Lei Complementar 84 1993 Santos SP

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LEI COMPLEMENTAR Nº 84 DE 14 DE JULHO DE


1993

INSTITUI O CÓDIGO DE
EDIFICAÇÕES NO
MUNICÍPIO DE SANTOS E
ADOTA PROVIDÊNCIAS
CORRELATAS.

DAVID CAPISTRANO FILHO, Prefeito Municipal de Santos, faço saber que a Câmara
Municipal aprovou em sessão realizada em 06 de julho de l993 e eu sanciono e promulgo a
seguinte:

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Capítulo I
DOS OBJETIVOS

Fica instituído o Código de Edificações que estabelece as normas e os


Art. 1º
procedimentos administrativos para o controle das obras no Município de Santos.

Art. 2º Toda construção, reforma, ampliação de edifícios, bem como demolição parcial ou
total, efetuadas por particulares ou entidade pública, a qualquer título, é regulada pela
presente lei complementar, obedecidas, no que couber, as disposições federais e estaduais
relativas à matéria e as normas vigentes da ABNT.

§ 1º - Visando exclusivamente a observância das prescrições urbanísticas e edilícias do


município, e legislação correlata pertinente, a Prefeitura, através do seu órgão competente,
licenciará e fiscalizará a execução, utilização e manutenção das condições de estabilidade,
segurança e salubridade das obras, edificações e equipamentos.

§ 2º - É responsabilidade do possuidor ou proprietário do imóvel, ou seu sucessor a


qualquer título, a manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do
imóvel, suas edificações e equipamentos, bem como pela observância das prescrições
desta lei e legislação correlata.

§ 3º - É responsabilidade do autor do projeto o conteúdo das peças gráficas, descritivas,


especificações e execuidade de seu trabalho.

§ 4º - É responsabilidade do responsável técnico, nos termos do Código Civil, a


observância das normas técnicas que garantam a solidez e segurança da construção ou

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instalação, além da observância na execução, da legislação pertinente, normas técnicas e


do projeto aprovado.

Art. 3ºEsta lei complementa as exigências estabelecidas pela legislação municipal que
regula o uso, o parcelamento, a ocupação do solo e as posturas municipais, orientando e
normatizando a elaboração de projetos e a execução de edificações no município.

Capítulo II
DAS DEFINIÇÕES

Art. 4º Para efeito da presente lei complementar, são adotadas as seguintes definições:

I - ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;

II - Área de Venda - área interna da edificação comercial, correspondente ao total da área


construída, excluídos os espaços destinados a depósitos, administração, sanitários,
circulação e serviços exclusivos dos funcionários ou outras dependências congêneres;

III - ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, documento emitido pelo profissional


para cada obra ou serviço, preenchido de acordo com ato normativo do CREA;

IV - Carta de Ocupação - documento que certifica a mudança de uso em obra que já possui
"Habite-se";

V - Escala Adequada - escala que permita a visualização e o exame do projeto;

VI - Especificação ou Memorial Descritivo - descrição dos materiais ou serviços


empregados na construção;

VII - "Flat-Service" ou "Apart-Hotel" - edifício plurihabitacional que dispõe de serviços de


hotelaria;

VIII - "Habite-se" - documento que certifica ter sido a obra concluída, de acordo com o
projeto aprovado;

IX - NBR - Norma Brasileira Registrada;

X - REVOGADO.

* Inciso X revogado pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

TÍTULO II
DAS NORMAS DE PROCEDIMENTO

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Capítulo I
DOS PROJETOS

Art. 5º O projeto completo de uma edificação compõe-se dos seguintes elementos:

I - projeto arquitetônico;

II - projetos complementares;

III - especificações.

§ 1º - A representação gráfica dos projetos deve seguir as diretrizes da ABNT.

§ 2º - O projeto arquitetônico do edifício compreende, no mínimo:

a) planta de situação do terreno na quadra, contendo a orientação Norte - Sul e a distância


para a esquina mais próxima;
b) implantação da edificação no terreno, na escala adequada, devidamente cotada, com
todos os elementos que caracterizam o terreno, suas dimensões, recuos de todos
elementos salientes, reentrantes, áreas e poços, além de todo elemento existente no
passeio fronteiriço;
c) planta de todo pavimento, na escala adequada, devidamente cotada, com as dimensões
dos ambientes, sua destinação e área, vãos de iluminação e ventilação, além da indicação
dos níveis dos pisos;
d) cortes ou perfis, longitudinais e transversais, que contenham a posição da edificação a
ser construída, sua altura e todos os elementos salientes ou reentrantes, a identificação
precisa do número de pavimentos, com indicação dos respectivos níveis, e da escada,
quando houver;
e) todas as fachadas distintas do edifício com a respectiva indicação dos materiais a serem
utilizados.

Art. 6ºPor ocasião da aprovação do projeto arquitetônico, o interessado será cientificado


pelo órgão competente, dos projetos complementares que devam ser apresentados a partir
do pedido de licença para edificar.

Parágrafo Único - Ato normativo do órgão competente definirá os projetos complementares


necessários para cada tipo de edificação, quando houver.

A padronização do quadro de legenda do projeto e as convenções serão objeto de


Art. 7º
ato normativo do órgão competente da Prefeitura.

Art. 8ºNo caso de residências unifamiliares fica dispensada a apresentação do projeto


completo, desde que obedecidas as disposições de natureza urbanística, constantes da
legislação específica do uso do solo.

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§ 1º - É obrigatória a apresentação de projeto demonstrando a implantação de cada


pavimento e a respectiva ART do autor.

§ 2º - É facultado ao autor do projeto a demonstração do interior da residência, fachadas


ou cortes.

§ 3º - O dimensionamento dos ambientes e aberturas para iluminação e ventilação devem


obedecer ao disposto nesta lei.

§ 4º - Para as edificações localizadas nos morros devem ser apresentados os projetos


complementares necessários, ou suplementarmente, por decreto do Poder Executivo.

No caso de reforma sem acréscimo de área, mudança de uso ou alteração da


Art. 9º
compartimentação em edificações, fica dispensada a apresentação do projeto completo.

§ 1º - É obrigatória a apresentação das ART`s do autor do projeto arquitetônico e do


responsável pela obra, além do desenho em escala adequada, demonstrando as
modificações pretendidas.

§ 2º _ É obrigatória a apresentação de projetos complementares, quando ocorrer aumento


de capacidade de atendimento.

A análise do projeto arquitetônico será efetuada mediante apresentação da


Art. 10 -
certidão de matrícula no Cartório de Registro de Imóveis ou do compromisso de compra e
venda, de duas cópias do projeto, onde serão registradas todas as observações e
correções necessárias à aprovação e de duas cópias do memorial descritivo.

§ 1º - O interessado será notificado pela imprensa oficial ou pelo correio para eventuais
correções, quando constatados erros ou insuficiências de dados durante a análise do
projeto.

§ 2º - Esse convite só poderá ser feito pelo mesmo órgão uma única vez, exceto se as
alterações feitas pelo interessado resultarem em outros erros ou deficiências.

§ 3º - Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem despacho decisório da Prefeitura, a obra ou


serviço pode ter início, responsabilizando-se o autor do projeto e o responsável técnico por
aquilo que estiver em desacordo com a legislação, devendo proceder a demolição, se
necessário.

§ 4º - O prazo referido no parágrafo anterior será dilatado, caso sejam necessárias


correções do projeto, não podendo exceder 90 (noventa) dias.

§ 5º - No caso de indeferimento, o despacho referido no § 3º deve relacionar claramente as


infrações que o motivaram.

Art. 11 -

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Realizadas todas as alterações e estando apto para aprovação, o original do


Art. 11 -
projeto deve ser corrigido, extraindo-se as cópias necessárias, de acordo com o ato
normativo do órgão competente, no qual estarão estabelecidos os demais elementos que
devem integrar os processos de aprovação.

§ 1º - Aprovado o projeto arquitetônico, o órgão competente da Prefeitura entregará cópias


visadas do mesmo, acompanhadas do respectivo alvará, mediante pagamento das taxas
correspondentes.

§ 2º - A apresentação do projeto, na forma prevista no parágrafo anterior, não implicará


pagamento de novas taxas relativas à análise do projeto e emplacamento da edificação.

Decorridos 12 (doze) meses, não sendo requerida a licença para edificar, o alvará
Art. 12 -
de aprovação do projeto perderá a validade e o processo será arquivado.

Parágrafo Único - Após o prazo citado neste artigo, a revalidação do alvará de aprovação
poderá ser requerida uma única vez pelo interessado, devendo para tanto, ser
reexaminado o projeto, de acordo com a legislação vigente na ocasião, mediante o
pagamento da taxa correspondente.

Serão permitidas modificações no projeto desde que o interessado solicite,


Art. 13 -
anexando os documentos necessários ao atendimento da legislação municipal.

§ 1º - Serão autorizadas mediante anotações, as modificações que não impliquem


acréscimo ou redução de área, mudanças de uso do edifício ou alteração de área privativa.

§ 2º - Autorizadas as anotações previstas no parágrafo anterior, por ocasião do pedido para


ocupação, deverá ser apresentado o projeto sem rasuras, colagens ou emendas, na forma
como foi construído.

Capítulo II
DAS LICENÇAS

Para atender aos objetivos desta lei complementar, nenhuma obra, serviço ou
Art. 14 -
instalação pode ser iniciada sem a respectiva licença do órgão competente da Prefeitura,
exceto os casos previstos nesta lei.

Art. 15 -Para efeitos desta lei complementar somente profissionais habilitados e


devidamente inscritos na Prefeitura podem assumir responsabilidades por projeto, obra,
serviço, instalação ou especificação.

Parágrafo Único - Só podem ser inscritos na Prefeitura profissionais registrados no CREA,


que apresentem documentação de acordo com ato normativo do órgão competente.

Art. 16 -

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O licenciamento será concedido mediante requerimento instruído com os


Art. 16 -
documentos necessários, tendo em vista a especificidade da obra ou serviço, além da ART
do responsável técnico.

§ 1º - Independem de licença, ou comunicação, os serviços de:

I - reparos e substituição de revestimentos em geral, inclusive externos, até dois


pavimentos, desde que não haja alteração na fachada;

II - limpeza e pintura de edifícios que não dependam de andaime ou tapumes;

III - reparos e pavimentação de passeios em geral;

IV - reparos e substituições de telhas partidas, calhas e condutores;

V - reparos e manutenção de instalações que não impliquem aumento de capacidade;

VI - construção de muros ou de gradis, nas divisas não confinantes com logradouros


públicos, sem função de contenção;

VII - modificações em muros ou gradis existentes, inclusive alteamento até a altura máxima
de 2,20 m, com anuência do vizinho, quando divisório.

§ 2º - Independe de licença, sendo obrigatória a comunicação prévia acompanhada da ART


ao órgão competente, dos serviços de:

I - limpeza e ou pintura de edificação que impliquem necessidade de andaime ou tapume;

II - obras emergenciais que interfiram em estrutura;

III - substituição de cobertura em geral;

IV - impermeabilização em geral;

V - modificações internas em residências unihabitacionais. (NR)

* Inciso V acrescentado pela Lei Complementar nº 478, de 11 de dezembro de 2003.

§ 3º - É obrigatório o licenciamento de qualquer obra ou serviço que implique interferência


com logradouro público ou com edifício tombado.

§ 4º - Atendido o que dispõe esta lei complementar e requerida a licença, esta deverá ser
expedida no prazo máximo de 15 (quinze) dias corridos.

§ 5º - A anuência prevista no inciso VII do § 1º deste artigo será exigida quando a altura do
muro ultrapassar 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) do lado térreo que possuir
subsolo.

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* Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 210 de 08/03/96 (DOM de 13/03/96).

Art. 17 -Para verificação de compatibilidade geométrica, antes de concedida a licença,


serão analisados pelo órgão competente da Prefeitura os desenhos das formas do projeto
estrutural onde constem os pavimentos destinados à garagem e ou térreo.

§ 1º - Os demais projetos complementares, porventura exigidos, devem ser apresentados


no prazo de 60 (sessenta) dias após a expedição da licença.

§ 2º - Do projeto de fundações, quando exigível, deverão constar obrigatoriamente:

I - cópia da sondagem de reconhecimento do solo do terreno, para prédios com cinco


pavimentos ou mais;

II - as cargas atuantes nos pilares ou outras peças estruturais de apoio;

III - a tensão admissível do solo adotada quando em fundação direta;

IV - a especificação e a profundidade estimada das fundações quando profundas.

§ 3º - Observada qualquer incompatibilidade entre os projetos, a reformulação de um ou de


outro, respeitadas as prescrições legais ou normativas, será obrigatória.

§ 4º - Para imóveis em condomínio, devem ser anexados ao pedido de licença para


construir, os seguintes documentos:

I - cálculo das áreas de edificação elaborado de acordo com o estabelecido pela NBR
12.721, discriminando áreas privativas, áreas de uso comum e coeficientes de
proporcionalidade das unidades autônomas e áreas globais da edificação;

II - discriminação das frações ideais de terreno correspondentes a cada uma das unidades
autônomas, expressas em metros quadrados.

III - Nos casos de reforma ou acréscimo em área comum dos imóveis em condomínio, será
obrigatória a apresentação de Ata de Assembléia aprovada pelos condôminos do bloco ou
do conjunto, no caso da área pertencer a mais de um bloco.

Art. 18 -Expedida a licença para edificar, o interessado terá o prazo de 12 (doze) meses
para iniciar a obra.

§ 1º - Considera-se iniciada a construção ao serem executadas suas fundações.

§ 2º - Não iniciada a obra nesse período a licença perderá a validade e o processo será
arquivado, independentemente do pagamento de taxas.

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§ 3º - Não poderá ser executada escavação abaixo do nível do "meio fio" sem a respectiva
licença para edificar.

Art. 19 -A execução da obra implica incidência de taxa, na forma prevista no Código


Tributário, a partir da expedição da licença para edificar.

Parágrafo Único - A obra fica sujeita ao embargo se o pagamento das taxas não for
efetuado após a intimação.

Art. 20 -Qualquer demolição a ser realizada depende de licença do órgão competente da


Prefeitura.

§ 1º - A demolição de edificação com mais de um pavimento, ou acostada a divisas,


depende da apresentação da ART e da Especificação.

§ 2º - No caso de muros divisórios será necessário apresentar a anuência do vizinho.

Art. 21 -A paralisação da obra ou serviço, inclusive demolição, por período superior a 60


(sessenta) dias implicará intimação para fechamento do terreno com muro de 2,20m de
altura, com acesso através de portão, e demais providências quando determinadas em
laudo de vistoria administrativa.

Parágrafo Único - O não cumprimento desta disposição implicará, além das penalidades
previstas nesta lei complementar, a execução por parte da Prefeitura, ficando o proprietário
sujeito ao pagamento dos custos dos serviços acrescidos de 100% (cem por cento).

Capítulo III
DA OCUPAÇÃO

Art. 22 -Nenhuma edificação pode ser ocupada sem que seja procedida a vistoria pela
Prefeitura e expedido o "Habite-se".

Parágrafo Único - No caso de moradia de interesse social, esta poderá ser habitada antes
de concluídas todas as obras, desde que estejam em condições de ser utilizados um dos
compartimentos de permanência prolongada, a cozinha e o banheiro com suas respectivas
instalações.

Poderá ser concedido o "Habite-se" parcial se a obra tiver partes que possam ser
Art. 23 -
habitadas ou ocupadas, independentemente das demais, atendidas as normas de
segurança em edificações.

§ 1º - Para os edifícios executados em condomínio, as instalações prediais deverão estar


concluídas além de todas as partes de uso comum.

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§ 2º - A ocupação parcial pode ser concedida se as unidades não estiverem concluídas


mas seu acabamento for de competência do proprietário da unidade, de acordo com
especificação anexa na ocasião do licenciamento e, no caso de conjuntos residenciais,
respeitado o disposto no parágrafo único do artigo 22.

O "Habite-se" deverá ser requerido pelo responsável técnico da obra ou pelo seu
Art. 24 -
proprietário, mediante anuência do primeiro, devendo ser acompanhado de:

I - certificados de vistoria das concessionárias de serviços públicos quanto à regularidade


das instalações;

II - carta de funcionamento dos elevadores, escadas rolantes ou monta carga, quando os


mesmos existirem;

III - certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros, quando for exigido sistema de prevenção
contra incêndio;

IV - laudo do responsável técnico, ou de quem ele indicar, sobre o controle tecnológico do


concreto e ferragem, da sondagem, das fundações empregadas e do estaqueamento,
quando se tratar de edificação com mais de três pavimentos ou qualquer edificação
destinada ao uso público, atestando qualidade dos materiais utilizados;

V - alvará sanitário emitido pelo órgão municipal de saúde competente, no caso de


edificações cujo uso não seja habitacional.

VI - certificados de desinsetização e descupinização, fornecidos por empresa especializada


e devidamente cadastrada junto à Prefeitura Municipal de Santos.

* Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 340 de 1º/07/99 (DOM de 02/07/99).

§ 1º - O "HABITE-SE" será expedido após a constatação, pelo órgão competente da


Prefeitura, de que o sistema de esgoto está ligado corretamente à rede pública coletora ou,
na ausência desta, ao sistema de deposição adotado de acordo com as normas da ABNT.

§ 2º - Por ocasião da solicitação do "Habite-se" devem estar pagos todos os débitos


existentes, inclusive taxas e multas, relativos à obra.

Art. 25 -Toda construção só pode ter o destino e a ocupação indicada na licença para
edificar e no "Habite-se".

§ 1º - A mudança de destino será autorizada, obedecida a legislação de uso e ocupação do


solo, mediante requerimento do interessado acompanhado do Laudo de Vistoria de
Segurança, elaborado por profissional legalmente habilitado, que conclua pela
possibilidade de ocupação, consideradas eventuais sobrecargas, quanto às condições de
segurança da edificação e dos que dela vierem a servir e desde que a edificação comporte
o programa de uso mínimo exigido por esta lei complementar ou legislação pertinente, para
a utilização pretendida.

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§ 2º - No caso de mudança de uso, sem acréscimo de área, será necessário somente


requerimento com a planta aprovada do imóvel, que deverá ser vistoriado pela fiscalização
que certificará se o uso pretendido é compatível com a legislação pertinente, sendo
expedida Carta de Ocupação com os dados do "Habite-se" atualizados.

* Parágrafo com redação dada pela Lei Complementar nº 410 de 14/09/2000 (DOM de
15/09/2000).

Art. 26 -Por ocasião da vistoria, constatando-se que a edificação não foi construída,
aumentada, reconstruída ou reformada de acordo com o projeto aprovado, ou legislação
vigente, o responsável técnico ou o proprietário será intimado a regularizar a situação no
prazo de 30 (trinta) dias.

§ 1º - Não será considerada em desacordo com o projeto aprovado, a obra que não o
descaracterize nem apresente divergências iguais ou inferiores a 5% (cinco por cento) entre
as medidas lineares constantes do projeto aprovado e as observadas na obra executada.

* Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 424, de 04/01/2001 (DOM de 05/01/2001).

§ 2º - Respeitados os limites mínimos previstos na NBR-9077, aplica-se o disposto no


parágrafo anterior, somente às seguintes hipóteses:

I - dos recuos indicados em projeto;

II - das dimensões de compartimentos;

III - das dimensões de vãos, inclusive de portas e janelas.

* Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 424, de 04/01/2001 (DOM de 05/01/2001).

§ 3º - Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo, ao afastamento mínimo para abertura


de compartimento voltado para a divisa do lote (mínimo de 1,50m), conforme o Código Civil
Brasileiro e a áreas sujeitas a deslizamento de solo, rocha ou ao impacto dos mesmo.

* Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 424, de 04/01/2001 (DOM de 05/01/2001).

§ 4º - Para a hipótese prevista no § 1º ficará o autor do projeto obrigado a apresentar, nos


autos do mesmo processo de aprovação em curso, novas peças gráficas que representem
com exatidão a obra efetivamente executada, bem como recolher as taxas equivalentes a
exame de projeto modificativo.

* Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 424, de 04/01/2001 (DOM de 05/01/2001).

§ 5º - Cumpridas as exigências do parágrafo anterior, mediante verificação das novas


peças gráficas apresentadas quanto a sua exatidão em relação as obras executadas, será

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expedido o habite-se.

* Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 424, de 04/01/2001 (DOM de 05/01/2001).

TÍTULO III
DAS NORMAS TÉCNICAS

Capítulo I
DAS EDIFICAÇÕES EM GERAL

Art. 27 -Na execução da edificação, bem como na reforma ou ampliação, os materiais


utilizados devem satisfazer às normas compatíveis com o seu uso na construção,
atendendo ao que dispõe a ABNT em relação a cada caso.

Parágrafo Único - Em se tratando de material não convencional, os padrões mínimos


exigidos devem ser determinados por órgão de pesquisa oficial.

Art. 28 -O acesso às edificações, às passagens ou corredores, devem ter largura


suficiente para o escoamento dos compartimentos ou setores da edificação e atender às
seguintes condições:

I - as portas:

a) quando de uso privativo, para acesso à unidade, ter largura mínima de 80cm (oitenta
centímetros);
b) quando de uso comum, ou coletivo, ter largura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros), ou corresponder ao estabelecido em cálculo de fluxo para a lotação do
compartimento, de acordo com norma da ABNT;
c) quando de acesso a gabinetes sanitários, banheiros e armários privativos, ter largura
mínima de 60cm (sessenta centímetros), excetuado quando de uso para deficiente físico,
que devem ser de 90cm (noventa centímetros), no mínimo;
d) as demais, ter largura mínima de 70cm (setenta centímetros);

II - os corredores:

a) quando interno às unidades habitacionais, ter largura mínima de 90cm (noventa


centímetros);
b) quando de uso comum ou coletivo, ter largura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) ou corresponder ao estabelecido através de norma ou legislação sanitária.

Art. 29 -As escadas ou rampas devem ter largura mínima de 90 cm (noventa centímetros)
e passagem com altura mínima nunca inferior a 2,00 m (dois metros), salvo disposição
contrária existente em norma técnica.

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§ 1º - As escadas e rampas de uso comum ou coletivo e as escadas de incêndio devem ser


dotadas de corrimão e obedecer às exigências contidas na NBR 9077.

§ 2º - Em caso de uso secundário ou eventual, será permitida a redução de sua largura até
o mínimo de 60 cm (sessenta centímetros).

§ 3º - A instalação de elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada ou


rampa.

§ 4º - O piso das rampas deve ser revestido com material antiderrapante e obedecer às
seguintes declividades máximas:

I - 12% (doze por cento) se o uso for destinado a pedestres;

II - REVOGADO.

* Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

É obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador nas edificações de mais de


Art. 30 -
três pavimentos acima do térreo, e de, no mínimo, dois elevadores, no caso de mais de sete
pavimentos acima do térreo.

§ 1º - Na contagem do número de pavimentos não é computado o último, quando de uso


exclusivo do penúltimo, ou destinado a dependências de uso comum do condomínio ou,
ainda, dependências de zelador.

§ 2º - O critério do "caput" deste artigo aplica-se, também, no caso de construção nos


morros, para o número de pavimentos localizado abaixo do térreo, independentemente do
número projetado acima do térreo.

§ 3º - Os espaços de acesso ou circulação fronteiriços às portas dos elevadores devem ter


dimensão não inferior a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

§ 4º - Além destas exigências deve ser apresentado projeto de instalação e cálculo de


tráfego, compatíveis com as normas da ABNT.

§ 5º - Em cada grupo de elevadores de passageiros a serem instalados nas novas


edificações, ao menos um dos equipamentos deverá atender às características
estabelecidas pelas normas da ABNT para transporte de pessoas portadoras de
deficiência, que possam locomover-se sem o auxílio de terceiros.

§ 6º - Quando a edificação comportar apenas um único elevador, este deverá ser


adequado ao transporte de pessoas portadoras de deficiência, conforme as normas da
ABNT.

§ 7º - A edificação deverá possuir as vias de acesso necessárias à condução das pessoas

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portadoras de deficiência até o elevador.

* Parágrafos 5º, 6º e 7º acrescidos pela Lei Complementar nº 469, de 06 de janeiro de


2003.

Art. 31 - Para efeito desta lei complementar os compartimentos são classificados em:

I - de utilização prolongada;

II - de utilização transitória;

III - de utilização especial.

§ 1º - São compartimentos de utilização prolongada os destinados à permanência


confortável por tempo longo e indeterminado, tais como dormitórios, salas em geral e locais
de trabalho.

§ 2º - São compartimentos de utilização transitória os destinados ao uso ocasional ou


temporário, tais como vestíbulos, corredores, caixas de escada, salas de espera, gabinetes
sanitários, áreas de serviço e cozinhas, exceto estas últimas quando construídas em
imóveis de uso comercial de gêneros alimentícios, que se enquadrarão como
compartimentos de utilização prolongada.

§ 3º - São compartimentos de utilização especial os destinados à permanência por tempo


mínimo e estritamente necessário, tais como adegas, câmaras escuras, caixas fortes,
câmaras frigoríficas, saunas, garagens e congêneres.

Art. 32 - Os compartimentos de utilização prolongada, salvo disposição de caráter mais


restritivo constante em normas técnicas ou legislação sanitária, devem:

I - ser iluminados e ventilados, diretamente, por abertura voltada para espaço exterior;

II - ter um pé direito mínimo de 2,70 m (dois metros e setenta centímetros);

III - ter forma tal que permita a inscrição de um círculo de 2,00m (dois metros) de diâmetro;

IV - ter área útil mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).

Parágrafo Único - Para os compartimentos de utilização prolongada destinados ao trabalho,


ficam permitidas a iluminação artificial e ventilação mecânica, mediante projeto específico
que garanta a eficácia do sistema para as funções a que se destina o compartimento.

Art. 33 - Os compartimentos de utilização transitória, salvo disposição de caráter mais


restritivo constante em normas técnicas ou legislação sanitária, devem ter:

I - ventilação natural;

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II - pé direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros);

III - forma tal que permita a inscrição de um círculo de 90 cm (noventa centímetros) de


diâmetro ou 1,40m (um metro e quarenta centímetros), quando destinado à utilização de
deficiente físico.

§ 1º - Nos compartimentos de utilização transitória, é admitida a ventilação mecânica nas


mesmas condições fixadas no parágrafo único do artigo anterior.

§ 2º - Os compartimentos sanitários devem ser dimensionados em razão do tipo de peças


que contiverem conforme a seguinte tabela:

PEÇAS..............................ÁREAS MÍNIMAS / (m2)

Bacia..............................................1,20
Lavatório/chuveiro/mictório................0,81(p/peça)
Bacia e lavatório..................................1,50
Bacia, lavatório e chuveiro........................2,00
Bacia p/uso def. físico............................2,24

Os compartimentos de utilização especial devem obedecer às normas técnicas


Art. 34 -
vigentes, especificamente, para o uso pretendido.

Para garantia de iluminação e ventilação de compartimentos, as aberturas, dutos,


Art. 35 -
chaminés de tiragem e espaços exteriores, devem satisfazer as disposições constantes do
Plano Diretor Físico e da legislação sanitária pertinente.

As edificações em geral deverão atender às exigências relativas a


Art. 35-A
estacionamento, carga e descarga, e embarque e desembarque previstas em lei municipal
que dispuser sobre estacionamento e adoção de medidas mitigadoras às atividades ou
empreendimentos pólos atrativos de trânsito e transporte. (AC)

* Artigo 35-A. acrescentado pela Lei Complementar nº 524, de 07 de março de 2005.

Capítulo II
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

Art. 36 -Residência ou habitação é a edificação destinada exclusivamente à moradia,


constituída pelo menos por ambientes destinados a estar, repouso, compartimento
sanitário, cozinha e área de serviço, sendo o somatório das suas áreas, nos termos do
artigo 38, superior a 30 m2 (trinta metros quadrados).

§ 1º - Para efeito desta lei complementar, as edificações residenciais classificam-se em:

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15/38

I - unihabitacionais - abrangem as edificações para uso residencial de uma única família,


sendo constituídas de unidades independentes construtivamente e como tal aprovadas e
executadas;

II - plurihabitacionais - abrangem desde duas habitações em uma única edificação


(sobrepostas ou geminadas sem desmembramento do terreno), até qualquer número de
habitações caracterizando o condomínio, com acessos coletivos ou independentes à
edificação, aprovadas e executadas conjuntamente.

* Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 557 de 28 de dezembro de 2005

§ 2º - Nos conjuntos residenciais, exceto os classificados como de interesse social,


compostos por estruturas construtivas independentes, mas organizados em condomínios,
aplicam-se, no que couber, as disposições da legislação referente ao parcelamento do solo.

§ 3º - A sala pode ser conjugada à cozinha e ao dormitório, e a área de serviço conjugada


à cozinha ou ao banheiro, desde que a área do compartimento resultante corresponda, no
mínimo, à soma das áreas previstas para cada um deles.

§ 4º - Resguardadas as condições básicas de higiene e salubridade, as unidades de


interesse social poderão ter a área útil inferior a 30,00m2 (trinta metros quadrados) desde
que contenham, quando completas, os compartimentos constantes no "caput" deste artigo.

Consideram-se moradias de interesse social as unidades habitacionais


Art. 37 -
embrionárias ou completas, cuja área construída não exceda a 60 m2 (sessenta metros
quadrados).

§ 1º - São consideradas moradias de interesse social, quando componentes de conjunto


residencial, aquelas implantadas por cooperativas habitacionais, órgãos públicos,
associações de movimentos populares ou através da iniciativa privada, desde que
aprovadas previamente pelo Conselho Municipal de Habitação.

§ 2º - No caso de unidade isolada, a Prefeitura poderá elaborar projeto e deverá


acompanhar a execução da obra, através de grupo técnico específico conforme dispuser
decreto do Poder Executivo.

Os edifícios plurihabitacionais, exceto casas sobrepostas, geminadas ou duas


Art. 38 -
edificações unifamiliares isoladas ou justapostas, devem atender as seguintes disposições:

* Caput com redação dada pela Lei Complementar nº 557 de 28 de dezembro de 2005

I - ter tubulação seca para instalação de antena coletiva para recepção de rádio e
teledifusão;

II - REVOGADO.

* Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

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III - ser dotados de local destinado à recreação com área mínima de 2,00m2 (dois metros
quadrados) por unidade habitacional, podendo ser coberto ou descoberto, desde que
isolado da área de tráfego de veículos;

IV - possuir acesso para pessoas deficientes que usem cadeiras de rodas, através de
rampas até o elevador, quando existir;

V - ter compartimentos ou ambientes cujas dimensões não podem ser inferiores aos valores
abaixo:

a) quando destinados a repouso e estar: área de 20,00m2 (vinte metros quadrados) relativa
à soma de sala e dormitório, quando separados ou juntos, e 6,00m2 (seis metros
quadrados), para cada um dos demais, e forma tal que permita a inscrição de um círculo de
diâmetro de 2,00m (dois metros) em cada ambiente;
b) cozinhas: área de 4,00m2 (quatro metros quadrados) e forma tal que permita a inscrição
de um círculo de diâmetro mínimo de 1,60m (um metro e sessenta centímetros);
c) área de serviço: área de 2,50m2 (dois metros e meio quadrados).

§ 1º - Não serão computados, para efeito da área dos ambientes destinados a repouso,
estar e área de serviço, os trechos que não permitam a inscrição de um círculo de diâmetro
inferior a 1,20m (um metro e vinte centímetros).

§ 2º - REVOGADO.

* § 2º revogado pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

§ 3º - As exigências contidas nos incisos I, II e III podem ser atenuadas, no caso de


moradias de interesse social, mediante ato do Poder Executivo.

As edificações para fins residenciais só podem ser exploradas com fins


Art. 39 -
comerciais ou de serviços, desde que a natureza desses não prejudique o bem estar, a
segurança e o sossego dos moradores e quando tiverem acesso independente ao
logradouro público.

Capítulo III
DAS EDIFICAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS

As edificações para o trabalho abrangem aquelas destinadas à indústria, ao


Art. 40 -
comércio e à prestação de serviços, e deverão possuir acesso para pessoas deficientes
que usem cadeiras de rodas, de acordo com as normas da ABNT.

Parágrafo Único - A autorização para instalação de estabelecimento de trabalho, em


edificações já existentes, fica vinculada ao uso previsto na Carta de Ocupação concedida.

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* Caput do artigo alterado pela Lei Complementar nº 453, de 22 de março de 2002.

As edificações destinadas à indústria em geral, fábricas, oficinas, comércio e


Art. 41 -
diversões, além das disposições da Consolidação das Leis do Trabalho, devem ter
características necessárias para evitar o impacto da atividade desenvolvida na edificação
em relação ao entorno, dentro de padrões estabelecidos por normas técnicas da ABNT e
legislação pertinente, no tocante à poluição sonora, térmica, das águas e do ar.

Parágrafo Único - REVOGADO.

* Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

Nas edificações industriais os compartimentos devem atender às seguintes


Art. 42 -
disposições:

I - ter pé direito mínimo de 3,00m (três metros) e atender as condições de iluminação e


ventilação estabelecidas por legislação sanitária e normas técnicas pertinentes;

II - localizar-se em lugar convenientemente preparado, de acordo com as normas


específicas da ABNT, relativas à segurança na utilização de inflamáveis líquidos, sólidos ou
gasosos, quando destinado à manipulação ou depósito de inflamáveis;

III - ter pé direito mínimo de 4,00m (quatro metros), onde exista fonte de calor.

Nas edificações em que existam forno, máquina, caldeira, estufa, fogão, forja ou
Art. 43 -
outros aparelhos onde se produza ou concentre calor, em nível industrial, deverá ser
apresentado projeto de isolamento térmico, exigindo-se ainda:

I - distância de 1,00m (um metro) do teto, sendo essa distância aumentada para 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros), pelo menos, quando houver pavimento superposto;

II - distância mínima de 1,00m (um metro) das paredes da própria edificação, sendo essa
distância aumentada para 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) quando confinantes
com outras unidades autônomas.

Parágrafo Único - As distâncias previstas neste artigo poderão ser reduzidas por
equivalência, em função do isolamento térmico adotado, obedecidos os parâmetros e
recomendações técnicas fornecidos por órgão de pesquisa oficial.

As edificações destinadas à indústria de produtos alimentícios e de


Art. 44 -
medicamentos, ou locais onde houver preparo, manipulação ou depósito de alimentos ou
medicamentos com finalidade de comercialização, devem:

I - obedecer às normas especificadas em legislação sanitária, para cada caso;

II - ter, nos recintos de fabricação, as paredes até a altura mínima de 2,00m (dois metros) e

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18/38

o piso revestidos com material liso, resistente, lavável e impermeável;

III - ter assegurada a incomunicabilidade direta com os compartimentos sanitários;

IV - ter as aberturas de iluminação e ventilação dotadas de proteção com tela milimétrica.

Art. 45 - As edificações destinadas a comércio ou serviço devem ter:

I - pé direito mínimo de 2,70m (dois metros e setenta centímetros);

II - acesso ao público com largura dimensionada em função da soma das áreas úteis
comerciais, de acordo com a norma da ABNT, respeitado o mínimo de 1,20m (um metro e
vinte centímetros);

III - sanitários separados para cada sexo calculados na razão de um para cada 200m2
(duzentos metros quadrados) de área útil, sendo que, quando excedido esse mínimo, pelo
menos um para cada sexo deve ser adaptado para deficientes físicos com exigências
técnicas e dimensões previstas em decreto.

IV - área útil mínima de 10,00 m2 (dez metros quadrados), no caso de escritórios e


assemelhados.

§ 1º - Os açougues, peixarias e estabelecimentos congêneres devem obedecer a


legislação sanitária pertinente.

§ 2º - Nos bares, cafés, restaurantes, confeitarias e congêneres, os sanitários devem estar


localizados de tal forma que permitam sua utilização pelo público.

§ 3º - Nas unidades de área útil inferior a 50,00m2 (cinqüenta metros quadrados) é


permitido apenas um sanitário para ambos os sexos de uso exclusivo da unidade.

§ 4º - As edificações comerciais, com área de venda superior a 36 m2 (trinta e seis metros


quadrados), ou de prestação de serviços, organizadas em condomínio devem também:

I - ter instalação elétrica compatível com a demanda exigida;

II - ter instalação para ar condicionado, previsto individual ou coletivamente;

III - REVOGADO.

* Inciso III revogado pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

IV - possuir, em cada pavimento, sanitários separados para cada sexo na proporção de um


conjunto para cada 100,00m2 (cem metros quadrados) de área útil, ou fração, ou vinculado
a cada unidade na forma prevista no parágrafo anterior.

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§ 5º - As galerias comerciais, além das disposições da presente lei complementar que lhes
forem aplicáveis, devem:

a) ter largura não inferior a 1/12 (um doze avos) do seu maior percurso e, no mínimo, de
4,00m (quatro metros);
b) ter suas lojas, quando com acesso principal pela galeria, com área mínima de 10,00m2
(dez metros quadrados), podendo ser ventiladas através da galeria e iluminadas
artificialmente.

§ 6º - Os supermercados ou centros de compras - não dotados de lojas âncoras, praças de


alimentação ou estabelecimentos de entretenimento - em edifícios mistos ou não, deverão
atender às exigências específicas para cada uma de suas seções, conforme as atividades
nelas desenvolvidas e as que lhe cabem neste artigo.

* § 6º alterado pela Lei Complementar nº 524, de 07 de março de 2005.

As edificações destinadas a escolas e estabelecimentos congêneres, além das


Art. 46 -
exigências da presente lei complementar que lhes forem aplicáveis, devem obedecer a
legislação estadual pertinente e normas complementares estabelecidas pelo órgão
municipal de educação, em função do tipo de atividade a ser desenvolvida.

Parágrafo Único - REVOGADO.

* Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

As edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares e congêneres devem


Art. 47 -
obedecer às normas estabelecidas pelo órgão de saúde competente.

As edificações destinadas a hotéis ou "flat-services" devem obedecer às seguintes


Art. 48 -
disposições, além daquelas pertinentes a edifícios plurihabitacionais:

I - ter vestíbulo devidamente dotado de locais apropriados para os serviços de portaria,


recepção e comunicação;

II - possuir elevadores quando o edifício possuir 3 (três) ou mais pavimentos;

III - ter vestiário e instalação sanitária privativos para o pessoal de serviço;

IV - quando existir local destinado ao preparo de alimentos, deve atender as exigências


previstas nesta lei complementar para esse tipo de compartimento.

Art. 49 -As edificações destinadas às atividades recreativas, esportivas, sociais, culturais,


institucionais e religiosas, além daquelas de grande fluxo de pessoas devem satisfazer,
além da Legislação Sanitária Estadual pertinente, os seguintes requisitos:

I - possuir vãos de porta de saída principais e de emergência, calculados de acordo com o


fluxo de pessoas, conforme norma da ABNT, obedecendo o mínimo de 2,00m (dois metros)

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cada, abrindo de dentro para fora, e dotadas de barra anti pânico para locais com
capacidade de público superior a 500 (quinhentas) pessoas;

II - possuir escadas, rampas, corredores de acesso e escoamento de público, com largura


calculada de acordo com a norma da ABNT;

III - possuir proteção acústica que impeça ruído acima dos níveis permitidos para o local,
que possa perturbar o entorno.

A construção e utilização das piscinas e balneários deve obedecer as prescrições


Art. 50 -
da ABNT e legislação sanitária pertinente.

Parágrafo Único - Incluem-se nesta exigência os locais dotados de saunas, duchas,


banhos, salões para ginástica ou salas de banhos de luz.

As dependências destinadas à garagem em geral devem atender às disposições


Art. 51 -
da presente lei complementar que lhes forem aplicáveis, além das seguintes exigências:

I - ter pé direito mínimo de 2,30m (dois metros e trinta centímetros);

II - não ter comunicação direta com compartimentos de permanência prolongada;

III - ter sistema de ventilação permanente.

§ 1º - As áreas destinadas à garagem em edifícios plurihabitacionais, comerciais ou de


serviços devem atender, ainda, às seguintes disposições:

I - REVOGADO.

II - REVOGADO.

* Incisos I e II revogados pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

III - não possuir quaisquer instalações de abastecimento, lubrificação ou reparo.

§ 2º - As edificações destinadas a garagens comerciais devem atender, ainda, às


seguintes disposições:

I - ter dependências destinadas à administração separadas da garagem por paredes,


incombustíveis e servidas por sanitários e banheiros suficientes para o número de
funcionários;

II - possuir acessos independentes, por pavimento, para veículos e pedestres;

III - REVOGADO.

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IV - REVOGADO.

* Incisos III e IV revogados pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

V - no caso de possuírem serviços de lavagem e lubrificação, devem os mesmos satisfazer


as exigências desta lei complementar que lhes forem aplicáveis;

VI - no caso de garagem automática, servida por elevador, deve existir escada de acesso a
todos os pavimentos;

VII - REVOGADO.

* Inciso VII revogado pela Lei Complementar nº 528 de 18 de abril de 2005

§ 3º - Quando a garagem for construída em pavimento localizado no subsolo deve ser


assegurada a perfeita renovação do ar, independente do número de pavimentos, por meio
natural ou mecânico.

§ 4º - Considera-se atendido o disposto no parágrafo anterior quando a área da abertura de


ventilação natural corresponder a 5% (cinco por cento) da área do piso.

§ 5º - Para atender ao disposto no parágrafo 3º, de maneira conjugada, a área de abertura


para a ventilação natural corresponderá, no mínimo, a 2% (dois por cento) da área do piso,
independente da ventilação mecânica.

Os postos de serviços e de abastecimentos de veículos devem atender às


Art. 52 -
exigências estabelecidas por normas de segurança das concessionárias, da ABNT e dos
órgãos regulamentadores, além das seguintes disposições:

I - ser isolados de qualquer compartimento para fim residencial;

II - possuir as instalações de forma a ser possível a operação com os veículos dentro do


próprio terreno;

III - possuir canaletas destinadas à coleta das águas superficiais em toda a extensão do
alinhamento e convergindo para grelhas coletoras e caixas de areia, em número capaz de
evitar a passagem das águas para a via pública;

IV - ter as águas de lavagem canalizadas e conduzidas a caixas separadoras, antes de


lançadas à rede de esgotos;

V - os aparelhos abastecedores devem observar as seguintes distâncias mínimas:

a) 5,00m (cinco metros) do alinhamento do logradouro;


b) 3,00m (três metros) das divisas laterais e de fundos.

VI - Ter as áreas de lavagem, abastecimento e troca de óleo, revestidas com materiais que

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não permitam a impregnação ou a percolação do solo por produtos químicos, devendo os


pisos serem anti-derrapantes.

§ 1º - Através de decreto deverão ser estabelecidas normas de construção ou


procedimento baseadas na ABNT, que visem evitar riscos de vazamento do produto
estocado para o subsolo.

§ 2º - A área destinada aos aparelhos abastecedores deve ser coberta, devendo a


estrutura de apoio respeitar os recuos legais previstos.

As edificações destinadas a depósitos de inflamáveis devem obedecer às


Art. 53 -
exigências técnicas estabelecidas nas normas da ABNT e, em se tratando de explosivos,
às normas de segurança estabelecidas pelo Ministério do Exército.

As edificações destinadas a barracões ou galpões devem satisfazer, no que


Art. 54 -
couber, as exigências desta lei complementar em função do uso e ainda, quando
destinados exclusivamente a depósitos, ter instalações sanitárias compatíveis com o
número de funcionários.

Capítulo IV
DAS EDIFICAÇÕES NOS MORROS

Toda obra ou serviço que implique movimentação de solo ou rocha depende de


Art. 55 -
licenciamento do órgão competente da Prefeitura.

Parágrafo Único - As exigências para obter a licença são estabelecidas em função do tipo
de movimentação e do local, a partir de normas estabelecidas por decreto.

Art. 56 -A Prefeitura pode exigir, a partir de vistoria administrativa, as obras ou medidas


tecnicamente necessárias para precaver erosão, desmoronamento ou carreamento de terra
e ou detritos.

Capítulo V
DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS

As instalações prediais devem ser projetadas e executadas de acordo com as


Art. 57 -
normas da ABNT, da concessionária do serviço, quando existir, e legislação pertinente.

Toda edificação deve ser dotada de instalações para abastecimento de água e


Art. 58 -
coleta de esgotos, projetadas e executadas de acordo com as normas da ABNT.

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§ 1º - Todo edifício deve ter reservatório regulador de consumo de água com capacidade
de acumulação no mínimo igual ao volume do consumo previsto para 2 (dois) dias, além da
reserva para combate a incêndios, quando esta for obrigatória.

§ 2º - Edifícios de mais de dois pavimentos devem contar com reservatórios inferior e


superior, devendo este último ter capacidade mínima de 40% (quarenta por cento) do total
estabelecido no parágrafo anterior.

§ 3º - No abastecimento de água através de poço, este deve ter a necessária proteção


sanitária.

§ 4º - Os efluentes que possam trazer prejuízo à rede pública de esgotos sanitários devem
ser submetidos a tratamento adequado, sujeito à aprovação da entidade pública
competente.

§ 5º - Inexistindo rede pública de esgotos sanitários, é obrigatório o projeto e a instalação


de sistema de deposição de esgotos executados de acordo com normas da ABNT.

Art. 59 -Toda edificação deve dispor de instalações de águas pluviais adequadas e


satisfatórias.

§ 1º - Quando localizada nos morros, devem ser dotadas de calhas, condutores e


encaminhamento adequado.

§ 2º - As águas pluviais dos telhados, pátios ou áreas pavimentadas não podem escoar
para lotes vizinhos.

§ 3º - Nas edificações construídas no alinhamento, ou nas divisas, as águas pluviais dos


telhados, balcões, terraços e marquises devem ser, obrigatoriamente, captadas dentro do
lote e canalizadas para as sarjetas por meio de calhas e condutores passando sob o
passeio.

Art. 60 -Toda edificação localizada em logradouros dotados de rede de distribuição


elétrica deve possuir instalação elétrica projetada e executada de acordo com as normas
da ABNT.

§ 1º - O órgão competente da Prefeitura poderá estabelecer normas disciplinadoras


suplementares em função do uso da instalação.

§ 2º - Os estádios, auditórios, cinemas, teatros, hospitais, hotéis, centros de compras e


locais semelhantes deverão ser providos de uma fonte própria de energia, bateria de
acumuladores ou grupo de geradores, para alimentação da rede de emergência nos casos
de interrupção do funcionamento normal.

§ 3º - Aos circuitos de emergência, quando existentes, deverão ser ligadas as lâmpadas


necessárias para que o público possa retirar-se do estabelecimento, em ordem.

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§ 4º - As instalações de linhas aéreas de caráter temporário, fora dos edifícios, deverão


observar as normas da ABNT.

A instalação de pára-raios é obrigatória nos edifícios com mais de três pavimentos


Art. 61 -
e nos depósitos de inflamáveis e explosivos, torres e chaminés elevadas, projetadas e
executadas de acordo com as normas da ABNT.

Art. 62 -No caso de edificações organizadas em condomínio deve ser prevista a execução
de instalações telefônicas, obedecidas as normas da concessionária.

Art. 63 -A execução das instalações de elevadores, monta cargas e escadas rolantes


depende de pedido de licença prévia à Prefeitura, acompanhado do respectivo projeto,
contendo detalhes da instalação e indicação do destino do edifício, além do memorial
descritivo, todos observando as prescrições da ABNT, para projeto e instalação.

§ 1º - Será permitido o uso do elevador em caráter provisório, e exclusivamente para


serviço, mediante autorização do instalador apresentada ao órgão competente e após
vistoria da obra pelo prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias.

§ 2º - O funcionamento regular do elevador só é permitido após vistoria do órgão técnico


competente e concessão do respectivo alvará de funcionamento.

§ 3º - Deve ser garantida, através de firma especializada, a manutenção constante dos


equipamentos, de acordo com decreto do Poder Executivo.

§ 4º - A firma responsável pela manutenção deverá apresentar ao órgão técnico


competente cópia do contrato de prestação de serviço e a respectiva ART do profissional
legalmente habilitado.

§ 5º - Deverá ser apresentado pela firma responsável pela manutenção, ao órgão técnico
competente, relatório de acompanhamento conforme modelo estabelecido por ato
normativo.

As instalações de gás devem ser projetadas e executadas de acordo com as


Art. 64 -
normas da ABNT, sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

§ 1º - O depósito deve ser instalado em compartimento privativo e apropriado, amplamente


ventilado e com iluminação natural suficiente, não podendo ter quaisquer dispositivos que
possam provocar chama, calor ou centelha.

§ 2º - As edificações que, pelas suas características, possuam mais que um consumidor


devem ser dotadas, obrigatoriamente, de central de gás e a cada unidade corresponderá
um aparelho medidor.

Art. 65 - Fica vedada a instalação de tubo coletor de lixo em edifícios.

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§ 1º - Edifícios com mais de uma unidade autônoma devem prever local para depósito de
lixo, com capacidade que permita acúmulo de volume equivalente a 50 (cinqüenta) litros por
unidade.

§ 2º - O lixo de origem hospitalar, farmacêutico ou similar, deve ser acondicionado de forma


a não permitir riscos de contaminação.

§ 3º - A critério da autoridade sanitária competente pode ser instalado incinerador de lixo,


obedecidas as normas estabelecidas em ato do Poder Executivo.

§ 4º - Os condomínios verticais e horizontais, de natureza residencial ou comercial,


localizados nesta cidade, devem prever no projeto, local adequado para depósito de lixo
reciclável.

* § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 516 de 13 de janeiro de 2005

Toda edificação deve possuir instalação preventiva de combate a incêndio, de


Art. 66 -
acordo com as normas da ABNT e legislação estadual pertinente.

§ 1º _ Excluem-se desta exigência as edificações unihabitacionais ou plurihabitacionais


caracterizadas como sobrepostas ou geminadas.

§ 2º - Nos edifícios já existentes e em que sejam absolutamente necessárias instalações


contra incêndios, o órgão competente da Prefeitura providenciará a expedição das
intimações, fixando prazos para seu efetivo cumprimento.

As instalações para produção de frio ou calor e refrigeração ou renovação de ar,


Art. 67 -
excetuadas as de pequeno porte, devem observar as prescrições normatizadas pela ABNT.

§ 1º - Consideram-se de pequeno porte os aparelhos destinados ao uso doméstico e de


potência inferior a 2HP.

§ 2º - A instalação de equipamentos de ar-condicionado nas fachadas das edificações em


geral, deve ser provida de meios que impeçam o gotejamento de água, provinda da
condensação do ar, sobre as calçadas ou áreas comuns.

* Parágrafo com redação dada pela Lei Complementar nº 331 de 06/05/99 (DOM de
07/05/99)

Art. 68 -As instalações mecânicas estão sujeitas à aprovação de projeto específico pela
Prefeitura, através do órgão competente, devendo ser executadas de acordo com as
normas da ABNT.

§ 1º - O órgão competente da Prefeitura deve exigir a apresentação do respectivo aceite


das instalações mecânicas, antes da concessão do "Habite-se".

§ 2º - O previsto neste artigo é aplicável aos dispositivos de exaustão, devendo nesse

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caso, garantir-se as condições de retenção de particulados e gorduras, além do isolamento


acústico e proteção contra vibrações indesejáveis.

Capítulo VI
DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

O responsável técnico e o proprietário devem adotar as medidas necessárias à


Art. 69 -
segurança e proteção dos trabalhadores, do público e das propriedades vizinhas, durante a
execução de obras, demolições ou serviços, observando-se as prescrições estabelecidas
em normas técnicas da ABNT ou legislação pertinente.

Parágrafo Único - Quando o infrator for o profissional ou firma legalmente habilitados, a


Prefeitura, através do seu órgão competente, notificará o Ministério do Trabalho sobre a
ocorrência e anotará no seu respectivo registro.

Qualquer obra, demolição ou serviço a ser executado em fachada no alinhamento


Art. 70 -
do logradouro deve estar protegido por tapumes.

§ 1º - A colocação de tapumes que ocupem passeio público, depende do licenciamento


para execução dos serviços.

§ 2º - Os tapumes devem satisfazer os seguintes requisitos:

I - não ocupar mais da metade da largura do passeio, observando-se o máximo de 3,00m


(três metros), a não ser mediante autorização especial devidamente justificada;

II - ser executados com material que garanta a segurança da obra, bem como dos
transeuntes do logradouro, apresentando aspecto esteticamente satisfatório e com altura
superior a 2,10m (dois metros e dez centímetros);

III - ter afixadas, de forma bem visível, as placas indicadoras de tráfego de veículos, de
nomenclatura da rua, e de numeração do imóvel, quando existirem no local ou vierem a
existir.

§ 3º - A construção de galeria sobre o passeio público deve ser exigida sempre que a
execução da obra colocar em risco a segurança de pedestres, que deve ser mantida até o
final da obra.

Andaimes devem ser construídos ou montados sempre que for necessário


Art. 71 -
executar trabalhos em lugares elevados, onde eles não possam ser realizados com
segurança a partir do piso e cujo tempo de duração ou tipo de atividade, não justifique o
uso de escadas.

§ 1º - Os andaimes devem ficar dentro da área protegida pelo tapume e satisfazer as

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seguintes condições:

I - ser executados com material de boa qualidade, não sendo permitido o uso de peças que
possam comprometer a resistência e estabilidade;

II - ter estrados de andaimes não individuais com largura mínima de 0,90m (noventa
centímetros);

III - ser protegidos por guarda corpo de altura entre 0,90m (noventa centímetros) e 1,00m
(um metro), além de rodapé, guarnecidos com tela milimetrada ou outro material com o
mesmo desempenho;

IV - ser executados de forma a impedir o livre trânsito sob eles, a não ser quando instalada
cobertura ou galeria de proteção;

V - impedir que materiais ou equipamentos sejam pendurados no lado externo;

VI - ser instalados sob responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado.

§ 2º - Os andaimes suspensos, ou balancins, são permitidos desde que, além das


condições previstas no anterior, os operários utilizem obrigatoriamente cinto de segurança
ligado a uma corda pendente fixada em local firme da construção.

Art. 72 -Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de cinco pavimentos é
obrigatória a instalação de uma plataforma de proteção especial (bandejão) em balanço, na
altura da 2a laje, contada a partir do nível do terreno.

§ 1º - A plataforma deve ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de


balanço horizontal, mais 0,80m (oitenta centímetros) de comprimento com inclinação
aproximada de 45º (quarenta e cinco graus).

§ 2º - A plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje imediatamente


superior e retirada somente após o término do revestimento externo acima dela.

§ 3º - É obrigatória a instalação de bandejas (apara-lixos), de três em três lajes, a partir da


5a, com, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de balanço horizontal, mais
0,80m (oitenta centímetros) de comprimento com inclinação aproximada de 45º (quarenta e
cinco graus).

§ 4º - Toda bandeja (apara-lixo) deve ser instalada da mesma forma que a plataforma de
proteção, podendo ser retirada quando estiver concluída a alvenaria até a bandeja
imediatamente superior.

§ 5º - A partir da 11a laje, todo o perímetro da construção deve ser fechado com tela de
arame galvanizado ou rede de nylon, com malha de 0,03m (três centímetros) no máximo.

§ 6º - A tela prevista no anterior deve ser instalada, no mínimo, a 1,40m (um metro e

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28/38

quarenta centímetros) da fachada e fixada nas bandejas.

§ 7º - Quando os pavimentos mais altos forem recuados, a plataforma deve ser instalada
na 1a laje do corpo recuado e as bandejas a partir da 4a laje recuada, instalando-se
bandejas a partir da 2a laje nos pavimentos não recuados.

§ 8º - O conjunto formado pelas bandejas e plataforma pode ser substituído por andaimes
fachadeiros, instalando-se tela em toda a sua face externa.

§ 9º - Para impedir a queda de pessoas ou materiais, além das proteções já previstas,


poderão ser exigidas, desde que tecnicamente justificadas:

I - redes tipo tênis;

II - redes verticais de fachadas;

III - redes de malhas metálicas horizontais.

Por ocasião da inspeção para concessão da respectiva carta de ocupação, os


Art. 73 -
andaimes e tapumes deverão ter sido retirados e os reparos de eventuais estragos
ocasionados nos passeios e logradouros públicos, devidamente efetuados.

Constatada a paralisação de serviços de demolição ou construção, deve ser


Art. 74 -
anotada tal ocorrência em processo.

§ 1º - Se a paralisação for superior a 60 (sessenta) dias, deverá ser procedida a vistoria na


obra e recomendadas as medidas necessárias para garantir a segurança do local, do
logradouro e dos vizinhos.

§ 2º - Se o proprietário não atender a intimação da Prefeitura, decorrente das


recomendações do laudo técnico, ficará sujeito, além das penalidades previstas nesta lei
complementar, ao pagamento dos custos dos serviços que a Prefeitura se vir obrigada a
executar em prol da segurança, acrescido de 100% (cem por cento) a título de taxa de
administração.

§ 3º - O laudo técnico poderá determinar o reinicio dos serviços em prazo determinado, a


demolição do que estiver construído, ou o reaterro das fundações, se for o caso.

O responsável técnico pela obra ou serviço, e o proprietário, deverão adotar


Art. 75 -
medidas capazes de evitar incômodos à vizinhança pela queda de detritos, pela produção
de poeira ou ruídos excessivos.

§ 1º - O leito carroçável e o passeio não poderão ficar comprometidos no seu estado de


conservação e limpeza, em função da obra ou serviço executado ou em execução.

§ 2º - Em caso de acidentes por falta de precaução ou segurança, constatado pela

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fiscalização da Prefeitura, ficarão sujeitos à multa o responsável técnico e o proprietário,


sem prejuízo de outras sanções previstas.

TÍTULO IV
DAS PENALIDADES

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Os responsáveis pela obra ou serviço são obrigados a permitir o desempenho das


Art. 76 -
funções legais da fiscalização municipal.

Parágrafo Único - Devem permanecer no local, durante o período de execução da obra ou


serviços públicos ou particulares:

I - placa dos profissionais e de empresas habilitadas, de acordo com a normatização do


CREA-SP, que conterá o nome e o endereço comercial do profissional responsável pela
obra ou serviço, nome e endereço do autor do projeto, números do CREA dos profissionais,
do alvará de licença para edificar e do processo de aprovação junto à Prefeitura Municipal
de Santos, assim como do número do telefone para reclamações junto ao órgão municipal
responsável pela fiscalização;

II - cópias das ART`s, dos projetos arquitetônicos e ou complementares exigidos e a


respectiva licença.

* Parágrafo único alterado pela Lei Complementar nº 459, de 14 de junho de 2002.

Art. 77 -As vistorias de obras e instalações são providenciadas pelo órgão competente da
Prefeitura e realizadas por intermédio de profissionais legalmente habilitados,
especialmente designados para esse fim.

§ 1º - As vistorias terão lugar sempre que o órgão competente da Prefeitura julgar


necessário, a fim de assegurar o cumprimento de disposição desta lei complementar ou de
resguardar o interesse público por motivo de segurança.

§ 2º - A Prefeitura poderá solicitar a colaboração de Órgão técnico de outro Município, do


Estado, da União ou de autarquias, ou ainda de firmas de notória especialização.

Art. 78 -A vistoria deverá ser realizada na presença do responsável técnico pela execução
da obra, instalação ou serviço ou, na sua ausência, na do proprietário ou seu representante
legal.

§ 1º - Se for necessário, far-se-á a intimação pessoalmente ou através de edital e via


postal, determinando o dia e hora que realizar-se-á a vistoria.

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§ 2º - No caso de existir perigo iminente para a segurança de qualquer pessoa, é procedida


a imediata vistoria, garantida por todos os meios legais necessários.

Em toda vistoria, as conclusões deverão ser consubstanciadas em laudo técnico,


Art. 79 -
elaborado pelos profissionais designados, indicando as providências a serem tomadas em
vista dos dispositivos desta lei complementar, bem como prazos que deverão ser
cumpridos.

§ 1º - Não sendo cumpridas as determinações do laudo de vistoria no prazo fixado, caberá


multa nos termos desta lei.

§ 2º - Sem prejuízo do previsto no anterior, poderá ser determinada a interdição ou


qualquer medida de segurança.

§ 3º - Nos casos de ameaça à segurança pública que exijam imediatas medidas de


proteção e segurança, o órgão competente da Prefeitura, ouvida previamente a Secretaria
de Assuntos Jurídicos - Sajur, deverá determinar a sua execução, em conformidade com
as conclusões do laudo de vistoria.

§ 4º - Quando os serviços decorrentes do laudo de vistoria forem executados ou custeados


pela Prefeitura, as despesas correspondentes, acrescidas de 100% (cem por cento), serão
ressarcidas pelo proprietário das obras, serviços ou instalações.

§ 5º - Se, dentro do prazo fixado na intimação, o interessado apresentar recurso por meio
de requerimento devidamente protocolizado, não será suspensa a execução de medidas
urgentes que deverá ser tomada, nos casos que envolvam a segurança pública.

A intimação terá lugar sempre que for necessário promover o cumprimento de


Art. 80 -
qualquer das disposições desta lei complementar.

§ 1º - A intimação conterá os dispositivos a cumprir e os respectivos prazos.

§ 2º - Decorrido o prazo fixado na intimação e verificado seu não cumprimento, será


aplicada a penalidade cabível.

§ 3º - Mediante requerimento devidamente justificado, e a critério da chefia do Órgão


competente, poderá ser dilatado o prazo fixado para cumprimento da intimação.

§ 4º - Na interposição de recurso contra intimação, o prazo será sustado até o despacho


decisório que, se denegatório, será comunicado pessoalmente ou pelo correio e reiniciada
sua contagem.

§ 5º - A intimação será publicada através da imprensa oficial do Município, caso o


interessado se recuse a assiná-la, ou não seja encontrado.

Art. 81 -

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As infrações aos dispositivos deste Código ficam sujeitas às seguintes


Art. 81 -
penalidades:

I - advertência;

II - multa;

III - suspensão;

IV - exclusão do registro dos profissionais ou firmas legalmente habilitados no órgão


competente da Prefeitura;

V - embargo das obras;

VI - demolição ou desmonte, parcial ou total, das obras ou instalações.

§ 1º - As penalidades podem ser impostas ao proprietário, ao responsável técnico ou ao


autor do projeto, simultanêa ou independentemente, como dispõe esta lei complementar.

§ 2º - Quando o infrator for o profissional ou firma legalmente habilitada, a Prefeitura,


através de seu órgão competente, informará ao CREA-SP sobre a ocorrência e anotará no
seu respectivo registro.

§ 3º - Quando se tratar de infração de responsabilidade da firma executante, ou de seu


responsável técnico, idêntica penalidade será imposta a ambos, inclusive quando se tratar
de administrador ou contratante de obras públicas ou de instituições oficiais, ou empresas
concessionárias de serviços públicos federais, estaduais ou municipais.

Verificada a infração de qualquer dos dispositivos desta lei complementar, será


Art. 82 -
lavrado imediatamente o auto de infração contendo os seguintes elementos:

I - dia, mês, ano, hora e lugar em que foi lavrado;

II - nome e endereço do infrator;

III - descrição sucinta do fato determinante da infração;

IV - dispositivo infringido;

V - dispositivo que determina a penalidade;

VI - valor da multa prevista;

VII - assinatura e identificação de quem a lavrou;

VIII - assinatura do infrator ou averbação quando se recusar a receber ou assinar.

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Parágrafo Único - O infrator terá o prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data da lavratura do
auto de infração, para apresentar defesa, por meio de requerimento devidamente
protocolizado.

A aplicação de qualquer penalidade referente a esta lei complementar não


Art. 83 -
isentará o infrator das demais sanções cabíveis, previstas na legislação municipal, estadual
ou federal, nem da obrigação de reparar eventuais danos resultantes da infração.

Capítulo II
DAS MULTAS E ADVERTÊNCIAS

A penalidade de advertência será aplicada ao profissional que apresentar projeto


Art. 84 -
em flagrante desacordo com disposições desta lei complementar ou com as normas da
ABNT.

Parágrafo Único - A reapresentação do projeto com as mesmas infrações será passível de


multa.

As multas aplicáveis ao profissional responsável pelo projeto, obra, serviço ou


Art. 85 -
instalação serão as seguintes:

I - 10 UFMs por apresentar projeto ou memorial em desacordo com dispositivos desta lei
complementar, na forma prevista no artigo anterior;

II - 100 UFMs, por apresentar projeto em desacordo com o local, falseando dados gráficos;

III - 150 UFMs, por introduzir alterações no processo aprovado sem a respectiva
autorização;

IV - 200 UFMs por executar a obra em desacordo com o projeto aprovado, introduzindo
alterações que não infrinjam esta lei complementar;

V - 400 UFMs por executar a obra em desacordo com o projeto aprovado, introduzindo
alterações que gerem infrações a dispositivos desta lei complementar;

VI - 400 UFMs por inobservância das prescrições técnicas determinadas pela ABNT;

VII - 500 UFMs por causar transtorno à vizinhança ou ao público em geral, decorrente da
inobservância das prescrições sobre segurança na obra.

Art. 86 - As multas aplicáveis aos proprietários de obras ou instalações serão as seguintes:

I - 500 UFMs por iniciar obra ou serviço sem a respectiva licença;

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II - 800 UFMs por ocupar edificação sem ter sido concedida a respectiva carta de ocupação
pelo órgão competente, excetuando-se os casos previstos no parágrafo único do artigo 22
e nos §§ 1º e 2º do artigo 23;

III - 200 UFMs por não atender a intimação expedida pelo órgão competente da Prefeitura.

Parágrafo Único - As multas previstas neste artigo poderão, desde que autorizado pelo
Prefeito, ser aplicadas diariamente até que se elimine a irregularidade.

Por infração a qualquer dispositivo desta lei complementar, cuja multa não for
Art. 87 -
especificada em algum de seus artigos, é aplicada multa ao infrator em grau mínimo, médio
ou máximo, tendo-se em vista, para graduá-las, a maior ou menor gravidade de infração,
as suas circunstâncias atenuantes ou agravantes e os antecedentes do infrator a respeito
dos dispositivos desta lei complementar.

Parágrafo Único - Em qualquer infração a que se refere este artigo, a multa será arbitrada
pela chefia do órgão competente e não poderá ser inferior a 100 UFMs nem superior a
1.000 UFMs.

Art. 88 -Não apresentada ou julgada improcedente a defesa no prazo previsto, o infrator


será intimado por edital a pagá-la no prazo de dez dias.

§ 1º - As multas não pagas nos prazos legais serão inscritas na dívida ativa.

§ 2º - Os débitos decorrentes de multas não pagas nos prazos legais serão atualizados nos
seus valores monetários pela variação da UFM, e acrescidos de juros, conforme prevê o
Código Tributário.

§ 3º - Não será levantado embargo, expedida licença ou concedida a carta de ocupação,


quando existir débito de multa relativo ao profissional responsável ou proprietário referente
à obra, serviço ou instalação.

Art. 89 - Nas reincidências, as multas serão cominadas em dobro.

Parágrafo Único - Para efeito das penalidades previstas neste Código, reincidência é a
repetição da infração a um mesmo dispositivo, pela mesma pessoa física ou jurídica, a
qualquer tempo.

Art. 90 -Aplicada a multa, não ficará o infrator desobrigado do cumprimento da exigência


que a tiver determinado.

Parágrafo Único - Persistindo o descumprimento, será considerado repetição da infração


nos termos do artigo anterior.

Capítulo III
DA SUSPENSÃO OU EXCLUSÃO

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A penalidade de suspensão, ou exclusão, será aplicada ao profissional


Art. 91 -
responsável nos seguintes casos:

I - quando for suspenso ou excluído pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e


Agronomia;

II - quando for condenado pela justiça por atos praticados decorrentes de sua atividade
profissional.

Parágrafo Único - As penalidades de suspensão e exclusão serão aplicáveis, também, a


firmas que infringirem quaisquer dos itens deste artigo.

Capítulo IV
DOS EMBARGOS, INTERDIÇÕES, DEMOLIÇÕES E DESMONTES

Qualquer obra em andamento, seja ela construção, demolição, reconstrução,


Art. 92 -
reforma, serviços ou instalações, será embargada, sem prejuízo de multas, nos seguintes
casos:

I - não tiver licença para edificar, quando necessária;

II - estiver sendo executada sem a responsabilidade de profissional registrado na


Prefeitura;

III - quando o profissional responsável sofrer penalidade de suspensão ou exclusão


imposta pela Prefeitura ou pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
- CREA;

IV - quando o profissional responsável ou o proprietário recusarem-se a atender qualquer


intimação da Prefeitura, para cumprirem prescrições deste Código ou da ABNT;

V - estiver em risco a estabilidade da obra, com perigo para o público ou para o pessoal
que a execute, sem a necessária proteção.

§ 1º - Na hipótese de ocorrência dos casos citados neste artigo, a fiscalização notificará o


infrator, lavrará um termo de embargo das obras a ser encaminhado ao responsável
técnico, quando existir, ou ao proprietário.

§ 2º - Além da notificação de embargo pelo órgão competente da Prefeitura, deverá ser


feita a publicação por edital.

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§ 3º - As obras embargadas deverão ser imediatamente paralisadas, com exceção


daquelas necessárias à segurança, de acordo com laudo técnico elaborado pela
fiscalização de obras.

§ 4º - Para assegurar a paralisação da obra embargada, a Prefeitura poderá, quando


necessário, requisitar apoio de força policial.

§ 5º - O embargo só será levantado após o cumprimento das exigências que o motivarem e


comprovado o pagamento das multas e taxas devidas.

§ 6º - Se a obra embargada não for legalizável, o levantamento do embargo dar-se-á após


a demolição, desmonte ou retirada do que tiver sido executado em desacordo com a
legislação vigente.

§ 7º - Sem prejuízo do que dispõe o § 4º deste artigo, será aplicada multa ao proprietário
no valor de 1.000 UFMs, por desrespeito ao embargo, a qual será cobrada em dobro
sempre que a fiscalização observar novo desrespeito.

§ 8º - O embargo de obras públicas em geral, de instituições oficiais ou de empresas


concessionárias de serviço público, é efetuado através de ofício do titular da Secretaria
Municipal competente ao responsável pelo órgão ou empresa infratores.

Art. 93 -Uma edificação, ou qualquer uma de suas dependências ou instalações, poderá


ser interditada a qualquer tempo, com o impedimento de sua ocupação, quando oferecer
perigo ao público ou a seus ocupantes.

Parágrafo Único - A interdição será imposta pelo órgão competente, por escrito, após
vistoria técnica efetuada por elemento legalmente habilitado, ou comissão especialmente
designada, de acordo com ato normativo.

A demolição ou desmonte, parcial ou total, de edificação ou instalação aplicar-se-


Art. 94 -
ão nos seguintes casos:

I - não atendimento das exigências referentes à construção paralisada;

II - em caso de obra clandestina e não legalizável;

III - em caso de obras ou instalações consideradas de risco na sua segurança, estabilidade


ou resistência, por laudo de vistoria, e o proprietário ou responsável técnico, não tomar as
medidas necessárias;

IV - quando for indicada, no laudo de vistoria, necessidade de imediata demolição, parcial


ou total, diante de ameaça iminente de desmoronamento ou ruína.

§ 1º - No caso a que se refere o inciso IV do presente artigo, não atendido o prazo


determinado na intimação, a Prefeitura poderá executar, por determinação do Prefeito, os
serviços necessários às suas expensas, cobrando posteriormente os custos, acrescidos de

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100% (cem por cento), a título de administração.

§ 2º - Se o proprietário ou construtor responsável se recusar a executar a demolição, a


Secretaria de Assuntos Jurídicos - Sajur, por solicitação do órgão competente, deverá
providenciar a medida judicial cabível.

TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Capítulo I
DAS RELAÇÕES COM A LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Nas edificações existentes que não estejam de acordo com as exigências


Art. 95 -
estabelecidas nesta lei, serão permitidas somente obras que não venham agravar as
transgressões anteriores.

Parágrafo Único - Mediante legislação específica, será permitida a legalização das obras
que, através dos dados cadastrais, eram comprovadamente existentes por ocasião da
promulgação da presente lei complementar.

Nos edifícios a construir, em zonas onde é obrigatório o recuo frontal, serão


Art. 96 -
permitidos, nesse recuo, os seguintes balanços acima do pavimento térreo.

I - de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), quando o referido recuo for 7,00 m (sete
metros) no mínimo;

II - de 1,00 m (um metro), quando o referido recuo for de 3,00 (três metros) no mínimo.

Parágrafo Único - Somente serão permitidas saliências em qualquer fachada, além dos
recuos mínimos exigidos para ornamentos, caixas de ar condicionado e jardineiras até no
máximo de 0,40 m (quarenta centímetros).

* Parágrafo Único com redação dada pela Lei Complementar nº 557 de 28 de dezembro de
2005

Capítulo II
DA COMISSÃO CONSULTIVA DO CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES

Art. 97 -Fica criada a Comissão Consultiva do Código de Edificações com as seguintes


finalidades:

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37/38

I - deliberar sobre casos omissos deste Código;

II - encaminhar sugestões sobre alterações a serem introduzidas neste Código;

III - opinar sobre as propostas de alterações deste Código, inclusive as de iniciativa do


Executivo e Legislativo;

IV - opinar sobre a legislação complementar que se fizer necessária.

§ 1º - A Comissão a que se refere este artigo é composta pelos seguintes membros:

I - membros permanentes:

a) sete representantes da Prefeitura, a serem designados pelo Prefeito Municipal por


decreto;
* Alínea com redação dada pela Lei Complementar nº 343 de 06/07/99 (DOM de 07/07/99).
b) um representante da Câmara Municipal de Santos;
c) um representante da Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada
Santista - ASSECOB;
d) um representante do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no
Estado de São Paulo - SINDUSCON;
e) um representante do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e
Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo - SECOVI;
f) um representante do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil;
g) um representante do Sindicato dos Arquitetos de São Paulo;
h) um representante do Sindicato dos Engenheiros;
i) um representante da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos - AEAS;
j) um representante da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
l) um representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB.

II - membros variáveis: cinco representantes de entidades da sociedade civil, aprovadas


pelos membros permanentes, mediante inscrição aberta ao público, de acordo com o
regimento interno.

§ 2º - A Comissão Consultiva do Código de Edificações elaborará seu Regimento Interno, a


ser aprovado pelo Prefeito, mediante decreto.

Esta lei complementar entra em vigor na data da publicação, revogadas as


Art. 98 -
disposições em contrário, em especial a Lei nº 3530, de 16 de abril de 1968, e suas
alterações.

Registre-se e publique-se.
Palácio "José Bonifácio", em 06 de julho de 1993.

DAVID CAPISTRANO FILHO


Prefeito Municipal

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CLAUDIO ABDALA
Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano

Registrada no livro competente.


Departamento Administrativo da Secretaria de Assuntos Jurídicos, em 14 de julho de l993.

ÂNGELA SENTO SÉ MARQUES


Chefe do Departamento

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