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1.

(Enem 2017) Mas era sobretudo a lã que os compradores, vindos da Flandres ou da Itália,
procuravam por toda a parte. Para satisfazê-los, as raças foram melhoradas através do aumento
progressivo das suas dimensões. Esse crescimento prosseguiu durante todo o século XIII, as
abadias da Ordem de Cister, onde eram utilizados os métodos mais racionais de criação de gado,
desempenharam certamente um papel determinante nesse aperfeiçoamento.

DUBY. G. Economia rural e vida no campo no Ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1987
(adaptado).

O texto aponta para a relação entre aperfeiçoamento da atividade pastoril e avanço técnico na
Europa ocidental feudal, que resultou do(a)
a) crescimento do trabalho escravo.
b) desenvolvimento da vida urbana.
c) padronização dos impostos locais.
d) uniformização do processo produtivo.
e) desconcentração da estrutura fundiária.

2. (Enem PPL 2016) No aniversário do primeiro decênio da Marcha sobre Roma, em outubro de
1932, Mussolini irá inaugurar sua Via dell Impero; a nova Vida Sacra do Fascismo, ornada com
estátuas de César, Augusto, Trajano, servirá ao culto do antigo e à glória do Império Romano e
de espaço comemorativo do ufanismo italiano. Às sombras do passado recriado ergue-se a nova
Roma, que pode vangloriar-se e celebrar seus imperadores e homens fortes; seus grandes
poetas e apólogos como Horácio e Virgílio.

SILVA, G. História antiga e usos do passado: um estudo de apropriações da Antiguidade sob o


regime de Vichy. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).

A retomada da Antiguidade clássica pela perspectiva do patrimônio cultural foi realizada com o
objetivo de
a) afirmar o ideário cristão para reconquistar a grandeza perdida.
b) utilizar os vestígios restaurados para justificar o regime político.
c) difundir os saberes ancestrais para moralizar os costumes sociais.
d) refazer o urbanismo clássico para favorecer a participação política.
e) recompor a organização republicana para fortalecer a administração estatal.

3. (Enem PPL 2020)


A divisão representada do território alemão refletia um contexto geoestratégico de busca por
a) espólio de guerra.
b) áreas de influência.
c) rotas de navegação.
d) controle do petróleo.
e) monopólio do comércio.

4. (Enem PPL 2018) Quanto aos campos de batalha, os nomes de ilhas melanésias e
assentamentos nos desertos norte-africanos, na Birmânia e nas Filipinas tornaram-se tão
conhecidos dos leitores de jornais e radiouvintes quanto os nomes de batalhas no Ártico e no
Cáucaso, na Normandia, em Stalingrado e em Kursk. A Segunda Guerra Mundial foi uma aula de
geografia.

HOBSBAWM, E. Era dos extremos – o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras,
1997 (adaptado).

Um dos principais acontecimentos do século XX, a Segunda Grande Guerra (1939-1945) foi
interpretada no texto como uma aula de geografia porque
a) teve-se ciência de lugares outrora ignorados.
b) foram modificadas fronteiras e relações interestatais.
c) utilizaram mapas estratégicos os exércitos nela envolvidos.
d) tratou-se de um acontecimento que afetou a economia global.
e) tornou o continente europeu o centro das relações internacionais.

5. (Enem 2012)

Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão chegaria para apaziguar a agonia, o
autoritarismo militar e combater a tirania. Claro que, em tempos de guerra, um gibi de um herói
com uma bandeira americana no peito aplicando um sopapo no Furer só poderia ganhar
destaque, e o sucesso não demoraria muito a chegar.

COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: crítica. Disponível em: www.revistastart.com.br.


Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).

A capa da primeira edição norte-americana da revista do Capitão América demonstra sua


associação com a participação dos Estados Unidos na luta contra
a) a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial.
b) os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.
c) o poder soviético, durante a Guerra Fria.
d) o movimento comunista, na Segunda Guerra do Vietnã.
e) o terrorismo internacional, após 11 de setembro de 2001.

6. (Enem cancelado 2009) O objetivo de tomar Paris marchando em direção ao Oeste era, para
Hitler, uma forma de consolidar sua liderança no continente. Com esse intuito, entre abril e junho
de 1940, ele invadiu a Dinamarca, a Noruega, a Bélgica e a Holanda. As tropas francesas se
posicionaram na Linha Maginot, uma linha de defesa com trincheiras, na tentativa de conter a
invasão alemã.

Para a Alemanha, o resultado dessa invasão foi


a) a ocupação de todo o território francês, usando-o como base para a conquista da Suíça e da
Espanha durante a segunda fase da guerra.
b) a tomada do território francês, que foi então usado como base para a ocupação nazista da
África do Norte, durante a guerra de trincheiras.
c) a posse de apenas parte do território, devido à resistência armada do exército francês na Linha
Maginot.
d) a vitória parcial, já que, após o avanço inicial, teve de recuar, devido à resistência dos
blindados do general De Gaulle, em 1940.
e) a vitória militar, com ocupação de parte da França, enquanto outra parte ficou sob controle do
governo colaboracionista francês.

7. (Enem 2021) Nem guerras, nem revoltas. Os incêndios eram o mais frequente tormento da
vida urbana no Regnum Italicum. Entre 880 e 1080, as cidades estiveram constantemente
entregues ao apetite das chamas. A certa altura, a documentação parece vencer pela insistência
do vocabulário, levando até o leitor mais crítico a cogitar que os medievais tinham razão ao tratar
aqueles acontecimentos como castigos que antecediam o julgamento final. Como um quinto
cavaleiro apocalíptico, o incêndio agia ao feitio da peste ou da fome: vagando mundo afora,
retornava de tempos em tempos e expurgava justos e pecadores num tormento derradeiro, como
insistiam os textos do século X. O impacto acarretado sobre as relações sociais era imediato e
prolongava-se para além da destruição material. As medidas proclamadas pelas autoridades
faziam mais do que reparar os danos e reconstruir a paisagem: elas convertiam a devastação em
uma ocasião para alterar e expandir não só a topografia urbana, mas as práticas sociais até então
vigentes.

RUST, L. D. Uma calamidade insaciável. Rev. Bras. Hist., n. 72. maio-ago. 2016 (adaptado).

De acordo com o texto, a catástrofe descrita impactava as sociedades medievais por proporcionar
a
a) correção dos métodos preventivos e das regras sanitárias.
b) revelação do descaso público e das degradações ambientais.
c) transformação do imaginário popular e das crenças religiosas.
d) remodelação dos sistemas políticos e das administrações locais.
e) reconfiguração dos espaços ocupados e das dinâmicas comunitárias.

8. (Enem 2019) A cidade medieval é, antes de mais nada, uma sociedade da abundância,
concentrada num pequeno espaço em meio a vastas regiões pouco povoadas. Em seguida, é um
lugar de produção e de trocas, onde se articulam o artesanato e o comércio, sustentados por uma
economia monetária. É também centro de um sistema de valores particular, do qual emerge a
prática laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro, a inclinação para o
luxo, o senso da beleza. E ainda um sistema de organização de um espaço fechado com
muralhas, onde se penetra por portas e se caminha por ruas e praças e que é guarnecido por
torres.

LE GOFF, J.; SCHMITT, J.-C. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006.

No texto, o espaço descrito se caracteriza pela associação entre a ampliação das atividades
urbanas e a
a) emancipação do poder hegemônico da realeza.
b) aceitação das práticas usurárias dos religiosos.
c) independência da produção alimentar dos campos.
d) superação do ordenamento corporativo dos ofícios.
e) permanência dos elementos arquitetônicos de proteção.

9. (Enem PPL 2018) TEXTO I

É da maior utilidade saber falar de modo a persuadir e conter o arrebatamento dos espíritos
desviados pela doçura da sua eloquência. Foi com este fim que me apliquei a formar uma
biblioteca. Desde há muito tempo em Roma, em toda a Itália, na Germânia e na Bélgica, gastei
muito dinheiro para pagar a copistas e livros, ajudado em cada província pela boa vontade e
solicitude dos meus amigos.

GEBERTO DE AURILLAC. Lettres. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da


Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.

TEXTO II

Eu não sou doutor nem sequer sei do que trata esse livro; mas, como a gente tem que se
acomodar às exigências da boa sociedade de Córdova, preciso ter uma biblioteca. Nas minhas
prateleiras tenho um buraco exatamente do tamanho desse livro e como vejo que tem uma letra e
encadernação muito bonitas, gostei dele e quis comprá-lo. Por outro lado, nem reparei no preço.
Graças a Deus sobra-me dinheiro para essas coisas.

AL HADRAMI. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. A Península Ibérica entre o Oriente


e o Ocidente: cristãos, judeus e muçulmanos. São Paulo: Atual, 2002.

Nesses textos do século X, percebem-se visões distintas sobre os livros e as bibliotecas em uma
sociedade marcada pela
a) difusão da cultura favorecida pelas atividades urbanas.
b) laicização do saber, que era facilitada pela educação nobre.
c) ampliação da escolaridade realizada pelas corporações de ofício.
d) evolução da ciência que era provocada pelos intelectuais bizantinos.
e) publicização das escrituras, que era promovida pelos sábios religiosos.

10. (Enem 2015) No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média – no Ocidente –
nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial –
digamos modestamente artesanal – que ele apareceu, como um desses homens de ofício que se
instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é
escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em resumo, um intelectual – esse
homem só aparecerá com as cidades.

LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010

O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a)


a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.
b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho.
c) importância organizacional das corporações de ofício.
d) progressiva expansão da educação escolar.
e) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.

11. (Enem PPL 2014) Veneza, emergindo obscuramente ao longo do início da Idade
Média das águas às quais devia sua imunidade a ataques, era nominalmente
submetida ao Império Bizantino, mas, na prática, era uma cidade-estado
independente na altura do século X. Veneza era única na cristandade por ser uma
comunidade comercial: “Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas”, como um
surpreso observador do século XI constatou. Comerciantes venezianos puderam
negociar termos favoráveis para comerciar com Constantinopla, mas também se
relacionaram com mercadores do islã.

FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo de islã, de Maomé à Reforma. Rio de


Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média, dinamizadas por centros
como Veneza, reflete o(a)
a) importância das cidades comerciais.
b) integração entre a cidade e o campo.
c) dinamismo econômico da Igreja cristã.
d) controle da atividade comercial pela nobreza feudal.
e) ação reguladora dos imperadores durante as trocas comerciais.
12. (Enem 2009) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela
dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho
trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades
morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é
indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania


a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de
qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de
trabalhar.
b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma
concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os
habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser
dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham
tempo para resolver os problemas da cidade.

13. (Enem PPL 2016) Os escravos tornam-se propriedade nossa seja em virtude da lei civil, seja
da lei comum dos povos; em virtude da lei civil, se qualquer pessoa de mais de vinte anos permitir
a venda de si própria com a finalidade de lucrar conservando uma parte do preço da compra; e
em virtude da lei comum dos povos, são nossos escravos aqueles que foram capturados na
guerra e aqueles que são filhos de nossas escravas.

CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade. São Paulo: Graal, 2003.

A obra Institutas, do jurista Aelius Marcianus (século III d.C.), instrui sobre a escravidão na Roma
antiga. No direito e na sociedade romana desse período, os escravos compunham uma
a) mão de obra especializada protegida pela lei.
b) força de trabalho sem a presença de ex-cidadãos.
c) categoria de trabalhadores oriundos dos mesmos povos.
d) condição legal independente da origem étnica do indivíduo.
e) comunidade criada a partir do estabelecimento das leis escritas.

14. (Enem 2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas
oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos
patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus
conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois
deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon.

COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000.


A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à
a) adoção do sufrágio universal masculino.
b) extensão da cidadania aos homens livres.
c) afirmação de instituições democráticas.
d) implantação de direitos sociais.
e) tripartição dos poderes políticos.

15. (Puccamp 2019) Considera-se importante legado cultural da Grécia antiga para o Mundo
Ocidental,
a) o direito, especificamente o canônico, que se traduzia por um conjunto de normas que regulava
a vida da comunidade.
b) o teatro épico, dividido em tragédia e comédia, gêneros encenados, respectivamente, para a
aristocracia e para o povo.
c) o esporte, a exemplo das Olimpíadas ou do Decatlo, competições de homens e mulheres em
louvor à capacidade humana de superação física.
d) a política, particularmente o regime democrático, ao introduzir o princípio da legitimidade da
decisão por maioria, com o voto universal e secreto.
e) a filosofia, na qual tem lugar o movimento sofista, que negava a existência de verdades
absolutas e afirmava a importância da argumentação.

16. (Unesp 1993) A civilização grega atingiu extraordinário desenvolvimento. Os ideais gregos de
liberdade e a crença na capacidade criadora do homem têm permanente significado. Acerca do
imenso e diversificado legado cultural grego, é correto afirmar que:
a) a importância dos jogos olímpicos limitava-se aos esportes.
b) a democracia espartana era representativa.
c) a escultura helênica, embora desligada da religião, valorizava o corpo humano.
d) os atenienses valorizavam o ócio e desprezavam os negócios.
e) poemas, com narrações sobre aventuras épicas, são importantes para a compreensão do
período homérico.

17. (Enem 2019) Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou
sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos
ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena
que não foi a casa”; “podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas; há um
fogo ótimo para cozinhá-las”.

HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).

A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte
processo socioespacial:
a) Restrição da propriedade privada.
b) Expropriação das terras comunais.
c) Imposição da estatização fundiária.
d) Redução da produção monocultora.
e) Proibição das atividades artesanais.

18. (Enem 2012)

Na imagem do início do século XX, identifica-se um modelo produtivo cuja forma de organização
fabril baseava-se na
a) autonomia do produtor direto.
b) adoção da divisão sexual do trabalho.
c) exploração do trabalho repetitivo.
d) utilização de empregados qualificados.
e) incentivo à criatividade dos funcionários.

19. (Enem 2004) O consumo diário de energia pelo ser humano vem crescendo e se
diversificando ao longo da História, de acordo com as formas de organização da vida social. O
esquema apresenta o consumo típico de energia de um habitante de diferentes lugares e em
diferentes épocas.
Segundo esse esquema, do estágio primitivo ao tecnológico, o consumo de energia per capita no
mundo cresceu mais de 100 vezes, variando muito as taxas de crescimento, ou seja, a razão
entre o aumento do consumo e o intervalo de tempo em que esse aumento ocorreu. O período
em que essa taxa de crescimento foi mais acentuada está associado à passagem
a) do habitante das cavernas ao homem caçador.
b) do homem caçador à utilização do transporte por tração animal.
c) da introdução da agricultura ao crescimento das cidades.
d) da Idade Média à máquina a vapor.
e) da Segunda Revolução Industrial aos dias atuais.

20. (Enem 1999) A revolução industrial ocorrida no final de século XVIII transformou as relações
do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas
concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas
concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de
trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista
surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito
horas diárias concretizou-se no início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século de decorrentes da legislação trabalhista,
estão relacionadas com
a) expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.
b) a expressiva diminuição da oferta de mão de obra, devido à demanda por trabalhadores
especializados.
c) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.
d) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos
parlamentos.
e) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais europeias.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O texto abaixo, de John Locke(1632-1704), revela algumas características uma determinada
corrente de pensamento.

"Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua
própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa
liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se ao domínio e controle de qualquer
outro poder?
Ao que é óbvio responder que, embora no estado natureza tenha tal direito, a utilização do
mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão terceiros porque, sendo todos
senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da
equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e
muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no abandonar uma condição que, embora livre,
está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade
juntar-se em sociedade com outros estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua
conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade."
(Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991

21. (Enem 2000) Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa
justificar:
a) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.
b) a origem do governo como uma propriedade do rei.
c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
d) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.
e) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.

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