ao redor do filamento, ocorre o fenômeno chamado emissão termiônica
— definida pelo momento em que essa nuvem de elétrons vai em direção ao ponto focal do
ânodo (+), que é quando ocorre a formação dos fótons de Raio – x.
- No ânodo também existe um disco de tungstênio que fica girando para impedir que se capte
elétrons em apenas um ponto e para reduzir o desgaste da superfície onde incide os elétrons.
Esse disco de tungstênio também converte a energia dos elétrons em calor (99%) e em fótons de
raio – x (1%).

๏ Como ocorre a formação desses fótons?


- Para produção de fótons de raio-x, são necessários 3 fenômenos:
1) Radiação característica;
- O elétron vem em direção ao átomo e acaba se chocando com um elétron de uma camada mais
interna. Com isso, ejeta o elétron que ele chocou da camada, deixando o ponto que ele estava
vazio.
- Para ocupar esse ponto livre, o elétron de uma camada mais externa pula para a mais interna,
liberando energia na forma de fótons de raio-x, que então entrarão em contato com o
paciente.
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2) Desaceleração (Bremsstrahlung) = radiação de frenagem;
- O elétron que saiu do seu polo negativo e foi para o positivo;
- A princípio ele vem em linha reta, mas quando ele se aproxima do seu núcleo do átomo, ele tem
um desvio de eixo. Esse desvio leva a uma perda de energia na forma de fótons de raio-x. Esses
fótons que sofrem desvio acabam saindo do tubo e indo em direção ao paciente (espalham).

3) Choque nuclear.
- 1 e 2 são os que mais fornecem fótons;
- Os 3 fenômenos acontecem ao mesmo tempo, sempre tem desacelaração, radiação característica
e choque nuclear em todos os aparelhos que usam raio-x como fonte (raio-x, TC, D.O.,
Mamografia e Tomossíntese);
- O que muda entre eles é o detector, mas o princípio de formação do raio é o mesmo em todos
(tubo de raio-x);
- Quando a nuvem de elétrons chega ao ânodo, o elétron vai em direção ao átomo de tungstênio.
Quando ele está chegando próximo ao núcleo do tungstênio, ele sofre um desvio de eixo, o que
resulta em uma perda de parte da energia, que é liberada na forma de fótons de raio-x.

✓ Resumo: tem um tubo formado por um polo (-) e um polo (+), sendo que no negativo fornece
uma corrente elétrica que vai liberar calor e energia para os elétrons, levando ao efeito
termiônico. Quando chega no anodo, que é o polo (+) e alvo da nuvem de elétrons, ocorre a
formação dos fótons de raio – x, onde ocorre os fenômenos de frenagem e radiação característica
simultaneamente. Depois disso terá os fótons direcionados para o paciente.
- Efeito termiônico = nuvem de elétrons sendo ejetada do cátodo para o ânodo.

๏ Como controlar a quantidade e qualidade do raio-x?


- Fatores que influenciam:
1. Material do alvo: (Tungstênio, Ródio, Molibdênio, etc.) — quanto maior o número atômico
desse material, maior a energia, mais fenômenos de frenagem e radiação característica, melhor a
qualidade dos fótons de raio-x, e com isso uma imagem de boa qualidade.
2. Filtração do feixe: não são todos os fótons que são liberados, alguns ficam retidos no filtro, que
remove os fótons de baixa qualidade.
Vantagens:
1 - Somente radiação de boa qualidade chegando no paciente;
2 - Diminui a quantidade de radiação que chega no paciente;
3 - Aumenta a energia média do feixe (melhor qualidade);
3. Lei da Distância: “Lei do inverso do quadrado da distância”. Regula a quantidade de radiação
que chega no paciente, visando usar o mínimo de radiação possível e ainda assim ter uma boa
qualidade de imagem.
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4. Fator de exposição: São dois fatores, a MilIamperagem (mA) e a Kilovoltagem (KV)
- Influenciam na coloração do raio – x (um pouco mais branco ou um pouco mais escuro)
- Importante para saber se o exame é de boa qualidade e de foi feito de maneira correta para
visualizar cada patologia.
A. MilIamperagem (mA): Relacionado com a corrente elétrica, que determina a temperatura do
filamento e a emissão de elétrons pelo efeito termiônico. Isto é, regula a quantidade de elétrons
que vão sair do polo catodo e vão chegar no ânodo.
- Quanto maior a MilIamperagem (mA), maior a “chuva de elétrons”, maior a quantidade e
intensidade desse raio-X.
- Ex.: MilIamperagem (mA) = 100 (100 e- formando os fótons);

B. Kilovoltagem (KV): Relacionada com a diferença de potencial = Tensão do circuito elétrico


entre o cátodo (+) e o ânodo (-). Está relacionado com a carga que cada elétron vai ter, isto é, a
energia que o elétron vai chegar no anodo
- Quanto maior o KV, maior a energia dos e-, maior a qualidade da imagem e maior o poder de
penetração do fóton de raio – x.
- Quanto maior o KV mais preta a imagem (+ energia)
- O KV está relacionado com o contraste da imagem;
- Ex: Kilovoltagem (KV) = 20 (cada elétron terá uma carga de 20) 100 elétrons c/ carga de 20
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• CONTRASTE:
- Capacidade do sistema de distinguir um objeto do seu plano de fundo;
- Objetos da mesma cor não tem diferença de contrate;
- Para diferenciar objetos é importante que tenham cores (escalas de cinza) e contrastes diferentes;
- Se o contraste for adequado, a imagem será visível. Se traduz na capacidade de distinguir um
objeto do seu plano de fundo (background).
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- Alto KV: ideal para RX de tórax e mamografia (existem muitas estruturas diferentes);
- Baixo KV: ideal para mamografia;
- Mamografia – faz após os 40 pois tem menos glândulas e mais tecido adiposo, fica mais fácil de
ver nódulos no exame de imagem. No paciente jovem tem muitas glândulas, que podem ser
confundidas com nódulos, por isso não se faz mamografia em mulheres jovens.
- O KV ideal, o nível de penetração ideal e o contraste ideal dependem de qual patologia está
sendo analisada. Não existe um número padrão.
- Os fatores servem para melhorar o contraste da imagem para evitar erros no laudo como não ver
um tumor que apresente a mesma densidade de um órgão.

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• QUALIDADE DA IMAGEM:
๏ Como ocorre a interação da radiação com o paciente?
1) Raio-x incidente (chega no paciente) — uma parte da radiação é transmitida (passa do filme
para o paciente e chega no receptor) e forma a imagem.
2) Outra parte desse raio-x incidente será absorvida pelo paciente.
3) Radiação espalhada, na qual tem uma radiação primária chegando no paciente e sofre um
desvio formando outro eixo que pode ou não atingir o filme (quando isso corre compromete a
qualidade da imagem);

๏ Quando ocorre a interação do raio-x com o paciente, ocorre a excitação e a ionização,


descritas a seguir:
- Quando se tem excitação, a radiação interage com o paciente mas não ioniza (a energia não é o
suficiente para ionizar o átomo);
- Quando se ionização ocorrem dois seguintes efeitos:
1) Efeito fotoelétrico: quando o fóton chega na célula, ele transfere toda sua energia para esse
átomo. Esse efeito é o maior contribuinte para a formação do contraste, pois cada tecido vai
absorver uma quantidade de fótons.
- Exemplo: osso absorve radiação — fica branco / pulmão não absorve radiação — fica escuro,
queimando o filme (contraste)
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2) Efeito Compton: são fótons de alta energia que chegam na célula, entram em contato com os
elétrons, transferindo parte de sua energia, o que os ejeta de sua camada. Ao ejetar o elétron,
o fóton sofre um desvio do seu eixo, desviando o trajeto. Com isso ele fica disperso na sala,
podendo atingir o paciente, o filme ou o profissional que acompanha.
- Esse efeito contribui para a formação de radiação espalhada (precisa ser controlada);

๏ Como controlar essa radiação espalhada?


✓ Compressão: comprime a mama (quanto maior a espessura, maior a radiação espalhada).
- Comprime e uniformiza (diminui a espessura) — melhora a qualidade de imagem e minimiza a
radiação espalhada;
- Ao comprimir o feixe de raio-x, passa por um volume menor de tecido.

✓ Colimação: Consiste em fechar a janela de saída de luz do aparelho, serve para controlar a
abertura e o tanto de fótons que chega no paciente (atinge somente o alvo).
- Exemplo: para fazer um raio-x de mão, pode diminuir a abertura, enquanto que para fazer um
raio-x de abdômen, deve-se aumentar a abertura.

✓ Técnica de Air Gap: quanto maior a distância, maior a qualidade da imagem (se não tem
radiação espalhada).
- No entanto, tem-se um limite para colocar esse filme;
- A radiação espalhada que atinge o receptor diminui por meio do aumento da distância entre
paciente e receptor;

✓ Grades: Constituídas de tiras de materiais que absorvem raios-x (chumbo), com espaços
intercalados pouco absorvedores.
- O ideal é uma grade que absorva a radiação espalhada, mas que permita que os raios primários
atinjam o receptor;
- O raio-x de leito não tem como utilizar grade, por isso ele é de péssima qualidade, por conter
muita radiação espalhada.

✤ Interação da radiação com a matéria:


Radiação Primária: fótons de raio-x saem do tubo, atravessam a janela radiotransparente e
chegam no paciente;

Radiação Secundária: emitida a partir da interação da radiação primária com o paciente


(radiação espalhada).
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✤ Receptores radiográficos:
1) Radiografia Convencional:
- Detecta, gera e armazena a imagem;
- 1 filme + 2 telas intensificadoras (écrans);
- Processo: raio-x incide sobre o filme e forma uma imagem latente invisível — revelação;
- Vantagens: telas intensificadoras diminuem a exposição do paciente;
- Desvantagens: filme radiográfico mais sensível a luz do que aos raios-x (demanda lugar escuro);
- Utilização de substâncias químicas (problema = odor e descarte);
- Chance de perder o exame (precisa do paciente novamente para repetir).

2) Radiologia Computadorizada:
- Usa o mesmo aparelho da radiologia convencional
- Processo: Ionização de fósforo (armazena elétrons de alta energia) / Leitura com laser (elétrons
liberam energia na forma de luz) / A luz é captada e transformada em uma escala de cinza
(representa a energia dos raios x);
- Vantagens: Acesso em qualquer lugar (comodidade), menor chance de perder imagem. Utiliza o
mesmo chassi para todos os pacientes
- Desvantagem: Quantidade de radiação bem maior que a convencional (maior emissor de todos);
Custo da maquinaria (+- 30 000 dólares)
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3) Radiografia Digital:
- São usados detectores digitais que geram a imagem, que é armazenada digitalmente;
- Processo: possui um receptor que capta a intensidade dos raios x e transformam diretamente em
imagem para diagnostico na tela de workstation;
- Vantagens: Acesso em qualquer lugar (comodidade), menor chance de perder. Utiliza o mesmo
chassi para todos os pacientes. Exame bem mais rápido. Menor quantidade de radiação
- Desvantagem: Custo da maquinaria (+- 1.5 milhão de dólares).

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✦ RAIO-X: exame rápido e simples.
- Ex.: radiografia da mão, crânio (para patologia e não trauma), coluna cervical, tórax; osso
(todos); coluna lombar (verificar presença de osteófitos — bico de papagaio, compressão óssea
que causa dor);
- Paciente com TCE, ao chegar na urgência e pedir TC, não RX de crânio. TC analisa a parte óssea
e interna do crânio e encéfalo. RX não dá contraste ao tecido cerebral (KV e aM não são
suficiente para identificar hemorragias);
- Paciente com trauma de coluna cervical, deve-se pedir RX (preocupação da lesão cervical é a
medula). Para isso, é necessário analisar o alinhamentos dos corpos cervicais via RX.
- Tórax: em PA (paciente de costas — trajeto do fóton de trás para frente) e PERFIL;
- Abdômen: em decúbito dorsal (não separa região com ar, água, com órgão ou sem órgão, fica
sobreposto / misturado) e ortostática = em pé (possível ver onde tem ar e líquido) — analogia
com garrafa de água.

๏ RAIO-X CONTRASTADO:
- Uso de Iodo e Bário — serve para evidenciar regiões e caminhos desejados diante de outras
estruturas anatômicas;
- Histerossalpingografia (útero) — comum e endometriose com trompa obstruída;
- Trânsito intestinal: faz com 0, 15 e 20 minutos, até chegar no reto do paciente para analisar se
está obstruído ou não.
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✦ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:
- Utiliza os fótons de raio x, um detector, um computador e um monitor;
- Foi o primeiro exame que foi possível ver o cérebro — grande evolução na medicina;
- Raio-x apresenta sobreposição de imagem;
- TC “fatia" o paciente em vários cortes, de maneira que não apresente sobreposição;

๏ Mecanismo de formação da imagem:


- Componentes:
- 1: Cúpula com tubos de raio-x — emite os raios-x;
- 2: Colimador — filtra os feixes de raios-x;
- 3: Conjunto de detectores — consiste em um material sólido sensível à radiação, que converte
os raios-x absorvidos em luz. Essa luz é detectada e transformada em corrente elétrica por
um dispositivo semicondutor, chamado Fotodiodo, a qual é intensificada e transformada em
sinal digital, que será lido por um Software e transformado em escalas de cinza.
- Fóton —> detector —> luz —> Fotodiodo —> corrente elétrica —> intensificada —> sinal
digital —> Software —> escala de cinza

๏ Unidades de densidade:
- Unidades de hounsfield (UH) — avalia a densidade = coeficiente de atenuação linear;
- Na TC o laudo é feito de acordo com a densidade dos tecidos e lesões (hipodenso ou
hiperdenso);
- Transformação da medida original do coeficiente de atenuação linear para uma escala
adimensional;
- RX: apenas diferencia tonalidades de cinza;
- TC: diferencia as tonalidades de cinza + densidade.

✓ Unidades de Hounsfield (UH): Osso > músculo > matéria branca > matéria cinzenta > sangue >
LCR > água > gordura > pulmão > ar.

1) Tomografia Simples: Na medida que a mesa caminhava o tubo rodava o paciente de maneira
gradativa. Cerca 1 hora e meia para fazer uma TC de abdômen;
2) Tomografia Helicoidal: Tudo caminha e roda ao mesmo tempo. Vantagens: - exame de todo o
paciente é mais rápido
3) Tomografia Multislice:
- Tem um tubo e vários detectores — Muito rápido;
- Diminui a colimação, põe mais fótons ao mesmo tempo — imagem formada bem mais
rápida (cerda de 5/10 s);
- Desvantagem: Maior quantidade de radiação no paciente, o custo da TM é mais caro que o
raio-x.
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✦ MAMOGRAFIA:
- Um cirurgião analisou uma mama pós mastectomia e observou a presença de calcificações. Após
uma análise patológica ele viu que tinha um tumor no local, então passou a associar essas
microcalcificações com tumores.
- Normalmente pacientes já vinham quando a lesão já se apresentava palpável (estágio avançado)

๏ Composição do aparelho:
- Tubo de raio x (normalmente formado de ródio);
- Colimador primário;
- Placa de compressão (evita a radiação espalhada e gerar uma imagem melhor);
- Bucky (onde o filme é colocado = placa + filme).

๏ Tipos de mamografia:
- Convencional: mais barato;
- Digital: Pode ser tanto a computadorizada quanto a digital (Cerca de 150.000 dólares).

๏ São feitas 4 incidências durante o exame, 2 em cada mama:


- 1: Crânio caudal;
- 2: Médio-lateral-obliqua;
- Pacientes com silicone:
✤ Manobra de Eklund — desloca o implante para fazer a mamografia (faz 8. 4 com o
implante e 4 sem o implante);
- Mamografia apresenta sobreposição de imagem — em virtude disso que surgiu a tomossíntese.
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✦ TOMOSSÍNTESE:
๏ Indicação:
- Para pacientes reconvocados do rastreamento — lesão suspeita identificada na mamografia;
- Reavaliação de achados não calcificados;
- Mamas operadas;
- Pacientes com achados palpatórios.

๏ Vantagens:
- Redução da superposição da mama;
- Imagem mais clara = aumento da acurácia (mais sensibilidade e mais especificidade);
- Redução das reconvocações;
- Redução de falsos positivos.
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๏ Limitação:
- Dose de radiação;
- Custo (cerca de 700.000 dólares);
- Tempo de interpretação e curso para aprender a fazer o laudo.

๏ Analogia:
- O raio x está para TC, assim como a mamografia está para a tomossíntese;
- Raio-x e mamografia com sobreposição, TC e TS não tem sobreposição.

FIM DA AULA 1!!


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AULA 2 — RADIOPROTEÇÃO, FÍSICA DE ULTRASSOM E RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA:

• Radioproteção: apresenta alguns princípios e fundamentos para reduzir danos ao paciente —


otimização, proteção radiologia e limitação de dose.
- Exemplo: "Não entre quando a luz vermelha estiver acesa”;

๏ Objetivos:
- Prevenção e diminuição dos efeitos da radiação;
- Evitar a deterioração genética das células das populações.

๏ Três princípios básicos:


- Justificação: o porque de fazer aquele exame;
- Otimização: como fazer aquele exame da melhor maneira;
- Limitação de dose: como limitar a dose de radiação a qual o paciente vai ser exposto;
- Buscar a prevenção ou diminuição dos efeitos da radiação, e reduzir danos às células.

๏ Grandezas e unidades: dose absorvida, dose equivalente, dose efetiva e exposição.


1) Dose absorvida:
- Mensura a quantidade de energia recebida pelo paciente;
- É a grandeza fundamental para proteção radiológica;
- Quantificada em qualquer meio material;
- Unidade de medida: Gray (Gy).

2) Dose equivalente / Dose efetiva:


- São grandezas de proteção para o corpo humano;
- São estabelecidos limites máximos de dose para um órgão ou tecido (dose equivalente) ou para
o corpo todo (dose efetiva) = somatória das equivalentes nos tecidos;
- Unidade de medida: Sievert (S).

3) Exposição:
- Definida apenas para feixes de raio-x e gama.
- Ela caracteriza a capacidade de um feixe de
fótons de ionizar o ar.
- Medida de taxa de exposição: utilizada em
monitorizações rotineiras;
- Unidade de medida: Roentgen (R).
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- Exemplo: RX e TC, em um caso ambos os exames de imagem são eficientes para o diagnóstico.
Logo, qual exame escolher?
- Deve-se fazer o raio-x, pois a dose de radiação é menor, isto é, expõe menos o paciente.
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• Interação da célula com a radiação:
- O fóton de raio-x chega na célula e a ioniza. Quando ionizada, ocorre uma alteração na molécula
de DNA. Nessa célula lesada pode ocorrer um reparo correto ou incorreto. Se ocorrer um reparo
incorreto a célula sofrera morte celular ou vai ter incapacidade de reprodução ou pode
permanecer uma célula mutada viável.
- Célula Somática: Danos que ocorrem em qualquer célula do indivíduo, exceto nas germinativas.
- O efeito biológico se manifestara no próprio indivíduo irradiado.
- Célula Hereditária: Ocorre a partir de danos nas células germinativas.
- O efeito biológico se manifestara nas descendentes do indivíduo irradiado.

๏ Efeitos biológicos da radiação dependem de:


- Valor da dose; Forma de resposta do organismo; Tempo de manifestação; Severidade do efeito;
- A radiação é cumulativa, não é excretada.

๏ EFEITOS DETERMINÍSTICOS x EFEITOS ESTOCÁSTICOS:

1) EFEITOS DETERMINÍSTICOS:
- É um efeito pré-determinado, que pode ocorrer em minutos ou em anos. Tem uma dose mínima
de radiação que vai promover esses efeitos. Já tem valores pré-determinados relacionados com a
dose e a severidade desses efeitos.
- A partir do momento que atinge o limiar daquele efeito, conforme aumenta a dose, aumenta a
intensidade do efeito.
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- Reação do indivíduo a exposição: Depende de fatores como a quantidade total de radiação
previa recebida; Individualidade orgânica (um pode ter reação, outro não) e intervalo de tempo
durante o qual a radiação foi recebida. Quanto menor o tempo de um exame com o outro, maior
será o efeito da radiação sobre o paciente.
- Efeitos Determinísticos na pele: Eritematosa e inflamatória; ulceração superficial: radio dermite
exsudativa.
- Radio dermite crônica: Epiderme atrófica — ocorre a perda dos folículos pilosos, perda das
glândulas sebáceas, áreas irreguladas de acantose (aumento da espessura), vasos superficiais
dilatados, vasos profundos parcialmente ocluídos por fibrose.
- Tecidos Hematopoiéticos: Redução ou incapacidade de produzir Glóbulos Brancos e Glóbulos
Vermelhos.
- Sistema Vascular: Lesões nos vasos sanguíneos (pode causar hemorragia).
- Sistema Gastrointestinal: Reações inflamatórias e ulcerações.
- Sistema Reprodutor em ambos os sexos: Esterilidade temporária ou permanente

‣ Síndromes da radiação: síndromes que ocorrem a partir do efeito determinístico. Dependem do


valor de radiação fornecida ao paciente. Podem variar de forma infra clinica até a morte do
paciente.

2) EFEITOS ESTOCÁSTICOS:
- Ocorre ao acaso, não se consegue determinar a dose de radiação que causara a lesão Esse é um
grande problema da radiação ionizante, 1 dose em um indivíduo pode não causar reação
decorrente da radiação enquanto em outro pode gerar uma neoplasia por exemplo.
- Não existe um limiar de dose, não se sabe o quanto é seguro. Nesse caso a severidade não está
relacionada com a dose, pode-se administrar uma dose máxima e não ter efeito, mas também
pode administrar uma dose mínima e ter efeito.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 18 de 56
- Público mais sujeito: Trabalhadores expostos a radiação (radiologista e técnico de raio-x) e
pacientes que são frequentemente expostos a radiação (quem faz exame periódico);

❖ Determinístico — tem uma dose relacionada com o efeito e a severidade depende de um limite
de dose. (Quanto maior a dose maior a severidade da reação).
❖ Estocástico — não tem limiar de dose e a severidade não depende do valor de dose da radiação.

‣ Grupo mais sujeito a lesão: Embriões, Fetos e Crianças: Processo de multiplicação celular
mais significativo que a própria lesão.
‣ Idosos: Processo de reparo celular menos eficiente / São mais vulneráveis a radiação, tendo em
vista a deterioração de seu telômero com o passar dos anos.
‣ Período gestacional: Possíveis efeito de acordo com a idade gestacional / demanda termo de
consentimento.

________________________________________________________________________________
• Princípios de radioproteção:

1) Justificação: Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição deve ser justificada em


relação a outras alternativas disponíveis (exemplo: porque TC e não ultrassom). Justificativa de
que os danos são causados são menores que os benefícios do exame. PEDIDO MÉDICO –
embasamento suficiente que permita transparecer o potencial benefício em relação aos possíveis
riscos.

2) Otimização: ALARA:
- A radiação deve ser reduzida a mínima dose possível; "As Low As Reasonably Achievable”
- Problema: A redução pode afetar a qualidade diagnóstica do
exame. “Tão baixo quanto razoavelmente
exequível”
3) Limitação de doses:
- Distancia: afastado das fontes / exposição inversamente proporcional ao quadrado da distância.
- Blindagem: Interpor um absorvedor entre a fonte e a pessoa
- Tempo: Dose de radiação: MA (dose de e- que sai) X tempo.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 19 de 56
• Equipamentos de proteção individual (EPI):
- Vestimenta plumber / colete;
- Protetor de Gônadas;
- Colar (prejudica um pouco a formação da imagem);
- Protetor de extremidades;
- Óculos (retina).

‣ Blindagem da sala:
- Porta com folhas de chumbo para evitar que a radiação espalhada saia da sala. Paredes e espelho
blindado no qual o técnico fica atrás + biombo para proteger pacientes de risco como grávidas
(usado sempre com raio-x móvel);

‣ Dosímetro e levantamento Radiométrico:


- O técnico e o radiologista verificam a radiação por meio do dosímetro. Fica preso no jaleco do
radiologista e do técnico.
- 1x ao mês manda o dosímetro para uma empresa avaliar o quanto foi recebida / dependendo do
valor não pode trabalhar mais.
________________________________________________________________________________
✦ ULTRASSONOGRAFIA (ULTRASSOM):

๏ Características do som:
- A ultrassonografia utiliza energia mecânica, na forma de onda sonora;
- A energia mecânica é transmitida através da vibração das moléculas de um meio (compressão e
rarefação);
- A energia mecânica se propaga no vácuo, por isso demanda um meio de propagação, como água
e gel;
- Não se passa o transdutor direto na pele do paciente, pois o ar não conduz muito bem o som, tem
velocidade baixa, o que gera uma imagem ruim.

Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 20 de 56


๏ Interação do som com os tecidos:
- A onda mecânica (sonora) chega ao paciente, sofre reflexão e é captada pelo aparelho;
- Todo aparelho de ultrassom tem um cristal piezoelétrico, o qual faz compressão e rarefação
(comprime, reduz e aumenta de tamanho);
- Esse cristal vibra e se deforma ao ser eletronicamente estimulado, gerando um pulso sonoro,
transmitindo a energia.

๏ Efeito Piezoelétrico:
- Um estímulo elétrico induz vibrações mecânicas, as quais geram estímulos elétricos (pulso
sonoro).
- A velocidade de propagação depende do tecido que está fazendo o exame, que depender da
resistência do meio a compressão, isto é, a resistência do tecido / rigidez.
- Quanto maior a rigidez maior a velocidade de propagação. (Analogia barra de ferro e pedaço de
pano).
- (Menor) Ar < líquido < tecido mole < osso (Maior) — aumenta a velocidade (Osso — absorve a
onda).

๏ Do que é formado o aparelho: Tela que mostra a imagem, a mesa de comando e transdutor (3
tipos = convexo – abdome, linear – partes moles e endocavitario – transvaginal ou próstata).

‣ Transdutor: Conversão entre energia elétrica e mecânica. Fornece energia para os cristais que se
encontram na ponta (lê o impulso emitido pelo cristal).

‣ Cristais piezolétricos: Captam a energia, vibram emitindo o ultrassom e geram um pulso


elétrico a partir da vibração secundaria.

๏ Como funciona o aparelho?


- A energia (elétrica) chega na ponta do transdutor, onde se encontram os cristais piezoeléctricos,
os quais vibram e emitem uma onda mecânica (onda de ultrassom) que chega e interage com o
paciente. Quando ela interage uma parte dessa onda (eco) volta para o aparelho em forma de
onda mecânica.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 21 de 56
- Essa onda que volta ao transdutor vibra os cristais novamente, os quais transformam a onda
mecânica em pulsos elétricos. Esses pulsos são lidos pelo computador em escalas de cinza, que
levam a formação da imagem na tela. Baseia-se na demonstração de eco.
- Energia elétrica (cabo) —> transdutor —> cristais piezoeléctricos vibram —> emitem onda
mecânica (ultrassom) —> paciente —> parte (eco) volta para o transdutor (mecânica) —> vibra
os cristais novamente —> transforma energia mecânica em pulso elétrico —> pulso lido em
escala de cinza —> forma imagem na tela.
- Modos de fazer a imagem (modo B, modo Doppler colorido, doppler pulsado, microbolhas).

๏ Ultrassom no modo B = Brilho:


- Hiperecogênico: Quando a lesão tem mais brilho que o tecido normal. Exemplo: nódulo.
- Hipoecogênico: Quando a lesão tem menos brilho que o tecido normal.
- Anecogênico: Quando a lesão não tem brilho. Imagem anecóide normalmente é cisto = nódulo
sem conteúdo.
- Isoecogênico: é quando o nódulo tem a mesma coloração do órgão (a percepção é feita por sinais
secundários, exemplo é o trajeto de um vaso).

๏ Interação do som com os tecidos:


- Mecanismos: Reflexão, Dispersão, Refração e Absorção.
‣ Reflexão: A ultrassonografia baseia-se na detecção e demonstração de ecos ou sons refletidos.
A onda sai do paciente por reflexão. A onda que reflete é lida pelo aparelho, transformando a
onda mecânica refletida em impulso elétrica. A potência da reflexão depende da impedância
acústica = produto da densidade do meio pela velocidade do som naquele meio.
‣ Dispersão: Nem toda a onda faz reflexão, uma parte da onda faz dispersão, quando há o
redirecionamento do som em múltiplas direções, produzindo um sinal fraco. Essa imagem é
perdida.
‣ Refração: Nesse caso a imagem pode enganar o lugar real do nódulo ou de outro corpo. Provoca
mudança na direção do som. Ocorre quando o som encontra uma interface entre dois tecidos que
transmite o som em velocidades diferentes. Ultrassom é o exame mais desafiador, é operador
dependente (radiologista) e dinâmico. Caso o exame não seja eficaz e demande maior
detalhamento ou uma outra perspectiva demanda da presença do paciente para repetir o exame,
diferente da TC e RM, que se precisar é só buscar outro corte no computador. Nem sempre é fácil
achar a lesão e fazer o laudo.
‣ Absorção: Quando a onda sonora é completamente absorvida pelo corpo. É a perda de energia
sonora secundaria a transformação em energia térmica. Causa sombra acústica posterior: como
a estrutura anterior absorveu todo o som, depois dela e imagem fica preta. Em casos sugestivos
para dúvida, ocorre a movimentação do paciente para ver se há movimentação da estrutura
duvidosa, confirmando assim um possível diagnóstico.
‣ Atenuação: Depende da natureza do meio atenuador e da frequência da incidência sonora.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 22 de 56
- Osso > tecido mole > liquido – osso absorve mais, o que reduz o som.

Atenuação da imagem = refração + dispersão + absorção


Ideal é que a onda sofra total reflexão e volte toda ao aparelho.

❖ OBS.:
1. A imagem do ultrassom é invertida;
2. Ultrassom de abdome quando é feito de maneira muito rápida pode confundir o duodeno com a
vesícula. Os resíduos fecais apresentam-se brancos levando o médico a confundir o órgão com
uma vesícula e lauda litíase biliar;
3. Sequência da imagem: Pele —> tecido subcutâneo —> musculatura —> órgão
4. Para diferenciar se é pedra ou pólipo deve-se movimentar o paciente (ficar de lado para ver se a
pedra movimenta) – ambas são imagens hiperecóides e apresentam sombra acústica. Cálculo é
formado por cálcio que absorve o som e forma a sombra acústica.
5. Em exame pélvico normalmente quer ver útero e ovário. Tomar água para encher a bexiga,
pois a água é um bom condutor do som. Útero e ovário abaixo da bexiga. Bexiga vazia = som
com baixa condução.
6. Imagem: HNF = hiperplasia nodular de fígado.
- Nódulo a direita é mais branco = Hiperecogênico.
- Sequência da imagem: fígado —> diafragma —> pulmão. Parte preta = líquida

Ultrassom é o exame mais desafiador é operador dependente (radiologista) e dinâmico. Caso o


exame não seja eficaz e demande maior detalhamento ou uma outra perspectiva demanda da
presença do paciente para repetir o exame, diferente da TC e RM, que se precisar é só buscar outro
corte no computador. Nem sempre é fácil achar a lesão e fazer o laudo.

Frequência da incidência sonora — escolha correta do transdutor a ser utilizado;


- Transdutor de baixa frequência = convexo — maior penetração (órgãos mais profundos) /
menor resolução. Usado mais em abdômen e exame obstétrico;
- Transdutor de alta frequência: menor penetração (órgãos superficiais) / maior resolução
(Região cervical, tireoide, carótidas e pele). Problema = mais caro;
- Quanto maior a frequência, maior a resolução, mas menor a penetração.

Fígado:
- Fígado —> importância da anatomia: Veia hepática D / M / E + Veia porta – permite a
segmentação do fígado;
- Esteatose hepática = fígado com muita gordura (branco). Pode ser leve, moderada ou acentuada.
Esconde outras lesões hepáticas. O diagnóstico não confirma ultrassom pois é uma doença
infiltrativa, precisa de Ressonância Magnética.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 23 de 56
- Pode ser hemociderose (acúmulo de ferro) — vai para fígado, coração e pâncreas;
- Couinaud — classificação de divisão do fígado em 8 segmentos:
- Segmento 1 = lobo caudado;
- Lobo esquerdo = (2, 3, 4).
- Lobo direito = (5, 6, 7 e 8). Para separar, usa-se as veias hepáticas (D, M, E) e a porta que
divide em segmentos posteriores e anteriores.

๏ Artefatos do ultrassom:
- Sombra: A energia do som é diminuída por reflexo e ou absorção. Região absorve o som e para
baixo dela não tem imagem, fica preto.
- Reforço posterior: ocorre quando uma estrutura atenua menos o som do que as estruturas
vizinhas. Ocorre quando uma estrutura atenua menos o som do que as estrutura vizinhas. Ex:
líquido (preto).
- Imagem especular: A via de retorno do eco não é a esperada, resultando em uma demonstração
imprópria do eco. Superfícies curvas produzem imagem distorcida, devido ao ângulo da imagem,
criando um “espelho”. Ex: tíbis = paciente com hipertensão portal, usa o tibis para desviar o
fluxo e aliviar. Se tiver imagem especular desvia a imagem. Normalmente ocorre o princípio de
refração na imagem especular, você pensa que está em um ponto, mas não está.
- Refração: Ocorre mudança na direção. Pode acarretar em duplicação de estruturas profundas em
relação a interface de refração. O som é refratado ao passar obliquamente por uma interface entre
duas estruturas que transmitem o som a velocidades diferentes.
- Reverberação: Origina quando o sinal ultrassonográfico se reflete repetidamente entre interfaces
altamente reflexivas. Produz um conjunto de ecos. Passagem entre dois tecidos de densidade
diferente podendo gerar aparência de espessamento de uma estrutura – pode enganar o laudo.

๏ Tipos de Ultrassonografia: Simples (modo B), Doppler e Microbolhas.

✓ Ultrassonografia com Doppler:


- Avalia o fluxo das artérias e veias por meio da frequência dos ecos de retorno.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 24 de 56
- O modo B é estático, usa apenas a amplitude dos ecos de retorno para formar as imagens em
cinza. O modo Doppler avalia o movimento do sangue daquela região. A velocidade associa com
o calibre da veia /artéria e a presença de barreiras / oclusão no vaso.

‣ Efeito Doppler: Baseia-se na variação entre a frequência emitida e a observada nas ondas
quando emitidas ou refletidas por um objeto que está em movimento em relação ao observador.
- Doppler colorido: (veia azul e artéria vermelha) é interpretado pelo sentido do fluxo (se chega
ou sai do coração).
- Doppler pulsátil: Calcula-se o índice de resistência e de pulsatibilidade baseado na
velocidade do fluxo.
- Doppler de amplitude (potência): quando a velocidade do fluxo é muito baixa. Problema:
não apresenta cor (tudo laranja) não se sabe se é sangue que chega ou que sai, se é veia ou
artéria. Exemplo: em nódulos com pouco fluxo.

‣ Permite saber: velocidade do fluxo em uma artéria (normal / padrão = fluxo acima da linha de
base e veia abaixo da linha de base) – permite identificar obstruções por exemplo uma carótida
com placa de gordura de acordo com a velocidade do fluxo. Velocidade sistólica e diastólica –
calcula o índice de resistência e pulsatibilidade.

‣ Utilizado para avaliar: oclusão arterial, trombose venosa profunda (TVP), ultrassonografia de
carótidas vertebrais, ultrassonografia de crânio, musculoesquelético, obstetrícia (transluscência
nucal) e testículos.

- Ultrassonografia de crânio: Em paciente recém-nascido – feito pela fontanela (tecido mole)


- Musculoesquelético – ombro – exame dinâmico para analisar os ligamentos e tendões.
- Obstetrícia – Medir transluscência nucal ou Doppler fetal para avalia se chega sangue no
cérebro do feto / vitalidade.
- Testículos - Torção do pedículo. Usa o Doppler para visualizar o fluxo, caso tenha torção não
aparece fluxo. Máximo de 12 horas para resolver.
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✦ RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA:
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 25 de 56
๏ Componentes básicos de um aparelho de RM: cabine atenuada ou Gaiola de Faraday,
Magneto, Boninas de Gradiente e Boninas de Rádiofrequência.

๏ 2 tipos de aparelho:
1. Campo Aberto: indicado para obesos e claustrofóbicos, o qual usa campos magnéticos menores,
mais baixo, o que pode fazer com que se perca alguma lesão.
- Vantagens: não utiliza energia elétrica, configuração aberta;
- Desvantagem: valores baixos de campo magnético.

2. Campo Fechado: é o melhor tipo de aparelho, o qual usa campos magnéticos maiores,
formando uma imagem de melhor qualidade e precisão.
- Vantagens: campos magnéticos altos e homogêneos;
- Desvantagens: alto custo, maior controle durante a operação.

- Magneto: funciona como um imã, que gera um campo magnético alto e homogêneo que atua na
parte anatômica posicionada. A forma de gerar o campo magnético define os tipos de magnetos
que existem hoje.
- Bobinas de gradiente: pega o campo magnético gerado pelo magneto e desvia / altera o eixo
desse campo. É responsável pelo barulho durante o exame, pois liga e desliga alterando o eixo
do campo. Usa 3 bobinas (x, y e z). Produz variações no campo magnético criando planos de
corte.
- Bobina de radiofrequência: Transmissão e recebimento do sinal de RM (coleta sinais). Mede /
calcula o desvio desse eixo. O desvio desse eixo varia de acordo com o tipo de tecido e varia se
esta patológico ou não.
- Cabine Atenuadora de Radiofrequência ou Gaiola de Faraday: A sala de RM precisa ser
blindada, por isso é formada por placas de alumínio ou cobre que evitem que o campo magnético
saia da sala.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 26 de 56
- OBS.: É importante tirar todo metal próximo, pois o aparelho tem magneto que puxa tudo feito
metal ao redor dele.
- Unidade de Magnetismo: Tesla ou Gauss -> 1T = 10.000 G.

๏ Como funciona o aparelho de RNM?


- O íon hidrogênio é o maior constituinte do corpo humano (60 – 70% água no corpo). O aspecto
do Hidrogênio no corpo normal é muito diferente no tecido patológico, o que permite
diferencia-los. O íon de Hidrogênio tem um campo magnético próprio, e é o mais potente entre
os íons.
- A RM calcula somente o campo magnético do íon de hidrogênio;
- Esse campo naturalmente atua em direções aleatórias (roda em torno de si mesmo) no corpo.
- A RM, por meio do campo magnético gerado pelo magneto, alinha o campo magnético do H
colocando-os paralelos. Com todos posicionados no mesmo eixo, liga-se a bobina de gradiente,
que manda um pulso (onda de radiofrequência) que altera o eixo. Cada tecido sofre uma
quantidade de alteração de eixo. Depois pega-se a bobina de radiofrequência para medir o
quanto alterou esse eixo, e a partir de então tem a formação da imagem.

✓ Sequência de acontecimentos:
- Magneto —> alinha o campo de H em paralelo —> bobina em gradiente manda um pulso que
altera o eixo de acordo com a propriedade do tecido —> bobina de radiofrequência mede o
quanto alterou esse eixo, permitindo saber o que é tecido normal, o que é patológico, o que é
liquido, o que é solido.

✓ Critério de avaliação:
- TC: densidade; Ultrassom: ecogenicidade; RM: sinal – hipersinal, isosinal ou hiposinal. Cada
substancia tem uma cor diferente

FIM DA AULA 2!!


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AULA 3 — CONTRASTE:
• Definição de corte: são substâncias capazes de salientar as densidades e contrastes naturais
entre os médicos através de energias absorvidas e refletidas.

• Responsabilidade civil:
- Demanda consentimento esclarecido no qual conste as possíveis complicações. Medico
radiologista e solicitantes igualmente responsáveis. Demanda preparo para prestar atendimento
em caso de reação.
- Demanda uma equipe multidisciplinar: enfermeiro, médico solicitante, médico radiologista,
técnico de radiologia e equipe de apoio.
- Poderá ser utilizado por: em procedimentos complexos (radiologia intervencionista), em casos
de uso de meios de contraste que possam causar reações adversas, em pacientes grávidas que se
submetem a exames que utilizam radiação ionizante.

• Meios de contraste:
✓ Raio-X / TC:
- Contraste positivo: iodado e sulfato de Bário;
- Contraste negativo: ar, O2, água e gordura
- Ultrassom: microbolhas;
- RNM: Gadolínio.

๏ Contraste Negativo:
1) Pneumopelvegrafia: mostra o útero e ovários;

2) Enema Opaco: tem duplo contraste, com ar e sulfato de bário


- Passa uma sonda retal e injeta bário até chegar à válvula ileocecal. Depois injeta ar no intestino
(para dilatar)
- Ex: intestino com divertículo. Pode romper se comer sementes, por exemplo, e evoluir para
diverticulite

๏ Contraste Positivo:
1) Sulfato de Bário:
- Administrado via oral ou retal. Endovenosa não pode, pois provoca a morte do paciente Ex:
Seriografia de esôfago – estomago- duodeno: avalia parede, contratilidade da parede. Indicado
para avaliar RGE (refluxo gastrointestinal).
‣ Complicações do sulfato de bário:
- Paciente desorientado pode aspirar e causar pneumonite química (RX tórax) — tratamento com
antinflamatório.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 28 de 56
- RX de abdome: preocupar se tem perfuração de víscera oca — se o bário cair na cavidade
peritoneal causa uma inflamação muito intensa levando a uma inflamação crônica (peritonite
química).
- Paciente com colostomia — pode vazar na anastomose — para testar a anastomose não pode
usar contraste de bário. Nesse caso usa iodo, pois não causa reação na cavidade. Porém não é tão
eficiente quanto o bário.
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✦ ULTRASSONOGRAFIA:
- Exemplo: ultrassonografia de fígado com nódulo. O nódulo se apresenta hiperecoico, pois a parte
sólida absorve contraste e a parte líquida não.
- Contraste = Microbolhas;
- As microbolhas de ar agem como refletores de imagem, aumentando o número e a intensidade
das interfaces. Age como eco-realçador no ultrassom.
- Atuam na frequência utilizada no diagnostico ultrassonográfico. Tem a propriedade de modificar
características acústicas do tecido.
- Detecta e quantifica o fluxo sanguíneo na microcirculação.

๏ Vantagens:
- É excretado pelo pulmão, por isso precisa da cápsula, pois está atuando na estabilidade para
ultrapassar estruturas pulmonares;
- O diâmetro da bolha influencia.
- Tem meia vida adequada para o exame
- Tem baixa toxidade por ser de metabolismo e excreção rápidos.
- É feito por administração endovenosa: Em bolus (injeta tudo de uma vez) ou infusão (varia de
acordo com o exame);
- Não usa radiação ionizante
- Não há contraindicação em paciente com doença renal (Excreção pulmonar e por vias biliares)
- Não há problemas em pacientes claustrofóbicos
- Pouca incidência de reação adversa
- Pode ser realizado à beira do leito ou no centro cirúrgico

‣ Aplicações clínicas: Estudo do miocárdio; Ecocardiografia; Identificação e caracterização de


lesões focais (fígado, mama e rim); Perfusão de órgãos (doenças inflamatórias intestinais);
Avaliação de grandes vasos (estenose e trombose); monitorar tratamento de lesão focal e lesões
em quimioterapia.
‣ Em crianças: avaliação de refluxo vesico-ureteral;
‣ Veia porta: distinguir trombose hemática de tumoral;
‣ Angiogênese tumoral.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 29 de 56
๏ Desvantagens:
- Demanda equipe treinada (por isso não faz em muitos lugares) não é qualquer radiologista que
sabe.
- Equipamento para realização disponível é inadequado;
- Alto custo;
- Meia vida curta (segundos / minutos) — grandes chances de perder.

๏ Contraindicações:
- Pacientes com shunt cardíaco; Por via arterial (perde tempo da meia vida que já é curta); Após 24
horas em pacientes que realizarão litotripsia (quebrar pedras) extracorpórea
- Cautela em paciente com DPOC – pois a via de excreção desse contraste é pulmonar e o órgão
já se encontra enfraquecido; e em pacientes com doença arterial coronariana grave.

๏ Reações adversas:
- Índice de reação: 0,1 % = incidência baixa
- Mais comuns: cefaleia; náuseas; dor lombar; rubor; dor torácica e tontura.
- Dependem do contraste e da via.

OBS.: Imagem do fígado — bolinhas = metástases.


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✦ RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA (RNM):

- CONTRASTE É O GADOLÍNIO!!
- Via de administração: endovenosa;

๏ Contraste Paramagnético — Gadolínio:


- Deve alterar a intensidade de sinal;
- Mínima concentração possível para minimizar toxicidade;
- Deve permanecer no tecido alvo um tempo adequado para realização do exame, mas também não
pode demorar muito para ser excretado para se evitar toxidade.
- Excretado normalmente por via renal ou hepatobiliar;
- Ideal: ser estável in vivo em baixas doses suficientes para causar alteração de sinal na imagem de
RM.
- RM de mama —> glândula e nódulos = branca/gordura = preta. Após contraste é possível
diferenciar nódulo e glândula

๏ Gadolínio em humanos:
- Evento adverso agudo severo = é raro (2,4%) – náuseas, vomito, cefaleia, calafrios, calor, dor
local.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 30 de 56
- Reação anafilática gera alto número de óbitos - (0,01%)
- Condição de depósito de gadolínio em pacientes com função renal normal: matriz óssea e
cérebro.

๏ Fatores de risco para reações adversas agudas:


- Paciente com reação adversa aguda prévia a um contraste com gadolínio;
- Alergias com necessidade de tratamento médico;
- Asma.

๏ Doença do depósito de gadolínio — Fibrose Sistêmica Nefrogênica Like:


- Pacientes com função renal normal ou próxima do normal hora/ meses após a administração do
contraste.
- Apresenta: Dor nos membros inferiores e superiores; dores articulares; Sensação de pressão nas
mãos e nos pés; Cefaléia; Visão turva e Raciocínio confuso.

๏ Fibrose Sistêmica Nefrogênica Like - Rara


- É uma dermatopatia fibrosante nefrogênica rara, severa e progressiva;
- Afeta a derme, fáscia subcutânea, músculo estriado (coração, pulmão, rim, testículo, diafragma e
dura-máter);
- Sintomas: Nunca afeta a pele da face (sintoma patognomonico); Espessamento cutâneo com ou
sem pigmentação; Pele áspera; Inchaço de Membros Inferiores; Endurecimento da pele; Prurido
e aderência; Disfagia e dispneia.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 31 de 56

• Fatores associados:
- Acidose metabólica;
- Papel do zinco — promove o aumento da transmetalação;
- Eventos pró-inflamatórios;

• Gadolínio:
- O Gadolínio (Gd+3) é um íon metálico paramagnético que reduz o tempo de relaxamento de T1 e
T2. Devido à toxicidade de sua forma iônica, ele é usado como um quelato, ou seja, moléculas
orgânicas grandes (complexo ligante) formam um complexo estável ao seu redor, bloqueando a
saída do íon gadolínio livre. O quelato reduz a chance de toxicidade.

• Transmetalação:
- Resultado de uma reação tóxica do Gadolínio livre liberado do quelato, sendo armazenado em
qualquer célula do organismo;
- Íons excretados inadequadamente devido à nefropatia (cálcio, zinco, ferro, cobre).

• Reações adversas: Raro


- Função renal normal: eliminado pelo rim em 2 horas;
- Insuficiência renal: meia-vida prolongada (34-53 horas) / liberação de Gadolínio livre (Gd 3+):

• Restrições para o uso de Gadolínio:


- Inuficiência renal crônica; Insuficiência renal aguda severa; Insuficiência renal aguda +
Síndrome Hepatorenal; Insuficiência renal aguda + Transplante Hepático; Clearance de
creatinina < 30

• Efeito em gestantes:
- Efeito teratogênico/mutagênico.
- O gadolíneo pode-se acumular no líquido amniótico: risco desconhecido de Fibrose nefrogênica
sistêmica para feto e mãe.
- EVITAR USO EM GESTANTES!
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 32 de 56
• Uso na pediatria:
- Crianças de até 1 ano de idade e recém-nascidos demandam avaliação cuidadosa devido a
imaturidade da Função renal.

• Pacientes sob diálise:


- Sessões extra de hemodiálise são recomendadas após sua administração.
- A Diálise peritoneal é recomendada.
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IODO:
- Pode ser administrado via endovenosa;
- Problema antigamente = dose adequada x toxicidade;
- Descoberta das piridinas (droga orgânica) — tratamento de sífilis;
- Selectan Neutral: primeira arteriografia (nobel)

• Estrutura do iodo:
- É formado por um anel benzênico, por átomos de iodo, complexo COOH e radicais substitutivos,
que podem atuar na redução da toxidade e na eliminação. O complexo COOH permite que tenha
solubilidade em água e seja uma formação salina (amino – acida).
- É um contraste iônico, isto é, sofre dissociação.
- Quanto mais iodo, mais opacificada a imagem formada.

• Tipos de estruturas:
Melhor: Dímero não iônico
- Pois tem 6 moléculas de iodo, ou seja, opacifica
mais.
- Por ser não iônico, não dissocia.
- Quanto mais perto da osmolaridade natural
(300/380) melhor = dímero não ionizante.
- Contraste de baixa osmolaridade = não iônico

- Propriedades dos contrastes iodados = viscosidade, osmolaridade (sendo este, o principal) e


densidade.

• Condições que tem influência na qualidade da imagem


- Via de administração: determina, em parte, a quantidade de substância que chegará ao órgão
estudado — sempre venosa;
- Dose;
- Velocidade de injeção;
- Calibre do catéter: em função da viscosidade da solução utilizada;
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 33 de 56
- Temperatura da substância: principalmente no uso de contrastes não iônicos (interferem na
viscosidade).
- Quanto maior a quantidade de iodo, melhor a qualidade da imagem, porém, maior é a toxicidade.

• Meios de contraste iodados:


- Hidrofílico;
- Filtração glomerular (99%);
- Meia vida de excreção (2 horas)
- Eliminação extra-renal (1%)
- Eliminação prolongada na Insuficiência Renal Dialisável.
________________________________________________________________________________
• Reações adversas renais e não renais:
- Na maioria das vezes as reações renais e não renais se combinam.

‣ Como acontece o efeito do iodo:


- O iodo provoca alteração hemodinâmica, porque tem uma baixa concentração de fluxo no rim;
obstrução tubular e efeito pré-renal, causando hipotensão ou desidratação.

❖ REAÇÕES ADVERSAS NÃO RENAIS:


1) Reações Anafilactoides = idiossincráticas:
- É uma reação de hipersensibilidade imediata causada pelo iodo, que promove a degranulação
celular, que leva a liberação de mediadores inflamatórios.
- Resultam em Angioedema, hipotensão, broncoespasmos, edema laríngeo (edema de glote),
choque, insuficiência respiratória grave.

2) Reações não idiossincráticas: Reações vasomotoras (vagais):


- Sua magnitude varia com a velocidade de infusão e a via de administração: bradicardia,
vasodilatação, sudorese, palidez cutânea, apreensão, confusão mental, náuseas, vômitos.
- São mais intensas em pacientes com medo e ansiedade.

‣ Efeitos tóxicos diretos:


- Podem estar relacionadas à dose ou à concentração do meio de contraste, tem um órgão-alvo
específico.
- Osmotoxicidade: relacionados à concentração elevada desses agentes. Provoca expansão aguda
do volume plasmático, vasodilatação generalizada, “rigidez” das hemácias, liberação de
histamina, lesão do endotélio vascular: flebite e trombose.
- Quimiotoxicidade: estão relacionadas com as propriedades das moléculas injetadas.
Depende do órgão alvo que é estudado. Secundária a propriedades intrínsecas das moléculas do
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 34 de 56
contraste e macromoléculas biológicas. Pode provocar neurotoxicidade, depressão, miocárdica,
alterações no ECG/arritmia, lesão tubular renal, lesão vascular.

‣ Toxicidade direta órgão-específica:


- Pele: sintomas e sinais no local da aplicação, dor, inchaço, calor, eritema, pápulas
- Trato gastrintestinal: náusea, vômito e diarréia
- Sistema nervoso central: cefaléia, confusão, vertigem, tontura, convulsão
- Rins: redução do débito urinário, hipertensão
- Sistema respiratório: dispnéia (broncoespasmo) e laringoespasmo, evolui com hipóxia
- Sistema cardiovascular: arritmia, assistolia e hipertensão, a lesão cardíaca pode ser
acompanhada por dispnéia
- Relações vasomotras: depressão cardíaca, com bradicardia e vasodilatação, sudorese, palidez
cutânea (diaforese), apreensão, confusão mental, diminuição do nível de consciência, náuseas,
vômitos, liberação esfincteriana, sua causa é desconhecida, são mais intensas em pacientes com
medo e ansiedade

‣ Severidade das reações adversas


- Leve: geralmente não requer tratamento medicamentoso (autolimitada), apenas observação.
- Moderada: clinicamente mais evidente do que as reações leves, requer observação cuidadosa,
frequentemente tratamento medicamentoso, mas sem hospitalização
- Severa (grave): necessita atendimento imediato, pois apresenta maior morbi-letalidade, e requer
hospitalização, pode ter como pródromo reações leves/moderadas.
- Fatais: colapso cardio-respiratório, edema pulmonar, coma, broncoespasmo intratável, obstrução
da via aérea (edema de glote).
____________________________________________________________
✓ Reações agudas
- Fatores de risco: Reação prévia ao contraste iodado;
- Alergias e reações severas (medicamentos e comidas);
- História de asma, broncoespasmo;
- História de doença renal ou cardíaca;
- Idade > 60 anos ou < 5 anos.

‣ No caso de reações adversas não renais agudas:


- Manter o paciente no departamento de radiologia durante pelo menos 1 hora após a injeção do
meio de contraste.
- Equipamento e fármacos de primeira linha devem estar imediatamente disponíveis na sala onde é
realizado o exame.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 35 de 56
‣ Para todas as reações deve-se manter:
- O acesso intravenoso,
- Obter os sinais vitais
- Avaliar a aparência, a qualidade da voz e os • Avaliação do paciente:
sintomas 1. Como está a aparência do paciente?
2. O paciente pode falar? Como é o som da voz do
‣ Paciente com risco elevado de efeito adverso: paciente?
- Considerar exames alternativos que não 3. Como é a respiração do paciente?
requerem contraste iodado; 4. Como está o pulso do paciente?
- Utilizar meios de contraste diferentes daquele 5. Como está a pressão arterial do paciente?
que provocou uma reação adversa prévia;
- Considerar profilaxia.
____________________________________________________________
✓ Reações adversas tardias:
- 1 hora a 7 dias: Ocorre em 2-5% dos casos;
- Reações mediadas por células T;
- Sensibilidade cruzada e reações a múltiplas drogas.

‣ Riscos:
- Exames repetidos e com reação prévia;
- Uso de interleucina-2, B-bloqueadores Cr S > 2,0mg/dl;
- Alérgicos (pólen);
- Fotossensibilidade;
- Sexo feminino.

‣ Manifestações clínicas:
- Eritema, prurido, cefaleia, tremor, fadiga, dor articular, perda do apetite e alteração do paladar;
________________________________________________________________________________
❖ REAÇÕES ADVERSAS RENAIS:
‣ Efeitos na função renal:
- Alterações hemodinâmicas por efeito direto do contraste;
- Obstrução intratubular;
- Lesão direta de células tubulares;
- Efeito pré-renal na hipotensão e/ou desidratação;
- Mecanismos imunológicos.

‣ Injúria renal pós-contraste:


- Deterioração súbita da função renal até 48 horas após a injeção de contraste iodado;
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 36 de 56
- Ocorre independente se o meio de contraste foi a cauda;
- Aumento absoluto da creatinina sérica >= 0.3 mg/dL (>26.4 umol/L);
- Aumento da porcentagem da creatinina sérica >= 50%;
- Redução do débito urinário para <=0.5 ml/kg/hour por pelo menos 6h;
- Nefropatia induzida por contraste (NIC);
- Deterioração aguda da função renal causada pela administração intravascular do meio de
contraste iodado.

• Fisiopatologia:
- Os fatores etiológicos sugeridos incluem:
- Alterações hemodinâmicas renais (vasoconstrição),
- Toxicidade tubular direta
- A CREATININA SÉRICA GERALMENTE AUMENTA DENTRO DAS PRIMEIRAS 24 H,
APRESENTA UM PICO DENTRO DE 96 H E RETORNA AO VALOR DE BASE ENTRE 7 E
10 DIAS.

‣ Fatores de risco:
1. Doença renal severa pré-existente;
2. Diabetes mellitus (nefropatia diabética);
3. Desidratação;
4. Doenças cardiovasculares;
5. Uso de diuréticos ou drogas nefrotóxicas;
6. Idade avançada (> 70 anos);
7. Hipertensões arteriais sistêmica;
8. Hiperuricemia;
9. Múltiplas doses de contraste iodado em um curto intervalo de tempo (< 24 horas).

‣ Exames de urgências, o que fazer?


- Identificar pacientes em risco. Caso o procedimento possa ser atrasado, determinar a TFGe.
- Considerar outro método de imagem alternativo que não utilize meio de contraste. Discutir a
possibilidade de interromper fármacos nefrotóxicos (48h).

‣ Medidas de proteção renal:


- Hidratação (é a medida mais eficaz) — preferir fluidos isotônicos — Volume incerto: 100ml/h;
- Diuréticos;
- Bicarbonato de sódio;
- N-acetil-cisteína (NAC).
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 37 de 56
‣ Pacientes sob diálise:
- Correlação entre administração de contraste e a sessão de hemodiálise é necessária;
- Sessões extra de hemodiálise são desnecessárias;
- A diálise peritoneal é desnecessária para remover o contraste iodado.

‣ Para diminuir reações adversas:


- Corticoterapia “Greenberg”;
- Prednisosa: 50 mg Via oral (13 / 7 / 1 horas antes do exame) + anti-histamínico (1hora);
- Metilprednisolona : 32 mg Via oral ( 12/2 horas ) + anti-histamínico (1 hora);
- Anti-histaminico;
- Benzodiazepínico.

‣ Fatores de risco que aumentam a frequência das reações adversas:


- Hipersensibilidade ao agente de contraste iodado;
- Alergia;
- Hipertireoidismo (em atividade ou latente);
- Bócio nodular atóxico;
- Desidratação;
- Insuficiência cardiovascular severa;
- Insuficiência pulmonar de alto grau;
- Asma;
- Insuficiência renal;
- Nefropatia em pacientes com diabetes mellitus;
- Paraproteína elevada;
- Doença autoimune;
- Idade avançada;
- Ansiedade (medo).
________________________________________________________________________________
• Função do radiologista:
- Garantir uma indicação clínica válida para o uso do meio de contraste;
- Avaliar (risco do paciente x benefícios do uso de contraste);
- Buscar alternativas para promover informações diagnósticas semelhantes ou menores.

• Prevenção de insuficiência renal por uso de contraste:


- Screening bioquímico pré-procedimentos
- Limite máximo para administração do contraste endovenoso:
- 1,5 mg/ml de creatinina sérica;
- Terapia profilática com dosagem entre 1,5 – 2,0 mg/ml;
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 38 de 56
- Creatinina acima de 2,0mg/ml;
- Considerar estudo alternativo;
- O clearance de creatinina é utilizado em alguns centros.

• Fatores de risco e prevenção:


- Uso de não iônico;
- Contraste de baixa concentração;
- Hidratação e jejum;
- Pré-medicação;
- Reconhecimento das reações adversas;
- Condições de pronto-atendimento e ressuscitação.

• Reações do tipo vasomotoras (hipotensão + bradicardia):


- Elevar membros inferiores, assegurar permeabilidade das vias aéreas e oferecer oxigênio;
- Assegurar acesso venoso, dar atropina, lentamente;
- Monitorizar sinais vitais, repetir atropina (dose total máxima = 2,0 mg);
- Expansão volumétrica EV (ringer lactato > solução fisiológica > solução glicosada 5%)

• Reações anafilactóides (hipotensão + bradicardia):


- Elevar os membros inferiores, monitorizar ECG, oximetria e frequência cardíaca;
- Oferecer oxigênio;
- Administrar expansão volumétrica EV: se a resposta não for satisfatória;
- Adrenalina SC ou se a via falhar, administrar EV (máximo de 3x): se ainda não melhora;
- Transferir para UTI.

• Equipe / Estrutura:
- Dor torácica aguda;
- Hipertensão;
- Hipotensão com taquicardia e bradicardia
- Edema agudo de pulmão
- Convulsões.

• Pacientes diabéticos:
- Maior número de intercorreôncias clínicas e de exames por imagem e contraste.
- Metformina: anti-hiperglicemiante oral, excreção por via renal. Inibe a gliconeogeônese, e eleva
a sensibilidade periférica à insulina.
- Pacientes que fazem contraste iodado e fazem uso de metformina podem desenvolver acidose
lática, que tem mortalidade entre 25 a 50%. Porque metformina diminui a taxa de filtração
glomerular.
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‣ Metformina:
- Creatinina normal: Conduta semelhante ao estudo eletivo
- Creatina anormal ou desconhecida: avaliar o risco e benefício, hidratação do paciente,
monitoração bioquímica.

• Gravidez e meios de contraste:


- Contraste iodado atravessa a placenta (estudo em animais): circulação fetal;
- Ciclo vicioso: excretado pela urina —> líquido amniótico —-> deglutido pelo feto, parte
absorvida pelo TGI;
- Não há efeito teratogênico ou mutagênico comprovado cientificamente.

• Hipotireoidismo e pré-natal:
- Screening pré-natal e reposição;
- Gravidez: administrado quando o exame radiográfico for essencial;
- Após administração do contraste, avaliar a função do neonato (1a semana);
- Lactação: poucos estudos, interromper a lactação por 24 horas e armazenar o leite.
- Tireoide: podem desencadear hipersensibilidade e crise tireotóxica. Pacientes com
hipertireoidismo: tratar antes de utilizar. Não utilizar até dois meses antes do mapeamento de
tireoide. Não utilizar em pacientes em terapia com iodo-

• Contrastes — Punção:
- Evitar:
- Repetir punções (dor, irritação, ansiedade);
- Injetar nos membros inferiores (risco de trombose e flebite);
- Injetar cateter venoso central (risco de ruptura).

• Extravasamento:
1) Tratamento inicial:
- Elevar a extremidade afetada acima do coração;
- Gelo por 15-30 minutos (depois: 3x/dia, 1 a 3 dias consecutivos);
- Observação por 2 a 4 horas (se volume maior que 5ml);
- Avisar o médico que fez a solicitação do exame.

2) Consulta imediata a especialista em cirurgia plástica:


- O volume do extravasamento for maior que 30 ml de um meio de contraste iônico ou 100ml de
não iônico;
- O paciente apresentar bolha no local do extravasamento;
- Houver alterações da perfusão (redução do enchimento capilar local ou distal ao sítio onde foi
feita a injeção);
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- Alterações de sensibilidade distal ao local da injeção.

3) Condutas após:
- Recomenda-se telefonar diariamente (ou solicitar a enfermagem qualificada que o faça) até o
paciente referir;
- Resolução completa da lesão, e certificar-se de que o paciente observe ou relate: dor
residual, bolha no local, vermelhidão cutânea no local da injeção, alterações de temperatura no
sitio de extravasamento, pedir para que compare com área normal no outro membro, mudança da
sensibilidade.

FIM DA AULA 3!!


Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 41 de 56
AULA 4 — TÓRAX:

• Introdução — Descrições terminológicas:

❖ Raio-X — OPACIDADE:
- Radiopaco: mais branco que o osso;
- Radioluzente: mais escuro que o osso.

❖ TC — DENSIDADE:
- Hiperdensa;
- Hipodensa.

❖ RNM — INTENSIDADE DE SINAL:


- Isossinal;
- Hipersinal;
- Hiposinal.

❖ USG — ECOGENICIDADE:
- Anecoide = Cisto;
- Hipoecoica;
- Hiperecoica = geralmente é o angiomiolipoma.

• Anatomia radiológica normal do tórax:


‣ Estruturas torácicas:
- Partes moles;
- Arcabouço ósseo;
- Hilo e trama vascular pulmonar;
- Cúpulas e seios costofrênicos;
- Silhueta cardíaca, aorta e mediastino.

‣ Métodos de imagem:
- Raio – X;
- Tomografia Computadorizada;
- Ressonância Magnética Ultrassonografia;
- Cintilografia;
- PET/CT, PET/RM E SLIDE.
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• Semiologia radiológica do tórax:
‣ Raio-X de tórax — incidências:
- De rotina: Póstero-anterior (PA) e Perfil (P);
- Adicionais: Ápico-lordótica, oblíquas (anterior esquerda — OAE, e anterior direita — OAD)
Lawrell, Expiração/Inspiração, AP (ântero-posterior).

‣ Sobre o raio-x em PA:


- Paciente com a parte anterior encostada no filme e fica com a mão na cintura (para a escapula
não ficar em cima do pulmão). Cabeça para trás para a mandíbula não ficar em cima do tórax
- PA – Raio x entra na parte posterior e sai na anterior — indica o sentido dos fótons.
________________________________________________________________________________
• AVALIAÇÃO TÉCNICA DO EXAME:
- Avaliação clínica das estruturas torácicas – partes moles, ossos, hilo pulmonar, etc.

• Etapas e avaliação:
1. Identificação do Paciente – etiqueta de identificação sempre ao lado direito. Nela consta
nome, idade e data do procedimento.
- Importante ter certeza de que o exame pertence ao paciente

2. Confirmar a Posição do Paciente do Exame. Mecanismos: silhueta cardíaca,


- Paciente com situs inversus — patologia na qual o paciente tem os órgãos com o lado invertido.
- Ex: fígado do lado esquerdo, VE do lado direito.

3. Inspiração / Expiração — contar arcos costais posteriores. Valor normal: pulmão deve estar
entre 9º e 11º arco postal.
- Acima do 9º: paciente em expiração durante o exame
- Abaixo do 11º: paciente muito inspirado durante o exame;
- Algumas patologias levam ao aumento do pulmão. Assim, essa analise pode ser um achado
diagnostico.
- Ex: paciente com DPOC ou enfisema pulmonar.

4. Centragem do exame — A forma de incidência dos fótons deve ser a mesma em ambos
hemicorpos. Fatores que interferem: distancia – quantidade de fótons que chega no centro, no
lado D e no lado E são diferentes. No lado que chega mais, fica mais escuro. Pode levar a
diagnostico equivocado (Ex: pneumonia).
- Fazer medida da parte branca (pele) até o final do filme: as distâncias dos dois lados devem ser
muito próximas uma da outra.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 43 de 56
5. Posição em Relação ao Paciente — Pode alterar a incidência de fótons em determinada região
devido a rotação.
- É importante que o paciente não mexa após ser posicionado para o exame, pois pode
descentralizar o exame.
- Como saber: traçar uma linha em cima dos processos espinhosos e traçar outra linha ate a
clavícula. A linha do lado E deve ser do mesmo tamanho da linha do lado D.
6. Penetração dos fótons de raio x - raio -x mais branco ou mais preto. Depende do KV e mA.
- Contar corpos vertebrais: normal visualizar entre 3º e 5º. Se visualizar abaixo disso indica
que o KV está muito alto.
- Importante para detectar determinadas patologias: Ex: pneumonia = branco. Se o KV estiver
muito alto omite.

• Objetivos
1. Avaliar partes moles: pele, panículo adiposo, musculo, mamas e mamilos, axila, espaço supra
clavicular e linhas companheiras das clavículas.
- OBS.:
- Linha acessória da clavícula: não visualizar não indica patologia
- Exame da mama: avaliar a mama, axila, região supra clavicular
- Axila e região supra clavicular: busca por linfonodos aumentados que indiquem suspeita
de metástase.
- Ex: Bolinha branca na base do pulmão: nódulo – está no terço inferior do hemitórax direito: pode
estar no pulmão, em cima do arco costal, no tecido subcutâneo, na mama, pode ser o mamilo –
colocar moeda tampando e refazer o exame.
É importante investigar antes de dar qualquer diagnostico.

‣ Enfisema subcutâneo – passagem de ar do pulmão para o tecido subcutâneo do paciente. No


raio – x identifica-se no tecido subcutâneo uma mescla de cores brancas e pretas. Ao apertar
parece umas bolinhas estourando
- O exame de raio-x visualiza, mas é pouco especifico. Nesse caso deve-se fazer TC, onde será
identificado manchas pretas na região subcutânea.

2. Arcabouço ósseo:
- Visualiza: clavícula, arcabouço ósseo e
esterno;
- Pode-se observar malformações, tais
como Pectus Excavatum (abaulamento da
caixa torácica) e Pectus Carinatum
(anteriorização esternal — necessita de
cirurgia).
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 44 de 56
‣ Fraturas de arcos costais:
- Solicitar RX com incidência adicional para aumentar a sensibilidade do exame.
Pode-se solicitar USG de arcos costas para complementar o diagnóstico;
- É uma fratura que não demanda cirurgia, por formar-se um calo ósseo em
aproximadamente dois meses que recompõe a área fraturada.
- Pode-se fazer também a cintilografia, que indicará metabolismo aumentado na
região lesionada.

‣ Hilo e trama vascular pulmonar:


- Hilo: A tonalidade e a dimensão devem ser semelhantes em ambos hemitórax.
- Avaliar traqueia (pode estar deslocada), veias, artérias, brônquios, Carina;
- Identificar a presença de massas.
- Pode ser linfonodo aumentado e se juntarem aparentando uma alteração no hilo;
- Calcificações de linfonodos estão presentes em patologias como sarcoidose, a qual aumenta o
hilo e calcificações dos linfonodos.

‣ Patologias de brônquio:
- Bronquioectasias = dilatação irreversível do brônquio. Pode ser cilíndrica,
cística (sacular) ou varicosa.
- Causas: idiopática em até 40%, infecção, fibrose cística, imunodeficiências e
obstrução brônquica.
- Achados radiográficos: sinal do trilho de trem e imagens anelares.
- Prova: Saber anatomia e como avaliar o exame.
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 45 de 56
‣ Trama vascular:
- Geralmente os brônquios não são visíveis fisiologicamente, apenas quando está
com patologia.
- Aparenta uma cardiomegalia e ICC descompensada, com rede vascular
aumentada (regurgitada)
- Edema agudo de pulmão – aspecto em asa de borboleta.

‣ Parênquima Pulmonar:
- RX em perfil – fazer do lado esquerdo por causa do coração. Quanto mais distanciar do filme
maior a distorção cardíaca. Do lado D não tem estruturas relevantes.
- São 14 estruturas a serem avaliadas:

1) Traqueia;
2) Espaço pré traqueal vascular
3) Arco aórtico;
4) Brônquio do lobo superior Direito;
5) Brônquio do lobo superior Esquerdo;
6) Artéria pulmonar Esquerda;
7) Artéria pulmonar Direita;
8) Dobra axilar;
9) Escápula;
10) Ângulo costofrênico posterior Direito
(mais baixo);
11) Ângulo costofrênico posterior Esquerdo;
12) Bolha gástrica;
13) Cólon transverso;
14) Veia cava inferior
- Ainda pode-se ver o espaço retro-esternal e o espaço retro – cardíaco

‣ Achados patológicos:
- Que causam Redução da transparência pulmonar:
1) Doença do espaço aéreo;
2) Atelectasias;
3) Doença intersticial: Padrão reticular // Padrão Septal // Padrão nodular

‣ Que causam aumento da transparência pulmonar:


1) Generalizada;
2) Localizada
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 46 de 56
‣ Alveolar:
- Exsudato inflamatório – aparece branco no RX;
- Conteúdo gástrico;
- Transudato: pneumonia também aparece branca;
- Ex: paciente queixando de pneumonia a 3 meses com tosse frequente e perda de peso brusca
durante o período -> não deve ser pneumonia, mas sim um tumor.
- Sangue: aparece branco (imagem tem que reduzir em até 72 horas, caso não ocorra indica
processo infeccioso, geralmente acompanhado por febre;
- Material Lipoproteináceo;
- Células;

- A maioria das substancias aparecem brancas, por isso é importante saber caracterizar cada uma
delas, saber distinguir e fazer exames complementares se necessário para diferenciar diagnósticos
(como TC e cintilografia);
- Nunca deixar de associar a clínica do paciente para chegar no diagnóstico.

✓ Doença do espaço aéreo — Consolidação: reposição do gás no espaço aéreo por líquido,
células ou ambos;

‣ Fisiopatologia: importante no diagnóstico para identificar os achados da imagem:


1) Congestão: multiplicação bacteriana rápida no interior dos alvéolos com vasodilatação
iniciando o exsudato fibrinoso.
2) Hepatização vermelha – exsudação predominante de hemácias, neutrófilos e fibrina para os
alvéolos.
3) Hepatização cinzenta – degradação das hemácias, passando o exsudato a conter neutrófilos e
debris celulares.
4) Resolução ou organização – o exsudato celular dá lugar a um material semi-líquido e
granulado, que vai sendo fagocitado pelos macrófagos até a resolução do processo.

✓ Atelectasia:
- Quando tira o ar de um pulmão e fica com pressão menor, de maneira que o outro pulmão
insuflado o empurre, até colabora o pulmão vazio.
✓ Derrame pleural – liquido empurra o pulmão;
✓ Pneumotórax (ar na cavidade pleural) causa atelectasia

FIM DA AULA 4!!


AULA 5 — Perdi o resumo
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 47 de 56
AULA 6 — SISTEMA NERVOSO CENTRAL:
• Introdução:
- Toda vez que se atende um paciente com TCE, o que é importante?
- O importante é saber se tem lesão intracraniana ou não.
- Analisar sempre os sulcos e o que está dentro dos sulcos.
- Por que avaliar todos os sulcos? Pode ter um sangramento pequeno dentro do sulco.
- Saber qual dos lobos foi acometido — um responsável pela fala (Afasia de Broca no lobo
frontal), outro pela interpretação (Afasia de Wernicke no lobo parietal no giro angular), outro
responsável pela visão (lobo occipital)

• Traumatismo Crânio-encefálico:
- Há lesão traumática intracraniana?
- Qual é a natureza da lesão porventura existente? É passível de tratamento cirúrgico ou clínico?
- Escala de Coma de Glasgow é inespecífico em alguns casos pois o paciente pode ter GCS3 e no
método de imagem o paciente está normal.
- A imagem auxilia no diagnóstico de lesão intracraniana, conduta terapêutica e melhor estimativa
do prognóstico do paciente.
- O Glasgow que define se o TCE é leve, moderado ou grave.

• No caso de TCE moderado e grave solicitar TC para todos!


- Leve somente dependendo do caso para solicitar ou não a tomografia.
- Paciente idoso deu entrada com queda deve fazer tomografia, pois o idoso perde volume, então
se há um trauma tem espaço para o sangue ir, então não aparece sintomas no momento em que o
idoso está perdendo volume. Ao passo que a queda de volume aumenta, ai sim surgem os
sintomas.
- Quando não fazer a TC: TCE leve de baixo risco, ECG de 15, mecanismo de trauma de
pequena intensidade, totalmente assintomáticos, exame físico geral normal, exame neurológico
normal, cefaléia discreta e não progressiva, vertigens, tonturas, hematoma subgaleal (“Galo”) e
laceração cutânea pequena

• Ressonância Magnética: secundária à TC


- Segunda avaliação do TCE;
- Após estabilização clínica e com imagens adicionais obtidas pela TC;
Matheus Nagib — T7 Medicina Estácio — M8 Página 48 de 56
- Oferece maior precisão no estancamento e informações mais detalhadas — aumento da detecção
e definição das lesões traumáticas intracranianas, bem como possíveis complicações.-

• Raio-X de Crânio:
- RAIO-X DE CRÂNIO NÃO SE FAZ: o raio-x não consegue determinar se há lesão
intracraniana ou não. Deve-se sempre se questionar: “esse exame mostra o que eu quero ver ou
não? Ele consegue me mostrar se está normal ou não?”
- Não adianta fazer o exame se ele não mostra o que eu quer saber.

Janela óssea e Parênquima Cerebral: mesencéfalo, cerebelo (D e E), Cisternas (quadro


germinal), Corno anterior (D e E) e cornos posteriores, sulcos corticais, ventrículos e densidade.

• LESÕES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS:


- Lesão primária: decorrente do trauma — podem ser desde lesões superficiais, até fraturas
cranianas, hemorragias intra-axiais (contusão cortical e lesão axonal difusa) até hemorragias
extra-axiais (epidural, subdural, subaracnóideo e intraventricular).

- Lesão secundária: lesão que está acontecendo como consequência de uma lesão primária —
pode ser: edema cerebral, herniação cerebral, infarto cerebral, hemorragia secundária, infecção e
hidrocefalia.

• FRATURAS — Classificadas em:


- Lineares;
- Com afundamento (>0,5cm) ou maior que a espessura da calota craniana;
- Fratura de base de crânio com sinais patognomônicos:
- Sinal de Battle: hematoma retroauricular
- Sinal de Guaxinim:hematoma periocular;
- Paciente chega rebaixado no caso de fratura de base de crânio pois nessa região também há lesão
vascular;
- Avaliar se houve lesão cortical e os segmentos que podem ser acometidos
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________________________________________________________________________________
LESÕES SUPERFICIAIS:
- Bossa serossanguínea ou Hematoma Subgaleal ou “Galo"

________________________________________________________________________________
FERIMENTOS PENETRANTES:
- Normalmente em virtude de mordeduras;
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________________________________________________________________________________
LESÕES TRAUMÁTICAS EXTRA-AXIAIS

✓ Hematoma Extradural ou Epidural;


✓ Hematoma Subdural (Agudo, Subagudo e Crônico);
✓ Hemorragia Subaracnóideo;
✓ Hemorragia Intraventricular.

1. HEMATOMA EPIDURAL: ocorre entre a camada interna da calota craniana e a dura-máter,


de maneira que a artéria lesada seja a artéria meníngea média, causando grande volume de
sangramento.
- Dessa forma, a pessoa apresentará um intervalo lúcido, momento pelo qual o paciente
permanece consciente e assintom tico, até que ocorre a perda da consciência em razão do
trauma e do aumento de volume até chegar o hospital, onde vai ter rebaixamento do nível de
consciência.
- FORMATO DE LENTE BIXONVEXA!
- Não cruza suturas pois a dura-máter é fixada em toda a calota craniana.

NÃO FAZER TC CONTRASTADA! APENAS TC SEM CONTRASTE PARA ESSAS DUAS FORMAS.

2. HEMATOMA SUBDURAL AGUDO: ocorre entre a camada interna da dura máter e a


aracnoide. Normalmente causado por quedas.
- É um quadro mais tardios e ocorre em virtude de lesar as veias meningeas, de maneira que as
mesmas causem gotejamento mais espaçado, o que leva um pouco mais de tempo para causar
sintomas.
- Lembrar que todo hematoma volumoso começou pequeno;
- Conforme o hematoma vai crescendo, ele vai retirando liquor e sangue venoso, de maneira que
quanto mais ele retire, mais esgotam as reservas, de maneira que a partir deste momento o
paciente comece a manifestar sintomas, comprimindo inclusive o parênquima cerebral e podendo

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causar herniação cerebral, causando morte por fim. — ISSO SE CHAMA DOUTRINA DE
MONRO-KELLIE.
- LENTE CÔNCAVO-CONVEXA (Parte côncava para o parênquima cerebral e a parte convexa
voltada para a calota craniana);
- Pode cruzar suturas.

- Hematoma Subdural Subagudo: evolução de 7 dias até 3 semanas;

- Hematoma Subdural Crônico: evolução com tempo superior a 3 semanas.


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๏ O que muda do Hematoma Subdural Subagudo e Subdural Crônico para o Hematoma
Subdural e Epidural?
- SE for subagudo e crônico será TC COM CONTRASTE;
- SE for epidural e subdural agudo será TC SEM CONTRASTE.
- 3 semanas é o subagudo e acima de 3 semanas é o crônico.

3. HEMORRAGIA SUBARACNOIDE: está entre a aracnoide e a pia-máter;


- Extravasamento de sangue ao espaço subaracnóideo;
- Lesão de arterias ou veias — ou extensão de hemorragias provenientes de contusões corticais
- Sangramento grave e o paciente já chega rebaixado e pode vir comatoso;
- TCEs graves ou moderados
- Locais mais comuns: cisterna interpeduncular ou Silvana.
- Preenchimento das cisternas e dos sulcos pelo sangue, de maneira que na fase aguda o sangue
ficará branco na maior parte das vezes (perpassa pelos sucos e fica hiperdenso em relação aos
sulcos e giros, que são hipodensos);
- Se a pessoa tem hemoglobina baixa o sangue ficará menos branco.
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4. HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR TRAUMÁTICA PRIMÁRIA:
ela isoladamente não apresenta gravidade, o problema são as hemorragias
associadas a ela.

- Causas: laceração de veias ependimárias; extensão de um hematoma


intraparenquimatoso. Hemorragia subaracnóide pelo IV ventrículo;

- Associado: lesão axonal difusa e hemorragia intraparenquimatosa.

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LESÕES TRAUMÁTICAS INTRA-AXIAIS:
LESÃO INTRA-AXIAL: trata-se de uma lesão axonal traumática que no livro é chamada de lesão
difusa.

5. LESÃO AXONAL TRAUMÁTICA:


- Consiste em 50% das lesões primárias intra-axiais;
- Mortalidade estimada em 10%;
- Trauma do tipo indireto: rotura de fibras agonias e pequenos vasos perfurantes;
- Dissociação clínico-radiológica.

6. CONTUSÃO CORTICAL: acomete a substância cinzenta


cortical.
- Substância branca pode estar associada;
- Trauma indireto: movimentos de aceleração e desaceleração;
- Adjacentes a estruturas ósseas irregulares — lobos temporais e
frontais;
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7. CONCUSSÃO: disfunção imediata e transitória de uma função neurológica devido a uma força
mecânica.
- Amnésia para efeitos imediatamente antes e imediatamente após a concussão;
- Alteração da consciência e mobilidade;
- Disfunção transitória dos neurônios do sistema ativador reticular ascendente no tronco
encefálico.
- Teve uma repercussão fisiológica;
- Exemplos: jogador que levou uma bolada na cabeça e foi levado desacordado ao hospital.
Acordou sem sintomas, ainda que tenha sido hospitalizado e examinado;
- Jogadores de futebol americano e hóquei são fortemente acometidos.
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LESÕES TRAUMÁTICAS SECUNDÁRIAS:
- São definidas como reações fisiológicas regionais ou sistêmicas;
- Classificadas em: herniações, edema, isquemia e infarto cerebrais, hemorragia secundária,
infecções e hidrocefalia.

8. LESÕES SECUNDÁRIAS: Herniações cerebrais e Edema Cerebral Agudo;

A. HERNIAÇÃO CEREBRAL:
- Normalmente é subfalcina ou acomete o giro do cíngulo (abaixo da foice do cérebro e acima do
corpo caloso — ultrapassando a linha mediana).
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B. EDEMA CEREBRAL DIFUSO:
- Aumento do volume cerebral e/ou aumento da quantidade de água no encéfalo;
- Tipos: citotóxico, vasogênico, hidrostático e hipo-osmótico
- Edema pode ser unilateral ou bilateral, aparece entre 24 e 48 horas, o que terá na TC:
- Perda das densidades, apagamento dos sulcos, uma assimetria volumétrica e tumor no SNC. A
clinica falara onde ocorreu a lesão, necessário saber a idade do paciente.
- RNM: diferencia o edema citotóxico dos demais;
- Todo paciente supra-vetorial é em adulto, criança tem mais intra-vetorial.

FIM DA AULA 6!!


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AULA 7 —

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