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Emoções são reações subjetivas à experiência e que estão associadas a mudanças
fisiológicas e comportamentais. O meio de as medir é pela frequência e intensidade
(cultura influencia). Os primeiros sinais de emoção em bebês acontecem quando suas mensagens trazem uma resposta, aumentando a sua sensação de ligação com outras pessoas. O choro é uma característica de comunicação sendo classificado em: choro de fome (um choro ritmo que nem sempre está associada a fome); o choro de raiva (uma variação do choro ritmo em que o excesso de ar é forçado pelas cordas vocais); o choro de dor (um súbito ataque de choro intenso sem gemidos preliminares, às vezes seguido por retenção do fôlego) e o choro de frustração (dois ou três choros prolongados sem retenção prolongado do fôlego). O método mais saudável para curar o choro é evitar a aflição, tornando desnecessária a tranquilização. Outra forma de comunicação é o sorriso; sorrisos involuntários aparecem no sono REM e geralmente com um mês de idade, os sorrisos são geralmente induzidos por tonalidades altas quando o bebê está sonolento e durante o segundo mês de acordo com estímulos visuais. O sorriso social sinaliza participação ativa e positiva do bebê no relacionamento em que há uma troca emocional com um parceiro. “Quando ri do inesperado, o bebê demonstra que sabe o que espera ao inverter as ações, ele mostra que tem consciência de que pode fazer as coisas acontecerem”. A risada também ajuda o bebê a descarregar tensões como um medo de um objeto ameaçador. Como um exemplo de sorriso, existe o antecipatório que faz o bebê sorrir ao ver um objeto e depois olha para um adulto enquanto ainda sorri. Emoções primárias ou básicas surgem aproximadamente durante os primeiros seis meses e as emoções auto conscientes desenvolvem-se no começo do segundo ano como resultado da emergência da autoconsciência junto com a acumulação de conhecimento sobre os padrões sociais. O constrangimento avaliativo que surge durante o terceiro ano é uma forma branda de sentimento de vergonha. O bebê revela sinais de contentamento, interesse e aflição logo após o nascimento. Trata-se de respostas de difusas reflexas, a maior parte fisiológicas, a estimulação sensorial ou a processos internos -maturação neurológica-. As emoções autoconscientes como o constrangimento, a empatia e a inveja surgem somente depois que a criança desenvolveu a autoconsciência: compreensão cognitiva de que ela tem uma identidade reconhecível separada e diferente do resto do seu mundo: emoções auto avaliadoras como orgulho, culpa e vergonha. Existem ainda o comportamento altruísta (atividade em que se pretende ajudar outra pessoa sem esperar recompensa) e empatia (capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e sentir o que ela sente). “Embora geralmente não pensemos nisso como tal, a mentira, na verdade, é uma profunda realização do desenvolvimento”. Durante os três primeiros meses começa a diferenciação das emoções básicas a medida que o córtex cerebral torna-se funcional e fazer emergir as percepções cognitivas como diminuir o sono REM e o comportamento reflexo, incluindo o sorriso neural espontâneo A segunda mudança ocorre por volta dos 9 ou 10 meses, quando os lobos frontais começam a interagir com o sistema límbico, uma dessas regiões do cérebro associadas às reações emocionais. Ao mesmo tempo, estruturas límbicas como o hipocampo tornam-se maiores e mais semelhantes à estrutura adulta. Conexões entre o córtex frontal, hipotálamo e o sistema límbico, que processam a informação sensorial, podem facilitar a relação entre as esferas cognitivas e emocionais. À medida que essas conexões tornam-se mais densas e mais elaboradas, o bebê poderá ao mesmo tempo experimentar e interpretar emoções. A terceira mudança ocorre durante o segundo ano, quando o bebê desenvolve alta autoconsciência, emoções auto conscientes e maior capacidade para regular emoções e atividades. Essas mudanças, que coincidem com maior mobilidade física e com comportamentos exploratórios, podem estar relacionadas à ação dos lobos frontais. A quarta mudança ocorre por volta dos três anos, quando alterações hormonais no sistema nervoso autônomo involuntário coincidem com a emergência das emoções avaliadoras. Subjacente ao desenvolvimento de emoções como a vergonha pode estar um afastamento da dominância por parte do sistema simpático, a parte do sistema autônomo que prepara o corpo para ação, enquanto amadurece o sistema parassimpático, a parte do sistema autônomo envolvido na excreção e na excitação sexual. Foram descobertas os neurônios espelhos, que podem ser ativados quando uma pessoa faz alguma coisa ou observa outro fazendo a mesma coisa; já a conexão social é a capacidade de entender que os outros possuem estados mentais e de avaliar seus sentimentos e ações. Além disso, o temperamento é medido através da abordagem e da reação a outras pessoas e situações e o modo como os fazem. As diferenças individuais no temperamento podem derivar da construção biológica básica da pessoa, formam o núcleo da personalidade em desenvolvimento, ou seja, o temperamento é a disposição característica e o estilo de abordagem em relação às situações. Crianças fáceis são de temperamento alegre, ritmos biológicos regulares e dispostas a aceitar novas experiências. Já as crianças difíceis são de temperamento irritadiço, ritmos biológicos irregulares e respostas emocionais intensas. Por fim, crianças cujo temperamento é de aquecimento lento, geralmente moderado, mas que hesitam aceitar novas experiências. “O temperamento aos três anos prevê aproximadamente personalidade aos 18 e aos 21 anos -adequação da educação”. A irritabilidade do bebê pode impedir o desenvolvimento de um apego seguro. A ansiedade diante de estranhos é a cautela diante de pessoas e lugares desconhecidos demonstrada por alguns bebês durante a segunda metade do primeiro ano de vida. A ansiedade de separação é a aflição demonstrada por alguém, geralmente um bebê, na ausência do cuidado familiar. A estabilidade nos cuidados com bebê é importantíssima. “Bebês pelo menos quando estão no chão respondem mais negativamente aos estranhos de estatura alta do que estatura baixa”. Entre três e cinco anos, crianças com um apego seguro provavelmente são mais curiosas, competentes, simpáticas, resilientes e auto confiantes; têm melhor relacionamento com outras crianças e formam amizades mais íntimas do que aquelas de apego inseguro. A regulação mútua é o processo em que o bebê e os cuidadores comunicam os seus estados emocionais um para o outro. O surgimento das emoções inibitórias ocorre quando há um constrangimento e um orgulho e o desenvolvimento do senso de identidade e os processos de socialização e internacionalização não se desenvolvem a fundo. O alto conceito é a imagem que temos de nós mesmos e o quadro total de nossas capacidades (padrões regulares que formam conceitos rudimentares de si e do outro). A auto consciência conceptual (olhar no espelho) e a atuação pessoal (percepção de quem pode controlar eventos externos à auto-coerência). A emergência da autoconsciência, conhecimento consciente de si como um ser distinto e identificável, apoia-se nesse despertar de distinção entre si e os outros. De acordo com a autonomia versus vergonha e dúvida, o treinamento do controle das necessidades fisiológicas é um passo importante em direção à autonomia e autocontrole. Neste segundo estágio do desenvolvimento psicossocial, ocorre o equilíbrio entre a autodeterminação e o controle por parte dos outros -a virtude que emerge durante esse estádio é a vontade em que se caracteriza os dois terríveis anos-. A socialização é o desenvolvimento de hábitos, habilidades, valores e motivações compartilhadas por membros responsáveis e produtivos de uma sociedade, já a internacionalização acontece durante a socialização e é um processo em que as crianças aceitam padrões sociais de conduta como sendo os seus. Autoridade é a base da socialização e vincula todos os domínios do desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social e, por isso, é o controle independente do comportamento que a criança apresenta em conformidade com as expectativas sociais. O Funcionamento executivo é o conjunto de processos mentais que controla e regula outros comportamentos. Consciência moral são padrões internos de comportamento que geralmente controlam a conduta e que ao serem violados produzem um desconforto emocional. Dentre as obediências estão: obediência comprometida é obediência incondicional às ordens dos pais, sem advertência ou deslizes e a obediência situacional é obediência às ordens parentais somente na presença de sinais de controle constante dos pais. A comparação receptiva é a disposição ansiosa para cooperar harmoniosamente com pai ou a mãe nas interações cotidianas, incluindo rotinas pequenas como tarefas de higiene e brincadeiras. O apego seguro é um relacionamento afetuoso e mutuamente responsivo entre pais e filhos que podem favorecer a obediência comprometida e o desenvolvimento da consciência moral. Crianças que estabelecem relações mutuamente responsivas com a mãe tendem a apresentar emoções morais como culpa e empatia e uma conduta moral diante da forte sensação de desobedecer às normas ou violar padrões de comportamento. Dentre os maus-tratos estão: o abuso físico (ação deliberada para pôr em perigo outra pessoa e que envolve possíveis danos corporais); a negligência (o não atendimento das necessidades básicas de um dependente); o abuso sexual (atividade sexual física e psicologicamente prejudicial ou qualquer atividade sexual que envolve uma criança e uma pessoa mais velha) e os maus tratos emocionais (rejeição, aterrorização, ação, isolamento, exploração, ridicularização ou negação do emocional, amor e afeição ou outras ações que possam causar transtornos comportamentais, cognitivos, emocionais e mentais). O déficit do crescimento orgânico é um crescimento físico mais lento ou retardado, sem causa clínica ou conhecida, acompanhado de um desenvolvimento precário e de problemas emocionais. Já a síndrome do bebê sacudido é uma forma de maus-tratos em que sacudir um bebê ou uma criança pequena pode causar danos cerebrais, paralisia ou morte. As consequências dos maus tratos podem ser físicas, emocionais, cognitivas e sociais. “As experiências dos três primeiros anos formam a base do desenvolvimento futuro”.