PL - Discriminação Social Ou Linguística - Glícia Andrade

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O PRECONCEITO LINGUÍSTICO: DISCRIMINAÇÃO SOCIAL OU

LINGUÍSTICA?

Glícia Kelline Santos Andradei


Isabela Marília Santanaii
Jaqueline Santos Ribeiroiii

Eixo 2. Educação, Sociedade e Práticas Educativas

Resumo

Este trabalho apresenta elementos que comprovam o tratamento da língua hoje em dia, que é
demasiadamente proporcional ao mundo em que se vive. Uma língua é caracterizada pela sua
forma de comunicação e interação social, existente desde o princípio de sua utilização como
comunicação verbal independentemente da forma como a fala foi ou é colocada em um
determinado contexto. Será abordada de forma clara e objetiva a distinção entre fala e língua,
com a diferenciação entre linguagem formal e não-formal. Além de trazer, como uma das
propostas de ensino mais eficientes de língua materna, o trabalho com a variação lingüística.
A qual aos poucos vem sendo utilizada, porém ainda existem aqueles que apostam num
ensino baseado em normas e regras julgadas corretas e que não admitem qualquer outra
variação.

Palavras-chave: Preconceito linguístico; Ensino; Língua.

Resumen

Este artículo presenta evidencia de que tratar el lenguaje de hoy, que es proporcional a la del
mundo también en el que vivimos. Un lenguaje se caracteriza por su forma de comunicación y
la interacción social, que existe desde el comienzo de su uso como la comunicación verbal,
independientemente de la forma en que el discurso fue, o se coloca en un contexto dado. Se
abordarán de manera clara y objetiva la diferencia entre el habla y el lenguaje, con la
distinción entre el lenguaje formal y no formal. Además de llevar, como una de las propuestas
para la enseñanza más eficaz de la lengua materna, en colaboración con la variación
lingüística. Para que poco a poco se ha utilizado, pero todavía hay aquellos que confían en
una instrucción basada en estándares y normas consideradas correctas y no se admitirá
ninguna otra variación.

Palabras clave: Prejuicio del lenguaje; Enseñanza; Idioma.

1 Introdução

A linguagem formal é aquela usada em ocasiões que se necessite o uso da norma culta;
a linguagem não-formal é aquela usada em ocasiões que é desnecessário o uso de
determinadas formalidades. Mas isso tudo não torna desigual a língua que falamos: o
Português. A língua portuguesa diferencia, como as demais línguas, a fala da escrita. Assim,
como diz Faraco (2008, p. 31), “uma língua é constituída por um conjunto de variedades”.
Desta forma, não se pode dizer que uma pessoa analfabeta não sabe o português, pois se
não o soubesse não falaria fluentemente esta língua, nem conseguiria comunicar-se. Um
analfabeto não conhece a escrita portuguesa, mas conhece a língua portuguesa. Há de se
considerar que esta pessoa conhece apenas uma parte da língua que se fala, o que prejudica no
seu convívio com a comunidade pelo fato de conceder prestígio social apenas àquelas pessoas
que dominam a norma culta.
Pode-se dizer ainda que a escola é uma forma de exclusão de todos os tipos de
preconceitos, inclusive o linguístico que é o que trataremos neste presente trabalho. Muitas
vezes ela apresenta um conceito de linguagem um pouco restrito e acaba por dar prioridade a
um certo padrão, deixando de lado as variedades linguísticas de cada um.
E quanto a língua como escrita, devemos considerar a gramática como uma parte da
linguística e não como um todo, como a única, já que a linguística trata a língua com um
conjunto e a escrita (gramática) como uma parte desta língua, não menos importante, mas que
adiciona um grande valor a linguagem falada.
No entanto, a sua importância é notória no que diz respeito ao conhecimento e
crescimento individual e social de toda uma comunidade. Há de se saber a diferença entre fala
e língua, mas também há de saber que tanto uma como outra são importantes para o
desenvolvimento de toda uma sociedade.
O plano em que é desenvolvido este artigo está distribuído da seguinte forma: serão
apresentadas algumas considerações acerca da problemática do preconceito linguístico, do
ensino de língua na escola, levando em conta o equívoco de igualar língua, fala e gramática,
apresentando uma nova visão social e dividindo o tema em quatro subtítulos: A mitologia do
preconceito linguístico; O círculo vicioso do preconceito; 3- A desconstrução do preconceito
linguístico; e O preconceito contra a linguística e os linguistas; com suas análises e
implicações.

2 A mitologia do preconceito linguístico

A língua portuguesa apresenta uma unidade surpreendente, o maior e mais sério dentre
os outros mitos, por ser prejudicial à educação e não reconhecer que o português falado no
Brasil é bem diversificado, mesmo a escola tentando impor a norma culta como se ela fosse
de fato comum a todos os brasileiros. As diferenças de status social em nosso país, explicam a
existência do verdadeiro abismo linguístico entre os falantes das variedades não-padrão do
português brasileiro que compõe a maior parte da população e os falantes, e da variedade
culta que é a língua ensinada na escola.
Não é coerente dizer que brasileiro não sabe português, que só em Portugal se fala bem
e correto a língua portuguesa, de acordo com Marcos Bagno (2004) essas duas opiniões
refletem o complexo de inferioridade de sermos até hoje uma colônia dependente de um país
mais antigo e mais “civilizado”. O brasileiro sabe português sim. O que acontece é que o
nosso português é diferente do português falado em Portugal. A língua falada no Brasil, do
ponto de vista linguístico já tem regras de funcionamento que, cada vez mais, se diferencia da
gramática da língua falada em no país europeu em questão.
Sausurre já considerava essas mudanças e tinha a língua como:

representação coletiva, se impõe ao indivíduo inapelavelmente. Nenhum


indivíduo tem a faculdade de criar a língua, nem de modificá-la
conscientemente. Ela é uma armadura dentro da qual nos movimentamos no
dia-a-dia da interação humana. Como qualquer outra instituição social, a
língua se impõe ao indivíduo [...] ( CASTELAR, 2003, p. 60).

Na língua falada, as diferenças entre o português de Portugal e o português falado no


Brasil são tão grandes que muitas vezes surgem dificuldades de compreensão. O único nível
que ainda é possível uma compreensão quase total entre os brasileiros e portugueses é o da
língua escrita formal, porque a ortografia é praticamente a mesma, com poucas diferenças.
Concluí-se que nenhuma das duas línguas é mais certa ou mais errada, mais bonita ou mais
feia; são apenas diferentes uma da outra e atendem às necessidades linguísticas das
comunidades que as usam, necessidades essas também diferentes.
Para Bagno, o português não é uma língua difícil, o problema consiste na obrigação de
termos de memorizar conceitos e fixar regras que não significam nada para nós. No dia em
que nossa gramática normativa se concentrar no uso real, vivo e verdadeiro da língua
portuguesa do Brasil, é bem provável que ninguém continue a repetir essa “bobagem”.
Todo falante nativo de uma língua sabe essa língua, pois saber a língua, no sentido
científico do verbo saber, significa conhecer intuitivamente e empregar com naturalidade às
regras básicas de funcionamento dela. A cobrança indevida, por parte do ensino tradicional,
de uma norma gramatical que não corresponde à realidade da língua falada no Brasil. Nesse
sentido, a alteração da situação atual não passa apenas por uma mudança nas técnicas e nos
métodos empregados na sala de aula. Uma diferente concepção de linguagem constrói não só
uma nova metodologia, mas principalmente um “novo conteúdo” de ensino. (POSSENTI,
1997, p.45)
Mário Perini em sua Gramática Descritiva do Português (2001), afirma que o jovem
brasileiro tem um tipo de aversão ao estudo da gramática. A intenção de Perini ao escrever
esta gramática é construir um pensamento crítico e suscitar debates a respeito da língua. Pois,
para ser um bom escritor não é necessário conhecer apenas as normas da gramática, para ele a
gramática não é garantia de escrever bem. É interessante desenvolver conhecimento de
mundo, interacional e cognitivo através, principalmente, do hábito da leitura.
É comum ouvir a seguinte frase: “As pessoas sem instrução falam tudo errado” – Isso se
deve simplesmente a uma questão que não é linguística, mas social e política – as pessoas que
dizem Cráudia, Praca, Pranta pertencem a uma classe social desprestigiada, marginalizada,
que não tem acesso à educação e aos bens culturais da elite, e por isso a língua que elas falam
sofre o mesmo preconceito que pesa sobre elas mesmas, ou seja, sua língua é considerada
“feia”, “pobre”, “carente”, quando na verdade é apenas diferente da língua ensinada na escola.
Assim, o problema não está naquilo que se fala, mas em quem fala o quê. Neste caso, o
preconceito linguístico é decorrência de um preconceito social.

3 O círculo vicioso do preconceito linguístico

Dizem que o lugar onde melhor se fala português no Brasil é no Maranhão. O que
acontece com o português do Maranhão em relação ao português do resto do país é o mesmo
que acontece com o português de Portugal em relação ao Brasil: não existe nenhuma
variedade nacional, regional ou local que seja intrinsecamente “melhor”, “mais pura”, “mais
bonita”, “mais correta” que outra. Toda variedade linguística atende às necessidades da
comunidade de seres humanos que a empregam. Quando deixar de atender, a mesma,
inevitavelmente, sofrerá transformações para se adequar às novas necessidades.
Em toda língua existe um fenômeno chamado variação, isto é, nenhuma língua é falada
do mesmo jeito em todos os lugares, assim como nem todas as pessoas falam a própria língua
de modo idêntico. A ortografia oficial é necessária, mas não se pode ensiná-la tentando criar
uma língua falada “artificial” e reprovando como “erradas” as pronúncias resultantes das
forças internas que governam os idiomas.
Evanildo Bechara argumenta sobre o respeito que se deve ter para com a língua, pois
esta tem um valor comunicativo, além da necessidade de se estabelecer uma relação de
confiança com o aluno, para que este ao entrar numa sala de aula não se sinta oprimido nem
desestimulado a aprender, mas sim completo por em situações de comunicação ter pleno
conhecimento e oportunidade de escolha do uso de sua língua. Como ratifica POSSENTI
(1996):
O mais importante é que o aluno possa vir a dominar efetivamente o maior
número possível de regras, isto é, que se torne capaz de expressar-se nas
mais diversas circunstâncias, segundo as experiências e convenções dessas
circunstâncias. Nesse sentido, o papel da escola não é o de ensinar uma
variedade no lugar da outra, mas de criar condições para que os alunos
aprendam também as variedades que não conhecem. (POSSENTI, 1996, p.
82-83)

A gramática normativa é decorrência da língua, é subordinada a ela, dependente dela.


Porém, a gramática passou a ser um instrumento de poder e controle; e a língua passou a ser
subordinada e dependente da gramática.
O domínio da norma culta não é um instrumento de ascensão social, isso é um mito pelo
fato de que esse fato toca em sérias questões sociais. A transformação da sociedade como um
todo está em jogo, pois vivemos numa estrutura social cuja existência exige desigualdades
sociais profundas e mudanças reis. Toda tentativa de promover a “ascensão” social dos
marginalizados é, senão hipócrita e cínica pelo menos de uma boa intenção paternalista e
ingênua.
Há uma existência de um círculo vicioso de preconceito linguístico composto de três
elementos: o ensino tradicional, a gramática tradicional e os livros didáticos. A gramática
inspira a prática de ensino, que por sua vez provoca o surgimento da indústria do livro
didático, cujos autores, fechando o círculo, recorrem à gramática tradicional como fonte de
concepções e teorias sobre a língua. Levando em consideração que “a pluralidade cultural e a
rejeição aos preconceitos linguísticos são valores que precisam ser cultivados a partir da
educação infantil e do ensino fundamental” (BORTONI-RICARDO, 2004, p. 35),
acrescentando ainda, no ensino como um todo.
A maneira como o ensino é administrado tem sido estudada pelo Ministério da
Educação e os Parâmetros Curriculares Nacionais reconhece que há muito preconceito
decorrente do valor atribuído às variedades padrão e ao estigma associado às variedades não-
padrão, consideradas inferiores ou erradas pela gramática. Essas diferenças não são
imediatamente reconhecidas e, quando são, é objeto de avaliação negativa. Para o sociólogo
Nildo Viana (2004), a linguagem é um fenômeno social e está ligada ao processo de
dominação, tal como o sistema escolar, que é a fonte da “dominação linguística”.
A partir disso podemos citar o quarto elemento, os comandos “para-gramaticais”, ou
seja, todo esse arsenal de livros, manuais de redação de empresas jornalísticas, programadas
de rádio e de televisão, colunas de jornal e de revista, CD-ROMs, “consultórios gramaticais”
por telefone e por aí afora.
De acordo com Bagno (2004), o formidável poder de influência dos meios de
comunicação e dos recursos da informática poderia ser de grande utilidade se fosse usado
precisamente na direção oposta: na destruição dos velhos mitos, na elevação da autoestima
linguística dos brasileiros, na divulgação do que há de realmente fascinante no estudo da
língua.

4 A desconstrução do preconceito linguístico

Não podemos deixar de reconhecer a existência de uma crise no ensino da Língua


Portuguesa, nascida na recusa dos defensores da gramática tradicional em acompanhar os
avanços da ciência da linguagem. Para que esse quadro mude é necessária uma mudança de
atitude, perder essa ideia de “certo” e “errado” e refletir a respeito de um ensino mais
consciente e menos preconceituoso.
Para que isso ocorra é importante que ocorra a conscientização de que todo falante
nativo de uma língua é um usuário competente dessa língua, ele sabe e se comunica a partir
dessa língua. Por exemplo, com mais ou menos quatro anos de idade, uma criança já domina
integralmente a gramática de sua língua.
Deve se levar em conta também que não existe erro de português. Existem diferentes
gramáticas para as diferentes variedades de português, gramáticas que dão conta dos usos que
diferem da alternativa única proposta pela Normativa. Além disso, não se recomenda usar a
expressão “erro de português” para o erro de ortografia. Esta á artificial, ao contrário da
língua, que é natural. A ortografia é uma decisão política, por isso ela pode mudar de uma
época para outra. Algumas línguas não têm sistema escrito nem por isso deixam de possuir
sua gramática.
Outro ponto que merece destaque é a questão de que tudo o que os gramáticos
conservadores chamam de “erro” é na verdade um fenômeno que tem uma explicação
científica perfeitamente demonstrável. Toda língua muda e varia. O que hoje é visto como
certo já foi erro no passado; o que hoje é visto como erro pode vir a ser perfeitamente aceito
como certo no futuro da língua.
Um exemplo é o fato de algumas pessoas pronunciarem certas palavras de maneira
diferente das outras, como na pronúncia de alguns encontros consonantais elas trocarem o L
pelo R. Cientificamente este caso não é sinônimo de atraso mental, como a maioria das
pessoas pensam, e sim um fenômeno fonético que até mesmo contribui para a formação e
evolução da língua portuguesa, incluindo a padrão. Do ponto de vista linguístico, o fenômeno
em questão é o rotacismo, o qual juntamente com outros fenômenos são contribuidores do
processo de formação da língua, informação esta que não pode ser descartada e sim levada em
consideração, e como argumento em favor do não preconceito linguístico.
Ensinar bem é ensinar para o bem, é valorizar o saber intuitivo do aluno e não querer
suprimir autoritariamente sua língua materna, acusando-a de ser “feia” e “corrompida”. O
ensino da norma culta tem de ser feito como um acréscimo à bagagem linguística da pessoa e
não como uma substituição de uma língua “errada” por uma “certa”.

No fundo a grande missão do professor de língua materna – no ensino da


língua estrangeira o problema é outro – é transformar seu aluno num
poliglota dentro de sua própria língua possibilitando-lhe escolher a língua
funcional adequada a cada momento de criação e até, no texto em que isso se
exigir ou for possível, entremear várias línguas funcionais para distinguir,
por exemplo, a modalidade linguística do narrador ou as modalidades
praticadas por seus personagens. (BECHARA, 1993, p.14-15)

O ensino se resume em desenvolver competências, valorizar as diferenças e,


principalmente, em diminuir as desigualdades. A essência da aprendizagem é a forma como as
ideias se relacionam juntamente com a bagagem do aluno, é algo mecânico e contínuo.
5 O preconceito contra a linguística e os linguistas

Os termos e conceitos da Gramática Tradicional, estabelecidos há mais de 2.300 anos,


continuam a ser repassados praticamente intactos de uma geração de alunos para outra, como
se desde aquela época remota não tivesse acontecido nada na Ciência da Linguagem.
Como referência à linguística, como toda a ciência, ela é o lugar das surpresas, das
descobertas, do novo, da substituição de paradigmas, da reformulação crítica das teorias.
Mesmo com todas essas inovações, a gramática tradicional ainda encontra apoio e defesa
quase irracional.
A atividade dos linguistas brasileiros vem sofrendo ataques contra qualquer tentativa de
democratização do saber e da sociedade. Os atuais detratores da ciência linguística acusam os
estudiosos da linguagem de defenderem o não-ensino das formas padronizadas do português,
numa tentativa detalhada e sofisticada em duas ou três afirmações toscas e propositadamente
deturpadas. É necessário:

[...] fazer com que o ensino do português deixe de ser visto como a
transmissão de conteúdos prontos, e passe a ser uma tarefa em que o
professor deixa de ser a única fonte autorizada de informações, motivações e
sanções. O ensino deveria subordinar-se à aprendizagem. (POSENTI, 1996,
p.95)

6 Considerações finais

A língua portuguesa é um traço cultural comum a todos que a falam, seja brasileiro,
português ou componente de outras nações que tem esta língua como idioma oficial. Porém,
existem nessa língua inúmeras variações que muitas vezes são vistas de forma preconceituosa
por muitas pessoas.
É necessário mostrar que existe um grande preconceito ainda com relação à língua
portuguesa e aqueles que a falam, principalmente por parte de gramáticos tradicionais. Por
isso, surgem alguns mitos os quais ganham poder diante da maioria das pessoas, dentre os
quais está o mito de que “as pessoas sem instrução falam tudo errado”. O qual já foi
mencionado anteriormente e que traz uma análise irreal da linguagem que é falada pela
maioria dos brasileiros, pois eles apenas não seguem os padrões cultos da gramática mas
possuem conhecimento internalizado de acordo com suas realidades e conseguem comunicar-
se perfeitamente bem.
O meio escolar, com o intuito de tornar o ensino de língua materna cada vez mais
adequado e eficiente, deve mostrar ao aluno que realmente existe uma variedade mais culta e
que se deve aprendê-la com o intuito de utilizá-la em determinadas situações sociais de
comunicação a fim de adequar seus discursos a diferentes ambientes, mas que não se deve
deixar de lado o conhecimento de mundo e toda a riqueza de saberes que cada um traz
internalizado, ampliando assim seu conhecimento e aprendizagem, afinal todos os tipos de
variações têm seu valor na escola e na vida do individuo.
É preciso respeitar a língua falada que muitas vezes não é idêntica à língua escrita, e que
o grande problema se encontra na situação social que se encontra o Brasil, de injustiças,
exclusões, desigualdades. Que o problema é político e só a mudança social pode resolver.
Respeitar a variedade linguística de uma pessoa é bastante relevante. É respeitar a
integridade física e espiritual dessa pessoa como ser humano digno de todo respeito. A língua
permeia tudo, ela nos constitui enquanto seres humanos. Nós somos a língua que falamos e é
a partir dela que enxergamos o mundo e o definimos.

7 Referências

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n.01.Jul/Dez.2004.

i
Graduada em Letras Português pela Universidade Federal de Sergipe. [email protected]
ii
Graduada em Letras Português pela Universidade Federal de Sergipe. [email protected]
iii
Graduada em Letras Português pela Universidade Federal de Sergipe. [email protected]

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