FAETE SF FASE 2 10 Doutrina Do Pecado
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DOUTRINA DO PECADO
GILSON PEREIRA BARBOSA
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10 DOUTRINA DO PECADO
Sumário
03 u Introdução
36 u Conclusão
39 u Referências bibliográficas
q Introdução
Os filósofos com todas as suas teorias e suas escolas não puderam definir o
que é pecado. As religiões e as seitas de certa forma apresentam conflitos acerca
desta doutrina. Onde estaria a resposta? Acreditamos piamente que a teologia,
se amparada pela Bíblia Sagrada, oferecerá a resposta divina concernente a este
assunto. Descobrir a causa das inquietações, das violências, das guerras, da miséria
e tantas outras calamidades é a insaciável busca não resolvida e interminável dos
estudiosos no assunto. Tudo isso tem culminado para um ponto de nostalgia entre
os seres humanos. No entanto, o profeta Jeremias, de forma simples e objetiva, res-
pondeu o porquê das inquietações humanas quando bradou: “De que se queixa,
pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados” (Lm 3.39).
Ignorar a realidade do pecado em toda a sua abrangência é “dar murros em
ponta de faca”, pois aceitemos ou não, ainda que ele esteja numa esfera metafí-
sica e seja estranho ao ser humano, o seu efeito na vida das pessoas e na vivência
social, marginalizando e escravizando o ser que Deus criou para a sua glória, atesta
a sua veracidade e realidade.
Quando Deus acabou a criação, a Bíblia relata que: “... viu Deus tudo quanto
tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto”. Tudo
era harmonia entre Deus e sua criação, quando apareceu Satanás para deformar
e ofuscar a comunhão de Deus com o homem. Contudo, o primeiro ato de Deus
após o ser humano transgredir o mandamento divino foi ir em busca do homem: “E
chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?” (Gn 3.9).
Passamos, a partir dos próximos capítulos, a discutir a questão do pecado por
diversos ângulos. O primeiro ponto será definir a natureza do pecado.
Capítulo
q A natureza do pecado
1
“O pecado é um desafio à justiça de Deus, um roubo à sua misericórdia,
uma zombaria de sua paciência, um desprezo ao seu poder e um des-
dém ao seu amor” (John Bunyan).
O profeta Isaías, no capítulo 59.2 ,apresenta aos hebreus um defeito na comu-
nicação vertical entre estes e Deus: “Mas as vossas iniquidades fazem separação
entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para
que não vos ouça”.
A narrativa da raça humana é apresentada na Bíblia Sagrada basicamente
como o homem num estado de desobediência e rebelião contra o seu criador, e
Deus estabelecendo seu plano para a remissão do homem.
Definição
P odemos dizer a priori que o pecado é um estado mau da alma e/ou da per-
sonalidade. O pecado não é meramente um ato errado praticado isolada-
mente, não é algo apenas concreto e externo, mas é algo inerente e interiormente
fixado na alma do ser humano. Sendo assim, não é só porque determinada pessoa
é qualificada como “boa, de caráter, de moral, etc...” que está isenta de pecar.
Independente das qualidades do ser humano em si, a Palavra de Deus afirma que
todos pecaram: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm
3.23).
As pessoas, em geral, pensam no pecado somente como atos individuais tais
como: roubar, matar, adulterar, mentir. No entanto, pecado é muito mais que isso.
Vejamos:
Neste aspecto, não deve existir ninguém mais importante tomando o lugar que
Deus deve ocupar no coração dos seus filhos. Jesus referiu-se a isso também quando
disse: “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem
ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mt 10.47). Portanto,
ele não queria dizer com isso que os pais não devam ser amados, mas, ele se refere
à posição que deveria ocupar no coração de seus seguidores. A primeira proibição
no decálogo é: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Deus deve ter
a primazia em tudo: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.30). Dar o primeiro lugar a alguém ou a
qualquer objeto em detrimento de Deus redunda em pecado, e é idolatria.
Conceito etimológico
Hamartia
A palavra geralmente usada para o pecado é hamartia e tem o sentido básico
de “errar o alvo”. Seu correspondente na língua hebraica é Chata’th. Myer Pearl-
man, em sua obra Conhecendo as doutrinas bíblicas, afirma que o sentido é o de
errar o alvo: “...como um arqueiro que atira, mas erra; do mesmo modo, o pecador
erra o alvo final da vida”. De hamartia temos o nome desta disciplina: hamartiolo-
gia, que refere-se ao estudo sobre a doutrina do pecado.
Adikia
O Dicionário Internacional de Teologia de Lothar Coenen e Colin Brown, obe-
decendo aos derivados desta palavra, afirma o seguinte acerca desse termo: “co-
meter uma injustiça”, “ato injusto”. Seu derivado em hebraico é avon.
Parabasis
Significa basicamente “violação”, “transgressão”, como no caso de romper um
pacto, uma aliança. No hebraico temos, paralelamente, o termo pesha .
Paraptoma
Seu correspondente em hebraico é resha e significa “inadvertência”, “erro”,
“engano”. Entende-se como alguém que se “desviou para outro lado”.
Capítulo
q A origem do pecado
2
S e Deus é bom, justo, perfeito e quer o bem da humanidade, então de onde
vem o pecado? Qual sua origem? Como aconteceu sua entrada em nosso
Universo?
De fato, saber a sua origem é vital para implantar o remédio eficaz contra este
mal que assola o ser humano. Fingir que o pecado não existe, ignorá-lo, é a tendência
de vários segmentos na sociedade. Mas antes de respondermos à pergunta: “De onde
veio o pecado?”, analisemos algumas teorias que tentam negar esta realidade.
Gnosticismo
E sta teoria continua sendo, assim como foi no passado, uma grave ameaça
para a igreja cristã. Sua propagação deu-se especialmente no período en-
tre os séculos I a III. Numa forma bem simples, podemos definir o gnosticismo como
o movimento cujos adeptos julgam ter “conhecimentos especiais”, superiores aos
cristãos, e uma nova forma de comunicar-se com um Ser Superior. Os gnósticos
identificavam o mal com a matéria, ou seja, a carne com suas paixões, e o bem
como uma substância do espírito. Sendo assim, não há razão para acreditar no pe-
cado, que no caso, seria nada mais que a eterna luta entre o bem e o mal.
Ateísmo
O termo vem do grego atheos, que significa sem Deus . Exatamente por ne-
gar a Deus e viver sem ele, negam o conceito de pecado, porque o peca-
do não pode ser simplesmente contra o ser humano, mas, contra um Ser soberano.
Se assim fosse, as pessoas que não fazem nada de errado contra o seu próximo
poderiam considerar–se boas, justas e isentas de pecado. Não há pecados se não
há atos errados, pensam os ateus.
Hedonismo
P ara os hedonistas o que importa é o prazer e este deve ser desfrutado sem
nenhum sentimento de culpa. O hedonista não está preocupado se algo é
errado, mas antes, se promove prazer. Ceder à tentação é algo normal e resistir a
ela seria perda de tempo. Em nome do prazer é válido todo tipo de prática, princi-
palmente os atos imorais, como o homossexualismo, o lesbianismo, o adultério, etc.
Evolucionismo
Dualismo
Os gnósticos ensinavam que havia na natureza duas forças: a do mundo físico,
identificada com o mal e a do mundo espiritual, identificada com o bem. No caso,
o Deus bíblico não teria criado o mundo físico, pois o mesmo se compunha da ma-
téria, e a matéria é física, e o físico é mal.
O problema de aceitar esta teoria é que somos obrigados a aceitar a ideia de
um poder maligno existente eternamente junto de Deus, ou igual ou mais poderoso
que Ele. Temos de entender que Deus “fez todas as coisas, segundo o conselho da
sua vontade” (Ef 1.11). Sendo Deus onisciente, até mesmo antes de criar o homem
já sabia da entrada do pecado no mundo, no entanto, a sua manifestação na terra
surgiu das decisões voluntárias das criaturas moralmente capacitadas.
A raça humana
De forma voluntária, Adão e Eva pecaram contra Deus. Deus tinha dito ao
casal que poderia comer de toda a árvore... “Mas da árvore do conhecimento
do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comerdes, cer-
tamente morrerás” (Gn 2.17). Contrariando esta palavra a serpente disse que não
morreriam: “Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis” (Gn 3.4).
O diabo, representado pela serpente, semeou a dúvida e colocou em xeque a
veracidade da Palavra de Deus. Cabia à Eva acreditar ou na Palavra de Deus ou
na da serpente.
O diabo insinuou ao casal que Deus estava escondendo um segredo deles e
opinou arbitrariamente que o segredo era a possibilidade de se tornarem deuses
também: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vos-
sos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.5). O erro do casal foi
“esquecer” que Deus os criou com a finalidade de serem criatura e não Criador;
servos e não Senhor. A responsabilidade do ser humano na entrada do pecado no
mundo está em Romanos 5.12: “... por um homem entrou o pecado no mundo”.
Os passos para o pecado deram-se gradativamente: “E viu a mulher que aquela
árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar
entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele
comeu com ela” (Gn 3.6).
Orígenes
Nascido, provavelmente em Alexandria, no Egito, cerca de 185 d.C, faleceu
em Tiro, cerca de 254 d.C. Foi um dos maiores filósofos-teólogos cristãos. Combateu
ferrenhamente o gnosticismo. Para ele, a questão do pecado é universal. Pelo fato
de a alma ter se envolvido com o pecado, nosso corpo teria aprisionado a alma,
entretanto, há uma redenção para esta. O ser humano pecou por sua própria liber-
dade e vontade.
Irineu
Acredita-se que tenha vivido entre 130-200 d.C. Foi um eminente líder e teólo-
go cristão. O gnosticismo sofreu fortes ataques por seu intermédio. Acreditava na
culpabilidade do pecado transmitido pela transgressão de Adão. Cristo tornou-se
pecado em nosso lugar (na sua morte) quando corrigiu o erro e a desobediência
de Adão.
Agostinho
Aurélio Agostinho nasceu no ano de 354 d.C. na província romana ao norte da
África. Foi um competente teólogo cristão. Entendia que o pecado não era um mal
necessário, mas deu-se devido ao livre arbítrio humano. A contaminação e a culpa
são originadas do pecado e este ofende a santidade de Deus.
Cipriano de Cartago
Nasceu em Cartago, África do Norte, cerca de 200 d.C. Aos 46 anos, conver-
teu-se ao cristianismo e abandonou as crenças e práticas religiosas pagãs de sua
família. Afirmou que todos nascem culpados do pecado de Adão e considerava
que mediante o batismo a pessoa obtinha a regeneração.
Capítulo
q A universalidade do pecado
3
C onforme já vimos, o pecado foi um ato livre do casal Adão e Eva. No entan-
to, o pecado não ficou restrito somente a estes, mas estendeu-se a toda a
raça humana. Sendo assim, toda a raça humana passa a ser pecadora por natureza
e o pecado não é uma privação desta, mas antes uma tendência natural.
O único ser cuja natureza humana não se mostrou corruptível desde o seu
nascimento foi o Senhor Jesus Cristo. Vemos isso em Hebreus 7.26: “Por-
que nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores, e feito mais sublime do que os céus”. Quando Deus resolveu destruir a
raça humana através do grande dilúvio, nos dias de Noé, já o fez devido ao pe-
cado do homem. Por causa da pecaminosidade do ser humano, a Bíblia diz que
“... arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em
seu coração” (Gn 6.6). Entretanto, mesmo após o Dilúvio, quando os homens maus
tinham sido mortos pela águas, a Bíblia diz que o homem prosseguiu em sua peca-
minosidade: “...porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua
meninice” (Gn 8.21). O rei Davi ao reconhecer o seu pecado perante o Senhor ex-
clamou: “E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará
justo nenhum vivente” (Sl 143.2). O texto de Isaías 53.6 nos dá uma visão aclarada
do universalismo do pecado: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas;
cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele (Jesus) a
iniquidade de nós todos”.
E m Romanos 3.23 está dito que todos pecaram: “Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus”. Quando Adão pecou ao desobedecer
a Deus, este considerou que toda a raça humana também pecou: “E não foi assim
o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa,
na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para
justificação” (Rm 5.16), e mais: “Portanto, como por um homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os ho-
mens por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Assim, quando do pecado de Adão
no jardim do Éden, ele representava toda a raça humana. Logo, de fato a culpa de
Adão nos pertence. Pelo fato de o pecado de Adão ser imputado a nós, o chama-
mos de “culpa original”. Chamamos assim porque Adão foi quem pecou, mas Deus
imputou o pecado ao ser humano em geral (sua descendência), que não pecou
originalmente, no entanto, recebeu a culpa do pecado. Mas por que Deus conside-
raria culpado alguém que não pecou? Isso não seria injustiça de sua parte?
Neste caso temos de analisar o seguinte:
Não temos como negar que mesmo que não tivéssemos a culpa do pecado
de Adão, pecamos querendo ou não, independentemente.
Deus nos considera culpados de pecado e pecadores, da mesma forma que
Adão. Não é porque foi Adão quem pecou que estamos isentos da culpa,
pois para Deus não há diferença.
Não seria injusto também receber a justificação por intermédio de Cristo se
não aceitarmos ser representados por Adão, no caso do pecado? Ou seja,
se somos representados por Adão, pela sua pecaminosidade, somos também
representados em Cristo, pela remissão dos pecados: “Porque, como pela
desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela
obediência de um muitos serão feitos justos” (Rm 5.19). Esta sublime equivalên-
cia destrói qualquer concepção de injustiça inferida dentro desta questão!
Herança pecaminosa
Novamente, o apóstolo nos fornece uma visão aclarada desta herança cor-
ruptiva do pecado, referindo-se a uma verdade individualmente reconhecida nele:
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com
efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem” (Rm 7.18).
O livre arbítrio
D e fato temos muitas razões para não escolhermos o pecado. O homem tem
capacidade para raciocinar antes de cometer um delito contra Deus. Não
somos máquinas previamente destinadas para fazer o mal ou o bem, sem nenhu-
ma responsabilidade. Quando as pessoas decidem o que fazer, estão utilizando a
liberdade. No entanto, por mais que resistam em escolher a retidão, devem ter em
mente o seguinte:
Pode ser que alguém escolha pecar por não saber nem entender que somos
totalmente pecadores, isto é, o nosso intelecto, as emoções, os desejos, o cora-
ção nos enganam, a ponto de pensarmos que somos bons. Sabedor da natureza
humana, Deus revelou ao profeta Jeremias que: “Enganoso é o coração, mais do
que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jr 17.9). Isto quer dizer que
por melhores que sejam, os indivíduos não são bons no sentido espiritual para com
Deus, não têm um relacionamento de comunhão com o Senhor. A influência deles
na sociedade não os isenta, se caso não reconhecerem a obra de Cristo, a estarem
“... entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância
que há neles, pela dureza do seu coração” (Ef 4.18).
Capítulo
q O pecado original
4
A esta altura já deve estar bem entendida a questão da universalidade do
pecado, pois há inúmeros textos da Bíblia que se referem a este assunto. Os
versículos que seguem apenas reforçam este fato:
“Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o
bem, não há sequer um” (Sl 14.3);
“... pois não há homem que não peque” (1 Rs 8.46);
“Quem poderá dizer: purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado?”
(Pv 20.9).
Não obstante ao costume de chamarmos a natureza pecaminosa humana
de “pecado original”, é melhor entendê-la como sendo “corrupção herdada” ou
“culpa herdada”. É importante saber alguns conceitos teóricos sobre o “pecado
original” avaliados por ideias relevantes e de grande importância ao estudante de
teologia. Destacamos os seguintes posicionamentos:
Pelagianismo
P elágio viveu no século IV (360-420 d.C.). Teólogo britânico, teve uma vida
exemplar e piedosa. A doutrina professada por Pelágio e seus partidários
foi a primeira heresia do Ocidente cristão. Seus conceitos foram desenvolvidos de
forma contundente sobre a hamartiologia. Pelágio não acreditava na existência
do “pecado original”, pois, se a pessoa é capaz de fazer o bem exigido por Deus,
segue-se que sua responsabilidade perante Deus é somente naquilo que ele tem
competência para fazer. No caso, para Pelágio, a pessoa peca isoladamente, mas
não porque possui a natureza pecaminosa herdada, isto é, dela é a decisão de
pecar ou não, é a chamada “liberdade da vontade”. Conforme o respeitado teó-
logo Charles Hodge, em sua obra Teologia sistemática, Pelágio ensinava que, “se
a natureza fosse pecaminosa, então Deus, como o autor da natureza, seria o autor
do pecado”. Sendo assim, o prejuízo do pecado de Adão foi somente a ele mesmo
e não estendido à raça humana.
Em se tratando do “efeito morte” após o pecado, ele (Pelágio) desconsiderava
que esse efeito fosse motivado pelo pecado de Adão, mas que este, pecando ou
não, fatalmente morreria. Segundo este pensamento, a morte nada mais é do que
uma companheira do homem e este, mesmo desconhecendo o evangelho, mas
vivendo uma vida digna, seria capaz de adquirir a vida futura no céu. O julgamento
do homem seria baseado conforme o que ele conhece e o que pratica, ou seja,
unicamente em seus atos individuais.
Contudo, o ensino bíblico contraria a ideia de que somos responsáveis somente
por aquilo que podemos, aquilo que temos a capacidade de fazer. As Escrituras
Sagradas declaram que nos encontrávamos “... mortos em ofensas e pecados”
(Ef 2.1), e que antigamente “... andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os
outros também” (Ef 2.3).
Se a única responsabilidade humana é a capacidade de obedecer a Deus,
fazendo o bem, então, os pecadores extremados, debaixo do jugo do pecado, são
até menos culpados perante Deus do que os cristãos fiéis e esforçados em agradá-
lo por meio da obediência, e isso seria um grande absurdo. No entanto, a Bíblia
afirma: “Sede vós, pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”
(Mt 5.48).
Arminianismo
Ensinava que recebemos de Adão uma natureza corrupta e que, em face dis-
so, o ser humano é incapaz de cumprir os mandamentos de Deus, precisando assim
da ajuda divina. A despeito de termos herdados a pecaminosidade de Adão, não
somos responsáveis pela sua queda. Neste sentido, a culpa do seu pecado não é
imputada ao homem, somente sendo herdada de Adão a incapacidade de obe-
decer a Deus, se este (Deus) não o auxiliar. O plano expiatório previsto por Deus,
por intermédio da morte de Cristo, neutraliza a corrupção herdada de Adão, dizem
os arminianos. A culpa herdada foi removida pela morte de Cristo. A única respon-
sabilidade do homem, ainda concernente ao pecado, seria em relação aos seus
próprios atos voluntários e pelas consequências de tais atos.
A atenção especial dos arminianos está no ensino do livre arbítrio. Para Armí-
nio, embora a salvação seja obra de Deus, o homem pode aceitá-la ou rejeitá-la.
Afirmava que a eleição de Deus para a salvação tem por base em seu propósito
eterno e imutável somente “aqueles que, por intermédio da graça do Espírito Santo,
crerão em seu Filho Jesus”.
Calvinismo
Capítulo
q O pecado imperdoável
5
S abemos que Deus perdoa os pecados cometidos, pois em Marcos 2.7 está
escrito: “Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados,
senão Deus?” Este resgate é levado a efeito através do sangue de Jesus Cristo der-
ramado por nós na cruz do Calvário: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue,
a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1.7). No entanto, se-
gundo Mateus 12.32, parece haver uma “espécie” de pecado que não alcança o
perdão ou não deve ser perdoado. Este trecho bíblico tem levado a várias interpre-
tações e gerado dúvidas nos cristãos, pois afinal: “Deus perdoa ou não todos os pe-
cados cometidos pelo ser humano?”. Sendo assim, existem pecados que podem ser
considerados mais graves que outros? Há gradações de pecados? Os pecados não
são todos iguais?
Antes de analisarmos o texto de Mateus 12.32, que encontra paralelos em Mar-
cos 3.28,29 e Lucas 12.10, analisaremos a questão da transição gradual do pecado.
Distinguindo o pecado
Pecado mortal
A igreja Católica Romana apresenta, para “provar” a existência destas duas
categorias de pecado, o texto de 1João 5.16,17 que diz: “Se alguém vir pecar seu
irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não
pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a
iniquidade é pecado, e há pecado que não é para morte”.
Os pecados graves e cometidos conscientemente são classificados como
mortais ; os pecados praticados na ignorância são chamados de veniais .
Se a pessoa cometer o pecado mortal estará separada de Deus e se não rece-
ber o perdão acabará por ser condenada eternamente.
Quanto ao texto de 1João 5.16,17 há os que interpretam que a morte, que seria
o efeito do pecado, é a morte física, pois de outra forma, se fosse a morte eter-
na, ou seja, a separação de Deus, haveria pecado que levaria o homem à morte
eterna, sobre a qual não adiantaria orar. Os que advogam que seria a morte física
acreditam que Deus alcança a todos com sua graça.
A outra interpretação é a de que a morte referida no texto seja a espiritual. A
verificação final para tal condenação seria a apostasia. A estes apóstatas recaem
a advertência de não orar, visto que já estão terminantemente condenados a eter-
na perdição.
Pecado venial
Este seria o pecado considerado menos grave, não realizado deliberadamente
e sem a consciência do protagonista. A questão que deve ser analisada, entretan-
to, está em que existem pecados considerados “mortais” para a igreja romana.
Aqueles que são praticados inconscientemente o catolicismo considera “pecados
veniais”.
Se para a prática do “pecado mortal” não há solução, o “pecado venial”
pode ser perdoado através das penitências. Mas o que seria o ensino da penitência
segundo a igreja Católica Romana?
Penitência
Esta é a definição da igreja Romana: “A penitência, chamada também confis-
são, é o sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos
depois do batismo. Depois de feito o sinal da Cruz, o católico deve dizer: Eu me
confesso a Deus todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, a todos
os Santos, e a vós, padre, porque pequei. As obras de penitência podem reduzir-se
a três espécies: à oração, ao jejum, à esmola”.
Veremos, mais adiante, que existem casos em que realmente a atitude de orar
por tal pessoa que pratica o pecado deliberadamente se torna uma ação frustran-
te. Estamos falando de pessoas que já determinaram em seus corações persistirem
nos seus caminhos pecaminosos.
Graus de pecado
Quando Jesus estava perante Pilatos, falou a respeito de Judas que o havia
traído e entregue ao Conselho judaico e, posteriormente, aos romanos, identifi-
cando a gravidade do seu pecado: “Respondeu Jesus: Nenhum poder terias con-
tra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior
pecado tem ” (Jo 19.11). Se Pilatos, condenando a Jesus, contrário a sua vontade,
cometia pecado e era passível de condenação, contudo, Judas que foi discípulo
de Jesus, ao pecar deliberada e conscientemente cometeu pecado maior que o
de Pilatos.
“Quando uma alma pecar, por ignorância, contra alguns dos mandamentos
do Senhor, acerca do que não se deve fazer, e proceder contra algum deles...”
(Lv 4.2);
Quando um servo de Deus peca, sua condição perante ele é mais séria se
comparado àquele que ainda nem aceitou o evangelho. Essa situação se agrava
quando se trata de uma autoridade eclesiástica: “Meus irmãos, muitos de vós não
sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1).
Capítulo
q O cristão e o pecado
6
“D uas espécies de paz devem ser mais temidas do que todos os problemas
do mundo: paz com o pecado e paz no pecado” (Joseph Alleine).
O apóstolo João escreveu: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-
nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados,
ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em
nós” (1Jo 1.8-10). Deste texto podemos depreender que sem dúvida o cristão co-
mete pecado. Independente das formas pelas quais se peca, se às escondidas ou
publicamente, se em maior ou menor grau. A Bíblia diz que “... todos estão debaixo
do pecado; como está escrito: Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.9,10).
O que ocorre com o cristão, logo após aceitar a Cristo como Salvador, é um
processo de santificação, não somente no aspecto moral, mas, em todos os senti-
dos. O apóstolo Paulo aos Efésios 2.1,2 lembra aos irmãos o tipo de vida que leva-
vam: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobe-
diência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza
filhos da ira, como os outros também”. Esta vida pecaminosa anteriormente expe-
rimentada é contrastada com a nova vida em Cristo: “Assim que, se alguém está
em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”
(2Co 5.17).
C onforme Romanos 8.1, mesmo se o cristão salvo em Jesus pecar ele ainda
encontra um consolo: “... agora nenhuma condenação há para os que es-
tão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Isto
não quer dizer que ele deva continuar no pecado, ou continuar pecando: “Que
diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo
nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”
(Rm 6.1,2).
O que está evidente ao cristão é que ele é salvo não por obras meritórias, mas
pela maravilhosa graça de Deus: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé;
e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie” (Ef 2.8,9).
Não deixamos de ser seus filhos quando pecamos, pois quando aceitamos a
Cristo a nossa filiação é corroborada pelo Pai: “Amados, agora somos filhos de
Deus” (1Jo 3.2). Se o cristão vier a cometer pecado contra Deus é melhor confessar,
pois “o que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confes-
sa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13). E a garantia do perdão é o Senhor
quem dá: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1Jo 1.9), pois “...o sangue de Jesus
Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1Jo 1.8).
Os cristãos nominais
As pessoas devem entender que não basta seguir determinado movimento re-
ligioso, mas nascer espiritualmente, ou seja, passar pelo processo da regeneração:
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). É por isso digno de repul-
sa o jargão popular dito pelos religiosos de que “todos os caminhos conduzem a
Deus”. O Senhor Jesus não apoiou a ideia de diversos caminhos para a comunhão
com Deus, mas disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao
Pai, senão por mim” (Jo 14. 6).
Não basta pertencer a um grupo religioso para imaginar que está isento de
pecado, e nem mesmo o líder deste movimento está ordenado, ou tem autoridade,
para intermediar o homem e Deus, concedendo aos adeptos o perdão de peca-
dos, como faz o catolicismo romano e outros grupos sectários. A Bíblia afirma que o
único intermediador entre Deus e os homens é o seu Filho Jesus: “Porque há um só
Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1Tm 2.5).
O apóstolo João disse: “Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus
mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (1Jo 2.4).
Capítulo
q As consequências do pecado
7
“S e não fosse pelo pecado, a morte jamais teria tido princípio. Se não fosse
pela morte, o pecado nunca teria tido fim” (Anônimo)
Assim como todo efeito tem uma causa, não seria diferente com o pecado.
Quando Deus deu mandamento ao homem para que não pecasse, o fez com
condições. A não obediência acarretaria males e desconforto aos seres humanos,
a obediência garantiria a ele viver em harmonia em todos os aspectos. O casal
(Adão e Eva), quando pecou contra Deus, tornou-se rebelde contra as leis divinas,
e, portanto, vulnerável aos seus efeitos. Viver segundo os padrões divinos é um vín-
culo que o ser humano tem com o seu criador desde o início. As consequências do
pecado podem ser variadas e afetam as pessoas de muitas formas. Vejamos então
o que ocorreu com a humanidade após o pecado de Adão:
A culpa
Separação de Deus
Morte física
Cristo Jesus, ao ressuscitar, provou que a morte física foi derrotada, contudo,
isto não quer dizer que o ser humano não morrerá. Paulo esclarece que um dia
os mortos em Cristo ressuscitarão: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro ” (1Ts 4.16). Portanto, existe algo real e que os cientis-
tas e os pesquisadores jamais conseguirão êxito ao tentar explicar: a morte. En-
tretanto, a Bíblia fala da origem da morte de uma forma muito simples: “Porque,
se pela ofensa de um só , a morte reinou por esse , muito mais os que recebem a
abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus
Cristo” (Rm 5.17). Jesus, na sua vinda à terra, passou por situações em que as
pessoas tinham sido assoladas pela morte física, mas ao depararem-se com ele
voltaram a viver. Vemos o milagre da ressurreição na Bíblia pelo menos em cinco
ocasiões (Mc 9.35-42; Jo 11.1-44; Lc 7.11-15; At 9.36-41; 20.9-12). Estas passagens
apenas introduzem a vitória de Cristo sobre a morte quando, num futuro, a morte
física será completamente destituída: “Ora, o último inimigo que há de ser aniqui-
lado é a morte” (1Co 15.26).
Morte espiritual
A maioria dos pensadores cristãos acredita que a sentença dada por Deus a
Adão (a de que morreria ao pecar) refere-se à morte espiritual, pois Adão
não morreu fisicamente no mesmo dia, mas, alguns anos depois. Confira os dois
textos a seguir e analise as diferenças de tempo.
“E foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos, e morreu”
(Gn 5.5).
Dizemos que uma pessoa está morta, biblicamente, quando está separada de
Deus no sentido espiritual. Esta “morte” é identificada pelo profeta Ezequiel como
sendo de responsabilidade pessoal: “Eis que todas as almas são minhas; como o
é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa
morrerá” (Ez 18.4). Alguns sectários veem neste texto uma suposta extinção do ser
humano, porém, mais à frente verificamos que se trata da morte no sentido espiritu-
al, pois há possibilidade de a própria pessoa reverter o quadro: “Mas se o ímpio se
converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e
proceder com retidão e justiça, certamente viverá; não morrerá” (Ez 18.21).
O apóstolo Paulo elucidou que, distantes de Deus estamos mortos: “E vos vivi-
ficou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito
que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes
andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensa-
mentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” (Ef 2.1-3).
Morte eterna
q Conclusão
O pecado é uma questão séria, e a pessoa mais bem preparada para en-
tendê-lo em todas as suas nuances são os teólogos. É preciso confrontar
a opinião dos que se propõem a pesquisá-lo de forma apenas racional, pois ainda
que algumas de suas teorias tenham sentido, porém, a palavra final é a Bíblia Sa-
grada. O pecado, do ponto de vista teológico, propaga os seus efeitos negativos
na comunhão direta do homem com Deus, colocando o homem contra o seu cria-
dor, contra ele próprio e contra os seus semelhantes. É esta a causa de tantos males
e desgraças na humanidade.
O Senhor Jesus nos mostra um quadro do ser humano em que não se vê nada
que o exima deste fardo pesado chamado pecado. Graças a Deus por Jesus que
veio restaurar a condição anteriormente perdida pelo homem: “O Espírito do Se-
nhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar
os quebrantados do coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da
vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do
Senhor” (Lc 4.18,19 cf. Is 61.1).
Seicho-No-Ie
D izem não existir na terra nenhum homem pecador, pois Deus jamais criou
pecadores. Negam também a existência das doenças e da morte, as quais
sabemos que são, na realidade, consequências do pecado. Não acreditam que a
morte de Cristo tenha eficácia para perdoar pecados e chegam a afirmar a inexis-
tência do pecado. Dizem que se o pecado existisse realmente, nem os budas todos
do Universo conseguiriam extinguí-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo.
Igreja Local
Espiritismo kardecista
Islamismo
O pecado não é herdado, mas algo que o ser humano adquire ao fazer o
que não deveria. Ensinam que seria o cúmulo Deus condenar a raça hu-
mana por causa de um pecado individual praticado há milhares de anos. Não há
respaldo para a doutrina do pecado herdado nas palavras de Jesus e dos profetas
que viveram antes dele, dizem. As boas obras suplantam as más, sendo assim Cristo
não poderia vir para redimir a raça humana.
Meninos de Deus
D efendem atos imorais (sexo em várias formas) nos conceitos bíblicos, inter-
pretando a Palavra de Deus de forma digna de ser considerada blasfêmia.
Os membros desta seita praticam sexo de forma normal entre eles sem nenhum
constrangimento e são incentivados à prática. É livre, nesta seita, a prática do adul-
tério, do homossexualismo, do sexo entre crianças, sexo grupal e outras perversida-
des. Tudo isso não se constitui em pecado para eles.
Ciência Cristã
Judaísmo
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