Acao Revisional Emprestimo Consignado Encargos
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CIDADE
AÇÃO REVISIONAL
“COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA”
contra o BANCO ZETA S/A, instituição financeira de direito privado, inscrita no CNPJ/MF
sob n° 11.222.333/0001-44, estabelecida(CC, art. 75, § 1º) na Rua Y, nº. 0000 , em São
Paulo (SP) – CEP 22555-666, endereço eletrônico [email protected], em decorrência das
justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.
EM LINHAS INICIAIS
( a ) Benefícios da justiça gratuita (CPC, art. 98, caput)
II - RESENHA FÁTICA.
a) Empréstimo de R$ .x.x.x;
b) Juros de 00% ao mês e 00% ao ano;
c) Com prazo de pagamento de 60(sessenta) meses;
d) Vencendo-se a 1ª em 11/22/3333 e a última em 33/22/4444;
e) Valor base inicial de R$ .x.x.x
II - MERITUM CAUSAE.
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação revisional de contrato de abertura de crédito rotativo em conta-
corrente. Recurso dos autores. Sentença de extinção, sem resolução do
mérito, com fundamento nos arts. 267, inc. I, e 294, inc. I, da Lei adjetiva
civil. Indeferimento do petitório inicial fundamentado no atendimento
parcial da ordem de emenda. Decisão determinando a adequação da
exordial ao estabelecido no art. 285-b do código de processo civil [
CPC/2015, art. 330, § 2º ]. Razões recursais que sustentam o cumprimento
satisfatório dos requisitos enunciados pelo referido dispositivo legal e a
aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor. Irresignação acolhida
no ponto. A teor do art. 285-b do código de ritos, "nos litígios que tenham
por objeto obrigações decorrentes de empréstimo, financiamento ou
arrendamento mercantil, o autor deverá discriminar na petição inicial,
dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter,
quantificando o valor incontroverso". No caso, colhe-se do petitório e da
peça de emenda que a parte autora, na linha do que preceitua o art. 285-b
da Lei Processual Civil [ CPC/2015, art. 330, § 2º ], enumerou o contrato a
ser revisado, especificando o seu alcance. Quantificação do valor
incontroverso a ser depositado. Relação contratual que inviabiliza a
delimitação do quantum debeatur. Dispensabilidade do atendimento do
respectivo pressuposto. Caso concreto, ainda, em que não houve
apreciação do pedido de inversão do ônus da prova. Apelo provido.
Sentença cassada. Impossibilidade, todavia, de aplicação do art. 515, § 3º,
do código de processo civil [ CPC/2015, art. 1.013, § 3º ]. Necessidade de
saneamento do feito com a consecutiva dilação probatória. Relativamente
à quantificação do valor incontroverso, considerando que na hipótese sub
judice a pretensão revisional é de um contrato de abertura de crédito do
tipo cheque especial, a exigência do depósito é relativizada porquanto, por
estar vinculado à conta-corrente, em que o saldo devedor se modifica mês
a mês, a aferição do quantum debeatur torna-se dificultosa, dispensando-
se, assim, o atendimento do respectivo pressuposto. Ademais, verifica-se a
existência de manifestação da parte autora de que sequer possui os
extratos de evolução da dívida referente ao contrato a ser revisado (consta
do feito a juntada tão-somente da primeira folha do ajuste), e de
requerimento expresso de inversão do ônus da prova, com base no Código
de Defesa do Consumidor, para que a instituição financeira colacione ao
processo toda documentação relativa ao instrumento contratual objeto da
lide, de maneira que a extinção do feito, sem resolução do mérito, por
indeferimento da inicial, não é a medida mais acertada quando sequer
apreciado tal pleito. Embora imperiosa a cassação da sentença, mostra-se
inaplicável o art. 515, § 3º [ CPC/2015, art. 1.013, § 3º ], do código de
processo civil, porquanto o processo ainda não se encontra apto a
julgamento, reputando-se necessário o saneamento do processo com a
consecutiva dilação probatória. (TJSC; AC 2014.091644-5; Capital -
Bancário; Segunda Câmara de Direito Comercial; Rel. Des. Robson Luz
Varella; Julg. 26/01/2016; DJSC 15/02/2016; Pág. 153)
“Regra mais delicada é a inserida no § 3º, do art. 330, que prevê o dever do autor
em continuar pagando o valor incontroverso no tempo e modo contratados. Sua
interpretação deve ser restrita. Nenhuma consequência advirá para o autor e
sua ação revisional caso ele deixe de pagar o valor incontroverso, especialmente
porque eventuais dificuldades financeiras não podem obstar o acesso à via
jurisdicional. O que a norma em comento determina é que o simplesmente
ajuizamento da ação revisional não serve para justificativa para a suspensão da
exigibilidade do valor incontroverso.” (in, Comentários às alterações do novo CPC.
São Paulo: RT, 2015, p. 447)
(os destaques são nossos)
“Ou seja, antes de aplicar o art. 332 do CPC/2015, o juiz deve assegurar ao autor
a possibilidade de demonstrar porque sua petição inicial, v.g., não contraria
súmula do STF ou súmula do STJ. Somente após essa segunda manifestação do
autor é que se poderia cogitar da aplicação da referida técnica de forma
constitucionalmente adequada. “ (ob. aut. cits., p. 860)
“3. Inconstitucionalidade. O CPC 332, tal qual ocorria com o CPC/1973 285-A, é
inconstitucional por ferir as garantias da isonomia (CF art. 5º caput e I), da
legalidade (CF art. 5º, II), do devido processo legal (CF art. 5º caput e LIV), do
direito de defesa (CF art. 5º, XXXV) e do contraditório e da ampla defesa (CF art.
5º LV), bem como o princípio dispositivo, entre outros fundamentos, porque o
autor tem o direito de ver efetivada a citação do réu, que pode abrir mão de seu
direito e submeter-se à pretensão, independentemente do precedente jurídico
de tribunal superior ou de qualquer outro tribunal, ou mesmo do próprio juízo. “
(Nery Júnior, Nélson; de Andrade Nery, Rosa Maria. Comentários ao Código de
Processo Civil. São Paulo: RT, 2015, p. 908)
(...)
Nesse sentido:
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO.
SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA EMBARGADA.
Alegada impossibilidade de revisão das cláusulas contratuais livremente
pactuadas. Tese arredada. Contrato de adesão. Princípio pacta sunt servanda
mitigado. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor à relação jurídica
formada entre as partes. Arts. 2º e 3º do CDC. Súmula nº 297 do Superior
Tribunal de Justiça. Possibilidade de revisão das cláusulas contratuais, sem que
isso implique em violação ao ato jurídico perfeito e à boa-fé contratual.
Inteligência dos artigos 6º e 54 do CDC. Apelo não provido nesse aspecto.
Capitalização dos juros em periodicidade diária. Prática que é vedada, porque
importa em onerosidade excessiva ao consumidor. Sentença mantida nessa
parte. Comissão de permanência. Contrato que prevê, para o período de
inadimplência, o encargo sob a nomenclatura "taxa de remuneração - Operações
em atraso". Validade da exigência. Vedada a cumulação com juros
remuneratórios, moratórios, correção monetária e multa. Inteligência das
Súmulas nºs 472 e 30 do STJ. Reclamo desprovido. Prequestionamento. Rejeição.
Razões analisadas de forma fundamentada (CF, art. 93, IX). Ônus de sucumbência
que não sofre alteração. Recurso conhecido e desprovido. (TJSC; AC
2015.090947-4; Blumenau; Quinta Câmara de Direito Comercial; Relª Desª Soraya
Nunes Lins; Julg. 10/03/2016; DJSC 15/03/2016; Pág. 265)
CÓDIGO CIVIL
STJ, Súmula 379: Nos contratos bancários não regidos por legislação específica,
os juros moratórios poderão ser fixados em até 1% ao mês.
APELAÇÃO CÍVEL.
Demanda revisional de contrato de financiamento para aquisição de automotor.
Sentença de parcial procedência da pretensão deduzida na exordial. Irresignação
da financeira. Código de Defesa do Consumidor. Incidência. Exegese da Súmula nº
297 do Superior Tribunal de Justiça. Princípios do pacta sunt servanda, ato
jurídico perfeito e autonomia da vontade que cedem espaço, por serem
genéricos, à norma específica do art. 6º, inciso V, da Lei nº 8.078/90.
Possibilidade de revisão do contrato, nos limites do pedido do devedor.
Inteligência dos arts. 2º, 128, 460 e 515, todos do código de processo civil.
Aplicação da Súmula nº 381 do Superior Tribunal de Justiça e da orientação 5 do
julgamento das questões idênticas que caracterizam a multiplicidade oriunda do
RESP n. 1.061.530/RS, relatado pela ministra nancy andrighi, julgado em
22/10/08. Cláusula resolutória expressa. Previsão no contrato sem, contudo, dar
opção ao consumidor entre a resolução do pacto ou sua manutenção. Dever de
alternatividade não respeitado. Afronta ao art. 54, § 2º, da Lei nº 8.078/90.
Cláusula resolutiva abusiva. Sentença mantida neste viés. Honorários
extrajudiciais e despesas em razão de eventual cobrança. Banco que almeja o
reconhecimento da legalidade das exigências. Inviabilidade. Imposição ao
consumidor do montante pago pela casa bancária a título de honorários
advocatícios extrajudiciais e despesas de cobrança. Ofensa ao art. 51, inciso XII,
do pergaminho consumerista. Nulidade estampada. Decisão inalterada nesta
seara. Repetição do indébito. Prescindibilidade de produção da prova do vício.
Inteligência do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor. Aplicação do verbete
n. 322, do Superior Tribunal de Justiça. Permissibilidade na forma simples.
Compensação dos créditos. Partes reciprocamente credoras e devedoras.
Incidência do art. 368 do Código Civil. Quantum pago a maior. Correção
monetária conforme o INPC/IBGE desde o efetivo pagamento. Provimento n.
13/95 da corregedoria-geral da justiça deste areópago estadual. Juros moratórios
limitados em 1% a. M. Exigíveis desde a citação. Incidência dos arts. 406 do
Código Civil, 161, § 1º, do Código Tributário Nacional e 219 do código buzaid.
Recurso improvido. (TJSC; AC 2015.048449-1; Criciúma; Quarta Câmara de Direito
Comercial; Rel. Des. José Carlos Carstens Kohler; Julg. 25/08/2015; DJSC
31/08/2015; Pág. 480)
STJ, Súmula 60: É nula a obrigação cambial assumida por procurador do mutuário
vinculado ao mutuante, no exclusivo interesse deste.
Nesse passo:
( f ) - DA AUSÊNCIA DE MORA
CÓDIGO CIVIL
Art. Art. 394 - Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o
credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a
convenção estabelecer.
Art. 396 - Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este
em mora.
CÓDIGO CIVIL
Art. 138 – São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de
vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por
pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
(...)
Nesse sentido:
Art. Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
“. . . sob outro ponto de vista, contudo, essa probabilidade é vista como requisito,
no sentido de que a parte deve demonstrar, no mínimo, que o direito afirmado é
provável (e mais se exigirá, no sentido de se demonstrar que tal direito muito
provavelmente existe, quanto menor for o grau de periculum. “ (MEDINA, José
Miguel Garcia. Novo código de processo civil comentado ... – São Paulo: RT, 2015,
p. 472)
(itálicos do texto original)
“4. Requisitos para a concessão da tutela de urgência: fumus boni iuris: Também
é preciso que a parte comprove a existência da plausibilidade do direito por ela
afirmado (fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa assegurar a eficácia
do processo de conhecimento ou do processo de execução...” (NERY JÚNIOR,
Nélson. Comentários ao código de processo civil. – São Paulo: RT, 2015, p. 857-
858)
(destaques do autor)
III – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S
3.1. Requerimentos
3.2. Pedidos