Modelo Do Projeto EJA
Modelo Do Projeto EJA
Modelo Do Projeto EJA
RESUMO
Essa pesquisa tem como objetivo analisar na pratica o processo de ensino de jovens e adultos. A
Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema educacional do país, caracteriza-se como uma
modalidade de ensino, amparada por lei e voltada para pessoas que não tiveram acesso, por algum
motivo, ao ensino regular na idade apropriada de acordo ao que se instaurou na Constituição
Federal de 1988.Defendemos que ensinar ciências pode formar cidadãos mais críticos. Assim,
ensinar ciências permite ao cidadão uma melhor interação com o mundo. Essa investigação visou
avaliar o ensino dos conceitos científicos sobre substância na EJA. Desta forma, planejamos e
desenvolvemos intervenções pedagógicas (IPs) com abordagem nas relações Ciência-
TecnologiaSociedade-Ambiente (CTSA). Estudamos os processos de apropriação conceitual por
meio da Análise da Conversação (AC) produzido nestas IPs. Pautada em bases sócio-históricas e
culturais desenvolvemos uma pesquisa-ação. Os resultados permitem inferir que o ensino-
aprendizagem dos conceitos químicos com enfoque CTSA realizado na EJA parece colaborar para a
apropriação dos conceitos das entidades constituintes da matéria. Além do que, explicitou o vínculo
entre o mundo do trabalho (contexto que caracteriza e define o sujeito da EJA) e a ciência química,
fato que promoveu as relações professor-aluno-conhecimento científico.
1. INTRODUÇÃO
Por essas razões, de acordo com a autora, a Educação de Jovens e Adultos tem sido
identificada, ao longo da história brasileira recente, com as campanhas de alfabetização, os
programas acelerados de elevação de escolaridade e os exames de certificação de estudos básicos.
Além disso, na cultura globalizada das sociedades contemporâneas, em que a informação, a
comunicação e o conhecimento ocupam posição destacada, cabe à educação das pessoas jovens,
adultas e idosas proporcionar oportunidades de atualização, qualificação, manejo de novas
tecnologias e fruição cultural ao longo da vida, qualquer que seja o nível de escolaridade alcançado
pelos indivíduos e comunidades
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Art. 4 O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante
garantia de: I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria; II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do
ensino médio; […]; VI – oferta de ensino noturno regular adequado às condições do educando;
VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem
trabalhadores as condições de acesso e permanência na Escola; […] (BRASIL, 1988).
Na elaboração dessa pesquisa, percebeu-se a necessidade de explanar e saber do
conhecimento que o professor atuante na EJA tem sobre a andragogia. Esse modelo
andragógico vem da necessidade de auxiliar no processo de ensino/aprendizagem de um
estudante adulto, seus conceitos quando empregados em sala de aula podem enriquecer um
aprendizado e torná-lo mais significativo, relevante e prático. Pois o estudante é elemento
principal da construção do saber, seus pontos de vista e experiências são fatores essenciais para
a construção do conhecimento. Enquanto que o educador nesse processo assume o papel de
facilitador, um mentor que indica o caminho, gerando confiança entre ele e entre os estudantes.
A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino voltada para aqueles que,
por motivo, não tiveram a oportunidade de concluir a educação básica na idade adequada.
Segundo Ribeiro (2001), a alfabetização de adultos é uma prática de caráter político, pois se
destina a corrigir ou resolver uma situação de exclusão, que na maioria das vezes faz parte
de um quadro de marginalização maior.
A maneira de organizar a aula, o tipo de incentivos, as expectativas que depositamos, os
materiais que utilizamos, cada uma destas decisões veicula determinadas experiências
educativas, e é possível que nem sempre estejam em consonância com o pensamento que temos
a respeito do sentido e do papel que hoje em dia tem a educação (ZABALA, 1998, p. 29).
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Segundo Freire (1996, p. 71): “o educador que escuta aprende a difícil lição de
transformar o seu discurso, às vezes necessário, ao aluno, em uma fala com ele”. A instituição
escolar precisa equacionar o que deseja ensinar, com o que os educandos já sabem, o que
desejam saber e o que não julgam significativo às suas vidas.
Nesse sentido Augusto Cury (2003, p.40): Já quando o estudante se sente em casa, ele
não tem vergonha de perguntar sobre determinado assunto que esteja sendo ensinado, sendo
este contato com a professora uma ligação de confiança e amizade, que é o que foi observado,
fazendo com que o seu desenvolvimento seja mais rico de informações. Fonseca (2007, p.70)
descreve que:
Ao perceber que a escola não apenas aceita, mas valoriza os conhecimentos que ele
maneja com certa destreza, o aluno adulto sente-se mais seguro, mais integrado ao fazer
escolar e, principalmente, reconhece que tem valor por si mesmo e por suas decisões.
O professor da EJA deve adotar em sua prática pedagógica metodologias que facilitem e
estimulem o processo de ensino e aprendizagem em seus alunos, pois se trata de pessoas que
não tiveram acesso à escola na idade apropriada e que podem apresentar maiores dificuldades
para aprender se o método adequado não for utilizado. Para Moretto(2011,p.104),
3. MATERIAIS E MÉTODOS
humanidade e do desenvolvimento econômico. Diante disto nossa pesquisa foi baseadas nas
seguintes indagações:
O que é o programa Educação de Jovens e Adultos?
Quais são os desafios da Educação de Jovens e Adultos?
O que fazer para motivar os alunos do EJA?
O professor poderá concluir juntamente com seus alunos, que o uso dos recursos
didáticos é muito importante para uma melhor aplicação do conteúdo, e que, uma maneira de
verificar isso é na aplicação das aulas, onde poderá ser verificada a interação do aluno com o
conteúdo. Os educadores devem concluir que o uso de recursos didáticos deve servir de auxílio
para que no futuro seus alunos aprofundem e ampliem seus conhecimentos e produzem outros
conhecimentos a partir desses. Ao professor cabe, portanto, saber que o material mais
adequado deve ser construído, sendo assim, o aluno terá oportunidade de aprender de forma
mais efetiva e dinâmica.
No processo de ensino-aprendizagem, o aluno é o sujeito e o construtor do processo.
Toda aprendizagem precisa ser embasada em um bom relacionamento entre os elementos que
participam do processo, ou seja, aluno, professor, colegas de turma, diálogo, colaboração,
participação, trabalhos e jogos (brincadeiras) em conjunto ou em grupos, respeito mútuo […].
Através de pesquisas sobre o tema “Educação de Jovens e Adultos”, buscamos através
de artigos, sites, e pesquisa feita por uma plataforma digital podemos perceber que embora a
educação seja sim direito de todos, a muitos fatores que influenciam para que não aconteça.
Com isso, tentamos entender quais reais motivos para as pessoas abandoarem os estudos,
indagamos então se esses jovens e algumas já adultos não tiverem a real vontade de estudar ou
se desejam assim retornar os estudos? E quais dificuldades enfrentam.
“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”
(Constituição Federal Brasileira, 1988).
Partindo então desse pressuposto, através das redes sociais, escolhemos a plataforma do
Instagram e WhatsApp para realizar uma enquete, assim elaboramos algumas perguntas com as
opções de respostas objetivas que com esse modo podemos alcançar uma quantidade de
pessoas, que responderam essas questões de forma rápida e pratica para todos. Assim após o
período em que as questões permanecem visíveis para resposta conseguimos utilizar os
resultados da pesquisa.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este artigo pretendeu refletir sobre o Ensino de Jovens e Adultos em uma escola da
cidade de Lages, SC, no que diz respeito às metodologias aplicadas e as dificuldades
encontradas. Conforme os dados coletados apresentados por meio de gráficos e sua análise, o
processo de ensino aprendizagem é mediado pela utilização de quadro, cartilhas e livros.
5. CONCLUSÃO
A Educação de Jovens e Adultos, pela sua especificidade, deve ser pensada de forma
diferente das outras modalidades educacionais, porque envolve sujeitos que, nas últimas décadas,
tiveram o acesso garantido, mas não a possibilidade da permanência na escola em decorrência de
vários fatores, como econômicos, sociais, políticos e culturais que interferem direta ou
indiretamente no progresso do processo educacional. É importante ressignificar o lugar “simbólico”
desses alunos, ajudá-los a superar o rótulo de fracassados e retomar com eles sua posição de sujeitos
no processo educativo; ouvir esses jovens e conhecer suas histórias é importante para que se possa
ver com outros olhos essa realidade, desmistificar ideias preconcebidas e rótulos que
frequentemente são dirigidos a eles, “naturalizando” esse espaço como um local de alunos
fracassados, atrasados, inferiores, identificados como jovens que não lograram concluir seus estudos
nos padrões definidos pela escola regular.
Pelo exposto, percebe-se que o grande problema ocorrido com os programas de
alfabetização de adultos em nosso país é a falta de continuidade, pois, como se pode perceber, os
vários programas de erradicação do analfabetismo na Região Nordeste têm assumido a faceta de
campanhas; como na medicina se faz campanha de erradicação de certas doenças, na Educação de
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Jovens e Adultos também se percebe essa ilusão de que através de campanhas se pode “erradicar
essa chaga na educação brasileira”; os vários programas de erradicação do analfabetismo neste país
são extintos quando mudam os governantes, e tudo isso por motivos políticos.
Na educação de jovens e adultos, a abordagem da aprendizagem significativa está
efetivamente integrada na formação dos conhecimentos dos alunos e não apenas nos conhecimentos
adquiridos através da memória, pois a importância está na aprendizagem e não na educação. É
preciso escolher temas e questões que sejam relevantes para os alunos, para que eles se sintam
engajados em sua avaliação, procurando enfatizar a cultura popular, a religião, a mídia
e principalmente a vida da história.
A educação de jovens e adultos é mais do que um direito: é a chave do século XXI; resulta
no exercício da cidadania e na condição de plena participação na sociedade. A primeira educação de
qualidade para jovens e adultos requer protagonismo da escola, inovação educacional, senso de
diversidade, diálogo democrático organizado e convivência plural.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17a ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988.
RIBEIRO, V.M.M. (Org.) Educação para jovens e Adultos: ensino fundamental: proposta
curricular. Brasília: MEC, 2005.
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