Aula 11.PDF Setores Econômico

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TÉCNICO EM

ADMINISTRAÇÃO
Aula 11
Curso de Formação Inicial
Carga horária: 60h
Instrutor: Weslone Brito Reis
SETORES ECONÔMICOS

Os setores da economia são partes integrantes do ciclo


econômico de países ou regiões. A depender do desenvolvimento
econômico de um país, é possível entender qual setor tem
predominância.

Os países mais desenvolvidos, por exemplo, não investem


muito no setor primário. Já os países considerados
subdesenvolvidos tem na agricultura familiar sua maior ou única
fonte de renda.
Os setores da economia podem ser definidos como grandes áreas ou
segmentos em que se dividem as atividades econômicas desenvolvidas
pela sociedade. Essa categorização é feita por meio de três setores, os
quais agregam empresas, negócios e postos de trabalhos semelhantes em
sua forma de execução e/ou em seu propósito final.
Essa forma de divisão da produção econômica de um determinado
nível territorial é muito útil para se conhecer o perfil socioeconômico
daquele espaço (que pode ser um país, estado ou município) e até mesmo
para a elaboração de políticas públicas voltadas para a geração de
empregos, de recuperação econômica e de desenvolvimento, por
exemplo.
Por meio da setorização das atividades econômicas, é possível
identificar onde está alocada a mão de obra de um território e
compreender a composição do seu Produto Interno Bruto (PIB) com base
na produção.
O setor primário é o responsável pela extração de recursos
provenientes da natureza. É o setor que explora o meio ambiente para
produzir itens para o consumo ou que serão vendidos. Extração de
petróleo, agricultura, extrativismo vegetal e animal, pesca e pecuária são
as atividades de destaque do setor primário.
Considera-se também que o processo de embalagem e transferência
de mercadorias originárias desse setor, para o mercado ou para as
indústrias processadoras, faça parte do setor primário. Destaca-se, ainda,
que é oriunda desse setor grande parte da matéria-prima utilizada nas
indústrias de transformação.
O setor secundário é o que abrange as fábricas e indústrias. Gera
muitos lucros, pois age como intermediador em relação à produção dos
bens que serão distribuídos posteriormente em larga escala no mercado.
Em suma, pode-se dizer que o setor secundário é formado por fábricas
dedicadas à produção nas seguintes áreas:
• Automobilística, naval e aeronáutica;
• Metalúrgica e siderúrgica;
• Têxtil;
• Alimentícia e de bebidas;
• Papel e celulose;
• Madeireira e moveleira;
• Química e petroquímica;
• Maquinários;
• Construção civil;
• Equipamentos eletrônicos e de informática.
O setor terciário é o que se refere ao comércio a aos serviços. É o setor
mais firmado nos países desenvolvidos, pois é o'grande responsável pelo
desenvolvimento econômico e também é o que mais cresce nos países
emergentes.
Podemos citar os professores, pesquisadores, advogados,
comerciantes, mecânicos, agentes de viagem e turismo, vendedores,
atendentes, motoristas, garçons, atendentes de telemarketing,
desenvolvedores, profissionais do entretenimento e cultura, e muitos
outros que atuam prestando algum tipo de serviço para um consumidor
direto.
A administração e todos os serviços inerentes à esfera pública, como
saúde, educação, defesa e limpeza urbana, para mencionarmos alguns dos
mais importantes, integram o setor terciário. Além disso, não podemos
nos esquecer de que turismo, finanças, transportes e o ramo imobiliário
são pertencentes ao terceiro setor da economia.
O terciário é hoje o principal segmento econômico quando se
trata da economia em escala mundial e também em escala nacional,
levando em consideração uma análise pormenorizada do PIB e da
composição da mão de obra em diversos países. O setor representa
63% do PIB mundial e emprega cerca de metade da sua mão de
obra.
No Brasil, o terciário representa quase três quartos da
economia. Excetuando-se a administração pública, educação,
defesa e saúde, o IBGE mostra que esse segmento responde por
55,61% da composição do PIB nacional. A prevalência desse setor
caracteriza o que se convencionou chamar de terciarização da
economia.
Principais atividades econômicas do
Brasil

Em território brasileiro são desenvolvidos negócios nos setores


primário, secundário e terciário, sendo o último o mais forte do país.
Atualmente, setores como o farmacêutico, automobilístico,
eletroeletrônico, energético, têxtil, entre outros, já são destaques na
produção do país, bem como o agroindustrial.
A dependência da produção industrial e também das tecnologias
por países desenvolvidos denota fragilidade econômica, que poderia
ser amenizada, por exemplo, com implementação de planos
governamentais e projetos que viabilizem a produção das áreas de
ciência e tecnologia, com fins de promover o desenvolvimento
industrial nacional, já que a indústria desempenha um papel
estratégico no fortalecimento de todo o setor produtivo brasileiro.
Os cinco principais setores com maior participação no valor da
indústria de transformação são os segmentos de alimentos, derivados
de petróleo e biocombustíveis, químicos, metalurgia e veículos
automotores.

Os cinco estados com maior participação no PIB são São Paulo, Rio
de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

O Portal da Indústria produziu conteúdo que revela a importância


da indústria para os estados do país elencando informações como a
participação da indústria no PIB e no emprego formal de cada estado,
por exemplo.
Principais problemas econômicos no
Brasil?

Em um contexto típico, fatores relacionados ao desemprego,


alimentação, educação, saúde, saneamento, habitação e transporte
são os atuantes atrelados às crises econômicas.
A alta da taxa de inflação, que vem perpetuando no Brasil por
muitos anos, amplia os problemas de distribuição de renda no país e
contribui para a queda do PIB.
Atrelado a isso, a dívida pública externa cresce e este fator impacta
a entrada de investimentos.
Além disso, o custo-país, que é um conjunto de problemas
estruturais, burocráticos, financeiros e políticos que encarecem o
investimento no Brasil, também impacta o crescimento da economia.
Temos como exemplo disso o déficit e a corrupção pública elevada,
a excessiva burocracia para criação e manutenção de empresas no país,
as altas taxas de juros, as disfunções no sistema burocrático para
importação e exportação de produtos e os altos custos trabalhistas e
do sistema previdenciário.
O aprofundamento da crise reflete em sobrecarga nos serviços
públicos, que já não possuem suporte para a demanda, e no
comportamento econômico populacional, que precisa adaptar o
financeiro para a atual realidade e que gera inversão de hábitos de
consumo.
Na indústria, algumas empresas utilizam a chamada economia
circular como forma de reverter os efeitos da crise econômica. A
economia circular é um modelo econômico estratégico focado na
coordenação dos sistemas de produção e consumo em circuitos
fechados que visa reduzir, reutilizar, recuperar e reciclar materiais e
energia.
Economia e os desafios da Indústria
4.0 no Brasil
O avanço das tecnologias trouxe uma fase transacional de
inovação industrial, a indústria 4.0, que também é chamada de Quarta
Revolução Industrial. Nessa fase, as empresas precisam aprimorar seus
processos industriais e adaptá-los às mudanças que estão ocorrendo
no setor. Esse processo traz grandes oportunidades, mas também gera
grandes desafios.
A automoção de digitalização é um fator perceptível com fins de
promover uma manufatura mais inteligente. Algumas empresas já
investem nessa produção, mas ainda não chegaram ao patamar da
indústria digital, que requer ainda investimento em processos
integrados e mudança cultural.
São cinco os principais desafios enfrentados pela indústria 4.0:
segurança, falta de habilidade, tecnologias legadas, Inteligência
Artificial (IA) e conectividade.
Falando brevemente sobre cada um deles, é possível destacar que a
segurança dos dados é fator primordial considerando que a
transformação digital traz a vulnerabilidade de conexão e
consequentemente o risco de ataques aos dados e informações.
As empresas precisam observar a importância da vulnerabilidade do
sistema corporativo e as vulnerabilidades operacionais no nível da
máquina.
Em relação à força de trabalho é importante esclarecer a
importância de pessoal habilitado para desenvolvimento das funções.
Isso porque o entendimento sobre as ferramentas digitais torna os
processos mais fluídos, reduz gargalos e pode evitar falhas com
medidas protetivas, além do aumenta da eficiência operacional.
O terceiro desafio é a integração e interoperabilidade de
todas as tecnologias legadas. Sem este fator, a capacidade de
inovação da empresa é limitada.

Alinhado aos três desafios mencionados, vem a Inteligência


Artificial (IA), que é capaz de acelerar a eficiência e criar novos
modelos de negócios, produtos e serviços. A IA é peça essencial
da cadeia produtiva industrial.
Por fim, a conectividade, que vai permitir que todos os fatores
anteriores se tornem realidade, interligando-os, compartilhando
sistemas, integrando dados e permitindo a sobrevivência da
empresa no atual cenário da indústria 4.0, que exige que as
organizações adotem nova mentalidade e cultura.

Tendo todos os desafios citados adaptados e aplicados ao


modelo de negócio, a empresa estará dando um avançado salto
tecnológico e contribuindo com a participação nessa era de nova
revolução industrial.

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