Protocolo Assistência de Enfermagem Obstétrica Atuação Nos Centros Obstétricos Dos Hospitais Da Secretaria de Saúde Do Distrito Federal

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 47

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE


SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
COMISSÃO PERMANENTE DE PROTOCOLOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Protocolo de Atenção à Saúde

Assistência de Enfermagem Obstétrica: Atuação nos


Centros Obstétricos dos Hospitais da Secretaria de
Estado de Saúde do Distrito Federal

Área(s): Gerência de Serviços de Enfermagem Obstétrica e Neonatal


/DIENF/COASIS/SAIS/SES
Portaria SES-DF Nº 91 de 11 de Março de 2024, publicada no DODF Nº 4 9 de 1 2 / 0 3 / 2 0 2 4 .

1- Metodologia de Busca da Literatura

1.1 Bases de dados consultadas


Realizou-se uma busca em bases de dados da Bireme, Cochrane, Scielo, Uptodate,
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e sistemas de monitoramento do Ministério da Saúde,
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Conselho Federal de Enfermagem (COFEN),
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP) e protocolos assistenciais de outros hospitais públicos.

1.2 Palavra(s) chaves(s)


Assistência de Enfermagem. Enfermagem Obstétrica. Parto Normal. Atribuições do
enfermeiro obstetra. Recém-nascido.

1.3 Período referenciado e quantidade de artigos relevantes


Para seleção do material, foram selecionados e utilizados 87 trabalhos relevantes
entre 2012 e 2022.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 1


2- Introdução
As boas práticas de atenção ao parto e nascimento tem possibilitado repensar o
modelo obstétrico e neonatal existente no país e, com isso, tem estimulado mudanças que
consideram a fisiologia do corpo da mulher e uma assistência baseada em evidências
científicas.
As políticas de atenção à saúde da mulher e da criança tem incentivado melhorias da
qualidade da atenção e redução de intervenções desnecessárias, com foco na redução da
mortalidade materna e neonatal e diminuição da taxa de cesariana.
Entre estas políticas, destaca-se a criação do Programa Rede Cegonha (RC), em 2011,
composta por um conjunto de medidas para garantir um atendimento adequado, seguro e
humanizado à mulher desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto,ao
recém-nascido e a criança até os dois primeiros anos. A Portaria que organiza a rede de
cuidados materno-infantil (Portaria de consolidação nº 03, de 28 de setembro de 2017), dispõe
em seu artigo 4º inciso III a “garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e
nascimento”1.
Apesar da tendência de queda da mortalidade materna, o Brasil ainda enfrenta
desafios para cumprir os acordos internacionais. No ano de 2000, foi acordado entre os
países-membros da Organização das Nações Unidas, Oito Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODM) com metas que deveriam ser atingidas até o ano de 20152. Dentre as metas,
destaca-se a meta 4 (reduzir a mortalidade infantil) e a meta 5 (melhorar a saúde das
gestantes). O Brasil tem se posicionado de forma firme para reduzir a mortalidade materna e
assumiu um novo compromisso em uma agenda mundial denominada “Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) ”, na qual foi definida a meta de reduzir a mortalidade
materna para 30/100 mil nascido vivos até 2030 (ODS 2015/2030)3.
O País teve importantes resultados na redução da mortalidade materna e infantil,
porém, ao final do ano de 2015, término da iniciativa dos ODM, não foi possível atingir a meta
pactuada (35 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos2). Dados do boletim epidemiológico
do Ministério da Saúde divulgados em 2020 informam que o Brasil conseguiu reduzir a RMM
em 8,4% entre 2017 e 2018, baixando de 64,5 óbitos para 59,1 óbitos para cada 100 mil
nascidos vivos. No período, a região Centro-Oeste registrou aumento de 14% na RMM4.
Em relação ao quarto ODM, o Brasil atingiu a meta de melhorar e reduzir a mortalidade
infantil em 2/3, entre 1990 e 20152. Porém, o componente neonatal (0-6 dias) o principal
componente da mortalidade infantil, permanece sem redução expressiva, dependendo de uma
ação organizada dos serviços de saúde e da qualificação de processos assistências,
especialmente os relacionados ao parto e nascimento5.
Para alcançar seus objetivos, a RC priorizou um conjunto de estratégias/ações, tais
como: qualificação do pré-natal; implantação do Acolhimento e Classificação de Risco em

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 2


Obstetrícia; qualificação do cuidado ao parto e nascimento baseado em evidências científicas;
humanização e garantia de direitos das mulheres e bebês; ampliação da atuação da
Enfermagem Obstétrica (EO); abertura de vagas de residência e especialização em
Enfermagem Obstétrica; investimentos para adequação da ambiência dos centros obstétricos;
implantação de Centros de Parto Normal (CPN) e Casa da Gestante Bebê e Puérpera (CGBP);
fomento aos Fóruns Perinatais5.
Neste contexto, a Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) aderiu à
RC por meio da Portaria 1.219, de 13 de junho de 20126 e, desde então, tem desenvolvido
ações para melhoria da atenção materna e infantil.
Dentre as ações, foi elaborada e publicada a Lei nº 5.534, de 28 de agosto de 20157,
que Instituiu o Estatuto do Parto Humanizado no Distrito Federal. Por essa Lei, a assistência
à mulher em trabalho de parto e durante o parto pode ser realizada por médico obstetra,
enfermeiro obstetra e técnico de enfermagem7.
Também, realizou oficinas de Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia,
com colaboração do MS, no Hospital Regional do Gama, Hospital Regional de Santa Maria,
Hospital Regional Leste e Hospital Universitário de Brasília, nos anos de 2015 e 20168. Em
2018, foi realizada uma nova oficina com todos os hospitais da SES/DF8.
Foram formadas pelo Ministério da Saúde, 30 enfermeiros na modalidade de
especialização, 07 enfermeiros participaram do curso de aprimoramento, 29 enfermeiros e 22
médicos participaram do Curso de Urgência e Emergência em Obstetrícia com Simulação
Realística e 17 enfermeiros e 18 médicos participaram do curso ALSO9.
Também, até o ano de 2021, foram formadas cerca de 235 enfermeiras obstetras pelo
Programa de Residência em Enfermagem em Área Profissional da Saúde – modalidade
Enfermagem Obstétrica10.
Com a Portaria Conjunta nº 74, de 14 de dezembro de 2017, que acrescentou as
especialidades de Enfermeiro Obstetra no cargo de Enfermeiro da Secretaria de Saúde do
Distrito Federal11, foram nomeados 218 enfermeiros obstetras no período de 2019 a 2022.
Com isso, foi possível aumentar a quantidade de enfermeiros obstetras nos Centros
Obstétricos da rede SES/DF e melhorar a qualidade da assistência ao parto e nascimento
baseado nas boas práticas.
Ainda, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) publicou a Lei nº 6.497, de 07
de fevereiro de 2020, que estabeleceu diretrizes para criação do Programa Centro de Parto
Normal nas 7 regiões de saúde do Distrito Federal (Norte, Central, Leste, Centro-Sul, Sul,
Sudoeste e Oeste) para o atendimento à mulher e ao recém-nascido no momento do parto e
do nascimento e deu outras providências12. Com essa Lei, a Secretaria de Saúde deve
estabelecer os locais dos CPN nas 7 regiões de saúde, dando preferência a adaptações em
hospitais já existentes ou construir espaços adequados para os CPN.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 3


Por fim, como complemento da Lei do Estatuto do Parto Humanizado, a SES/DF
publicou a Portaria nº 868, de 11 de novembro de 2020, a qual definiu diretrizes para atuação
das doulas nos Centros Obstétricos e Centros de Parto Normal da Secretaria de Estado de
Saúde do Distrito Federal13, como mais um incentivo às Boas Práticas de Atenção ao Parto e
Nascimento.
Tendo em vista os diversos investimentos da SES/DF, ESCS, CLDF e MS, faz-se
necessário normatizar e qualificar a prática assistencial prestada por Enfermeiras obstetras
na SES/DF e atualizar o Protocolo Assistencial, definindo ações e atribuições dos profissionais
de saúde no processo da parturição.

3- Justificativa
A mortalidade materna e neonatal no Brasil ainda é elevada. O número de intervenções
obstétricas, em gestações e partos de risco habitual são alarmantes e chamam a atenção
quando comparados aos modelos dos países de primeiro mundo americano, inglês e europeu.
Dos 38.919 óbitos maternos registrados no SIM de 1996 a 2018, 67% decorreram de
causas obstétricas diretas, como complicações durante a gravidez, o parto ou o puerpério,
devido a intervenções desnecessárias; omissões; tratamento incorreto ou uma cadeia de
eventos resultantes de qualquer dessas causas. As duas principais causas obstétricas diretas
para a mortalidade materna foram hipertensão e hemorragia, ao passo que as razões indiretas
que mais causaram mortes maternas foram doenças do aparelho circulatório e do aparelho
respiratório4.
Além disso, após a pandemia de COVID-19, a razão de morte materna saltou de 57 a
cada 100 mil nascidos vivos (no ano de 2019), para 67 em 2021 e 107 no ano de 2021. A
covid-19 foi responsável por mais de 1.500 mortes maternas em 2021. Mas as principais
causas da mortalidade materna costumam ser outras, como hipertensão, infecção e
hemorragia, principalmente a pós-parto14.
Para a melhoria dos resultados maternos e perinatais pós pandemia e para cumprir os
Pactos assumidos internacionalmente pelo Brasil, como o Pacto para a Redução da
mortalidade materna e infantil, o pacto pela vida, o pacto pela redução de cesáreas entre
outros, as Políticas de Saúde do Ministério da Saúde tem buscado ferramentas para a
mudança do modelo de atenção ao parto e nascimento no Brasil.
O reconhecimento da importância da atuação de enfermeiras obstetras para a
transformação da nossa realidade e para reduzir as intervenções desnecessárias nos Centros
Obstétricos tem sido estimulado por meio da publicação de diversas normativas que legitimam
a atuação da enfermeira obstetra na atenção ao parto no âmbito do SUS.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 4


A atuação da enfermeira obstetra na assistência ao parto é regulada pelo Decreto nº
94.406, de 8 de junho de 1987 que regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 198615, que
dispõe sobre o Exercício da Enfermagem, e dá outras providências estabelece o seguinte:
Artigo 9º: Às profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetriz ou de
Enfermeira Obstétrica, além das atividades de que trata o artigo precedente, incumbe:
I - prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
II - identificação das distócias obstétricas e tomada de providência até a chegada
do médico;
III - realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestesia local,
quando necessária.”
No entanto, do ponto de vista do risco gestacional, essa lei não estabelece os limites
de atuação do enfermeiro obstetra. Qualquer mulher em trabalho de parto poderia ser
acompanhada por enfermeiro obstetra, desde que ressalvadas as competências técnicas para
reconhecer intercorrências e tomar providências até a chegada do médico16.
A Resolução COFEN nº 516/2016 que normatiza a atuação e responsabilidade do
Enfermeiro, Enfermeiro obstetra e Obstetriz na assistência às gestantes, parturientes,
puérperas e recém-nascidos nos serviços de obstetrícia, define competências a serem
realizadas por esses profissionais, mas não especifica as atribuições destes profissionais à
assistência às parturientes e recém-nascidos17.
A Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal, de 2017, recomenda que os
gestores de saúde proporcionem condições para a implementação de modelo de assistência
que inclua a enfermeira obstetra e obstetriz na assistência ao parto de baixo risco por
apresentar vantagens em relação à redução de intervenções e maior satisfação das
mulheres18.
Paralelamente, as evidências científicas atuais apontam a importância de fatores que
contribuem para melhorar os resultados perinatais, como um ambiente facilitador para o parto,
um profissional treinado para a assistência e a continuidade do cuidado perinatal para a
mulher e o bebê.
Neste contexto, pode-se mencionar uma revisão sistemática conduzida pela Cochrane
(2016), que incluiu 15 ensaios envolvendo 17.674 mulheres, e que teve como objetivo
comparar o modelo de cuidado oferecido pelas parteiras (“midwife-led”) com outros modelos
de cuidados. O resultado mostrou que as mulheres que receberam modelos de continuidade
de cuidados com a parteira foram menos propensas a vivenciar uma intervenção, ficaram mais
satisfeitas com seus cuidados e tiveram menos resultados adversos comparadas às mulheres
ou seus bebês que receberam outros modelos de cuidado19.
Um estudo realizado em um Centro de Parto Normal (CPN) na cidade de São Paulo
mostrou que a atuação da enfermeira obstétrica ou obstetriz foi uma “condição importante

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 5


para que a assistência ao parto ocorresse com menos intervenções e uso adequado da
tecnologia, visto que o local e o modelo de assistência ao parto, no qual a enfermeira obstétrica
atuou, teve um impacto em sua habilidade para incorporar, em sua prática, as mudanças
decorrentes de pesquisas20.
Outro estudo realizado no Centro de Parto Normal de Paudalho (CPNP), situ- ado
no Município do Paudalho, Pernambuco, em que a equipe é composta exclusivamente por
enfermeiros obstetras e técnicos de enfermagem, destinada a receber gestantes em trabalho
de parto eutócico, foi possível constatar que as puérperas se mostraram satisfeitas e
confiantes em relação ao processo de parto humanizado e à estrutura do centro de parto
normal público do interior de Pernambuco, bem como aos procedimentos realizados pela
Equipe de Enfermagem Brasil21.
A atuação da enfermagem obstétrica na SES/DF também tem influenciado a mudança
do modelo de atenção nos diversos cenários do parto.
Pode-se destacar o atendimento realizado na Casa de Parto de São Sebastião
(estabelecimento de saúde cadastrado como CPN peri-hospitalar e habilitado pela RC) em
que a equipe é composta integralmente por enfermeiros (as) obstetras e técnicas de
enfermagem para a condução da assistência ao parto de baixo risco, puerpério fisiológico e
cuidados com recém-nascido sadio, da admissão à alta. Em quase 21 anos de existência, a
Casa de Parto de São Sebastião fez mais de 5 mil partos. A humanização é a palavra-chave
da unidade de saúde, que tem índice de satisfação de 99%, conforme avaliação do público
atendido. Em 2021, foram 433 nascimentos, todos de parto normal e de baixo risco22.
Também, estima-se que em outros hospitais da SES/DF, especialmente aqueles que
possuem residência de enfermagem obstétrica, houve um aumento do número de partos
normais realizados por estes profissionais. Dados do sistema Tabwin revelam um crescimento
de aproximadamente 77% de partos normais realizados por enfermeiros obstetras no período
de 2011 a 202123, nos hospitais com Centro Obstétrico da SES/DF.
Além do aumento do número de partos normais, observa-se que intervenções que
eram feitas de maneira rotineira e sem necessidade, estão sendo cada vez menos realizadas,
como demonstrou o Processo Avaliativo das Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimento
nas Maternidades contempladas na Rede Cegonha, realizada pelo MS. O Hospital da Região
Leste (HRL), por exemplo, diminuiu significativamente o percentual de uso de drogas útero-
tônicas e a realização de episiotomia de rotina24. Em 2012, a taxa de episiotomia do HRL foi
de 69%. Em 2018, o referido hospital apresentou a taxa de 6,7%24, uma queda muito
significativa, possivelmente devido a inserção do Programa de Residência de Enfermagem
Obstétrica.
Desta forma, com a publicação do protocolo de Assistência da Enfermagem
Obstétricas nos Centros Obstétricos, foi padronizado um modelo de atenção, humanização e

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 6


qualificação do cuidado às parturientes de risco habitual nos centros obstétricos pelas (os)
enfermeiras (os) obstetras, especializandos e residentes de enfermagem obstétrica da rede
hospitalar do DF.
A atualização deste protocolo continuará a nortear o exercício profissional do
especialista em enfermagem obstétrica e obstetriz, buscando uniformizar o atendimento,
garantir segurança e melhorar a qualidade de serviços prestados à gestante, parturiente,
puérpera e neonato. Para tanto, foram definidas as atribuições do enfermeiro obstétrico no
cenário do parto e nascimento, bem como, em que situações o médico deverá ser requisitado.

4- Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à


Saúde (CID-10)
O06: Aborto não especificado
O23 a O23.9 - Infecções do trato geniturinário na gravidez
O26.9: Afecções ligadas a gravidez não especificada
O42- Ruptura prematura de membranas
O42.0 – Ruptura prematura de membranas com início do trabalho de parto antes de
24 horas
O47.9 - Falso trabalho de parto, não especificado
O62.0- Contrações iniciais inadequadas
O80.0 - Parto espontâneo cefálico
O80.9 - Parto único espontâneo, não especificado
R10: Dor abdominal e pélvica
R25-3a - Contrações SOE
Z32 - Exame ou teste de gravidez
Z34.0 - Supervisão de primeira gravidez normal
Z34.8 - Supervisão de outra gravidez normal
Z34.9 - Supervisão de gravidez normal, não especificada
Z39.2 - Seguimento pós-parto de rotina
Z76.2 - Supervisão de cuidado de saúde de outras crianças ou recém-nascidos sadios.

5- Diagnóstico Clínico ou Situacional


A rede SES/DF conta com 13 estabelecimentos (11 Hospitais da Rede SES, 1 Hospital
Universitário e 1 Centro de Parto Normal Peri-hospitalar) que realizam assistência à gestante
durante o trabalho de parto, parto e puerpério. A média de partos mensais em 2021 foi de
2.850, sendo que desses, 1.607 partos foram normais25.
A assistência obstétrica e neonatal é realizada por equipe multiprofissional, composta
majoritariamente por profissionais da enfermagem (enfermeiros obstetras e neonatal,

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 7


residentes de enfermagem obstétrica) e da medicina (médicos obstetras e neonatal,
residentes da obstetrícia, neonatologia e pediatria).
Os hospitais que possuem o Programa de Residência de Enfermagem Obstétrica são:
Hospital Materno Infantil de Brasília (CO, Serviço de Alto Risco e UTI), Hospital Regional de
Ceilândia (CO), Hospital Regional da Asa Norte (CO), Hospital Regional do Gama (CO),
Hospital da Região Leste (CO). Outros serviços que também são campo para o Programa são
a Casa de Parto de São Sebastião, o Banco de Leite Humano do Hospital Regional de
Taguatinga e o Centro de Saúde do Riacho Fundo. Em todos esses cenários há servidores
designados como tutores (03), preceptores (18) e uma coordenadora10.
Desde 2019, as práticas assistenciais de atenção obstétrica e neonatal tem sido
norteadas pelo “Protocolo de Assistência de Enfermagem Obstétrica: Atuação nos Centros
Obstétricos dos Hospitais da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal”. Porém,
devido ao prazo de vigência, faz-se necessária esta revisão e publicação.

6- Critérios de Inclusão
Todas as gestantes internadas nos Centros Obstétricos da SES/DF.

7- Critérios de Exclusão
Este protocolo não se aplica ao Centro de Parto Normal Peri-hospitalar de São
Sebastião que possui protocolo próprio.

8- Conduta
O enfermeiro obstetra tem autonomia para atuar, como membro da equipe
multiprofissional, no cenário do parto e nascimento, independente do grau de risco da
parturiente. No que se refere a realização do parto a lei discorre que o enfermeiro obstetra
está habilitado para prestar assistência ao parto normal de evolução fisiológica (sem distócia).

8.1 Conduta Preventiva


8.1.1 Classificação do risco obstétrico da parturiente
Para avaliação e classificação do risco da parturiente na admissão, o enfermeiro obstetra
e/ou médico deve identificar os fatores de risco da parturiente através da história de
enfermagem e exame físico, no momento da admissão, no centro obstétrico. Em seguida,
identificar os riscos conforme a tabela I.
Para a parturiente ser classificada como Risco Habitual, deverá apresentar os
marcadores dentro dos padrões descritos na cor verde.
O acompanhamento da evolução do trabalho de parto e parto da parturiente de risco
habitual será realizado por enfermeiro (a) obstetra e residentes de enfermagem obstétrica

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 8


(sob supervisão). A reclassificação do risco deverá ser realizada a cada período de quatro
horas de trabalho de parto ativo ou na presença de intercorrências. Na presença de distócias
obstétricas, o enfermeiro (a) obstetra deverá comunicar o médico e tomar as providências
necessárias, até a chegada deste, para garantir a segurança da mãe e do recém-nascido.
A assistência à gestante de Risco Intermediário e de Alto Risco pela Enfermagem
Obstétrica tem como objetivo acolher, apoiar a mulher em trabalho de parto em parceria com
a equipe médica, oferecendo uma assistência humanizada e segura nas diferentes situações
clínicas e obstétricas, com foco na vigilância, controle e redução dos agravos à saúde materna
e fetal.
Em caso de Risco Intermediário, o acompanhamento da evolução do trabalho de parto
se dará de forma compartilhada com a equipe médica. Excepcionalmente, a enfermagem
obstétrica poderá acompanhar o parto de forma compartilhada com a equipe médica. A
reclassificação será a cada período de quatro horas de trabalho de parto ativo ou na presença
de intercorrências.
Para o acompanhamento da evolução do trabalho de parto de mulheres classificadas
como Alto Risco, a assistência poderá ocorrer de forma compartilhada com a equipe médica
e o parto será assistido pelo médico obstetra.
Segue abaixo a tabela I, desenvolvida com base em evidências científicas, sendo
submetida e aprovada em reunião pela Câmara Técnica de Enfermagem Obstétrica da
Secretaria de Saúde:

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 9


Tabela 1 – Marcadores para classificação do Risco da parturiente18,26,27:

RISCO MARCADORES
HABITUAL  Gestação única;
 Início espontâneo de trabalho de parto;
 Idade Gestacional entre 37 semanas completas e 41
semanas e 6 dias;
 Pré-natal com exames nos 1º, 2º e 3º trimestres sem
alterações;
 Pressão arterial sistólica menor que 140mmHg, pressão
arterial diastólica menor que 90mmHg;
 Altura do fundo uterino entre os percentis 10 e 90 do
gráfico de crescimento uterino de acordo com a idade
gestacional;
 Número de partos: até 4 partos normais anteriores;
 CTB categoria I;
 Apresentação cefálica;
 BCF entre 110-160 batimentos por minuto, com boa
variabilidade e sem desacelerações à ausculta
intermitente;
 Contrações dentro dos padrões de normalidade e tônus
uterino preservado;
 Trabalho de parto espontâneo após rotura prematura
das membranas, com líquido amniótico claro e boa
vitalidade fetal, em gestações a termo;
 Trabalho de parto espontâneo de parturientes com uma
cesárea anterior há dois anos ou mais;
 Líquido amniótico claro e com grumos, quando ruptura
da bolsa durante o trabalho de parto;
 Sangramento vaginal de leve intensidade
correspondente à fase de dilatação cervical;
 Período expulsivo com falha na dinâmica uterina e uso
de ocitócito desde que vigência de condições de
normalidade para mãe e feto;
 Parturiente com diagnóstico de sífilis durante a
gestação, tratada adequadamente, com queda da
titulação em pelo menos 2 diluições em até 3 meses
após a conclusão do tratamento.

CONDUTA Acompanhamento da evolução do trabalho de parto e parto por


enfermeiro obstetra. Reclassificação a cada período de quatro
horas de trabalho de parto ativo ou na presença de
intercorrências.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 10


RISCO  Altura da gestante menor que 1,45m;
INTERMEDIÁRIO  Uso de drogas lícitas e ilícitas;
 Alteração do crescimento intrauterino (CIUR e
macrossomia);
 Oligodramnia leve (ILA ≥5 e ≤8), sem alteração de
vitalidade fetal;
 Gestante com mais de 24h de Amniorrexe, em uso de
antibioticoterapia, com evolução do trabalho de parto e
parâmetros clínicos estáveis;
 Líquido amniótico meconial fluido em fase final do
trabalho de parto, sem alteração da vitalidade fetal;
 Multiparidade (5 partos ou mais);
 Indução por pós-datismo com evolução do trabalho de
parto sem necessidade de uso de Ocitocina;
 Indução mecânica (método de Krause);
 Indução por misoprostol;
 Diabetes mellitus gestacional compensada;
 Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação (SHEG)
sem critério de gravidade;
 Intervalo interpartal menor que 2 anos;
 Infecção urinária (1 ou 2 ocorrências) ou 1 episódio de
pielonefrite em tratamento com ATB, após 24h;
 Ganho de peso inadequado;
 Sífilis tratada e documentada no cartão de pré-natal;

CONDUTA Acompanhamento da evolução do trabalho de parto de forma


compartilhada com a equipe médica. Excepcionalmente, a
enfermagem obstétrica poderá acompanhar o parto de forma
compartilhada com a equipe médica. Reclassificação a cada
período de duas horas de trabalho de parto ativo ou na
presença de intercorrências.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 11


ALTO RISCO  Síndromes Hipertensivas Específicas da Gestação
(SHEG) com critério de gravidade;
 Hipertensão Arterial Crônica (HAC);
 Antecedentes de TVP ou embolia pulmonar;
 Cardiopatias;
 Nefropatias;
 Diabetes mellitus tipo I e II descompensada;
 Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)
descompensada;
 Pneumopatias graves (asma em uso de medicamento
contínuo, DPOC e fibrose cística);
 Doença hematológica (doença falciforme, púrpura
trombocitopênica idiopática, talassemia e
coagulopatias);
 Doenças neurológicas (epilepsia, AVC,
déficits motores graves);
 Doenças autoimunes (Lúpus eritematoso, SAAF, artrite
reumatoide, outras colagenoses);
 ITU de repetição (3 episódios ou mais na gestação
atual);
 Prematuridade;
 Gemelaridade;
 Apresentações anômalas;
 Anemia grave;
 Endocrinopatias;
 Isoimunização;
 Sofrimento fetal;
 Mal formações congênitas confirmadas;
 Doenças infecciosas na gestação (sífilis não tratada,
rubéola, toxoplasmose, hepatites, HIV/AIDS,
corioamnionite);
 Ginecopatias (malformações uterinas, útero bicorno,
miomas intramurais maiores que 4cm ou múltiplos e
miomas submucosos);
 Transplantes;
 Cirurgia bariátrica;
 Acretismo placentário ou placenta prévia;
 Colestase gestacional;
 Uso de ocitocina para condução do trabalho de parto com
distocia de motor.

CONDUTA Acompanhamento da evolução do trabalho de parto de forma


compartilhada com a equipe médica. O parto será assistido pelo
médico obstetra.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 12


8.1.2 – Atribuições do Enfermeiro Obstetra

A Resolução do COFEN nº 516/2016 normatiza a atuação e a responsabilidade do


Enfermeiro, Enfermeiro Obstetra e Obstetriz na assistência às gestantes, parturientes,
puérperas e recém-nascidos nos Serviços de Obstetrícia17.

Segundo esta resolução, são atribuições gerais do Enfermeiro Obstetra:


1. Prestar assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e recém-nascido
independente da categoria de risco;
2. Prestar assistência e cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica, ligada
à área de obstetrícia, e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de
tomar decisões imediatas;
3. Assistência ao parto normal de risco habitual (sem distócia), e ao parto normal de alto
risco (distócico) quando não houver profissional médico disponível ou até a sua
chegada;
4. Quando necessária, a realização de episiotomia e episiorrafia (rafias de lacerações de
primeiro e segundo grau) e aplicação de anestesia local;
5. Acompanhar a mulher e o recém-nascido, sob seus cuidados, da internação até a alta;
6. Emitir laudos de autorização de internação hospitalar (AIH) para o procedimento de
parto normal sem distócia, realizado pelo Enfermeiro (a) Obstetra, da tabela do
SIH/SUS;
7. Identificação das distócias obstétricas e tomada de providências necessárias, até a
chegada do médico, devendo intervir, em conformidade com sua capacitação técnico-
científica, adotando os procedimentos que entender imprescindíveis, para garantir a
segurança da mãe e do recém-nascido;
8. Estimular/proporcionar vínculos afetivos entre o binômio mãe/filho e favorecer o
aleitamento materno precoce, sob livre demanda, bem como a doação de leite
materno;
9. Fornecer as orientações necessárias sobre o andamento do trabalho de parto/parto e
as etapas seguintes, encorajando a participação do acompanhante de maneira ativa
ao processo;
10. Incluir as decisões da mulher nas tomadas de decisão, sempre que possível, sendo
responsável pela transmissão das informações como benefícios, prós e contras, riscos
para que a decisão seja informada;
11. Participar ativamente no ensino e formação de estudantes de enfermagem, residentes
de enfermagem obstétrica e residentes médicos de obstetrícia; dentre outras
atribuições dispostas na Resolução do COFEN nº 516 de 23/06/2016.
 Atribuições do enfermeiro obstetra durante 1º período do trabalho de parto18:

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 13


1. Acolher a paciente durante a internação, proporcionando ambientação com o espaço
caso ela não tenha participado de atividades de vinculação ao serviço;
2. Realizar admissão da paciente em prontuário (histórico, exame físico, avaliação do
cartão de pré-natal);
3. Atentar para sorologias de terceiro trimestre e realizar testes rápidos e entrega de
resultados, conforme protocolo institucional, assim como registro em prontuário;
4. Realizar abertura de partograma quando identificado início de fase ativa (dilatação
>6cm e/ou contrações efetivas com intervalo menor ou igual a 5min);
5. Registrar as seguintes observações no prontuário eletrônico e no partograma;
6. Frequência das contrações, tônus uterino e frequência cardíaca (FC) materna de 1 em
1h;
7. Ausculta intermitente dos Batimentos Cardíacos Fetais (BCF) a cada 30 minutos,
quando inicio de fase ativa;
8. Exame vaginal de 4 em 4 horas, se houver alguma preocupação com o progresso do
parto, ou em resposta aos desejos da mulher (anotar aspectos de consistência e
posição do colo, apagamento, dilatação, apresentação, descida, variedade de posição
e De Lee);
9. Temperatura e PA de 4/4h;
10. Perdas vaginais, sempre que houverem;
11. Oferecer dieta leve mínima em resíduo ou conforme outra prescrição médica ou
nutricional;
12. Se a mulher tem um plano de parto escrito, ler e discutir com ela e registrar o que ficou
acordado;
13. Oferecer recursos não farmacológicos de alívio da dor;
14. Orientar benefícios de posições verticalizadas, bem como encorajar a parturiente a se
movimentar e adotar estas posições;
15. Solicitar permissão à mulher antes de qualquer procedimento e observações, focando
nela e não na tecnologia ou na documentação.

 Atribuições do enfermeiro obstetra durante 2º período do trabalho de parto:

A duração normal da fase ativa do segundo período é definida:


 Primíparas: Cerca de 0,5 – 2,5 h sem epidural e 1-3h com peridural
 Multíparas: Até 1h sem peridural e 2h com peridural
Neste período, considerar:
1. Anotar o horário do início do segundo período para o controle da duração;

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 14


2. Se a dilatação completa for confirmada em uma mulher sem analgesia regional,
realizar uma nova avaliação após 1h;
3. Registrar as seguintes observações no prontuário eletrônico e no partograma;
4. Frequência das contrações e tônus uterino a cada 30 minutos;
5. Ausculta intermitente dos BCF a cada 15 minutos (fase passiva) e a cada 5 minutos
(fase ativa);
6. Sinais Vitais aproximadamente de 4/4h;
7. Identificar distócias de descida e propor possíveis intervenções para solução, em
decisão em conjunto com a parturiente e seu acompanhante;
8. Incentivar a parturiente a adotar posição de maior conforto, oferecendo opções de
movimentação e posicionamento para o período expulsivo;
9. Apoiar a realização de puxos espontâneos, evitando puxos dirigidos;
10. Considerar aplicação de compressas mornas;
11. Não realizar episiotomia de rotina durante o parto, e havendo indicação, realizar médio
lateral direita, com uso de analgesia e consentimento da mulher;
12. Proporcionar ambiente minimamente invasivo, respeitando a privacidade da
parturiente e seu acompanhante, preocupando-se com a ambiência sempre que
possível.

 Atribuições do enfermeiro obstetra durante 3º e 4º período do trabalho de parto:

1. Recepcionar o recém-nascido colocando-o no tórax da mãe, promovendo


contato pele a pele, secando-o com campo aquecido, sendo este substituído
por outro campo seco;
2. Avaliar APGAR do recém-nascido;
3. Administrar 10UI de ocitocina IM;
4. Observar sinais de sangramento aumentado e hemorragia pós-parto (HPP),
iniciando medicações de controle e manobras de reanimação até a reversão ou
chegada do médico;
5. Realizar a ligadura tardia do cordão, após 3 minutos ou cessarem as pulsações;
6. Orientar e incentivar amamentação na primeira hora de vida;
7. Examinar a placenta e membranas: avaliar suas condições, estrutura, integridade
e vasos umbilicais, descrevendo-os em suas anotações pós-parto;
8. Revisar canal de parto;
9. Realizar sutura de lacerações ou episiotomia, após analgesia local,
escolhendo fio mais adequado para região acometida, atentando-se ás
técnicas assépticas;

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 15


10. Avaliar a puérpera e prestar orientações antes que a mesma seja
encaminhada ao alojamento conjunto;
11. Oferecer orientações sobre planejamento familiar e encaminhando aos
serviços da UBS;
12. Fechar o preenchimento do partograma, registrando todas as informações
do parto e encaminhar para arquivo, conforme protocolo institucional;
13. Realizar exame físico do Recém-nascido após a 1ª hora (apenas para o RN
de parturiente classificada como de baixo risco);
14. Realizar prescrição de rotina no pós-parto para mulher e recém-nascido;
15. Assinar laudo de autorização de internação hospitalar (AIH) para
procedimento de parto normal (03.10.01.003-9), realizado por Enfermeiro
(a) Obstetra, da tabela do SIH/SUS. Código CBO: 223545.

8.1.3 – Critérios para solicitação de avaliação médica

Solicitar assistência de médico obstetra, se qualquer uma das seguintes condições forem
atingidas:
- Observações da mulher18,28:
1. Pulso >120 bpm em 2 ocasiões com 30 minutos de intervalo;
2. PA sistólica ≥ 160 mmHg OU PA diastólica ≥ 110 mmHg em uma única medida;
3. PA sistólica ≥ 140 mmHg OU diastólica ≥ 90 mmHg em 2 medidas consecutivas, com
30 minutos de intervalo;
4. Temperatura de 38°C ou mais em uma única medida OU 37,5°C ou mais em 2
ocasiões consecutivas com 1 hora de intervalo;
5. Qualquer sangramento vaginal, exceto eliminação de tampão ou referente à fase de
dilatação cervical;
6. Progresso lento do primeiro e/ou segundo períodos do trabalho de parto, confirmado
através do partograma;
7. Solicitação da mulher de alívio da dor por analgesia regional;
8. Emergência obstétrica – incluindo hemorragia anteparto, prolapso de cordão,
hemorragia pós-parto, convulsão ou colapso materno;
9. Placenta retida por mais de 20 minutos e/ou suspeita de restos placentários na
cavidade uterina;
10. Lacerações perineais de terceiro e quarto graus ou outro trauma perineal complicado;
11. E outras distócias diagnosticadas pelo enfermeiro obstetra;
12. Alterações na dinâmica uterina (hipoatividade, ausência de dinâmica uterina,
hipertonia e/ou taquissistolia);
13. Alterações na anatomia uterina (anel de Bandl ou sinal de Frommel).

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 16


- Observações fetais18:
1. Qualquer apresentação anômala;
2. Procedência e/ou prolapso de cordão;
3. Situação transversa ou oblíqua;
4. Apresentação cefálica alta persistente evidenciada pelo partograma (-3 De Lee) ou
móvel em uma nulípara;
5. Suspeita de restrição de crescimento intra-uterino ou macrossomia;
6. Suspeita de anidrâmnio ou polihidrâmnio;
7. Frequência cardíaca fetal (FCF) < 110 ou > 160 bpm persistente;
8. Desacelerações da FCF à ausculta intermitente;
9. Alterações na variabilidade;
10. Líquido amniótico meconial maior que 2+ e/ou fétido;
11. Alterações na cardiotocografia
Atenção: reclassificar o risco da paciente após a avaliação médica.

8.1.4 Assistência ao recém-nascido de termo com boa vitalidade18,29,30,31,32,33,34,35

A Portaria do MS – SAS nº 371/2014 instituiu as diretrizes para a organização da


atenção integral e humanizada ao recém-nascido (RN) no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em seu parágrafo único, refere que o atendimento ao recém-nascido consiste na assistência
por profissional capacitado, médico (preferencialmente pediatra ou neonatologista) ou
profissional de enfermagem (preferencialmente enfermeiro obstetra ou neonatal), desde o
período imediatamente anterior ao parto, até que o RN seja encaminhado ao Alojamento
Conjunto com sua mãe, ou à Unidade Neonatal (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal,
Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional ou da Unidade de Cuidado
Intermediário Neonatal Canguru), ou ainda, no caso de nascimento em quarto de pré-parto,
parto e puerpério (PPP) seja mantido junto à sua mãe, sob supervisão da própria equipe
profissional responsável pelo PPP.
Se, ao nascimento, o RN é de termo (idade gestacional 37- 41 semanas), está
respirando ou chorando e com tônus muscular em flexão, independentemente do aspecto do
líquido amniótico, ele apresenta boa vitalidade e deve continuar junto de sua mãe depois do
clampeamento do cordão umbilical. RN com IG igual ou superior a 34 semanas indica-se
clampeamento oportuno do cordão (1 – 3 minutos após o nascimento). No quarto PPP,
enquanto o RN está junto à mãe, prover calor, manter as vias aéreas pérvias e avaliar a sua
vitalidade de maneira continuada.
Nesse período, para manter a temperatura corporal entre 36,5-37,5ºC (normotermia),
garantir a temperatura ambiente na sala de parto entre 23-26ºC, secar o corpo e o segmento
cefálico com compressas aquecidas e deixar o RN em contato pele-a-pele de forma imediata

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 17


e contínua com a mãe, com duração mínima de 1 hora, coberto com tecido de algodão seco
e aquecido. Cuidar para manter as vias aéreas pérvias, sem flexão ou hiperextensão do
pescoço, verificando se não há excesso de secreções na boca e nariz. Avaliar, inicialmente, a
frequência cardíaca (FC) com o estetoscópio no precórdio, o tônus muscular e a
respiração/choro. Realizar o índice de Apgar ao primeiro e quinto minuto de vida.
Proceder com identificação do binômio mãe-bebê com pulseiras-gêmeas, contendo os
mesmos dados de identificação (nome e data de nascimento da mãe, data, sexo, hora do
nascimento) e estes devem ser conferidos com a mãe e/ou acompanhante no momento do
preenchimento e colocação.
A amamentação deve ser iniciada na primeira hora pós-parto, pois além de assegurar
que o RN receba o colostro, rico em fatores protetores, está associada à menor morbidade
neonatal e ao maior período de amamentação. O contato pele-a-pele entre mãe e bebê ao
nascimento favorece o início precoce da amamentação e aumenta a chance do aleitamento
materno exclusivo ser bem sucedido nos primeiros meses de vida.
É importante que todos os profissionais de Enfermagem que trabalham na assistência
ao parto e nascimento estejam habilitados para reanimação neonatal, que planejem o cuidado
e estejam preparados para realizar os passos iniciais da ressuscitação neonatal, segundo
recomendações atualizadas da Sociedade Brasileira de Pediatria, até chegada do médico. O
planejamento do cuidado consiste em assegurar que existam recursos para ressuscitação e
para transferência do recém-nascido para outro local se necessário, além de desenvolver
fluxogramas de referência de emergência e implementá-los se necessário. Todo material
necessário para a reanimação deve ser preparado, testado e estar disponível em local de fácil
acesso, antes do nascimento. O Anexo I contém o passo a passo para a Reanimação do
recém-nascido ≥34 semanas em sala de parto, de acordo com as Diretrizes da Sociedade
Brasileira de Pediatria.
Após o período de contato pele-a-pele, realizar de forma rotineira a profilaxia da doença
hemorrágica, a vacinação para hepatite B e a profilaxia da oftalmia neonatal (o tempo de
administração pode ser ampliado em até 4 horas após o nascimento). Registrar as medidas
antropométricas (perímetro cefálico, estatura e peso) e realizar exame físico inicial para
detectar qualquer anormalidade física maior e para identificar problemas que possam requerer
avaliação médica e/ou transferência.
Assegurar que qualquer exame, intervenção ou tratamento da criança seja realizado
com o consentimento dos pais e também na sua presença ou, se isso não for possível, com
o seu conhecimento.
Garantir que a DNV e caderneta da criança sejam preenchidas de acordo com a rotina
de cada hospital.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 18


8.2 Tratamento Não Farmacológico
Partindo do pressuposto que a integralidade da assistência é um dos princípios
norteadores das práticas e serviços que compõem o Sistema Único de
Saúde (SUS), e seguindo a lógica do cuidado integral que considera as dimensões biológicas,
psicológicas e sociais do indivíduo, ao longo das últimas décadas o MS tem proposto
diretrizes, normas e protocolos, a fim de garantir a melhora no modelo de atendimento
obstétrico. Acredita-se que os altos índices de mortalidade no ciclo gravídico puerperal, estão
diretamente relacionados à ausência de boas práticas, através de intervenções
desnecessárias ainda praticadas pelos profissionais de saúde36.
As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) do SUS37 poderão ser utilizadas no
âmbito do pré-natal, parto e pós-parto de acordo com a disponibilidade de equipamentos,
insumos e capacidade técnica do profissional a executar.
Evidências científicas atuais recomendam o uso de PICS e outros recursos como
facilitadores para evolução do trabalho de parto e alívio da dor de parto38, conforme a tabela
2:

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 19


GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
COMISSÃO PERMANENTE DE PROTOCOLOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Tabela 2 – Tecnologias não invasivas de cuidado durante o trabalho de parto:


TECNOLOGIA INDICAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS

Deambulação39,40 Ativa o trabalho de parto; Não há uma posição universalmente aceita e perfeita Enfermeiros Obstetras ou qualquer
Descida e rotação fetal; para todas as mulheres em trabalho de parto. A mulher profissional capacitado.
Encurtar o trabalho de parto. deve escolher a posição que preferir.
Em uma revisão sistemática, disponibilizada na
biblioteca Cochrane, que incluiu 21 ensaios clínicos
randomizados com 3.706 mulheres. Observou-se que a
posição vertical encurtou em aproximadamente uma
hora o primeiro período do trabalho de parto quando
comparado à posição reclinada.
A deambulação pode ainda aumentar a sensação da
parturiente de controle de seu trabalho de parto, prover
distração autorregulada.

Bola Suíça42 Massagem perineal; O uso da Bola Suíça tem-se revelado como um Enfermeiros Obstetras ou qualquer
Descida e rotação do feto; importante artificio para atenuação da dor durante o profissional capacitado.
Evolução do trabalho de parto. trabalho de parto. O seu objetivo no primeiro período de
trabalho de parto é facilitar o melhor posicionamento e
abertura da pelve e promover melhor conforto, já no
segundo período de trabalho de parto pode facilitar a
rotação e descida da apresentação fetal e diminuir o
tempo do puxo41.
A bola trabalha a musculatura do assoalho pélvico, em
especial, os músculos levantadores do ânus e
pubococcígeos e a fáscia da pelve), aliviar tensões,
ativar a circulação sanguí nea e desfazer pontos de
tensão, trabalha cintura pélvica e movimenta todos os
músculos.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 20


Movimentos Pélvicos40 Diminuição da percepção dolorosa; Quando a mulher deixa-se guiar pelo seu instinto, Enfermeiros Obstetras ou qualquer
Correção de assinclitismos; procura movimentar-se, seguindo o ritmo dascontrações, profissional capacitado.
Promoção da descida fetal. movendo a pelve para frente e para trás, de um lado para
o outro ou em movimentos circulares. Estes
movimentos servem para facilitar o encaixe, a descida
e a rotação do feto, no canal de parto. Quandoa mulher
usa o córtex primitivo, esses movimentosafloram com
mais intensidade.

Massagem Acelera trabalho de parto. Ativa o córtex primitivo; libera ocitocina e endorfinas, Enfermeiros Obstetras ou qualquer
Corporal43,44 ativa os mecanorreceptores atuando no portal da dor, profissional capacitado.
libera os músculos tensionados e permite troca de calor.
Em um estudo randomizado para avaliar o efeito da
massagem, os pesquisadores mensuraram a dor de 90
parturientes por meio da Escala Visual Analógica (EVA)
de dor e dois questionários, um pré-natal e outro pós-
natal, e concluíram que houve uma tendência de
redução da dor, porém, quando associada a outros
métodos não farmacológicos.

Banqueta Meia Lua45 Auxiliar na descida e rotação do feto. Auxiliar na descida e rotação do feto. Enfermeiros Obstetras ou qualquer
A indicação para o uso se dá́ a partir de quando a profissional capacitado.
mulher atingir os 8 cm de dilatação e o feto ainda
necessitar fazer o processo de descida. Amplia os
diâm etros da pelve e facilita a passagem do polo
cefálico, diminui a sensação dolorosa, permite a
sensação de controle da mulher com seu processo de
parturição. Não deve ser estimulado antes de dilatação
avançada por risco de edema no colo.

Rebozo46,47 Conforto, correção de más posições Rebozo é um tecido de origem mexicana, utilizado Enfermeiros Obstetras ou qualquer
fetais. principalmente por parteiras tradicionais para correção profissional capacitado.
de mau posicionamento fetal por meio de técnicas
específicas, além de uso para conforto e relaxamento.

Escalda Pés38 Prover conforto, bem estar, relaxamento, Consiste na imersão dos pés em água morna, podendo Enfermeiros Obstetras ou qualquer
redução de estado ansioso, diminuição ainda adicionar óleo essencial ou ervas terapêuticas. profissional capacitado.
de dores.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 21


Aromaterapia48-52 O resultado esperado depende do OE Prática terapêutica que consiste no uso intencional de Enfermeiros Obstetras ou qualquer
escolhido pelo terapeuta. Tais como concentrados voláteis extraídos de vegetais - os óleos profissional capacitado.
redução da ansiedade, analgesia, essenciais (OE) por inalação direta, indireta ou uso
concentração, antiemético, regulação da tópico.
tonicidade uterina, dentre outros.

Técnicas de Gestantes durante o pré-natal, trabalho A respiração consciente age como mecanismo de Enfermeiros Obstetras ou qualquer
respiração53 de parto e período expulsivo. controle do sistema nervoso simpático, por meio da profissional capacitado.
ativação de processos mentais que tornam as
A respiração consciente consiste em sensações do trabalho de parto mais agradáveis, além
concentra-se na respiração em atenção de promover a diminuição dos níveis circulantes de
plena e alternar períodos de relaxamento hormônios do estresse e liberação de endorfinas,
da musculatura corporal com diferentes consequentemente propicia diminuição da pressão
padrões respiratórios. sanguínea e aumento dos níveis de oxigênio.

Massagem54 Gestantes durante o pré-natal, trabalho No trabalho de parto, a massagem tem o potencial de Enfermeiros Obstetras ou qualquer
de parto e período expulsivo. Útil para promover alívio da dor, além de proporcionar contato profissional capacitado.
controle do medo, ansiedade e dor. físico com a parturiente, potencializando o efeito de
Caracterizado pelo toque sistêmico e relaxamento, diminuindo o estresse emocional e
pela manipulação dos tecidos. melhorando o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos
tecidos. A colocação da mão sobre um ponto dolorido,
o afago dos cabelos ou da face em um gesto de afeição,
um abraço firme ou a massagem intencional mais
formal da mão, todos transmitem ao receptor uma
mensagem de interesse, de vontade de estar perto e
ajudar.

Termoterapia55 A aplicação do calor é o recurso O aumento da temperatura subcutânea, provoca o Enfermeiros Obstetras ou qualquer
terapêutico não farmacológico para o relaxamento da musculatura lisa e liberação de profissional capacitado.
alívio da dor. substâncias vasodilatadoras, que estimulam receptores
Pode ser aplicada na região lombar e/ou de bloqueio da dor, além de proporcionar a
sacral durante o trabalho de parto e no extensibilidade do colágeno. A aplicação de calor
períneo no decorrer do período diminui resposta simpática, modificando a transmissão
expulsivo, apresentando diminuição nos aferente nocioceptiva, aumentando os níveis de
níveis de dores associadas. endorfinas, diminuindo a sensibilidade dolorosa.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 22


Crioterapia56-58 Técnica de aplicação local do frio para O uso do gelo para alívio de dor, reduz a transmissão Enfermeiros Obstetras ou qualquer
fins terapêuticos, abrange diversas de dor das fibras, diminui a excitabilidade nas profissional capacitado.
técnicas específicas que utilizam o frio terminações livres, abaixa o metabolismo celular
em formas líquida (água), sólida (gelo) e tecidual localizado, aumentando o limiar de dor das
gasosa (gases). É indicado para: fibras.
diminuição da temperatura e do Age como contra irritante e estímulo de liberação de
metabolismo local; endorfinas, proporciona vasoconstricção impedindo o
Tem efeito anti-inflamatório local; extravasamento plasmático por ocasião dos
Reduz a dor e hematomas e trauma traumatismos, apresenta uma ação analgésica em
perineal; consequência da diminuição na velocidade de
Impede a formação de abscessos; propagação dos estímulos nociceptivos.
Controla a hemorragia.

Banho de aspersão54 O banho de aspersão é uma técnica não O banho de chuveiro atua induzindo a vasodilatação Enfermeiros Obstetras ou qualquer
invasiva de estimulação cutânea de calor periférica e a redistribuição do fluxo sanguíneo. Além profissional capacitado
superficial que produz efeito local e/ou disso pode produzir efeitos na musculatura,
geral. Durante qualquer fase do trabalho aumentando o relaxamento e a elasticidade do canal
de parto (primeira, segunda ou terceira), vaginal. A redução da liberação de catecolaminas e
desde que haja o consentimento da elevação das endorfinas reduz a ansiedade da
parturiente. parturiente e promove uma maior satisfação no
A temperatura da água indicada é entre processo do parto.
37ºC e 38ºC, permanecendo a mulher
com a ducha sobre a região dolorosa, por
no mínimo 20 minutos.

Banho de imersão59 O banho de imersão refere-se à imersão A imersão em água facilita a mobilidade da mulher, o Enfermeiros Obstetras ou qualquer
de todo o abdômen da parturiente em que pode otimizar o posicionamento fetal, melhora a profissional capacitado.
água, em um recipiente que pode ser perfusão uterina, as sensações dolorosas e um trabalho
uma piscina ou uma banheira. Desejo da de parto mais curto com menos intervenções.
parturiente;
Trabalho de parto ativo.

Hipnose60,61 Intervenção psicológica que leva o O relaxamento hipnótico pode ser favorável para Profissional com treinamento
usuário a um estado alterado da mulheres extremamente ansiosas e com dificuldade de específico.
consciência descrito como estado de produzir ocitocina necessária para estimular as
relaxamento hiper-sugestionável. Esse contrações. Além da diminuição da tensão e da
nível de consciência alterado pode ser angústia, facilitação do relaxamento, supressão ou
induzido pelo procedimento “hipnotismo”

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 23


ou “transe”, e ainda pode ser induzido atenuação da sensação dolorosa, grande diminuição da
com um hipnotizador (hetero-hipnose) ou estafa física.
o próprio sujeito (auto-hipnose). Pode ser
feito em qualquer fase do trabalho de
parto.

Acupressão62-65 A acupressão consiste em uma técnica A aplicação de acupressão tem a função de estimular Profissional com treinamento
com efeito terapêutico semelhante à os nociceptores e durante o trabalho de parto, a dor e a específico.
acupuntura, estimulando pontos ansiedade podem estimular o sistema nervoso
corporais específicos para manter o simpático, promovendo o aumento da liberação de
equilíbrio de energia nos diversos canais catecolaminas na circulação sanguínea e diminuição na
que circulam pelo corpo, os chamados secreção de ocitocina. Portanto, a técnica atua na
meridianos. Qualquer fase do trabalho de redução da intensidade da dor e proporciona
parto. relaxamento por meio da neuromodulação.

Auriculoterapia66,67 A Auriculoterapia chinesa é uma técnica Estimula os nociceptores e o sistema nervoso Profissional com treinamento
que utiliza os pontos reflexos simpático, promovendo o aumento da liberação de específico.
encontrados nos pavilhões auriculares catecolaminas na circulação sanguínea e diminuição na
para promover bem-estar e resolver secreção de ocitocina, sendo assim, reduz a sensação
desarmonias que levam a doenças. Nas dolorosa do ponto estimulado e pode proporcionar
orelhas encontramos as regiões reflexas relaxamento e controle da ansiedade e medo.
que representam todo o nosso corpo,
desta forma esta técnica pode ser
empregada no tratamento de doenças
físicas e emocionais. Qualquer fase do
trabalho de parto.

Posição Genupeitoral68 A Posição Genupeitoral ou genito- Durante o trabalho de parto diminui a força da Enfermeiros Obstetras ou qualquer
peitoral é o decúbito no qual o peito e os gravidade, amplia os diâmetros da pelve, facilitando a profissional capacitado.
joelhos ficam apoiados no leito. É rotação e diminuindo a pressão sobre o colo uterino.
caracterizada por se verificar apoio
simultâneo do peito e dos joelhos no
mesmo plano horizontal, ficando o eixo
do tronco inclinado de trás para a frente
e de cima para baixo. A cabeça deve
estar lateralizada, apoiada sobre os
braços.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 24


Indicado para posições posteriores ou
direita persistentes; edema de colo.

Postura verticalizada69 São todas as posições adotas De acordo com as melhores evidências científicas Enfermeiros Obstetras ou qualquer
espontaneamente pela paciente, as internacionais, a posição litotômica no momento do profissional capacitado.
quais diferem da posição convencional parto, aumenta a ocorrência de partos vaginais
de litotomia (deitada na cama de parto/ instrumentados, dor perineal e frequência cardíaca fetal
maca), tais como cócoras (com ou sem não tranquilizadora. Portanto, as mulheres devem ser
uso de banqueta, sustentada pelo desencorajadas a adotarem a posição litotômica e
acompanhante ou não), semi lateral, encorajadas a escolher uma posição que lhes seja mais
lateral, quatro apoios, em pé. confortável.
Evita traumas graves com necessidade
de sutura, otimizar a perfusão útero-
placentária, amplia o diâmetro pélvico,
evita intervenções desnecessárias como
episiotomia e manobra de Kristeller.

Postura lateralizada70 Na postura de decúbito lateral Devido à fixação de uma hemipelve, a liberdade de Enfermeiros Obstetras ou qualquer
esquerdo/SIMS a mulher posiciona-se movimento promovida pela postura de SIMS pode profissional capacitado.
em decúbito lateral esquerdo, uma influenciar na abertura ou fechamento dos estreitos
hemipelve está fixada ao leito e a superior e inferior, devido a mobilidade da hemipelve
hemipelve contralateral está livre, livre. Assim, os ligamentos cardinal, uterossacral e
suscetível aos movimentos do feto e do redondo, continuam sem sofrer atuação da força
membro inferior direito da mulher, que é gravitacional, não contribuindo para uma otimização do
colocado sobre um aparador. aumento do diâmetro do canal vaginal e alinhamento
O decúbito lateral esquerdo evita a deste ao útero. No entanto, são passíveis de diferentes
compressão da veia cava, facilitar tensões em virtude da mobilidade pélvica. Essa
descida e rotação da cabeça fetal. mobilidade tem repercussão não apenas nos
ligamentos, mas também nos músculos que estão
inseridos na superfície da pelve óssea, pois há uma
mudança no vetor de atuação muscular e seu
comprimento, possibilitando uma prévia tensão no
sentido de alongamento destes, podendo influenciar em
uma menor chance de lesão do que outras posturas
horizontais.

Postura de quatro Na posição de quatro apoios a mulher A postura de quatro apoios sugere ser um Enfermeiros Obstetras ou qualquer
apoios71 encontra-se com os quatro membros posicionamento menos exaustivo, menos doloroso e profissional capacitado.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 25


apoiados em uma superfície firme e mais eficiente para os dois momentos do segundo
segura, com joelhos e cotovelos ou mãos período do trabalho de parto, durante o qual se faz
(posição para engatinhar). necessário primeiramente o encaixe do feto, facilitado
Edema de colo, feto em posição pelo movimento de contranutação, e a expulsão do feto,
posterior, distócia de ombro. Também é facilitado pelo movimento de nutação.
possível reduzir a pressão que a cabeça
fetal faz no colo do útero e na face interna
das estruturas da bacia, pois esta
posição amplia os diâmetros da pelve, o
que facilita a rotação interna do feto e
diminui a pressão nas vísceras maternas.

Cócoras sustentado70 A mulher se posiciona agachada, Aumenta diâmetros da pelve em 25% de acordo com Enfermeiros Obstetras ou qualquer
apoiada sobre os pés, podendo ser Gardosi (2000), amplia a saída da bacia; Possibilita a profissional capacitado.
sustentada pelo acompanhante ou ação da gravidade; Pode aliviar a dor nas costas;
alguém da equipe, estar sentada em Facilita a rotação e a descida; Necessita de menos
banquinho meia lua, escada de dois esforços expulsivos; Vantagens mecânicas- o tronco
degraus ou banco de até 45 cm de altura. empurra o fundo uterino; aumenta a pressão no
Promove a descida e rotação do feto. períneo; Aumenta a sensação de bem estar, por se
Correção do assinclitismo persistente; e sentir amparada por alguém e na posição suspensa, os
hipossistolia. Facilita o alinhamento das membros inferiores são menos comprimidos,
vértebras em um ângulo igual ou superior favorecendo a circulação venosa (GERMAIN,2005).
à 90 graus e favorece a mobilidade
pélvica junto à ação da gravidade sobre
o eixo central do corpo, apresenta
benefícios importantes para a
progressão fisiológica do parto, com
satisfação das mulheres por proporcionar
participação ativa, maior percepção de
respeito e de controle sobre o processo.

Ampliação do Consiste em um assento com apoio para Amplia os diâmetros da pelve, com a pressão sobre a Enfermeiros Obstetras ou qualquer
diâmetro da cintura os braços, o que promove uma postura crista ilíaca no momento da contração. Aumentar a profissional capacitado.
pélvica- sentada inclinada para frente mobilidade entre os ossos da pelve.
(cavalinho- assento favorecendo um balanço pélvico.
ativo)68 Indicado em casos de
assinclitismo persistente, período pélvico
prolongado, presença de

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 26


bossa/moldagem excessiva do polo
cefálico, ajuda também na
movimentação e descida do feto ediminui
o edema do colo, ampliando o diâmetro
da pelve, liberando o saco e cóccix,
auxiliando na posição do bebê naposição
occipital anterior.

Spinning babies18,72 Criado por Gail Tully, parteira americana Apesar da ausência de estudos clínicos, os benefícios Apenas Enfermeiros Obstetras ou
com mais de 30 anos de prática, o do rebozo e do spinning babies estão documentados outro profissional treinado e
Spinning é uma abordagem que foca em em relatos de experiência e narrativas de mulheres que certificado pelo método da Gail
otimizar a relação física entre os corpos revelam resultados positivos sobre a progressão do Tully®.
da mãe e do bebê e, assim, facilitar o trabalho de parto, a dinâmica uterina e o alívio da dor,
nascimento. associando-se com sensações corporais agradáveis,
A prática auxilia no alinhamento uterino e percepção de apoio emocional, empoderamento,
na liberação da pelve para que o bebê prazer, bem-estar, cooperação e segurança21. Ainda
posso realizar o mecanismo de flexão e que não estejam mencionadas em recomendações
rotação adequado e entrar na bacia oficiais, entende-se que essas técnicas se aproximam
materna, facilitando o nascimento. de práticas obstétricas que promovem e protegem o
Redução das lombalgias. processo fisiológico do parto, como o incentivo à
deambulação, à liberdade de movimentos e aos
posicionamentos verticalizados.

Hands-OFF/Hands- Hands-on: A proteção perineal manual Uma revisão sistemática não evidenciou qual a melhor Enfermeiros Obstetras ou qualquer
ON73 (MPP) é uma intervenção intraparto manobra para prevenir o trauma perineal e outros profissional capacitado.
sugerida para proteger a integridade ensaios clínicos randomizados avaliando compressas,
perineal durante o parto. A execução massagens com lubrificante, estratégias hands on e
adequada do MPP é complexa e a hands off (nenhuma manobra sobre o períneo) não
avaliação de sua real contribuição é difícil encontraram diferenças significativas na frequência de
na clínica devido ao grande número de lacerações genitais.
variáveis obstétricas, algumas
dificilmente quantificáveis.

Hands-off: A assistência que consiste em


não realizar qualquer tipo de proteção
perineal durante o segundo período do
trabalho de parto.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 27


A recomendação é que a decisão de se
utilizar ou não essas técnicas devem ser
adotadas pelas mulheres em conjunto
com seus obstetras, com base no
conforto materno e em outras
considerações.

Terapia floral74,75 A terapia floral se fundamenta em um Os Florais de Bach consistem na extração de essências Profissional com treinamento
conceito no qual a divisão cartesiana de flores e posterior preservação destas por meio de específico.
entre corpo e mente é superada por uma diluição alcoólica, exceto em um floral, chamado Rock
perspectiva que integra esses elementos Feller. Tal procedimento foi desenvolvido na década de
em uma dimensão em que a mente 1930, pelo médico Dr. Edward Bach, a fim de promover
assume essencial importância. As a cura emocional por meio de 38 florais, cada qual
emoções alteram o estado físico por meio referente a um estado negativo que influencia o bem-
da ação do sistema nervoso central, do estar do indivíduo. Estudos realizados com Terapia
sistema endócrino e imunológico. A Floral mostram sua eficácia na diminuição da ansiedade
emoção positiva estabelece a saúde, e do estresse.
enquanto o estado negativo estimula
doenças. Assim, a valorização de
sintomas que não são somente físicos é
necessária para solucionar
problemáticas que não estão meramente
arraigadas no campo biológico.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 28


GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
COMISSÃO PERMANENTE DE PROTOCOLOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

A ambiência também influencia a evolução do trabalho de parto, desta forma deve-se observar
as tecnologias relacionadas na tabela 3:

TECNOLOGIA INDICAÇÃO CONTRA FUNDAMENTAÇÃO PROFISSIONAIS


INDICAÇÃO ENVOLVIDOS
Penumbra55 Parturientes em Insatisfação da O ambiente com baixa Enfermeiros
qualquer fase do parturiente luminosidade promove Obstetras ou
Baixa trabalho de com a uma sequência de qualquer
iluminação na parto, com foco penumbra e/ou emoções que respeita profissional
sala de parto no período intercorrências e auxilia a fisiologia do capacitado.
expulsivo. que necessite período expulsivo do
de iluminação trabalho de parto
difusa. (medo, surpresa, raiva
e alegria). Já o
ambiente com
iluminação usual e
comum causa
interferências no
aparecimento
sequencial dessas
emoções.
Privacidade76-78 Proporcionar Não há. Favorece o Enfermeiros
acolhimento, protagonismo no Obstetras ou
É o direito de conforto, trabalho de parto, qualquer
estar só, dignidade e satisfação, bem-estar e profissional
resguardando a autonomia da segurança, com capacitado.
dignidade da mulher. sensação de
pessoa humana. relaxamento e alívio da
ansiedade,
estimulando a
liberação da ocitocina
endógena.
Redução de Promover um Níveis de O silêncio e o conforto Enfermeiros
ruídos79,80 ambiente seguro ruídos acima são necessários para Obstetras ou
e acolhedor, do os fenômenos qualquer
O ruído é um diminuir níveisde recomendável fisiológicos envolvidos, profissional
tipo de som ansiedade e podem afetar no processo da capacitado.
desorganizado, estresse, bem alguns parturição, ocorram de
cuja como respeitar o parâmetros forma adequada, como
característica protagonismo da fisiológicos do a liberação de
está associada mulher. bebê (35 e 45 ocitocina e endorfinas
ao conceito de dB). endógenas, facilitando
som indesejado o curso normal do
e desagradável. trabalho de parto. Para
a mulher, no processo
de parturição, o
barulho pode
representar um fator
estressor, e pode fazer
ativação imediata do
sistema nervoso
simpático,

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 29


atrapalhando a
concentração e
aumentando a
secreção de adrenalina
Temperatura Proporcionar Não há. A manutenção de uma Enfermeiros
ambiente54 conforto térmico * É importante temperatura ambiente Obstetras ou
as atender as adequada na sala de qualquer
Controle da parturientes/pué necessidades parto ou sala de profissional
temperatura rperas e recém- das usuárias cirurgia é fundamental capacitado.
ambiente das nascidos; que na prevenção da
salas de parto Prevenção da compartilham hipotermia neonatal,
dos Centros hipotermia o mesmo devendo a sala de
Obstétricos da neonatal. ambiente. parto manter, no
SES DF mínimo, a temperatura
de 26ºC para que se
mantenha, com maior
facilidade a
temperatura corpórea
normal do RN e o
conforto da mulher.
Música81 Promover Não há. Promove a liberação Enfermeiros
melhor * É importante da ocitocina endógena, Obstetras ou
É a disposição ambiência da atender as gerando alívio da dor qualquer
dos sons. parturiente. necessidades durante as contrações, profissional
Cabe apoiar que das usuárias auxilio na diminuição capacitado.
sejam tocadasas que da tensão e do medo,
músicas de compartilham ambientação da
escolha da o mesmo parturiente no hospital,
mulher durante o ambiente. estímulo à
trabalho de espiritualidade.
parto.
.

8.3 Tratamento Farmacológico


Está previsto o tratamento farmacológico pelo enfermeiro obstetra nas seguintes
situações:
1. Falha no segundo período do trabalho de parto
2. Conduta ativa para prevenção da hemorragia pós-parto
3. Tratamento da Hemorragia pós-parto
4. Prevenção da anemia pós-parto
5. Recém-nascido

Situações específicas:
1. Falha no segundo período do trabalho de parto18,82:

A utilização de ocitocina pelo enfermeiro obstetra só é recomendada em casos de falha


no progresso do segundo período do trabalho de parto (expulsivo), e após tomadas de
medidas não farmacológicas.
Em relação a falha do progresso do segundo período, considerar, para as nulíparas,
falha, se o progresso (em termos de rotação ou descida da apresentação) não for adequado

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 30


após 1 hora de segundo período ativo. Assim, deve-se realizar amniotomia se as membranas
estiverem intactas.
Para as multíparas, suspeitar de prolongamento se o progresso (em termos de rotação
ou descida da apresentação) não for adequado após 30 minutos de segundo estágio ativo e
realizar amniotomia se as membranas estiverem intactas.
Se as contrações estiverem inadequadas, mesmo após rotura de membranas,
considerar o uso de ocitocina.

2. Conduta ativa para prevenção da hemorragia pós-parto83,84:

Durante o terceiro período do parto (período de dequitação) deve-se proceder a


conduta ativa para a prevenção da hemorragia pós-parto com administração de 10 UI de
ocitocina intramuscular após desprendimento do bebê, antes do clampeamento e corte do
cordão umbilical.
As demais condutas serão não farmacológicas, como tração contínua e controlada do
cordão, após clampeamento oportuno e secção; exame da placenta quanto sua integridade e
observação do sangramento, sinais vitais e sinais de instabilidade hemodinâmica, para a
adoção de intervenções oportunas em caso de hemorragias.
O canal de parto também deve ser examinado e as suturas de laceração de trajeto
devem ser realizadas sempre que necessárias. Para as puérperas com lacerações
importantes, como as que causam fístulas e/ou comprometimento de esfíncter anal, deve ser
solicitada a avaliação médica.

3. Hemorragia pós-parto83,84

Hemorragia pós-parto: Perda sanguínea acima de 500 mL após parto vaginal ou acima
de 1000 mL após parto cesariana nas primeiras 24 horas ou qualquer perda de sangue pelo
trato genital capaz de causar instabilidade hemodinâmica.
Hemorragia pós-parto maciça: Sangramento nas primeiras 24 horas após o parto (por
qualquer via) superior a 2000 mL ou que necessite da transfusão mínima de 1200 mL (4
unidades) de concentrado de hemácias ou que resulte na queda de hemoglobina ≥ 4g/dL ou
em distúrbio de coagulação.
Sempre que se suspeitar de sangramento aumentado no puerpério, a abordagem
terapêutica deve ser imediata e focada na causa da hemorragia. Não esperar os sinais
clássicos de instabilidade hemodinâmica para o início do tratamento.
As condutas iniciais para a contenção da hemorragia pós-parto são:
1- Chamar ajuda;
2- Instalar 2 acessos venosos calibrosos: 16 ou 14 gauge;

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 31


3- Elevar membros inferiores (Trendelemburg);
4- Infundir soro fisiológico ou Ringer lactato (avaliar resposta materna a cada
500ml infundido);
5- Instalar oxigênio a 8 l/min em máscara facial;
6- Prevenir a hipotermia;
7- Avaliar sinais clínicos (PA, FC, Sat. O2, consciência, sangramento, etc)
8- Avaliar Índice de Choque: > 0,9 significa risco de transfusão maciça,
9- Determinar a causa da hemorragia.
10- As condutas para tratar a HPP serão direcionadas de acordo com a causa da
hemorragia, conforme anexo II.

4. Anemia pós-parto85

Profilaxia da anemia pós-parto com a administração do Sulfato ferroso no período


puerperal.

5. Assistência ao recém nascido82

Utilização de protocolos de assistência ao recém-nascido como a prevenção da


hemorragia do com a administração de vitamina K; a imunização do RN para hepatite B; e a
prevenção da oftalmia gonocócica com a administração de nitrato de prata.

8.3.1 Fármaco(s)
 90533 Ácido tranexâmico solução injetável 50 mg/ml ampola 5 ml - Uso Hospitalar
 90462 Butilbrometo de escopolamina comprimido ou drágea 10mg - UBS e uso
Hospitalar
 90884 Cefalexina capsula ou drágea ou comprimido 500 mg - UBS e uso Hospitalar
 90167 Dimenidrinato + Piridoxina (cloridrato) + Glicose + Frutose solução injetável 30
mg +50 mg + 1000 mg + 1000 mg ampola 10 mL - UBS e uso Hospitalar
 19772 Fitomenadiona (vitamina k) solução injetável intravenosa 10 mg/mL ampola
(com indicação expressa para uso em neonatos) - Uso Hospitalar
 90528 Fitomenadiona (vitamina k) solução injetável intramuscular 10 mg/mL ampola
1mL - Uso Hospitalar
 90564 Gliconato de cálcio solução injetável 100 mg/ml ampola 10 ml - Uso Hospitalar
 90411 Hidralazina solução injetável 20 mg/ml ampola 1 ml - Uso Hospitalar
 11087 Ibuprofeno comprimido 600 mg - UBS e uso Hospitalar
 24503 Ibuprofeno suspensão oral 50 mg/ml frasco gotas 30ml - UBS e uso Hospitalar

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 32


 90741 Imunoglobulina anti-Rho (anti-D) solução injetável de 250 mcg a 300 mcg frasco
ampola ou seringa preenchida - Uso Hospitalar
 MS25302 Imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB) solução injetável 100UI
ampola ou frasco - Farmácia do Componente Especializado
 Imunoglobulina antitetânica (IGHAT) solução injetável 250UI ampola ou frasco
 90024 Lidocaína (cloridrato) solução injetável 2 % frasco ampola 20 ml - UBS e uso
Hospitalar
 90701 Metilergometrina (maleato) solução injetável 0,2 mg/ml ampola 1 ml - Uso
Hospitalar
 90690 Metronidazol gel vaginal 100mg/g bisnaga 50g + aplicadores (10 para cada
bisnaga) - UBS e uso Hospitalar
 8739 Miconazol creme vaginal 20mg/g bisnaga 80 g + aplicadores (10 para cada
bisnaga) - UBS e uso Hospitalar
 MS90189 Misoprostol comprimido vaginal 200 mcg - Uso Hospitalar
 90985 Nitrato de prata solução oftálmica 1 % frasco 2,5 a 5,0 ml (manipulado) - Uso
Hospitalar
 10368 Nitrofurantoína cápsula 100 mg - UBS e uso Hospitalar
 90680 Ocitocina solução injetável 5 UI ampola 1 ml - Uso Hospitalar
 20060 Paracetamol comprimido 500 mg - UBS e uso Hospitalar
 90314 Paracetamol solução oral 200mg/ml frasco 15 ml - UBS e uso Hospitalar
 31716 Simeticona emulsão ou solução ou suspensão oral gotas 75 mg/ml frasco 10ml
a 15ml - UBS e uso Hospitalar
 90592 Sulfato ferroso (equivalente a 40 mg de ferro elementar) comprimido revestido-
UBS e uso Hospitalar
 90593 Sulfato ferroso solução oral 125 mg/mL correspondente a 25 mg/mL de ferro
elementar frasco 30 mL - UBS e uso Hospitalar
 90080 Sulfato de magnésio solução injetável 50% (4 mEq/mL) ampola 10ml - Uso
Hospitalar
 MSE90067 Zidovudina solução injetável 10 mg/ml frasco ampola 20 ml – HIV - Uso
hospitalar (maternidades)
 ZMSE90066 Zidovudina solução oral 10 mg/ml frasco 200 ml – HIV - Policlínicas,
Farmácia Escola HUB, Hospital Dia e uso Hospitalar (maternidades)

8.3.2 Esquema de Administração

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 33


Prescrição Pré-parto
1. Dieta leve ou líquida
2. Exercícios facilitadores do trabalho de parto
3. Preenchimento do partograma
4. SG 5% + Ocitocina solução injetável 5UI ampola 1ml, via EV, se falha no segundo
período do trabalho de parto*
5. SVR
* a falha da dinâmica uterina deve ser comunicada à equipe médica, sem prejuízo da
assistência por enfermeiro obstetra, desde que vigência de condições de normalidade para
mãe e feto.

Prescrição Pós-parto
1. Dieta oral livre
2. Ocitocina solução injetável 5UI ampola 1ml, 2 ampolas, via IM, logo após o
nascimento
3. Sulfato ferroso comprimido revestido 40mg, 1 comprimido, 2 vezes ao dia, via oral
4. Paracetamol comprimido 500mg, 1 comprimido, 6x6h, via oral, SOS
5. Ibuprofeno comprimido 600mg, 1 comprimido, 12x12h, via oral, SOS
6. Observar involução uterina a cada 4h
7. Observar sangramento transvaginal
8. Aferir SVR a cada 6h

Prescrição do Recém-nascido
1. Aleitamento Materno em livre demanda
2. Clampeamento tardio do cordão umbilical, contato pele a pele e estímulo à
amamentação por no mínimo 1 hora após o nascimento, para RN com boa vitalidade
3. Vacina anti-hepatite B 0,5ml IM preferencialmente nas primeiras 12 horas
4. Fitomenadiona solução injetável 10mg/ml ampola, 0,1ml IM após o nascimento
5. Nitrato de prata solução oftálmica 1% frasco 2,5 a 5,0 ml, 1 gota em cada olho
6. Cuidados de Enfermagem
7. SVR

8.3.3 Tempo de Tratamento – Critérios de Interrupção


O Sulfato Ferroso, prescrito na alta, deverá ser mantido até 90 dias após o parto. O
Paracetamol e o Ibuprofeno serão mantidos, após a alta, somente se a paciente apresentar
dor ou desconforto86.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 34


Após a alta hospitalar, as pacientes deverão ser acompanhadas na Atenção Primária em
Saúde para conduta em relação ao tempo de tratamento, critérios de interrupção ou
continuidade deste.

9- Benefícios Esperados
Com o uso das terapias integrativas, espera-se redução da ansiedade e do medo, alívio
da dor, melhor oxigenação materna e fetal, evolução fisiológica do trabalho de parto, maior
satisfação da mulher e da família.
Para diminuir a incidência de hemorragia pós-parto, o Ministério da Saúde recomenda a
profilaxia da ocitocina IM após o parto em todas as parturientes, mesmo de risco habitual.
Com o uso da medicação a dequitação é mais rápida, a quantidade de sangramento é menor
e o útero se contrai e involui mais rapidamente83.
Mesmo sendo fisiológico o sangramento durante e após o parto, muitas mulheres
desenvolvem a anemia após o parto devido à hemodiluição fisiológica na gestação e pela
perda sanguínea no parto e pós-parto. Para prevenir a anemia grave, o Ministério da Saúde
também recomenda o uso da medicação sulfato ferroso para todas as puérperas por 3 meses.
Cabe salientar que o sulfato ferroso (comprimido e solução oral) é padronizado também para
Atenção Básica, disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde da SES-DF85,86.

10- Monitorização
As puérperas assistidas pelas (os) enfermeiras (os) obstetras deverão ser avaliadas no
dia seguinte no alojamento conjunto. As condições físicas e emocionais devem ser avaliadas
e registradas, bem como o nível de satisfação da mulher e de sua família.

11- Acompanhamento Pós-tratamento


Será realizado nas Unidades Básicas de Saúde.

12- Termo de Esclarecimento e Responsabilidade – TER


Não se aplica.

13- Regulação/Controle/Avaliação pelo Gestor


Para a monitorização dos resultados da implantação do protocolo deverão ser
controlados os seguintes indicadores, entre outros pertinentes em cada unidade hospitalar,
segundo recomendação do Ministério da Saúde1,87:
• Número total dos partos normais
• Número total de cesárea
• Número de partos realizados por enfermeiros obstetras

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 35


• Percentual de partos realizados por enfermeiro obstetra
• Percentual de partos em adolescentes
• Percentual de partos em posição vertical
• Percentual de episiotomia
• Percentual de Laceração 1º e 2º grau
• Percentual de Laceração 3º e 4º grau
• Percentual de RAM (Rotura Artificial de Membrana)
• Percentual de parto com ocitocina no 2º estágio
• Percentual de mulheres com acompanhante durante o TP/Parto/Puerpério
• Percentual de mulheres assistidas com 6 ou mais consultas de pré-natal
• Percentual de RN com Apgar < 7 no 5º minuto
• Percentual de RN com contato pele a pele ininterrupto imediato após o nascimento
• Percentual de RN amamentado na primeira hora de vida
• Percentual de transferência de parturientes encaminhadas aos cuidados da equipe
médica;
• Percentual de transferência de parturientes acompanhadas pela equipe de
enfermagem que foram submetidas à cesárea;
• Percentual de transferência de parturientes do CPN para outros setores do
estabelecimento, discriminado por motivo da transferência.
O acompanhamento será realizado pela Gerência de Enfermagem mensalmente.

14- Referências Bibliográficas


1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de consolidação nº 03, de 28 de setembro de
2017. Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único
de Saúde. Brasília. Ministério da Saúde, 2017;
2. Disponível em: http://www.odmbrasil.gov.br/o-brasil-e-os-odm. Acesso em:
14/12/2018.
3. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43325-
ministerio- da-saude-investe-na-reducao-da-mortalidade-materna. Acesso em:
14/12/2018;
4. Disponível em: https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/destaque-em-
cti/o-dia-nacional-de-reducao-da-mortalidade-materna-e-a-contribuicao-do-cnpq-para-
o-tema#:~:text=Uma%20das%20metas%20na%20%C3%A1rea,na%20gravidez%20e
%20no%20parto.). Acesso em 04/05/2022;
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em
Obstetrícia e Neonatologia. 1ª edição – 2017;
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.219, de 13 de junho de 2012. Aprova

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 36


Etapa I do Plano de Ação da Rede Cegonha do Distrito Federal e aloca recursos
financeiros para sua implementação. Brasília. Ministério da Saúde, 2012;
7. BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 5.534, de 28 de agosto de 2015. Institui o Estatuto
do Parto Humanizado no Distrito Federal e dá outras providências. Brasília. Câmara
Legislativa do Distrito Federal, 2015;
8. Relatório de realização das Oficinas de Acolhimento e Classificação de Risco em
Obstetrícia;
9. Relatório dos Cursos de Formação em Enfermagem Obstétrica do Ministério da
Saúde;
10. Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da
Saúde. SEI 00060-00575521/2018-30;
11. Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal. Portaria conjunta nº 74, de 14 de
dezembro de 2014. Acrescenta ao Anexo II da Portaria Conjunta SGA/SES Nº 08, de 18
de julho de 2006, as especialidades de Enfermeiro Obstetra e Enfermeiro de Família e
Comunidade, no cargo de Enfermeiro e a especialidade de Medicina Paliava, no cargo
de Médico;
12. Governo do Distrito Federal. Lei nº 6.497, de 7 de fevereiro de 2020. Estabelece
diretrizes para criação do Programa Centro de Parto Normal nas 7 regiões de saúde do
Distrito Federal (Norte, Central, Leste, Centro-Sul, Sul, Sudoeste e Oeste) para o
atendimento à mulher e ao recém-nascido no momento do parto e do nascimento e dá
outras providências;
13. Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal. Portaria nº 868, de 11 de
novembro de 2020, a qual definiu diretrizes para atuação das doulas nos Centros
Obstétricos e Centros de Parto Normal da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito
Federal;
14. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/taxa-de-mortalidade-materna-no-brasil-
cresce-principalmente-por-falta-de-
recursos/#:~:text=%E2%80%9CSe%20a%20gente%20falar%20da,de%201.500%20mortes%20e
m%202021. Acesso em 25/05/2022;
15. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 94.406, de 8 de junho de 1987.
Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da
enfermagem, e dá outras providências;
16. Hospital Sofia Feldman. Atuação e Atribuições da Equipe Assistencial;
17. COFEN. Resolução nº 516/2016 (alterada pela Resolução COFEN nº 524/2016).
Normatiza a atuação e a responsabilidade do Enfermeiro, Enfermeiro Obstetrae Obstetriz
na assistência às gestantes, parturientes, puérperas e recém-nascidos nos Serviços de
Obstetrícia, Centros de Parto Normal e/ou Casas de Parto e outros locais

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 37


onde ocorra essa assistência; estabelece critérios para registro de títulos de Enfermeiro
Obstetra e Obstetriz no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
e dá outras providências;
18. CONITEC. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.
Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal Disponível em:
http://conitec.gov.br/images/Consultas/2016/Relatorio_Diretriz- PartoNormal_CP.pdf.
Acesso em: 14/12/2018;
19. Sandall J, Soltani H, Gates S, Shennan A, Devane D. Midwife- led continuity
models versus other models of care for childbearing women.
Cochrane Database of Systematic Reviews 2016, Issue 4. Art.No.:CD004667. DOI:
10.1002/14651858.CD004667.pub;
20. Lobo SF, Oliveira SMJV, Schneck A, Silva FMB, Bonadio IC, Riesco MLG.
Resultados maternos e neonatais em Centro de Parto Normal peri-hospitalar na cidade
de São Paulo, Brasil. Rev Esc Enferm USP 2010; 44(3):812-8 ;
21. Disponível em: (ref.
http://revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/revistanursing/article/view/1774/2080.
Acesso em: 04/05/2022;
22. Disponível em: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2022/01/08/acolhimento-marca-
da-casa-de-parto-de-sao-sebastiao/. Acesso em 25/05/2022.
23. Tabwin/datasus. Acesso em: 01/06/2022;
24. Matriz Avaliativa das Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimento nas
Maternidades contempladas na Rede Cegonha, Ministério da Saúde;
25. SINASC - Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos;
26. Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica da Secretaria Municipal de Saúde
do Rio de Janeiro, 2013;
27. Nota Técnica para organização da Rede de Atenção à Saúde com foco na Atenção
Primária à Saúde e na Atenção Ambulatorial Especializada – Saúde da Mulher na gestação,
parto e puerpério. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. São Paulo:
Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2019. 56 p.: il;
28. MONTENEGRO, Carlos Antonio Barbosa; REZENDE FILHO, Jorge de. Obstetrícia
fundamental, Rezende. 14.ed. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018;
29. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 371, de 7 de maio de 2014. Institui
diretrizes para organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido no
Sistema Único de Saúde (SUS);
30. Sociedade Brasileira de P
ediatria. Disponível em: http://wwws.sbp.com.br//reanimacao/wp-
content/uploads/2016/01/DiretrizesSBPReanimacaoRNMaior34semanas26jan2016.pdf

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF


SES-DF -- CPPAS
CPPAS Página 38
Página 39
;
31. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Hospital Universitário Ana Bezerra.
Protocolo de Enfermagem na assistência ao parto seguro. 1ª versão. Emissão em
22/02/2021. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-
universitarios/regiao-nordeste/huab-ufrn/documentos-institucionais/arquivos-
documentos-institucionais-geral/prt-uasm-002.pdf;
32. EBSERH. Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Hospital das Clínicas.
Protocolo multiprofissional. Recepção e atendimento ao recém-nascido com boa
vitalidade. Emissão em: 15/10/2021. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-
br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/protocolos-
assistenciais/Primeiros_cuidados_no_RNfinal.pdf;
33. PROTOCOLO ASSISTENCIAL DA ENFERMEIRA OBSTETRA NO ESTADO DA
BAHIA. Salvador, 2014. Disponível em: http://ba.corens.portalcofen.gov.br/wp-
content/uploads/2014/12/Protocolo-Enfermagem-versao-para-impressao.pdf;
34. Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Federação Brasileira de Associações de
Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Diretriz. RECOMENDAÇÕES SOBRE O
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL. 2022. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23396c-Diretrizes-
Recom_Clamp_CordUmb.pdf;
35. Sociedade Brasileira de Pediatria. Reanimação do recém-nascido ≥34 semanas em
sala de parto: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria. Versão 2016 com
atualizações em maio de 2021. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/DiretrizesSBP-
ReanimacaoPrematuroMenor34semanas-MAIO_2021.pdf;
36. Ministério da Saúde (Brasil).
Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico N° 20–maio 2020.
51 (20). Mortalidade materna no Brasil. Disponível em
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/mortalidade-materna-no-
brasil-boletim-epidemiologico-n-o-20-ms-maio-2020/. Acesso em 31/05/2022;
37. Ministério da Saúde (Brasil). Portaria GM/MS nº 971 de 3 de maio de 2006. Aprova
a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema
Único de Saúde. Disponível em
https://saude.mg.gov.br/images/documentos/Portaria_971.pdf. Acesso em 31/05/2022;
38. BORGES et. al. As práticas integrativas e complementares na atenção à saúde da
mulher: uma estratégia de humanização da assistência no Hospital Sofia Feldman. 2011
[citado em 31 de maio de 2022] REME rev. min. enferm ; 15(1): 105-113. Disponível em
http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/14.;

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 39


39. Hofmeyr GJ. Evidence-based intrapartum care. 2005 [citado em 31 de maio de
2022] Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol;19(1):103-15. Disponível em
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1521693404001518?via%3Dihu
b;
40. Lawrence A, et. al. Maternal positions and mobility during first stage labour
(Cochrane Review). In: The Cochrane Library, volume1, 2010 [citado em 31 de maio de
2022]. Oxford: Update Software. Disponível em
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003934.pub3/full;
41. Zwelling E. Overcoming the challenges: Maternal movement and positioning to
facilitate labor progress. 2010 [citado em 31 de maio de 2022] MCN Am J Matern Child
Nurs; 35 (2): 72-8. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20215946/;
42. Silva LM et al. Uso da bola suíça no trabalho de parto. 2011 [citado em 31 de maio
de 2022] Acta Paul Enferm;24(5):656-62. Disponível em
https://www.scielo.br/j/ape/a/yPdJyFVprHVQVYRrXGrh75N/?format=pdf&lang=pt
43. Balaskas J. Parto Ativo. 3ª edição. Editora Ground. São Paulo - SP. 2016;
44. Kimber L. et al. Massage or music for pain relief in labour: A pilot randomised placebo
controlled trial. European Jounal of Pain. nov. 2008 [citado 31 de maio de 2022]. 12
(8):961-969. Disponível em:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1016/j.ejpain.2008.01.004;
45. Pereira PSL et al.Tecnologias não invasivas de cuidado: percepção das puérperas.
2018 [citado 31 de maio de 2022] Rev enferm UFPE on line., 12(8):2129-36. Disponível
em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/236584/29725;
46. Cohen SR et al. Rebozo Technique for Fetal Malposition in Labor. J Midwifery
Womens Health. 2015 [citado 31 de maio de 2022];60(4):445–51. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26255805/;
47. Iversen ML et al. Danish women’s experiences of the rebozo technique during labour:
A qualitative explorative study. Sex Reprod Healthc. 2017 [citado 31 de maio de
2022];11(1):79–85. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28159133/;
48. Paviani, BA et al. O uso de óleos essenciais no trabalho de parto e parto: revisão de
escopo. REME – Rev Min Enferm. 2019 [citado em 31 de maio de 2022];23:e-1262.
Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/reme.org.br/pdf/e1262.pdf;
49. Rashidi-Fakari, F et al. The effect of aromatherapy by essential oil of orange on
anxiety during labor: A randomized clinical trial. 2015 [citado em 31 de maio de 2022] Iran
J Nurs Midwifery Res. Nov-Dec;20(6):661-4. disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4700683/;
50. Smith, C.A. et al. Aromatherapy for pain management in labour. 2011 [citado em 31

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 40


de maio de 2022] Cochrane Database Syst Rev. Jul 6;(7):CD009215. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21735438/;
51. Tanvisut, R., Traisrisilp, K., & Tongsong, T. Efficacy of aromatherapy for reducing
pain during labor: a randomized controlled trial. 2018 [citado em 31 de maio de 2022]
Arch Gynecol Obstet; 297(5):1145-1150. disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29397442/;
52. Yazdkhasti, M. e Pirak A. The effect of aromatherapy with lavender essence on
severity of labor pain and duration of labor in primiparous women. 2016 [citado em 31 de
maio de 2022]. Complement Ther Clin Pract. Nov;25:81-86. disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27863615/
53. Prata, Juliana Amaral, et al. “Tecnologias não invasivas de cuidado utilizadas por
enfermeiras obstétricas: contribuições terapêuticas”. Escola Anna Nery , vol. 26, 2022, pág.
e20210182. DOI.org (Crossref), https://doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2021-0182;
54. GALLO, R.B.S, et al. Recursos não-farmacológicos no trabalho de parto: protocolo
assistencial . Disponível em: www.febrasgo.org.br/arquivos/femina/.../Femina_v39n1_41-48.pdf;
55. SILVA, Michelle Gonçalves da; SHIMO, Antonieta Keiko Kakuda. INFLUÊNCIA DA
ILUMINAÇÃO EM SALA DE PARTO NAS MANIFESTAÇÕES EMOCIONAIS DE
PARTURIENTES: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO. In: Anais do Congresso Brasileiro de
Enfermagem Obstétrica e Neonatal. Anais...Campo Grande (MS) CCARGC, 2018. Disponível
em: <https//www.even3.com.br/anais/cobeon/68396-influencia-da-iluminacao-em-sala-de-
parto-nas-manifestacoes-emocionais-de-parturientes--ensaio-clinico-randomizado>. Acesso
em: 27/05/2022 19:22;
56. ARAGÃO, H. T. et al. Trabalho de Parto e os Métodos não Farmacológicos para Alívio
da Dor: Revisão Integrativa. Congresso Internacional De Enfermagem, 2017.
https://eventos.set.edu.br/cie/article/view/6204;
57. NUNES, S. et al. A crioterapia como estratégia para alívio da dor no trabalho de parto:
um estudo exploratório. Rev. enferm. UERJ;15(3):337-342, jul.-set. 2007;
58. FRANCISCO, A.A. et al. Crioterapia no pós-parto: tempo de aplicação e mudanças na
temperatura perineal. Rev. esc. enferm. USP 47 (3) • Jun 2013. https://doi.org/
10.1590/S0080-623420130000300005;
59. Cluett, Elizabeth R et al. “Imersão em água durante o trabalho de parto e nascimento.
” O banco de dados Cochrane de revisões sistemáticas vol. 5,5 CD000111. 16 de maio. 2018.
Protocolo assistencial da casa de parto de São Sebastião;
60. CYNA, A.M. et al. Hypnosis for pain relief in labour and childbirth: a systematic review.
British Journal of Anaesthesia 93 (4): 505–11 (2004);

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 41


61. MADDEN, K. et al. Hypnosis for pain management during labour and childbirth h
(Review) i Copyright © 2016 The Cochrane Collaboration. Published by John Wiley & Sons,
Ltd;
62. Abiri F., Shahi A. The Effect of LI4 Acupressure on Labor Pain Intensity and Duration
of Labor: A Randomized Controlled Trial. Omã Med. J. v. 29, n. 6, p. 425- 429. 2014;
63. Hamlacı Y., Yazici S. The Effect of Acupressure Applied to Point LI4 on Perceived
Labor Pains. Holistic Nursing Practice. v. 31, n. 3, p. 167-176. 2017;
64. Mafetoni R R; Shimo A K K. Os efeitos da acupressão nas dores do parto durante o
parto: ensaio clínico randomizado. Rev. Lat.-Am. Enfermagem, 24, 2016;
65. Naeimi R M et al. A Randomized Clinical Trial of the Efficacy of KID21 Point (Youmen)
Acupressure on Nausea and Vomiting of Pregnancy. Iran Red Crescent Med J. v. 14, n. 11, p.
12-18. 2012;
66. Nogier R, Boucinhas JC. Prática fácil de auriculoterapia e auriculomedicina. 4ª ed. São
Paulo (SP): Ícone; 2012. 124p.;
67. SENNA; SILVA; BERTAN, Acupuntura Auricular. São Paulo: Phorte, 2012;
68. Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica da Secretaria Municipal - SMS/RJ
https://www.abenforj.com.br/site/arquivos/manuais/161.pdf;
69. Rocha BD, Zamberlan C, Pivetta HMF, Santos BZ, Antunes BS. Upright positions in
childbirth and the prevention of perineal lacerations: a systematic review and meta-analysis.
Rev Esc Enferm USP. 2020;54:e03610. doi: https://doi.org/10.1590/S1980-220X2018027503610;
70. Liam Martin, Megan Routzong, Pamela Moalli, et al. Shape Changes in Midsagittal
Sacrum and Coccyx Shape During Pregnancy and After Delivery: Main Research Article.
Authorea. December 06, 2020.
71. Ashton-Miller JA, Delancey JO. On the biomechanics of vaginal birth and common
sequelae. Annu Rev Biomed Eng. 2009;11:163-76. doi: 10.1146/annurev-bioeng-
061008-124823. PMID: 19591614; PMCID: PMC2897058;
72. World Health Organization. WHO recommendations: intrapartum care for a positive
childbirth experience [Internet]. Geneva: WHO; 2018 [citado 2019 fev 8]. Disponível em:
https:
//apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/260178/9789241550215eng.pdf?sequence=
1;
73. Assistência ao segundo e terceiro períodos do trabalho de parto baseada em
evidências / Assistance to the second and third periods of labor based on evidence.
Amorim, Melania Maria Ramos; Porto, Ana Maria Feitosa; Souza, Alex Sandro Rolland.
Femina ; 38(11): 583-591, nov. 2010. Ilus.;
74. Lara SRG, Gabrielloni MC, Cesar MBN, Barbiere M. Effects of floral therapy on labor
end birth: a randomized clinical trial. Rev. Bras Enferm. 2021; 74(Suppl 6):e20210079.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 42


https://doi.org/10.1590/0037-7167-2021-0079. (1);
75. Lara SRG, Magaton APFS, Cesar MBN, Gabrielloni MC, Barbieri M. Vivência de
mulheres em trabalho de parto com o uso de essências florais. Rev Fun Care Online.
2020 jan/dez; 12:162-168. DOI: http://dx.doi.org/ 10.9789/2175-5361.rpcfo.v12.7178. (2);
76. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Orientações para elaboração de projetos
arquitetônicos Rede Cegonha: ambientes de atenção ao parto e nascimento [recurso
eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 48 p.: il.;
77. DODOU, H. D.; SOUSA, A. A. S.; BARBOSA, E. M. G. e RODRIGUES, D. P. Sala
de parto: condições de trabalho e humanização da assistência. Cad. Saúde Colet. 2017,
Rio de Janeiro, 25 (3): 332-338;
78. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança
e do Adolescente Fernandes Figueira. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da
Criança e do Adolescente. Postagens: Ambientes de atenção ao parto. Rio de Janeiro,
2018. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/ambientes-de-
atencao-ao-parto/;
79. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Níveis de ruído para o conforto
acústico. Rio de Janeiro (RJ): ABNT; 1987. (NBR10152: 1987);
80. Sanfelice CFO, Shimo AKK. Avaliação do nível de ruídos em sala de parto. Rev.
Enfermagem UFSM 2014 jul. /Set; 4(3) 529-595;
81. BORBA T; GRAÇA F.L. Dicionário de música. Lisboa: Edições Cosmos; v. 2, 1963.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal.
Brasília, 2017.
82. Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Protocolo de Atenção à Saúde - Guia de
enfermagem na atenção ao parto e nascimento. [acesso em 02 de maio de 2022]. Disponível
em:
https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/87400/Guia+de+Enfermagem+na+Aten%C3
%A7%C3%A3o+ao+Parto+e+Nascimento.pdf/e6619c80-b939-bbde-9316-
f9ca032e8297?t=1648645911616;
83. Organização Pan-Americana da Saúde. Recomendações assistenciais para
prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica. Brasília: OPAS; 2018.
84. Organização Pan-Americana da Saúde. Manual de orientação para o curso de
prevenção de manejo obstétrico da hemorragia: Zero Morte Materna por Hemorragia.
Brasília: OPAS; 2018.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 43


85. Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Protocolo de Atenção à Saúde - Atenção à
saúde da mulher no Pré-Natal, Puerpério e Cuidados ao Recém-nascido. [acesso em 02 de
maio de 2022]. Disponível em:
https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/87400/Aten%C3%A7%C3%A3o+%C3%A0+S
a%C3%BAde+da+Mulher+no+Pr%C3%A9
natal%2C+Puerp%C3%A9rio+e+Cuidados+ao+Rec%C3%A9m-nascido.pdf/a8e8ffb5-1cf2-
192d-fbc0-aee6820e35de?t=1648643462300.

86. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. 2016.

87. Brasil. Portaria de consolidação nº 06, de 28 de setembro de 2017. Consolida as normas


sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços
de saúde do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União 2017.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 44


ANEXO I

Reanimação do recém-nascido ≥34 semanas em sala de parto: Diretrizes da


Sociedade Brasileira de Pediatria, 26 de janeiro de 2016.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 45


ANEXO II

PROTOCOLO HEMORRAGIA PÓS PARTO83,84

DETERMINAR ETIOLOGIA – 4T’S (TÔNUS, TECIDO, TRAJETO, TROMBINA)

TÔNUS:

1°) Massagem uterina bimanual;

2°) Transamin 1G (4 ampolas de 5ml, 50mg/mL), + 250 ML SF0,9%, EV LENTO, em 10 minutos

Iniciar assim que se identificar a hemorragia e em concomitância aos uterotônicos nos casos de atonia
uterina. Repetir se: persistência do sangramento 30 min após 1ª dose ou reinício do sangramento em
até 24 horas da 1ª dose;

3°) Ocitocina, 5 UI, EV lento (3 min) + 20 UI a40 UI de ocitocina em 500 ml SF 0,9% (infusão 250 ml/h).
Manutenção de 125 ml/h por 4 horas

Nos casos de atonia mais importante, avaliar manutenção de ocitocina até 24 horas (a uma velocidade
de 67,5 mL/h ou 3 UI/hora). Nesses casos monitore rigorosamente a paciente pelo risco de intoxicação
hídrica.

OBS: pacientes que estiveram em trabalho de parto tendem a ser menos responsivas à ocitocina.
Assim, não atrase o uso de uterotônicos de segunda linha, caso a resposta ao ocitócito seja insuficiente.
Se a prevenção estiver sendo realizada com o esquema “Regra dos 3”, a falha da terceira dose de
ocitocina indica necessidade de uterotônicos de segunda linha imediatamente e não outro esquema
de ocitócito;

4°) Methergin 0,2 mg (01 ampola IM); Repetir em 20 min, se necessário

Sangramentos graves: realizar mais 3 doses de 0,2 mg, IM, a cada 4h (Dose máx.: 1 mg/24 horas).

OBS.: Não utilizar em pacientes hipertensas. Se a primeira dose falhar, é improvável que a segunda
seja eficaz.

5°) Misoprostol (800mc, via retal ou oral).

OBS: Considerar o tempo de latência para o início de ação do misoprostol. Via retal: Início de ação 15-
20 min. Via oral: Início de ação 7-11 min.

TECIDO:

1°) Revisar cavidade uterina

Causas:

- Dequitação demorada > 30-45 minutos sem sangramento ativo;

- Restos placentários;
Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 46
- acretismo.

2°) Retirar coágulos;

3°) Comunicar equipe médica para demais condutas

TRAJETO:

1°) Revisar cavidade uterina (colo uterino e cavidade vaginal)

2°) Suturar lacerações;

3°) Avaliar hematomas

E, se as causas forem inversão uterina, rotura uterina ou lacerações de 3º, 4º graus ou colo, Comunicar
equipe médica para demais condutas.

TROMBINA:

1°) Avaliar história clínica da paciente (doenças, uso de medicação anticoagulante;)

2°) Fazer teste do coágulo: 10 ml em tubo amarelo. checar em 10’.

3°) Comunicar equipe médica para demais condutas.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 47

Você também pode gostar