Trovadorismo
Trovadorismo
Trovadorismo
Esse movimento, que ocorreu somente na Europa, teve como principal característica a
aproximação da música e da poesia.
Nessa época, as poesias eram feitas para serem cantadas ao som de instrumentos
musicais. Geralmente, eram acompanhadas por flauta, viola, alaúde, e daí o nome
“cantigas”.
Em Portugal, esse movimento teve como marco inicial a Cantiga da Ribeirinha (ou Cantiga
de Guarvaia). Essa cantiga foi escrita pelo trovador Paio Soares de Taveirós, em 1189 (ou
1198, pois não se sabe ao certo o ano em que ela foi produzida).
O trovadorismo teve seu declínio no século XIV, quando começou outro movimento da
segunda época medieval portuguesa: o humanismo.
Características do trovadorismo
Dessa maneira, a igreja medieval era a instituição social mais importante e a maior
representante da fé cristã. Ela que ditava os valores, influenciando diretamente no
comportamento e no pensamento do homem. Assim, somente as pessoas da Igreja
sabiam ler e tinham acesso à educação.
Nesse período, o feudalismo era o sistema econômico, político e social que vigorava.
Baseado em feudos, grandes extensões de terras comandadas pelos nobres, a sociedade
era rural e autossuficiente. Nele, o camponês vivia miseravelmente e a propriedade de
terra dava liberdade e poder.
O trovadorismo português teve seu apogeu nos séculos XII e XIII, entrando em declínio no
século XIV.
O rei D. Dinis (1261-1325) foi um grande incentivador que prestigiou a produção poética
em sua corte. Foi ele próprio um dos mais talentosos trovadores medievais com uma
produção de 140 cantigas líricas e satíricas.
Além dele, outros trovadores que obtiverem grande destaque em Portugal foram:
• Martim Codax
• Aires Teles
Cantigas do trovadorismo
• cantigas de amor
• cantigas de amigo
• cantigas de escárnio
• cantigas de maldizer
Cantigas de amor
Tradução
Cantigas de amigo
Nelas, o trovador procura traduzir os sentimentos femininos, falando como se fosse uma
mulher. Nessa época, a palavra “amigo” significava “namorado” ou “amante”.
Cantigas de escárnio
As cantigas de escárnio são satíricas e irreverentes. Elas reúnem versos que criticam a
sociedade, os costumes e ridicularizam os defeitos humanos, sem identificar a pessoa
satirizada.
Cantiga de escárnio “A Dom Foam quer'eu gram mal” de João Garcia de Guilhade
Quero-me já maenfestar,
e pesará muit'[a] alguém,
mais, sequer que moira por en,
dizer quer'eu do mao mal
e bem da que mui bõa for,
qual nom há no mundo melhor,
quero-[o] já maenfestar.
De parecer e de falar
e de bõas manhas haver,
ela, nõn'a pode vencer
dona no mund', a meu cuidar;
ca ela fez Nostro Senhor
e el fez o Demo maior,
e o Demo o faz falar.
Cantigas de maldizer
Elas reúnem versos que criticam pessoas identificadas, ou seja, são feitas sátiras diretas,
ao contrário das cantigas de escárnio, em que as sátiras são feitas indiretamente, ou seja,
sem identificar as pessoas ofendidas.
Os cancioneiros do Trovadorismo
Eles reúnem cantigas de amor, de amigo, de escárnio e de maldizer, e que foram escritas
por diversos autores.
Estes são os únicos documentos que restaram para o conhecimento das obras do
Trovadorismo e, hoje em dia, podemos encontrá-los em bibliotecas da cidade de Lisboa e
do Vaticano.