Tese Joseane V Gulmine
Tese Joseane V Gulmine
Tese Joseane V Gulmine
CURITIBA
2004
Gulmine, Joseane Valente
Processos de envelhecimento e correlações estrutura-propriedades .
do XLPE / Joseane Valente Gulmine. - Curitiba, 2004.
xvi, 90 f. : il.
CDD 668.423.4
ii
Os resultados deste trabalho foram parcialmente publicados em: Gulmine,
iii
Ao meu marido Everson e meu filho Gustavo.
iv
AGRADECIMENTOS
v
“Preocupe-se mais com o seu caráter do que com sua reputação, porque o
caráter é o que você é e a reputação é o que os outros pensam de você.”
John Wooden
vi
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ........................................................................................................... VIII
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. IX
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E UNIDADES .........................................................XIV
RESUMO ..............................................................................................................................XVI
ABSTRACT .........................................................................................................................XVII
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 3
2.1 O POLIETILENO ............................................................................................................ 3
2.1.1 Polietileno de baixa densidade (LDPE) ..................................................................... 3
2.1.2 Polietileno reticulado (XLPE) ..................................................................................... 6
2.2 ENVELHECIMENTO ARTIFICIAL ACELERADO DE POLÍMEROS ............................ 10
2.2.1 Simulação de intempérie ......................................................................................... 10
2.2.2 Foto- e termo-oxidação do polietileno ..................................................................... 12
3 OBJETIVOS: ........................................................................................................... 25
4 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................ 26
4.1 MATERIAL ................................................................................................................... 26
4.2 SÍNTESE DO XLPE ..................................................................................................... 26
4.3 ENVELHECIMENTO ACELERADO ............................................................................. 26
4.3.1 WOM........................................................................................................................ 26
4.3.2 QUV ......................................................................................................................... 27
4.4 MÉTODOS DE CARACTERIZAÇÃO ........................................................................... 27
4.4.1 Difratometria de raios-X (XRD) .............................................................................. 27
4.4.2 Teor de gel............................................................................................................... 28
4.4.3 Massa molar média entre pontos de reticulação ( Mc ) ............................................ 28
4.4.4 Densidade................................................................................................................ 29
4.4.5 Ensaio Mecânico de Tração .................................................................................... 29
4.4.6 Análise dinâmico-mecânica (DMA).......................................................................... 29
4.4.7 Microscopia eletrônica de varredura (SEM) ............................................................ 30
4.4.8 Espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR).. 30
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 31
5.1 CORRELAÇÕES ENTRE MORFOLOGIA E CONDIÇÕES DE PROCESSAMENTO
DAS AMOSTRAS RETICULADAS NOVAS .......................................................................... 31
5.1.1 Teor de gel............................................................................................................... 32
5.1.2 Massa molar média entre pontos de reticulação Mc .............................................. 34
5.2 EFEITOS DO ENVELHECIMENTO ACELERADO SOBRE A ESTRUTURA E
MORFOLOGIA DE AMOSTRAS DE XLPE ........................................................................... 42
5.2.1 Difratometria de raios-X (XRD) ................................................................................ 42
5.2.2 Ensaio mecânico de tração ..................................................................................... 45
5.2.3 Análise dinâmico-mecânica (DMA).......................................................................... 54
5.2.4 Microscopia eletrônica de varredura (SEM) ............................................................ 58
5.2.5 Espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR).. 62
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 79
CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 84
PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................................... 86
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 87
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 2: Parâmetros usados nos cálculos de Mc a partir de dados de inchamento no equilíbrio. ... 32
Tabela 4: Valores dos parâmetros utilizados nos cálculos quantitativos de carbonilas. ...................... 76
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 4: Variação do teor de gel com a temperatura para várias concentrações de agente reticulante
(DCP): (A) 5 minutos de reação, (B) 10 minutos de reação, (C) 15 minutos de reação e (D) 20
minutos de reação.......................................................................................................................... 33
Figura 5: Correlações entre tempo, temperatura e teor de gel: (A) 0,50 % de DCP, (B) 1,00 % de
Figura 6: Variação de Mc com a temperatura: (A) 5 minutos de reação, (B) 10 minutos de reação, (C)
Figura 8: Correlações entre tempo, temperatura e Mc : (A) 0,50 % de DCP, (B) 1,00 % de DCP, (C)
Condições de cura: 10 min (a), 15 min (b) e 20 min (c) - DCP 0,50%, 150o C (A), e ajuste de
curva por gausseanas para os picos cristalinos e espalhamento amorfo (B). .............................. 38
Figura 10: Modelos de cristalização para o polietileno: (A) estrutura lamelar de Flory e (B) cadeia
dobrada. ......................................................................................................................................... 40
Figura 11: Representação esquemática do modelo morfológico proposto para o XLPE, incorporando
Figura 12: Difratogramas da amostras de XLPE com 84% de teor de gel. .......................................... 43
Figura 13: Difratograma da amostra de XLPE com 84% de teor de gel, mostrando o ajuste dos picos
Figura 14: Variação de cristalinidade com o tempo de envelhecimento: (A) em câmara WOM e (B) em
câmara QUV................................................................................................................................... 44
ix
Figura 15: Superfiície resultante da variação da cristalinidade com o tempo de envelhecimento de
Figura 16: Variação da tensão com a deformação, comparando diferentes amostras submetidas ao
mesmo tempo de envelhecimento – (A) amostras novas, (B) WOM 200h, (C) QUV 100 h, (D)
Figura 17: Variação da tensão com a deformação, comparando diferentes tempos de envelhecimento
para uma mesma amostra – (A) LDPE, (B) XLPE 46 % de gel, (C) XLPE 61 % de gel, (D) XLPE
Figura 18: Variação do módulo elástico com o envelhecimento e teor de reticulação – (A) gráfico
bidimensional (B) gráfico tridimensional para dados de envelhecimento em WOM e (C) gráfico
Figura 19: Variação da tensão de escoamento com o envelhecimento e teor de reticulação – (A)
gráfico bidimensional (B) gráfico tridimensional para dados de envelhecimento em WOM e (C)
Figura 20: Variação da tensão na ruptura com o envelhecimento e teor de reticulação – (A) gráfico
bidimensional (B) gráfico tridimensional para dados de envelhecimento em WOM e (C) gráfico
Figura 21: Variação do alongamento na ruptura com o envelhecimento e teor de reticulação – (A)
gráfico bidimensional (B) gráfico tridimensional para dados de envelhecimento em WOM e (C)
Figura 24: Módulo de Armazenamento E’ para as amostras novas e envelhecidas: (A) em câmara
Figura 25: Variação do módulo de Armazenamento E’ com o teor de gel e com o tempo de
x
Figura 26: Energia de ativação calculada para a relaxação β. ............................................................. 58
Figura 27: Micrografias do LDPE original – (A) ampliação de 50x e (B) ampliação e 500x................. 59
Figura 28: Micrografias do XLPE original com 46% de gel – (A) ampliação de 50x e (B) ampliação e
500x................................................................................................................................................ 59
Figura 29: Micrografias do XLPE original com 84% de gel – (A) ampliação de 50x e (B) ampliação e
500x................................................................................................................................................ 59
Figura 30: Micrografias do LDPE envelhecido por 1600 h em WOM – (A) ampliação de 50x e (B)
Figura 31: Micrografias do LPDE envelhecido por 800 h em QUV – (A) ampliação de 50x e (B)
Figura 32: Micrografias do XLPE com 46% de gel envelhecido por 1600h em WOM – (A) ampliação
Figura 33: Micrografias do XLPE com 46% de gel envelhecido por 800 h em QUV – (A) ampliação de
Figura 34: Micrografias do XLPE com 84% de gel envelhecida por 1600 h em WOM – (A) ampliação
Figura 35: Micrografias do XLPE com 84% de gel envelhecido por 800 h em QUV – (A) ampliação de
Figura 36: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714
cm-1 com o tempo de envelhecimento nas amostras de LDPE – (A) WOM e (B) QUV. ............... 62
Figura 37: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714
cm-1 com o tempo de envelhecimento nas amostras de XLPE com 46% de teor de gel – (A) WOM
e (B) QUV....................................................................................................................................... 63
Figura 38: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714
cm-1 com o tempo de envelhecimento nas amostras de XLPE com 61% de teor de gel – (A) WOM
e (B) QUV....................................................................................................................................... 63
xi
Figura 39: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714
cm-1 com o tempo de envelhecimento nas amostras de XLPE com 71% de teor de gel – (A) WOM
e (B) QUV....................................................................................................................................... 63
Figura 40: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714
cm-1 com o tempo de envelhecimento nas amostras de XLPE com 84% de teor de gel – (A) WOM
e (B) QUV....................................................................................................................................... 64
Figura 41: Espectro de infravermelho da faixa total varrida com assinalamento das principais bandas.
Figura 42: Ampliação espectral na região de bandas referentes às absorções do anel benzênico do
Figura 43: Espectros resultantes da subtração entre o espectro do XLPE original com 84% de teor de
gel e o espectro do LDPE original, mostrando: (A) escala total, (B) região de carbonila da
acetofenona em 1692 cm-1 e (C) região de outras bandas atribuídas à acetofenona em 1375 e
Figura 44: Regiões do espectro onde ocorrem absorções dos diferentes produtos de degradação do
LDPE envelhecido em QUV por 100h: (A) absorções de OH, (B) absorções de grupos C=C. .... 67
Figura 45: Variação dos índices de vinilas com o tempo de envelhecimento: (A) WOM e (B) QUV. .. 68
Figura 46: Variação dos índices de hidroxilas com o tempo de envelhecimento: (A) WOM e (B) QUV.
....................................................................................................................................................... 69
Figura 47: Regiões do espectro onde ocorrem absorções dos diferentes grupamentos carbonílicos
Figura 48: Espectros de FTIR com ampliação da região onde aparecem as bandas dos diferentes
tipos de carbonilas para amostras envelhecidas de LDPE – (A) WOM e (B) QUV....................... 70
Figura 49: Espectros de FTIR com ampliação da região onde aparecem as bandas dos diferentes
tipos de carbonilas para amostras envelhecidas de XLPE com 71 % de teor de gel – (A) WOM e
(B) QUV.......................................................................................................................................... 71
Figura 50: Variação do índice de carbonilas totais com o tempo de exposição para as amostras
xii
Figura 51: Variação do índice de carbonilas totais com o tempo de exposição e teor de reticulação
Figura 52: Região do espectro de FTIR utilizado para o ajuste de curva em lorentzianas, separando
as áreas das diferentes carbonilas. Curvas em verde representam as áreas separadas, curva em
Figura 53: Variação do índice de carbonila de cetona (1714 cm-1) com o tempo de exposição e teor de
Figura 54: Variação do índice de carbonila de éster (1736 cm-1) com o tempo de exposição e teor de
Figura 55: Variação do índice de carbonila de γ-lactona (1773 cm-1) com o tempo de exposição e teor
Figura 56: Teor de carbonilas do tipo cetona formadas durante a exposição nas câmaras de
Figura 57: Teor de carbonilas do tipo éster formadas durante a exposição nas câmaras de
Figura 58: Teor de carbonilas do tipo γ-lactona formadas durante a exposição nas câmaras de
Figura 60: Variação da concentração de carbonilas do tipo éster formadas durante o envelhecimento
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E UNIDADES
xiv
TGA - thermal gravimetric analysis, análise termogravimétrica
OIT - oxidative induction time, tempo de indução para oxidação
DTA - differential thermal analysis, análise térmica diferencial
CO monóxido de carbono
CO2 dióxido de carbono
m2 - metro quadrado
Mw - massa molar médio ponderal
Mn - massa molar médio numérico
g - grama
cm - centímetro
min - minuto
DCP - dicumyl peroxide, peróxido de dicumila
m/m - razão massa/massa
h - hora
λ - comprimento de onda
Å - angstrom
θ - ângulo teta
mL - mililitro
P.A. - pureza analítica
ASTM - american standards for testing and materials
ZnSe - seleneto de zinco
KBr - brometo de potássio
CsI - iodeto de césio
DTGS - alanina dopada com sulfato de triglicina deuterada em janelas de CsI
V - volume
ρ - densidade
Vr - volume reduzido
χ - parâmetro de interação polímero-solvente
V1 - volume molar do solvente
R - constante dos gases
T - temperatura
Msolv - massa do solvente
ρsolv - densidade do solvente
Tm - temperatura de fusão
Tg - temperatura de transição vítrea
β - relaxação beta
γ - relaxação gama
TSC - thermally stimulated current, corrente termicamente estimulada
DEA - dielectric analysis, análise dielétrica
E’ - módulo de armazenamento
E” - módulo de perda
F - freqüência
A - na equação 3 é uma constante de proporcionalidade
Ea - energia de ativação
J - Joule
cm-1 - unidade de número de onda
EPL effective path length, caminho óptico efetivo
xv
RESUMO
xvi
ABSTRACT
xvii
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O POLIETILENO
CH3 H H CH3 H H
H 3C C O + C C H 3C C O C C
CH3 H H CH3 H H
CH3 H H H H CH3 H H H H
H3C C O C C + C C H3C C O C C C C
CH3 H H H H CH3 H H H H
CH3 H H H H H H CH3 H H H H
H3C C O C C C C + C C H3C C O C C C C
CH3 H H H H H H CH3 H H H H
n-1 n
CH3 H H H H H H H H CH3
H3C C O C C C C C C C C O C CH3
CH3 H H H H H H H H CH3
n m
combinação de macrorradicais
CH3 H H H H H H H H CH3
H3C C O C C C C C C C C O C CH3
CH3 H H H H H H H H CH3
n m
5
CH3 H H H H H CH3
H H H
H3C C O C C C C C C C C O C CH3
CH3 H H H H H H H H CH3
n m
desproporcionamento
CH3 H H H H H H H CH3
H3C C O C C C C H C C C C O C CH3
CH3 H H H H H H H H CH3
n m
CH2 C H
H H
H
CH2 C CH2 C
H H H
CH2 C
H H
CH2
CH2
H H
CH2 C CH2 C
CH2 CH2
CH2 CH2
6
CH2 H
CH2 CH2 C (CH2)3 CH3
CH2 CH2
H H
CH2 CH2
C (CH2)3 CH3
CH2
CH3
CH3 CH3
R C O R C OH
CH3 CH3
OCH3 OCH3
OCH3 OCH3
OCH3 OCH3
OCH3 OH
hidrólise
CH2 CH2 Si OCH3 CH2 CH2 Si OH 3CH3OH
OCH3 OH
OH HO
CH2 CH2 Si OH HO Si CH2 CH2
OH HO
OH HO
CH2 CH2 Si O Si CH2 CH2
OH HO
8
H H
C C
hν C C
H H H
H
C CH2
2 C C
H CH2 C
C O O C
CH3 CH3
superiores ao LDPE.
C O O C C O O C
CH3 H CH3 H
C O + C C C OH + C C
CH3 H H CH3 H
H
C CH2
2 C C
H CH2 C
luz solar
lâmpada de arco-carbono
lâmpada de arco-xenônio
lâmpada flourescente UV
W/m .nm
2
O H H H
O* CH O CH OH CH
hν
C CH2 CH2 CH
C CH2 C CH2 C CH2 + CH2
CH2 CH2
O
C CH3
14
O2 O O
O2
H2O2 Radicais
amorfa é oxidada. No segundo estágio uma vez exaurida a oxidação da fase amorfa,
os índices de hidroperóxidos e carbonilas são estabilizados, sugerindo que a carga
está atuando como barreira de proteção. Neste sistema não houve formação de γ-
lactona, o que segundo o autor, é devido ao acoplamento dos grupos –OH dos
álcoois com a carga mineral, protegendo estes grupos que seriam os precursores
das γ-lactonas. Fazendo ainda o envelhecimento natural50, os autores observaram
que a diferença entre envelhecimento natural e acelerado foi a formação de fração
insolúvel reticulada na exposição artificial. Foi sugerido que o efeito poderia ser
provocado pela alta intensidade da emissão da lâmpada de UVB em 313 nm que
não é atingida pela luz solar. Novamente, não houve formação de γ-lactonas no
HDPE com CaCO3. Aparentemente, em condições ambientais, a temperatura tem
um papel mais importante do que a umidade relativa.
Khabbaz et. al.51 realizaram envelhecimento térmico no LDPE puro, com a
adição de amido de milho (material biodegradável), fotosensibilizadores (cromóforos)
e pró-oxidantes (íons metálicos que catalisam a degradação). Amostras com pró-
oxidantes mostraram a mais alta sensibilidade para a degradação, em seguida foram
as amostras de LDPE com amido e pró-oxidantes. LDPE somente com amido de
milho sofreu pouca degradação durante o período de exposição. Utilizando CG-MS
(cromatrografia gasosa acoplada à espectrometria de massa) foram identificados os
principais produtos voláteis formados: o LDPE contendo pró-oxidante deu origem a
ácidos, o LDPE contendo amido e pró-oxidante produziu ácidos e aldeídos e o LDPE
contendo amido ou LDPE puro deram origem a ésteres. Houve aumento de
cristalinidade para todas as amostras, evidenciado por meio de DSC. Surgiram
ombros no pico de fusão que foram atribuídos à cristalização secundária. Ocorreu,
como era de se esperar, diminuição da massa molar. Um grande aumento do índice
de carbonila foi observado na amostra com pró-oxidante. Tudo parece indicar que
prevalece a cisão nos carbonos terciários, reduzindo o grau de ramificação e
aumentando a cristalinidade.
Ainda estudando a influência de cargas nos polímeros, Sólis e Estrada52
incorporaram areia proveniente de pedreiras e de praia no LDPE e submeteram à
foto-degradação acelerada. As modificações sofridas foram acompanhadas por
ensaios mecânicos, GPC (cromatografia por permeação em gel - gel permeation
cromatography) e FTIR. A incorporação da areia não alterou significativamente as
18
CH CH
CH CH CH CH
H H hν H H
O O O O H H
H P O O
H P
H P
93
Wu e colaboradores estudaram o XLPE obtido por foto-reticulação de
placas finas de LDPE na presença de benzofenona. O material foi submetido a um
foto-envelhecimento acelerado, visando comparar dois métodos de estabilização:
adição de HALS e pré-irradiação. Os principais produtos de degradação
identificados por FTIR utilizando a técnica de transmitância foram hidroperóxidos e
grupamentos carbonilícos. O índice de carbonila foi obtido pela razão entre as áreas
da banda de carbonila em 1716 cm-1 e a banda do polímero em 1895 cm-1. Há uma
proposta mecanística para formação de produtos de oxidação.
Celina e George12 estudaram a reticulação feita por peróxido e por silano,
variando as quantidades de ambos os agentes reticulantes. As amostras reticuladas
por silano foram mais sensíveis à foto-oxidação por UV nos testes acelerados. Foi
feita a caracterização por teor de gel, inchamento no equilíbrio e ensaios mecânicos.
Langlois94,95 realizou a foto-reticulação do polietileno e submeteu o material
obtido à termo-degradação. O autor observou que após o período de indução,
ocorria a formação de grupos carbonilados na superfície do material e a
profundidade da degradação era dependente da temperatura e controlada pela
difusão de oxigênio. A densidade aumentava com a oxidação e com o encolhimento
da amostra. Foi observada também perda de massa, provavelmente pela liberação
de CO e CO2. Com curtos tempos de envelhecimento (até 400 h) ocorria uma pós-
reticulação e mudança na morfologia cristalina das amostras envelhecidas acima da
temperatura de fusão. Com longos tempos de envelhecimento (acima de 400h)
ocorria uma mudança do comportamento mecânico, de dúctil para frágil, atribuída à
cisão de cadeias e à oxidação.
25
3 OBJETIVOS:
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAL
O LDPE que serviu como matéria-prima para realização da parte
experimental desta tese foi gentilmente fornecido por Braskem S.A. e segundo o
fabricante tem as seguintes características: Mw =135.000, Mn =15.000, densidade =
0,921 g/cm3 e índice de fluidez = 3,8 g/10 min.
4.3.1 WOM
4.3.2 QUV
amostras foram secas até peso constante (ao redor de 16 h) em estufa a 70o C, para
obter o valor de massa inicial. A diferença entre as massas inchada e seca foi usada
para os cálculos. O Mc obtido a partir dos inchamentos tanto a quente como a frio foi
4.4.4 Densidade
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
[ ]
ν = ρ / Mc = − ln(1− Vr ) + Vr + χVr2 / ρV1 (Vr1/ 3 − Vr / 2) Equação 2
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
0 0
150 155 160 165 170 175 180 150 155 160 165 170 175 180
o
Temperatura de reticulação ( C)
o
Temperatura de reticulação ( C)
(A) (B)
80 80
70 70
60 60
Teor de gel (% m/m)
Teor de gel (% m/m)
50 50
10 10
0 0
150 155 160 165 170 175 180 150 155 160 165 170 175 180
o o
Temperatura de reticulação ( C) Temperatura de reticulação ( C)
(C) (D)
Figura 4: Variação do teor de gel com a temperatura para várias concentrações de agente reticulante (DCP): (A)
5 minutos de reação, (B) 10 minutos de reação, (C) 15 minutos de reação e (D) 20 minutos de reação.
Estes resultados são melhor visualizados nos gráficos 3D das Figuras 5 (A)
a (D), onde o tempo, a temperatura e o teor de gel são variados simultaneamente.
Verifica-se uma tendência à estabilização do teor de gel a partir de 10 min/160o C,
para todas as concentrações de peróxido. Visto que o tempo de meia vida do DCP é
de 14 min a 150o C109, provavelmente o aumento de viscosidade do meio reacional
foi o fator determinante para a ocorrência de um patamar para os diferentes
conteúdos de DCP. Conclui-se com os resultados obtidos que para a obtenção de
XLPE nos níveis comerciais (60 a 85% de teor de gel) é necessária uma
concentração de DCP acima 1,0%.
34
60 80
/m )
)
m/m
l (% m
50 70
%
gel (
de ge
40
60
de
30
Teor
50
Teor
20
40
10
Te
20 0 Te 30
m
m
po
15 170 po 20 180
de
de
o o e
de
çã ra d
re
re
)
ra tic 15
tu o( C)
(C
170
tic
ula tu
10 160 ra ula
ula
pe ç ão
tic era
m la çã 10 160
çã
p
T e ti c u
m
(m
o
Te
5
re in)
(m
150 5 150
re
in)
(A) (B)
85
)
% m/m
80 80
)
m /m
75
70
e gel (
(%
70
60
gel
65
Teor d
50 60
r de
40 55
Te
Teo
20 50
m
Te
30 20
po
180 45
15
po
de
180
15
de
de
re
170 e
a ad
) 170
re
tic
10
t ur o( C tur (o C)
ti c
ula
10
ra ão a
ul
160 e 160 er o
çã
p aç
aç
5 m l m p aç ã
ão
o
T e t ic u 5 T e ic u l
(m
150 t
(m
150 re re
in)
in
)
(C) (D)
Figura 5: Correlações entre tempo, temperatura e teor de gel: (A) 0,50 % de DCP, (B) 1,00 % de DCP, (C) 1,25
% de DCP o e (D) 1,50 % de DCP.
5 5
2,5x10 2,5x10
5 5
2,0x10 2,0x10 0,50 % (m/m) DCP
0,50 % (m/m) DCP 1,00 % (m/m) DCP
1,00 % (m/m) DCP 1,25 % (m/m) DCP
Mc (g/mol)
1,25 % (m/m) DCP 1,50 % (m/m) DCP
Mc (g/mol)
5 5
1,5x10 1,50 % (m/m) DCP 1,5x10
5 5
1,0x10 1,0x10
4 4
5,0x10 5,0x10
0,0 0,0
150 155 160 165 170 175 180 150 155 160 165 170 175 180
o
Temperatura de reticulação ( C) Temperatura de reticulação ( C)
o
(A) (B)
5 5
2,5x10 2,5x10
5 5
2,0x10 0,50 % (m/m) DCP
2,0x10
1,00 % (m/m) DCP
1,25 % (m/m) DCP 0,50 % (m/m) DCP
1,00 % (m/m) DCP
Mc (g/mol)
5 5
1,0x10 1,0x10
4 4
5,0x10 5,0x10
0,0 0,0
150 155 160 165 170 175 180 150 155 160 165 170 175 180
o
Temperatura de reticulação ( C)
o
Temperatura de reticulação ( C)
(C) (D)
Figura 6: Variação de Mc com a temperatura: (A) 5 minutos de reação, (B) 10 minutos de reação, (C) 15
minutos de reação e (D) 20 minutos de reação.
de vinilidenos de cadeias vizinhas, que são sítios mais reativos do que carbonos
107,
terciários fato que foi comprovado pela diminuição significativa da banda de FTIR
em 888 cm-1 ( ver item 5.2.5). Como discutido anteriormente para o teor de gel,
pode-se resumir os principais resultados da seguinte forma: os valores máximos de
Mc obtidos foram: 57.000, 14.000, 8.000 e 6.400 g/mol para as concentrações de
intervalo depende da temperatura. Por exemplo: a 150oC, este valor cai de 240.000
para 76.000 g/mol, para amostras contendo 1,00 % de DCP. Para temperaturas
maiores a queda não é tão drástica, por exemplo, de 53.000 para 22.600 g/mol a
36
4
6x10 0,5% de DCP
4
5x10
4
4x10
Mc (g/mol)
4
3x10
4
2x10
1,0 % de DCP
4
1x10 1,25% de DCP
1,5% de DCP
0
55 60 65 70 75 80 85
Teor de gel (% m/m)
5
2,5x10
5
2,0x10 5
2,0x10
Mc (g/mol)
Mc (g/mol)
5
1,5x10
5
1,5x10
5
5
1,0x10
1,0x10
4
5,0x10
4
5,0x10
150 0,0
5
T em 20 Tem 10 160
per 150 po e
a tu 15 de 15 ad
ra d 160 d e in ) reti
cul 20
170
atur o( C)
e re 10 po o (m açã er o
ticu 170 m
T e la ç ã
o (m 180 mp açã
la ç
ão o 180 5 u in) Te ticul
( C) e t ic re
r
(A) (B)
5
1,8x10
5 4
1,5x10 8,0x10
Mc (g/mol)
5
1,2x10
Mc (g/mol)
4
6,0x10
4
9,0x10
4
4 4,0x10
6,0x10
4
3,0x10 2,0x10
4
Te 5
mp 150 0,0 Te 5
od 10 mp 150 0,0
er 160 od 10
e ti 15 e er
ra d
160
cu 170 eti de
atu (o C)
15
la ç e r cu
laç 170 tura o )
ão 20 180 p o era C
(m Tem ulaçã ão
(
20 180
p
Tem ulaçã
o(
in ) c mi
r et i n) re t ic
(C) (D)
Figura 8: Correlações entre tempo, temperatura e Mc : (A) 0,50 % de DCP, (B) 1,00 % de DCP, (C) 1,25 % de
DCP o e (D) 1,50 % de DCP.
10 minutos
15 minutos
3500 20 minutos
3000
2500
Intesidade (u.a.)
2000
1500
1000
(a)
500
(b)
0 (c)
-500
0 20 40 60
o
2θ ( )
(A)
Data: 10 minutes_A (110)
Model: Gauss o
21.22
Chi^2/DoF = 1138.43429
R^2 = 0.99312 10 minutos
Gauss fit
y0 180 ±0 Gauss fit pico 1
xc1 20.46463 ±0.01819 Gauss fit pico 2
w1 4.96079 ±0.03158 Gauss fit pico 3
A1 3844.98643 ±24.47457
1800 xc2 21.2339 ±0.00175
w2 0.61182 ±0.00402
Intensidade (u.a.)
A2 1246.05602 ±8.93174
xc3 23.64738 ±0.00535
w3 0.72326 ±0.01271 (200)
A3 522.20186 ±10.33973 o
23.63
900
Halo amorfo
0
0 10 20 30
o
2θ ( )
(B)
Figura 9: Difratogramas de raios-X para XLPE completamente reticulado (amostras extraídas). Condições de
cura: 10 min (a), 15 min (b) e 20 min (c) - DCP 0,50%, 150o C (A), e ajuste de curva por gausseanas
para os picos cristalinos e espalhamento amorfo (B).
deveria ser o mesmo tanto nas medidas a temperatura ambiente quanto a quente.
Uma segunda hipótese é que mesmo no estado fundido, devido à grande
viscosidade da massa, algumas regiões manteriam no fundido certo grau de
ordenamento presente no LDPE original, e estes sítios ordenados atuariam como
agentes nucleantes para uma cristalização heterogênea. Estas regiões não estariam
acessíveis aos radicais livres. Além disso, a viscosidade começa a aumentar
drasticamente com a reticulação antes que a quantidade máxima de radicais seja
gerada a 150o C, tornando difícil uma homogeneidade no estado fundido.
A situação resultante nesta segunda hipótese é a existência de duas faixas
de valores de Mc de retículos: longos segmentos de cadeias lineares que participam
dos cristalitos e segmentos curtos confinados na fase amorfa. Este modelo
justificaria as diferenças encontradas para o Mc determinado a temperatura
(A)
Cristalito lamelar
de cadeia dobrada
Moléculas de
amarração
Material amorfo
Superfície do
esferulito
(B)
Figura 10: Modelos de cristalização para o polietileno: (A) estrutura lamelar de Flory e (B) cadeia dobrada.
Figura 11: Representação esquemática do modelo morfológico proposto para o XLPE, incorporando elementos
dos modelos de Flory e da cadeia dobrada.
42
WOM
Estes ensaios foram realizados imitando a luz solar da Flórida às 12:00h,
com ciclos de 102 minutos de luz incidindo a 90o com temperatura de 63oC e
umidade relativa de 60%; e 18 minutos de luz e spray de água deionizada
(simulação de chuva) com temperatura de 50oC e umidade de 80%. Os
envelhecimentos foram realizados nos tempos de 200, 400, 800 e 1600 horas.
QUV
Estes ensaios foram realizados com ciclos de 8 horas com radiação UV
(irradiância máxima em 313 nm) a 60oC e 4 horas de spray de água deionizada a
50oC, incidência a 90º. As amostras foram expostas durante 100, 200, 400, e 800
horas
área2 + área3
% crist = × 100 Equação (1)
área1 + área2 + área3
43
nova
QUV 100h
QUV 800h
WOM 200h
WOM1600h
Intensidade (u.a.)
0 10 20 30 40 50 60
2θ (graus)
y0 142.44352 ±1.87743
xc1 20.51863 ±0.0238
w1 4.13417 ±0.05723
A1 1877.75264 ±29.21228
xc2 21.32814 ±0.00124
w2 0.45667 ±0.00274
Intensidade (u.a.)
A2 990.27844 ±6.21492
xc3 23.65317 ±0.00874
w3 0.67684 ±0.02062
A3 252.21293 ±8.67685
o
23,65 (200)
halo amorfo
10 20 30
2θ (graus)
Figura 13: Difratograma da amostra de XLPE com 84% de teor de gel, mostrando o ajuste dos picos de
cristalinidade e espalhamento amorfo obtido por meio de gausseanas (curvas verdes).
48
50
Cristalinidade (% v/v)
46 48
46 LDPE
44 LDPE XLPE 46% gel
XLPE 46% gel 44 XLPE 61% gel
XLPE 61% gel XLPE 71% gel
42 42 XLPE 84% gel
XLPE 71% gel
XLPE 84% gel
40
40
38
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 0 200 400 600 800
Tempo de envelhecimento (h) Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 14: Variação de cristalinidade com o tempo de envelhecimento: (A) em câmara WOM e (B) em câmara
QUV.
50 54
v/v)
v)
52
ade (% v/
48
Cristalinidade (%
50
46 48
Cristalinid
44 46
44
42
42
40 40
84 1600 38
71 ) 84 800
d e to (h 71
Te 61 200 e (h)
or
de 46 po e n Teo 61 100 po d nto
m im r de m e
ge
l (% 0 0 T e ec gel
46
Te ecim
) e lh (%) 0 l h
n v 0 ve
E En
(A) (B)
Figura 15: Superfiície resultante da variação da cristalinidade com o tempo de envelhecimento de amostras
envelhecidas: (A) em câmara WOM e (B) em câmara QUV.
45
A cisão das cadeias de alta massa molar gera cadeias menores que
possuem maior mobilidade, favorecendo a ocorrência de cristalização
49,51,111-113
secundária . Os grupos polares introduzidos pela oxidação, podem também
interagir através de forças intermoleculares do tipo dipolo-dipolo ou ligações de
hidrogênio, contribuindo para a ocorrência deste tipo de cristalização. Isto pode ser
comprovado por calorimetria diferencial de varredura, onde são observados ombros
e um alargamento no pico de fusão do polietileno, como demonstrado no trabalho de
Gulmine et al114, corroborando a hipótese que nestes materiais envelhecidos
coexistem vários tipos de cristais de ordens diferentes, que fundem em temperaturas
distintas.
14
Tensão (MPa)
12
12
10 Y 10
8
D 8
6 6
4 4
2 2
0 0 0
-2 -2
0 200 400 600 800 1000 -100 0 100 200 300 400 500 600 700
Deformação (% mm/mm) Deformação (% mm/mm)
(A) (B)
QUV 100 h 14
LDPE
14 XLPE 46% gel 12
XLPE 61% gel
12 XLPE 71% gel 10
XLPE 84% gel
Tensão (MPa)
10 8
Tensão (MPa)
8
6
WOM1600h
6 LDPE
4
XLPE 46% gel
4 XLPE 61% gel
2 XLPE 71% gel
2
XLPE 84% gel
0
0
-2
-2
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
(C) (D)
QUV 800h
LDPE
XLPE 46% gel
XLPE 61% gel
6 XLPE 71% gel
XLPE 84% gel
Tensão (MPa)
-5 0 5 10 15 20 25 30 35
Deformação (% mm/mm)
(E)
Figura 16: Variação da tensão com a deformação, comparando diferentes amostras submetidas ao mesmo
tempo de envelhecimento – (A) amostras novas, (B) WOM 200h, (C) QUV 100 h, (D) WOM 1600 h e
(E) QUV 800 h.
48
14
Tensão (MPa)
10
Tensão (MPa)
12
8
10
6
8
4 6
2 4
2
0
0
-2
0 100 200 300 400 500 600 700 800 -2
-100 0 100 200 300 400 500 600 700
Deformação (% mm/mm)
Deformação (% mm/mm)
(A) (B)
XLPE 61% gel novo XLPE 71% gel novo
18 QUV 100h 22 QUV 100h
QUV 800h QUV 800h
16 WOM 200h 20 WOM 200h
WOM 1600h 18 WOM 1600h
14
16
12
Tensão (MPa)
Tensão (MPa) 14
10 12
8 10
6 8
6
4
4
2 2
0 0
-2 -2
-100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 0 150 300 450 600 750 900 1050
Deformação (% mm/mm) Deformação (% mm/mm)
(C) (D)
XLPE 84% gel novo
QUV 100h
20 QUV 800h
18 WOM 200h
WOM 1600h
16
14
Tensão (MPa)
12
10
8
6
4
2
0
-2
-100 0 100 200 300 400 500 600 700 800
Deformação (% mm/mm)
(E)
Figura 17: Variação da tensão com a deformação, comparando diferentes tempos de envelhecimento para uma
mesma amostra – (A) LDPE, (B) XLPE 46 % de gel, (C) XLPE 61 % de gel, (D) XLPE 71 % de gel e
(E) XLPE 84 % de gel.
49
novo
WOM200
WOM1600
180 QUV100
QUV800
Módulo Elástico (MPa)
160
140
120
100
80
60
0 20 40 60 80 100
Teor de gel (% m/m)
(A)
180 140
Módulo Elástico (MPa)
100
120
100 80
0
80 0
46 60
m)
Te
1600 46
m/
or
61 61 0
(%
de
el h o g )
e c im d e de ento (h
l(
84
r elhecim
84
%
0 800
ent eo Env
m
o (h T de
Tempo
/m
)
)
(B) (C)
Figura 18: Variação do módulo elástico com o envelhecimento e teor de reticulação – (A) gráfico bidimensional
(B) gráfico tridimensional para dados de envelhecimento em WOM e (C) gráfico tridimensional para
dados de envelhecimento em QUV.
51
novo
WOM200
13
WOM1600
QUV100
11
10
0 20 40 60 80 100
Teor de gel (% m/m)
(A)
ento (MPa)
o (MPa)
11
12
10
Tensão de escoament
Tensão de escoam
9
11
8
7
10
6
1600 5 84
84
71 0 71 m)
200 61 m/
Teo 61 e (h) 100 l (%
r de 46 o d nto en v T em p 46 e
gel 0 m p e el h o eg
(% 0 Te ecim eci de 800 0 ord
me
m /m
velh nt o Te
) (h
en )
(B) (C)
Figura 19: Variação da tensão de escoamento com o envelhecimento e teor de reticulação – (A) gráfico
bidimensional (B) gráfico tridimensional para dados de envelhecimento em WOM e (C) gráfico
tridimensional para dados de envelhecimento em QUV.
novo
WOM200
WOM1600
24 QUV100
QUV800
22
Tensão na ruptura (MPa)
20
18
16
14
12
10
4
0 20 40 60 80 100
Teor de gel (% m/m)
(A)
22
a)
20
a)
20
18 15
16
10
14
12 5 84
84
Tem 0 71
Tem 0 71
m) po m)
po
de 61 m/ de 200
61 m/
env 200 46 l (% env
elh 46 e l (%
elh
ecim ge ecim
1600 d eg
ent 1600 0 de ent 0
or
o (h or o (h
Te
) Te )
(B) (C)
Figura 20: Variação da tensão na ruptura com o envelhecimento e teor de reticulação – (A) gráfico bidimensional
(B) gráfico tridimensional para dados de envelhecimento em WOM e (C) gráfico tridimensional para
dados de envelhecimento em QUV.
53
novo
WOM200
1200
WOM1600
QUV100
1000 QUV800
Alongamento na ruptura (MPa)
800
600
400
200
-200
0 20 40 60 80 100
Teor de gel (% m/m)
(A)
1000 1000
ruptura (% mm/mm)
ruptura (% mm/mm)
800 800
Alongamento na
Alongamento na
600 600
400 400
200 200
84 0 84
0 0 71 m)
Tem
po
0 71
m)
Tem
po 61 m/
de 61 m/ d ee 100 l (%
env 200 46 l (% nve 46
e ge
elh e lhe d
eci eg cim 800 0 or
me
nto
1600 0
o rd ent
o Te
( h) Te (h)
(B) (C)
Figura 21: Variação do alongamento na ruptura com o envelhecimento e teor de reticulação – (A) gráfico
bidimensional (B) gráfico tridimensional para dados de envelhecimento em WOM e (C) gráfico
tridimensional para dados de envelhecimento em QUV.
54
3500 10 Hz 140
Módulo de Armazenamento E' (MPa)
5 Hz
3000 2 Hz 120
Módulo de Perda E" (MPa)
1 Hz
2500 100
2000 80
1500 60
1000 40
500 20
0 0
Figura 22: Módulos de armazenamento E’ e de perda E”, em diferentes frequências. Amostra de XLPE com 46%
de gel envelhecida por 100h em QUV.
55
10 Hz
2000 5 Hz
60
1000
40
500
20
0
0
Figura 23: Módulos de armazenamento E’ e de perda E” em diferentes frequências. Amostra de XLPE com 46%
de gel envelhecida por 800h em QUV.
LDPE LDPE
3600
3400
XLPE 71% gel XLPE 71% gel
XLPE 84% gel XLPE 84% gel
3200
2500
3000
2800 2000
2600
1500
2400
2200
1000
2000
1800 500
0 300 600 900 1200 1500 1800 0 200 400 600 800
Tempo de envelhecimento (h) Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 24: Módulo de Armazenamento E’ para as amostras novas e envelhecidas: (A) em câmara WOM e (B)
em câmara QUV.
3600 3000
azenamento
3300
2500
azenamen
3000
2700
2000
Arm
Arm
2400 1500
Módulo de
Módulo de
2100
1000
0 1800 84
0 0 71
h) )
46 200 de t o ( Te 61 %
61 po n En
ve m 100 l(
Te
or m me lhe p o ge
Te eci
46
de 71 1600 c im d e de
ge lh en 800 or
l (% 84 ve to 0 Te
) En (h )
(A) (B)
Figura 25: Variação do módulo de Armazenamento E’ com o teor de gel e com o tempo de envelhecimento : (A)
em câmara WOM e (B) em câmara QUV.
− Ea
F = A exp Equação 3
RT
58
LDPE
400 XLPE 46% gel
XLPE 61% gel
XLPE 71% gel
300 XLPE 84% gel
Energia de ativação (kJ/mol)
200
100
-100
0 300 600 900 1200 1500 1800
Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 27: Micrografias do LDPE original – (A) ampliação de 50x e (B) ampliação e 500x.
(A) (B)
Figura 28: Micrografias do XLPE original com 46% de gel – (A) ampliação de 50x e (B) ampliação e 500x.
(A) (B)
Figura 29: Micrografias do XLPE original com 84% de gel – (A) ampliação de 50x e (B) ampliação e 500x.
amostras expostas no WOM, além disso elas não têm um padrão preferencial
aparente de propagação, formando um mosaico.
Observando apenas as micrografias da amostras do WOM, nota-se que o
LDPE foi menos suscetível ao trincamento do que os XLPE’s, pois estes últimos
sofrem muito mais tensões internas devido aos pontos de amarração, além disso,
como será melhor observado adiante por FTIR, os materias entrecruzados foram
mais suscetíveis à oxidação devido ao próprio processo de reticulação a
temperaturas mais elevadas e também pela presença de subprodutos do peróxido
que podem atuar como catalisadores da degradação.
(A) (B)
Figura 30: Micrografias do LDPE envelhecido por 1600 h em WOM – (A) ampliação de 50x e (B) ampliação e
500x.
(A) (B)
Figura 31: Micrografias do LPDE envelhecido por 800 h em QUV – (A) ampliação de 50x e (B) ampliação e
500x.
61
(A) (B)
Figura 32: Micrografias do XLPE com 46% de gel envelhecido por 1600h em WOM – (A) ampliação de 50x e (B)
ampliação e 500x.
(A) (B)
Figura 33: Micrografias do XLPE com 46% de gel envelhecido por 800 h em QUV – (A) ampliação de 50x e (B)
ampliação e 500x.
(A) (B)
Figura 34: Micrografias do XLPE com 84% de gel envelhecida por 1600 h em WOM – (A) ampliação de 50x e (B)
ampliação e 500x.
62
(A) (B)
Figura 35: Micrografias do XLPE com 84% de gel envelhecido por 800 h em QUV – (A) ampliação de 50x e (B)
ampliação e 500x.
1,4 1,4
1,2 1,2
Absorbância (u.a.)
Absorbância (u.a.)
1,0 1,0
0,8 0,8
0,6 0,6
0,4 0,4
0,2 0,2
0,0 0,0
1600 800
enve
enve
800 400
400
T em ent o (
Tem mento (
200
lhec
lhec
200
100
po d
0
im
po d
0
i
-1
Número de Onda (cm ) -1
Número de Onda (cm )
h)
h)
(A) (B)
Figura 36: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714 cm-1 com o
tempo de envelhecimento nas amostras de LDPE – (A) WOM e (B) QUV.
63
1,4
Absorbância (u.a.) 1,4
1,2
1,2
1,0
Absorbância (u.a.)
1,0
0,8
0,8
0,6
0,6
0,4
0,4
0,2
0,2
0,0
0,0
1600
enve
enve
800
800
Te m e n t o (
400
Tem mento (
lhec
400
lhec
200
po d
200
im
po d
100
i
e
0
e
h)
h)
-1
Número de Onda (cm )
(A)
(B)
Figura 37: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714 cm-1 com o
tempo de envelhecimento nas amostras de XLPE com 46% de teor de gel – (A) WOM e (B) QUV.
1,4
1,4
1,2
1,2
Absorbância (u.a.)
1,0
Absorbância (u.a.) 1,0
0,8
0,8
0,6 0,6
0,4 0,4
0,2 0,2
0,0 0,0
-0,2
1600 800
enve
800
enve
400
Tem mento (
400
l
200
heci
Tem mento (
200
lhec
100
po d
0 0
po d
i
-1
-1 Número de Onda (cm )
h)
(A) (B)
Figura 38: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714 cm-1 com o
tempo de envelhecimento nas amostras de XLPE com 61% de teor de gel – (A) WOM e (B) QUV
1,4
1,4
1,2
1,2
Absorbância (u.a.)
Absorbância (u.a.)
1,0
1,0
0,8
0,8
0,6
0,6
0,4
0,4
0,2
0,2
0,0
0,0
-0,2
1600 800
enve
enve
800 400
Tem mento (
Tem mento (
200
lhec
400
lhec
200 100
po d
po d
i
0
i
0
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000
e
-1
-1 Número de Onda (cm )
Número de Onda (cm )
h)
h)
(A) (B)
Figura 39: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714 cm-1 com o
tempo de envelhecimento nas amostras de XLPE com 71% de teor de gel – (A) WOM e (B) QUV
64
1,4
1,4
1,2
Absorbância (u.a.)
1,2
Absorbância (u.a.)
1,0 1,0
0,8 0,8
0,6 0,6
0,4 0,4
0,2 0,2
0,0 0,0
enve
1600 800
enve
800 400
Tem mento (
lhec
400
Tem mento (
200
lhec
po d
200 100
i
po d
0 0
i
e
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000
e
-1 -1
Número de Onda (cm ) Número de Onda (cm )
h)
h)
(A) (B)
Figura 40: Espectros de FTIR acompanhando a evolução da banda de carbonila na região de 1714 cm-1 com o
tempo de envelhecimento nas amostras de XLPE com 84% de teor de gel – (A) WOM e (B) QUV.
100
3400.44
1770
Transmitância (%)
50
1733.6
1714.58
1059.39
1472.43
1462.61
729.947
719.326
0
2846.98
2915.43
-1
Número de Onda (cm )
Figura 41: Espectro de infravermelho da faixa total varrida com assinalamento das principais bandas. Amostra
de LDPE em WOM 1600h.
.08
1631.58
1644.8
1599
Absorbância (u.a.)
.04
.02
Figura 42: Ampliação espectral na região de bandas referentes às absorções do anel benzênico do peróxido de
dicumíla.
66
XLPE 46%gel
XLPE 61%gel
.2
XLPE 71%gel
XLPE 84%gel
Absorbância (u.a.)
-.2
(A)
1722.19
04
. XLPE 46%gel
XLPE 61%gel
XLPE 71%gel
.03 XLPE 84%gel
Absorbância (u.a.)
1691.31
.02
.01
(B)
1263.83
.04
.02
(C)
Figura 43: Espectros resultantes da subtração entre o espectro do XLPE original com 84% de teor de gel e o
espectro do LDPE original, mostrando: (A) escala total, (B) região de carbonila da acetofenona em
1692 cm-1 e (C) região de outras bandas atribuídas à acetofenona em 1375 e 1263 cm-1.
67
.118
-OH (álcoois e hidroperóxidos)
.116
Absorbância (u.a.)
.114
.112
.11
.108
.106
.104
.102
.1
.098
.096
.094
.092
.09
(A)
.13
.1 CH2
.09
Vinilideno
.08
.07
.06
.05
.04
.03
.02
960 940 920 900 880 860 840
(B)
Figura 44: Regiões do espectro onde ocorrem absorções dos diferentes produtos de degradação do LDPE
envelhecido em QUV por 100h: (A) absorções de OH, (B) absorções de grupos C=C.
0,10
0,08
0,07
0,08
0,06
Índice de vinilas
0,06
Índice de vinilas
0,05
0,04
LDPE 0,04 LDPE
0,03 XLPE 46% gel XLPE 46% gel
XLPE 61% gel XLPE 61% gel
0,02 XLPE 71% gel 0,02 XLPE 71% gel
XLPE 84% gel XLPE 84% gel
0,01
0,00 0,00
0 300 600 900 1200 1500 1800 0 200 400 600 800
Tempo de envelhecimento (h) Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 45: Variação dos índices de vinilas com o tempo de envelhecimento: (A) WOM e (B) QUV.
O H H H
O* CH O CH OH CH
hν
C CH2 CH2 CH
C CH2 C CH2 C CH2 + CH2
CH2 CH2
O
C CH3
69
0,9
1,0
0,8
0,7 0,8
Índice de hidroxilas
Índice de hidroxilas
0,6
0,5 0,6
0,4
LDPE
0,4 LDPE
0,3 XLPE 46% gel
XLPE 61% gel XLPE 46% gel
0,2 XLPE 71% gel XLPE 61% gel
0,2 XLPE 71% gel
XLPE 84% gel
0,1 XLPE 84% gel
0,0 0,0
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800
0 200 400 600 800
Tempo de envelhecimento (h)
Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 46: Variação dos índices de hidroxilas com o tempo de envelhecimento: (A) WOM e (B) QUV.
• Grupamentos carbonílicos:
Estes grupamentos estão presentes em todas as amostras envelhecidas e
também nos XLPE´s novos. Na Figura 47 é mostrada uma ampliação do espectro de
FTIR do LDPE, assinalando os diferentes tipos de grupos carbonílicos formados
durante a degradação. Os mecanismos de formação de cetonas podem ser
encontrados no trabalho de Gugumus34 e Lacoste35 , de ésteres no trabalho de
Gugumus74, de aldeídos em Lacoste35, e de γ-lactona nos trabalhos de Khabbaz111 e
Solomons145.
70
.14
H
.13
CH2 C O CH2
.12
O
e/ou CH2 C
CH2 C CH2
.11
Aldeído O O
.1
Absorbância (u.a.)
Éster Cetona
.09
.08
.07
.06
O
.05 CH2 O
.04
.03 γ-Lactona
.02
.01
0
-.01
-.02
2000 1950 1900 1850 1800 1750 1700 1650 1600 155
-1
Número de onda (cm )
Figura 47: Regiões do espectro onde ocorrem absorções dos diferentes grupamentos carbonílicos formados
pela degradação do LDPE envelhecido em QUV por 100h.
0,5 1,0
Absorbância (u.a.)
0,2
0,4
0,1
0,2
0,0
0,0
-0,1
1900 1800 1700 1600 1500 1900 1850 1800 1750 1700 1650 1600 1550 1500
-1
Número de Onda (cm ) Número de Onda (cm )
-1
(A) (B)
Figura 48: Espectros de FTIR com ampliação da região onde aparecem as bandas dos diferentes tipos de
carbonilas para amostras envelhecidas de LDPE – (A) WOM e (B) QUV.
71
0,5 1,0
1600 h 800 h
0,4 800 h 0,8 400 h
Absorbância (u.a.)
Absorbância (u.a.)
400 h 200 h
200 h 100 h
0,3 0h 0,6 0h
0,2 0,4
0,1 0,2
0,0 0,0
1900 1800 1700 1600 1500 1900 1800 1700 1600 1500
-1 -1
Número de Onda (cm ) Número de Onda (cm )
(A) (B)
Figura 49: Espectros de FTIR com ampliação da região onde aparecem as bandas dos diferentes tipos de
carbonilas para amostras envelhecidas de XLPE com 71 % de teor de gel – (A) WOM e (B) QUV.
3 LDPE
5 XLPE 46% gel
XLPE 61% gel
XLPE 71% gel
4 XLPE 84% gel
2
Índice de carbonila
Índice de carbonila
1 LDPE 2
XLPE 46% gel
XLPE 61% gel
XLPE 71% gel 1
XLPE 84% gel
0
0
0 300 600 900 1200 1500 1800 0 200 400 600 800
Tempo de envelhecimento (h) Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 50: Variação do índice de carbonilas totais com o tempo de exposição para as amostras envelhecidas:
(A) em câmara WOM e (B) em câmara QUV.
2,5 4,9
ila
ila
4,2
2,0
Índice de carbon
Índice de carbon
3,5
1,5
2,8
1,0 2,1
1,4
0,5 1600
0,7 800
)
(h
800 400
im de
)
to
(h
en
0
ec po
0
to
en
46
ec po
ve em
200 46 100
Teor 61
ve em
de g Teor 61
en T
lh
el (% 71 0 de g 0
en T
71
m /m el (%
lh
) 84 84
m /m
)
(A) (B)
Figura 51: Variação do índice de carbonilas totais com o tempo de exposição e teor de reticulação para as
amostras envelhecidas : A) em câmara WOM e (B) em câmara QUV.
Absorbância (u.a.)
0,2
0,0
Figura 52: Região do espectro de FTIR utilizado para o ajuste de curva em lorentzianas, separando as áreas das
diferentes carbonilas. Curvas em verde representam as áreas separadas, curva em preto é o
espectro obtido experimentalmente e curva em vermelho é o ajuste resultante.
2,5
1,2
LDPE
1,0 2,0
Índice de carbonila Cetona
0,6
LDPE 1,0
XLPE 46% de gel
0,4
XLPE 61% de gel
XLPE 71% de gel 0,5
0,2 XLPE 84% de gel
0,0
0,0
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
(A) (B)
-1
Figura 53: Variação do índice de carbonila de cetona (1714 cm ) com o tempo de exposição e teor de
reticulação para as amostras envelhecidas: (A) WOM e (B) QUV.
0,8 1,6
0,7 1,4
0,6 1,2
Índice de carbonila Éster
0,5 1,0
0,4 0,8
-0,1 -0,2
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo de envelhecimento (h) Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 54: Variação do índice de carbonila de éster (1736 cm-1) com o tempo de exposição e teor de reticulação
para as amostras envelhecidas: (A) WOM e (B) QUV.
0,24
0,35
0,20 0,30
Índice de carbonila γ-lactona
Índice de carbonila γ-lactona
0,25
0,16
0,20
0,12
0,15
LDPE
0,08 LDPE XLPE 46% de gel
XLPE 46% de gel 0,10
XLPE 61% de gel
XLPE 61% de gel
0,05 XLPE 71% de gel
0,04 XLPE 71% de gel
XLPE 84% de gel
XLPE 84% de gel
0,00
0,00
-0,05
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo de envelhecimento (h) Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
-1
Figura 55: Variação do índice de carbonila de γ-lactona (1773 cm ) com o tempo de exposição e teor de
reticulação para as amostras envelhecidas: (A) WOM e (B) QUV.
75
A = c⋅ε⋅l Equação 4
EPl = d p xN Equação 5
λ
dp = Equação 6
(
2πn1 sen θ ef − n
2 2
21 ) 1
2
100 100
90 90
80 80
% de carbonila Cetona
% de carbonila Cetona
70 70
60 60
50 50
40 LDPE 40
XLPE 46% de gel LDPE
30 30
XLPE 61% de gel XLPE 46% de gel
20 XLPE 71% de gel 20 XLPE 61% de gel
XLPE 84% de gel 10 XLPE 71% de gel
10 XLPE 84% de gel
0 0
-10 -10
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
(A) (B)
Figura 56: Teor de carbonilas do tipo cetona formadas durante a exposição nas câmaras de envelhecimento
acelerado – (A) WOM e (B) QUV.
LDPE 65 LDPE
55 XLPE 46% de gel 60 XLPE 46% de gel
50 XLPE 61% de gel
55 XLPE 61% de gel
XLPE 71% de gel
45 50 XLPE 71% de gel
XLPE 84% de gel
XLPE 84% de gel
40 45
% de carbonila Éster
% de carbonila Éster
35 40
30 35
25
30
25
20
20
15
15
10
10
5 5
0 0
-5 -5
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo de envelhecimento (h) Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 57: Teor de carbonilas do tipo éster formadas durante a exposição nas câmaras de envelhecimento
acelerado – (A) WOM e (B) QUV.
LDPE 14 LDPE
11 XLPE 46% de gel 13 XLPE 46% de gel
10 XLPE 61% de gel 12 XLPE 61% de gel
XLPE 71% de gel 11 XLPE 71% de gel
9
% de carbonila γ-lactona
8
9
7 8
6 7
5 6
5
4
4
3 3
2 2
1 1
0
0
-1
-1
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
(A) (B)
Figura 58: Teor de carbonilas do tipo γ-lactona formadas durante a exposição nas câmaras de envelhecimento
acelerado – (A) WOM e (B) QUV.
78
2,0 4,0
1,8 3,5
1,6
Carbonila Cetona (mol/kg)
3,0
-0,2 -0,5
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo de envelhecimento (h) Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 59: Variação da concentração de carbonilas do tipo cetona formadas durante o envelhecimento nas
câmaras: (A) WOM e (B) QUV.
1,6
0,7
1,4
0,6
1,2
Carbonila Éster (mol/kg)
0,5
1,0
0,4
0,8
LDPE
0,3
XLPE 46% de gel 0,6
XLPE 61% de gel LDPE
0,2 0,4 XLPE 46% de gel
XLPE 71% de gel
XLPE 84% de gel XLPE 61% de gel
0,1 0,2 XLPE 71% de gel
XLPE 84% de gel
0,0 0,0
-0,1 -0,2
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
(A) (B)
Figura 60: Variação da concentração de carbonilas do tipo éster formadas durante o envelhecimento nas
câmaras: (A) WOM e (B) QUV.
0,18 0,30
0,16
Carbonila γ-lactona (mol/kg)
0,14 0,25
0,12
0,20
0,10
0,08 0,15
LDPE
0,06 XLPE 46% de gel LDPE
0,10
XLPE 61% de gel XLPE 46% de gel
0,04
XLPE 71% de gel XLPE 61% de gel
0,02 XLPE 84% de gel 0,05 XLPE 71% de gel
XLPE 84% de gel
0,00
0,00
-0,02
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo de envelhecimento (h) Tempo de envelhecimento (h)
(A) (B)
Figura 61: Variação da concentração de carbonilas do tipo γ-lactona formadas durante o envelhecimento nas
câmaras: (A) WOM e (B) QUV.
79
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ensaios mecânicos:
6. As amostras exibiram dois tipos distintos de fratura: as novas e pouco
envelhecidas apresentaram escoamento a frio e comportamento mais dúctil,
enquanto que as expostas por longo tempo mostraram curvas do tipo ruptura frágil.
7. Os materiais não expostos apresentaram aumento da tensão na ruptura de
até 69%, diminuição do módulo elástico de até 54% e da tensão de escoamento de
3,5% com o aumento do teor de gel.
8. Os materiais expostos nas câmaras de WOM e QUV tiveram aumentos do
módulo elástico entre 10 a 70% e da tensão de escoamento entre 79 e 100%,
diminuição da tensão entre 300 a 350% e do alongamento na ruptura (97%) com o
aumento do tempo de envelhecimento.
80
Ensaios dinâmico-mecânicos:
9. As curvas de módulo de perda apresentaram uma transição na faixa de
temperatura de –30o a 0o C atribuída à relaxação β. Esta não foi afetada pela
densidade de ligações cruzadas, indicando estar relacionada com a movimentação
das ramificações.
10. A energia de ativação para a relaxação β variou de 53 a 200 kJ/mol, não
apresentando uma tendência de comportamento.
11. Com o aumento do tempo de exposição nas câmaras, houve um alargamento
e deslocamento da transição β para temperaturas mais altas.
12. Verificou-se o surgimento de uma nova relaxação na faixa de –80o C a –60o
C, com aumento da reticulação e do tempo de envelhecimento. Esta transição pode
estar associada a uma transição γ e atribuída ao movimento virabrequim de
segmentos com até 5 carbonos, ou a uma sub-beta (β’), devido às modificações
estruturais do polímero.
13. O módulo de armazenamento E´ apresentou valores até 25% maiores do que
o LDPE .
FTIR:
14. Observou-se a formação de grupos carbonílicos referentes à cetona, éster
e/ou aldeído e γ-lactona.
15. Ocorreu incrustação de sais na superfície da amostra, provenientes da água
de spray usada nas câmaras de intempérie com bandas de forte absorção na faixa
de 1300 a 1100 cm-1 (grupos sulfato).
16. Observou-se a formação de acetofenona, subproduto do peróxido de dicumila
e carbonila tipo cetona, nas amostras novas de XLPE. O grupamento cetona foi
provavelmente formado pela degradação do material durante o processamento.
17. De um modo geral, foram observados maiores índices de carbonila nas
amostras de XLPE do que nas amostras de LDPE envelhecidas. O mesmo
comportamento foi observado quando a concentração de carbonilas foi expressa em
mol/kg de polietileno.
18. Foi feita a quantificação dos diferentes tipos de carbonila sendo que o
componente majoritário formado foi cetona (50 a 70%), seguida de éster (20 a 40%)
e γ-lactona (inferior 10%).
81
Difratometria de raios-X:
27. Houve diminuição da cristalinidade (de até 7%) com o aumento do teor de gel,
indicando que a reticulação estaria desfavorescendo a cristalização.
28. Observou-se aumento de cristalinidade (de 40 a 53%) com o aumento do
tempo de envelhecimento. Esse resultado poderia ser uma indicação da ocorrência
de cisão de cadeias que proporcionaria maior mobilidade e portanto maior
possibilidade para a cristalização.
82
Tipo de polímero:
31. Os polímeros reticulados são mais suscetíveis à degradação, sendo mais
intensamente oxidados e apresentando um aumento de cristalinidade maior do que
o LDPE original e também trincamento mais acentuado.
32. Os XLPE’s novos têm melhores propriedades mecânicas (menor alongamento
na ruptura e maior tensão na ruptura), ou seja, são materiais com maior estabilidade
dimensional e que resistem mais à quebra que o LDPE.
33. A presença dos subprodutos de reticulação tais como a acetofenona e o
álcool cumílico mostraram uma ação deletéria para a estabilidade química do XLPE
quando submetido ao envelhecimento.
34. A reticulação por si só não garante melhor desempenho dos materiais, sendo
necessário algum tipo de aditivação com antioxidantes e/ou anti-UVs que garantam
maior tempo de integridade química ao material, para que este possa ser utilizado
industrialmente sem maiores problemas, principalmente em redes de distribuição de
energia elétrica do tipo aéreas compactas, que são diretamente expostas à radiação
solar.
CONCLUSÕES
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