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Gestão em Saúde

Material Teórico
Teorias da Administração

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. João Luiz De Souza Lima

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Teorias da Administração

• Introdução;
• Evolução dos Valores da Administração;
• Teorias da Administração.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer os paradigmas da Administração e as Organizações que
atuarão num mundo sem fronteiras;
· Estudar as ideias dos Gurus da Administração, as quais se institucio-
nalizaram nas Organizações contemporâneas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Teorias da Administração

Introdução
O estudo das Teorias Gerais da Administração possibilita o conhecimento das
características específicas de cada uma delas e essas características poderão ser
identificadas nos Serviços de Saúde.

Vamos entender melhor?


Ainda encontramos Serviços de Saúde em que o pessoal de Enfermagem faz a
divisão de suas atividades por procedimento, ou seja, profissionais designados para o
banho, outros profissionais para a realização de curativos, realização da medicação,
dos relatórios de Enfermagem, em que podemos identificar a divisão do trabalho,
a especialização do profissional, com o objetivo de tornar os procedimentos mais
rápidos, de aumentar a produção etc.
Explor

Nesse contexto, é possível identificar características de qual Teoria?

Evolução dos Valores


da Administração
A Ideologia Capitalista não constituiu a norma do padrão ético da História do
Mundo Ocidental. Na verdade, a maior de nossa História considerou inaceitável
essa ideologia.
Contudo, as trocas e as atividades econômicas são tão antigas como a História
registrada da Humanidade. Os livros do Velho Testamento e o Código de Ham-
murabi, por exemplo, estavam repletos de regras e Códigos de Ética, visando às
atividades comerciais (Lima, 2003).

Na Grécia antiga, o comércio floresceu, a despeito do ideal de autossuficiência,


com ênfase na base econômica assentada na cultura agrícola e animal.

De forma geral, os filósofos gregos julgavam as atividades comerciais com des-


dém, considerando-as necessárias, mas pouco agradáveis.

O Império Romano acompanhava os gregos nessa atitude, tolerando a necessida-


de do comércio, mas atribuindo a essas atividades nível pouco elevado (LIMA, 2003).
Na Idade Média, a Economia caracterizou-se como um período de estagnação e
de ausência de desenvolvimento econômico e social. Ela foi dominada pelas duas
organizações sociais da época, o sistema feudal e a Igreja Católica.

O sistema feudal, com sua estrutura fechada e sua definição específica das
atribuições do senhor feudal e do servo-camponês, dominou a vida econômica da
Europa Ocidental.

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A Igreja Católica, por sua vez, forneceu a ideologia e fixou o Sistema de Va-
lores da Sociedade inteira. A principal preocupação das pessoas era salvar suas
próprias almas.

O ensinamento religioso dizia que o homem se encontrava na terra apenas por um


pequeno período, no qual ele precisa preparar-se para a eternidade e para a salvação.

A Igreja foi à instituição que prevaleceu sobre a comunidade feudal e os limites


das nações. Sua influência foi grande em todas as áreas da atividade humana
(KAST; ROZENSWEIG, 1987).

A ideologia religiosa preponderante tinha em pouco valor as atividades comerciais


e empresariais e lhe impunha regras e limitações estritas. A usura era considerada
uma forma de pecado, e o próprio comércio era de duvidosa pureza.

A doutrina religiosa refletia certa hostilidade para com os homens de negócio e


para com a atividade comercial e empresarial. No entanto, ocorreu uma alteração
nos pronunciamentos da Igreja em relação às atividades comerciais, por meio das
ideias formuladas e implementadas por Santo Tomás de Aquino, na metade do
século XIII.

Ele introduziu o conceito do preço justo e explicou as margens de lucro obtidas


no Processo Comercial como sendo o salário do comerciante, pelo seu trabalho.
Sua opinião de que havia um preço justo, que podia ser determinado pelo Mercado,
constituiu uma concessão de vulto às atividades comerciais.

O credo capitalista não surgiu de repente e maduro, na sociedade ocidental.


Ao contrário, ele resultou de um processo revolucionário que teve suas raízes nos
novos ângulos pelos quais a Igreja começou a encarar os assuntos relacionados ao
mundo dos negócios, na última parte da Idade Média.

Antes do início do século XVI, boa parte das restrições do Período Medieval estava
sendo derrubada. O processo de urbanização por que passavam as populações e a
criação de comunidades e de nações, estimulavam a intensificação do comércio e
dos negócios. O crescente comércio marítimo de nações como Inglaterra, França,
Holanda, Espanha e Portugal estimularam mais as atividades comerciais.

Alguns historiadores consideram o Judaísmo a principal força a atuar no de-


senvolvimento do Sistema Capitalista. Os valores judaicos básicos, envolvendo
o autocontrole, o trabalho intenso, a sobriedade, a parcimônia e a aderência às
Leis e aos ensinamentos religiosos constituíram um molde a conduzir ao desen-
volvimento econômico e compatível com o Capitalismo crescente (KAST; RO-
ZENSWEIG, 1987).

Por sua vez, Max Weber (1967) salientou que as mudanças verificadas na
ética religiosa como resultado da Reforma e do Movimento Protestante
propiciaram um clima ético e, consequentemente, econômico, altamente favorável
ao progresso do Capitalismo. Weber mostrou que o crescente protestantismo na
Inglaterra, Holanda, Alemanha e, posteriormente, nos Estados Unidos da América,

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UNIDADE Teorias da Administração

constituiu a razão principal para esses países serem os primeiros a se lançarem ao


desenvolvimento industrial.

Na época da Independência norte-americana, a ética capitalista estava bem


entrincheirada na Holanda, na Inglaterra e nas Colônias norte-americanas.

A despeito de haver dominado o cenário econômico no decorrer dos séculos


XVI e XVII, por volta de 1750, a filosofia do Mercantilismo estava em colapso.
Segundo a concepção mercantilista, o indivíduo subordinava-se ao Estado, e as
atividades econômicas e sociais destinavam-se a apoiar o poderio do Estado (KAST;
ROZENSWEIG, 1987).

Em 1776, com a publicação da obra de Adam Smith Uma Análise Sobre a Natu-
reza e a Causa da Riqueza das Nações, a ética capitalista recebeu sua teoria suprema.

Smith defendeu as liberdades econômicas, com base na premissa de que


promovendo seus interesses pessoais, cada indivíduo beneficiaria a sociedade total.

A metáfora da “mão invisível” do Mercado e da concorrência restringiria os


interesses pessoais, garantindo, assim, a maximização dos proveitos sociais.

A Teoria de Smith residia em permitir a cada pessoa tomar em consideração


apenas seus próprios interesses e ampliar ao máximo seu proveito e sua riqueza e,
ainda assim, promover automaticamente a melhor distribuição possível das riquezas,
em benefício dos interesses sociais mais amplos. O mecanismo de controle era
fornecido pela concorrência de Mercado, que era automática e não precisava nem
do controle do Estado nem de qualquer outro controle externo para garantir seu
funcionamento eficiente (LIMA, 2003).

Smith salientava que qualquer interferência estatal nas atividades comerciais


tenderia a desfazer o equilíbrio natural, ou seja, ele apregoava o princípio do
laissez-faire: deixar as peças funcionarem sozinhas na distribuição dos recursos
dentro dos limites impostos pelo Mercado (Smith, 1986).

A Teoria de Smith a respeito do Capitalismo, reforçada e de certa forma


modificada pelo economista David Ricardo, compôs a Filosofia da Revolução
Industrial e, ainda hoje, conta com grande aceitação no mundo.

O sociólogo Herbert Spencer, na última metade do século XIX, com base na


teoria de Charles Darwin1 sobre a origem das espécies e a sobrevivência do mais
apto, criou a correspondente visão social: O Darwinismo Social.

A nova Teoria dava a entender que as pessoas mais capazes e possuidoras de


maiores recursos ascenderiam à cúpula da hierarquia social e que essa era a ordem
natural das coisas.

1 Naturalista inglês (12/2/1809 − 19/4/1882), participou como naturalista, em 1831, de uma expedição de volta
ao mundo, no navio Beagle. A viagem, promovida pela Marinha inglesa para completar dados cartográficos de seu
interesse, durou cerca de cinco anos. No decorrer da viagem, obteve informações fundamentais para formular a
Teoria da Evolução das Espécies, publicada em 1859, no livro A Origem das Espécies, que defende a tese de que
o meio ambiente seleciona os seres mais aptos e elimina os menos dotados.

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No regime do Darwinismo Social era apenas natural a existência de classes ricas
e pobres, e qualquer tentativa de perturbar essa ordem hierárquica era considerada
antinatural e contrária ao melhor interesse da sociedade. Portanto, era claro o
apoio que o Darwinismo Social dava à ética protestante e à concepção de Adam
Smith do laissez-faire (LIMA, 2003).

Contudo, no século XIX, começaram a surgir às primeiras dissidências em


relação à ideologia capitalista.

O mais famoso dissidente foi Karl Marx que, em 1848, escreveu, com Frederick
Engels, a obra O Manifesto Comunista e, em 1867, O Capital.

Marx e Engels encaravam o Sistema Capitalista em evolução como uma ameaça


de vulto à estrutura social, e recomendavam uma medicação revolucionária.

Os industrialistas e os capitalistas estavam desfazendo a ordem social estabelecida.


“A Burguesia”, diziam eles, “sempre que conseguiu dominar acabou com todas
as relações feudais, patriarcais e idílicas, rompeu impiedosamente os diversos laços
feudais que ligavam o homem aos seus “superiores naturais”, e não deixou nenhum
elo entre o homem e o homem senão o cru interesse próprio e os empedernidos
pagamentos em dinheiro.

Marx concitou a uma revolução do proletariado para quebrar a ordem capitalista


e estabelecer o comunismo.

As atividades antissociais desenvolvidas por numerosos industrialistas no fim


do século XIX deram origem a uma substancial insatisfação pública em relação ao
Sistema Empresarial.

O aparecimento de gigantescas corporações e trustes e dos notórios poderes


monopolistas que eles tinham levou várias forças internas da sociedade a reclamar
alguma forma de regulamento ou controle.

Elas mostraram que a desenfreada aplicação do laissez-faire podia não mostrar


eficiência em um sistema de oligopólio e de monopólio. Assim, o período
compreendido entre o final do século XIX e o início do século XX foi marcado pela
introdução de atos reguladores do governo, principalmente nos Estados Unidos.

Embora desde os distantes anos do século XVII se encontrem nos Estados


Unidos traços de atividades trabalhistas organizadas, foi somente a partir da
segunda metade do século XIX que os Sindicatos de trabalhadores se mostraram
eficientes como poder contrabalanceador dos industrialistas. Durante as primeiras
fases da Revolução Industrial, numerosas restrições legais foram impostas à ação
coletiva dos grupos de trabalhadores, tanto nos Estados Unidos como na Europa
Ocidental. Essencialmente, os tribunais sustentavam que os sindicatos constituíam
conspirações que visavam à restrição do comércio.

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UNIDADE Teorias da Administração

Nos Estados Unidos, o movimento Knights of Labor foi organizado em 1869


e permaneceu como sociedade secreta até 1879, quando começou a operar
abertamente.

Ele foi franqueado a todos os trabalhadores, tendo-se formado uma coalizão


com grupos de trabalhadores do campo, para a defesa de importantes reformas
sociais consideradas necessárias diante das práticas antissociais dos industrialistas.
A American Federation of Labor (AFL), fundada em 1886, serviu de padrão
para o Movimento Trabalhista norte-americano.

Entre 1895 e 1920, surgiram organizações trabalhistas radicais, como o Partido


Trabalhista Socialista e a Industrial Workers of the World (IWW). A IWW reunia
os trabalhadores da Indústria em organizações militantes, visando à derrubada do
Sistema Capitalista. Embora tendo saído de cena após a Primeira Guerra Mundial,
ela representou uma violenta reação contra o Darwinismo Industrial predominante
naquele período (KAST; ROZENSWEIG, 1987).

A década de 1920 constituiu o ponto alto da Empresa norte-americana e do


Sistema Industrial, com previsões de prosperidade sem limites. Mas a década de
1930 rebaixou consideravelmente o conceito dos empresários e apresentou à
ideologia capitalista o mais violento desafio.

A Grande Depressão, iniciada com o desmoronamento do Mercado acionário,


em 1929, e continuando com um colapso econômico maciço, ameaçou a própria
estrutura do Sistema Econômico e Social da época. O desemprego disseminado
por toda parte e o colapso dos Mercados sacudiram as raízes da ideologia capitalista
clássica, e o bode expiatório que apareceu foi a Empresa.

A Doutrina Clássica era um belo modelo de Sistema fechado com ajuste automá-
tico. Não havia necessidade de qualquer interferência ou de qualquer força externa
para assegurar a distribuição ótima e a plena utilização dos recursos econômicos.

Na Doutrina Econômica Clássica, as depressões, por um lado, eram aceitas


como inevitáveis e, por outro eram, eram consideradas períodos de ajustamento
de curta duração, constituindo apenas deslocações de menor porte na utilização de
recursos. Na linha desse modelo, o pleno emprego e a plena utilização dos recursos
seriam atingidos em um novo ponto de equilíbrio. Isso, entretanto, não foi o que
ocorreu durante a Grande Depressão.

A Depressão estendeu-se, com ligeiras modificações, de 1929 até que o estímulo


da Segunda Guerra Mundial à atividade industrial introduzisse uma meia volta.

Embora a própria Depressão constituísse, naquela época, uma suposta prova da


falência do Sistema Econômico e da Ética Capitalista Clássica, coube ao econo-
mista inglês John Maynard Keynes, por meio do livro The General Theory of Em-
ployment, Interest and Money, em 1936, apresentar a explicação teórica do fato.

A tese keynesiana questionava a própria base da Doutrina Econômica Clássica


do laissez-faire, pela qual o mecanismo do Mercado e o sistema de preços se

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ajustariam automaticamente, passando para um ponto de equilíbrio da plena
utilização dos recursos e da mão de obra.

Keynes explicou a Depressão sugerindo que se podia alcançar o equilíbrio a


despeito de um grande número de pessoas involuntariamente desempregadas e de
outros recursos não utilizados.

Ele deu mais ênfase ao consumo do que às poupanças, como meio de se chegar
à utilização plena dos recursos. Sem um sistema autoajustável operando em favor
do pleno emprego tanto da mão de obra como de outros recursos, por essa tese,
seria necessária uma força externa que fornecesse o mecanismo de equilíbrio;
portanto, essa força seria o governo (DILLARD, 1989).

A Teoria Keynesiana foi recebida com bastante hostilidade por parte da Co-
munidade Empresarial da época e ainda permaneceu sob suspeita dos agentes
econômicos.

No entanto, pouco se duvida de que a inescapável realidade da Grande Depressão


e da persuasão dos pontos de vista de Keynes exerceu bastante influência sobre a
ética capitalista, transformando-a para sempre.

Talvez, a maior influência que Keynes exerceu sobre as transformações da ética


capitalista pode ser vista nas propostas ativas do New Deal, que consistia no termo
aplicado ao programa do presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt,
entre 1933 e 1938, pelo qual ele procurava recuperar a Economia dos Estados
Unidos da América e acabar com a Grande Depressão.

Você Sabia? Importante!

John Maynard Keynes, economista inglês (05/06/1883 – 21/04/1946), um dos pensadores


econômicos mais influentes do século XX. Nasceu em Cambridge e estudou na Universidade
local, na qual passou a lecionar. Em 1919, renunciou ao cargo de delegado britânico na
Conferência do Tratado de Versalhes, por discordar das indenizações exorbitantes impostas à
Alemanha no pós-guerra. Expôs suas críticas no livro As Consequências Econômicas da Paz
(1919). Seu principal trabalho, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro (1936),
é considerado a base da chamada Revolução keynesiana. Nele, o economista contraria a
Teoria Clássica segundo a qual as economias tenderiam para o equilíbrio e o pleno emprego.
Sustentou que o desemprego poderia perdurar indefinidamente se os Governos não fizerem
gastos para estimular a Economia e o crescimento. Em 1944, representou o Reino Unido na
Conferência de Bretton Woods, que definiu a instituição do Fundo Monetário Internacional
(FMI) e o Banco Mundial, visando à regulação da Economia ocidental no Pós-guerra.

O termo New Deal, que significa “Novo Acordo”, foi utilizado por Roosevelt
em seu discurso de 1932, quando aceitou a indicação para ser candidato à
Presidência da República. A incapacidade de resolver os problemas surgidos após
a Grande Depressão levou à derrota do então presidente republicano Hoover
para Roosevelt, democrata, em 1933.

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UNIDADE Teorias da Administração

A Legislação do New Deal foi proposta por políticos progressistas, adminis-


tradores e especialistas a serviço do presidente. A inspiração veio de economistas
da escola de Keynes, que pregava a intervenção do Estado na Economia para
diminuir os focos de tensão social, por meio de grandes investimentos públicos:
construção de estradas, usinas, escolas etc. O objetivo era melhorar a distribuição
de renda, a fim de aumentar a capacidade de absorção do Mercado interno.

O plano foi aprovado por maioria esmagadora no Congresso norte-americano.


Suas principais medidas foram: fechamento temporário dos Bancos e a requisição
dos estoques de ouro para sanear as finanças; a desvalorização da moeda por meio
de uma inflação moderada, com o objetivo de elevar os preços dos produtos agríco-
las e permitir que os fazendeiros pagassem suas dívidas; emissão de papel-moeda
e o abandono do padrão-ouro, que permitiu ao Banco Central americano financiar
o seguro-desemprego para os norte-americanos em todos os campos, visando a
atender a população mais carente.

A Legislação emergencial de 1933 acabou com a crise bancária e restaurou a


confiança pública.

As medidas de alívio do chamado primeiro New Deal, entre 1933 e 1935, como
a criação da Autoridade do Vale do Tennessee (Tennessee Valey), estimularam
a produtividade e a administração de projetos de trabalho reduziu o desemprego.

A falência das Agências do Governo Central provocou o segundo New Deal,


entre 1935 e 1938, devotado à recuperação por meio de medidas como o
Ato de Seguridade Social, que garantiu o seguro-desemprego, dando cobertura
previdenciária aos assalariados e estabeleceu a liberdade sindical.

O New Deal estendeu a autoridade do Governo Federal e deu atenção imediata


aos problemas trabalhistas. Apoiou trabalhadores, fazendeiros e pequenos empre-
sários e, indiretamente, a população negra, que foi beneficiada pela Legislação,
que propôs equiparar as oportunidades e criar padrões mínimos de salário, carga
horária, descanso e seguridade.

O problema do desemprego, no entanto, somente foi resolvido às vésperas da II


Guerra Mundial, com a reativação da indústria bélica, a partir de 1937, em função
do rearmamento dos países da Europa.

Teorias da Administração
A Revolução Industrial foi o fator decisivo para o despontar da Administração
como Ciência. Ao final do século XIX, o Quadro era de expansão maciça da Indústria
e cresciam os grandes impérios capitalistas, assim como os aspectos tecnológicos,
conforme demonstrado na Figura 1

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Figura 1 – Revolução industrial
Fonte: iStock/Getty Images

De acordo com Faria (2002), no início do século XX, a situação se agravou,


com o crescimento dos Mercados, a diversificação de produtos e de consumidores,
a expansão de linhas de produção e os continuados riscos, em um emaranhado
complexo e interminável.

Para tanto, era preciso racionalizar o trabalho e aumentar a eficiência, sendo os


principais obstáculos:
· O crescimento acelerado e desorganizado das Empresas;
· A real necessidade de aumentar a eficiência;
· A necessidade de se definir qual era o cenário de negócios;
· O baixo rendimento do maquinário;
· A alta taxa de desperdício;
· A insatisfação geral (patrões e empregados);
· A concorrência intensa;
· O variado número de empresas.

Nesse período, ocorreu o surgimento da Administração quando dois engenhei-


ros publicaram suas experiências. Um era americano, Frederick Winslow Taylor
(1856-1915), que desenvolveu a chamada Escola da Administração Científica,
com a proposta de aumentar a eficiência da Indústria por meio da racionalização
do trabalho dos operários.

O outro era o francês Henry Fayol (1841-1925) que desenvolveu a chamada


Escola Clássica da Administração, com a proposta de aumentar a eficiência
da Empresa por meio de sua organização e da aplicação de Princípios Gerais
da Administração.

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UNIDADE Teorias da Administração

Embora esses dois precursores da Administração tenham apresentado pontos


de vista diferentes, é certo que suas ideias se completaram, razão pela qual suas
Teorias dominaram as cinco primeiras décadas no século passado no panorama da
Administração de Empresas (CHIAVENATO, 2009).

Vamos conhecer mais sobre essas teorias.

Administração Científica (Taylorismo)


Os princípios contidos na Organização Científica do Trabalho (OCT), também
conhecida por Teoria da Administração Científica ou Taylorismo, que foram
idealizados no início do século XX, nos Estados Unidos da América, por Frederick
Winslow Taylor e seus seguidores, pregavam conceitos ligados à melhoria dos
processos empresariais, que enfatizavam a análise do trabalho e sua decomposição
em tarefas seriais.

Da mesma forma que a melhoria dos processos aborda, atualmente, a questão da


utilização de recursos tecnológicos para o incremento dessas melhorias, a OCT pre-
gava a utilização da Tecnologia para capacitar a mudança nos métodos de trabalho.

No começo do século XX, as ideias de Frederick Winslow Taylor (Figura 2),


provocaram uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo
industrial da época (FARIA, 2002).

De acordo com Faria (2002), Taylor nasceu na Filadélfia, veio de uma família
com princípios rígidos, tendo sido educado com muita disciplina. Iniciou sua vida
profissional como operário em 1878, passando a chefe de turma, contramestre,
chefe de oficina e engenheiro (1885).

Preocupado em eliminar o desperdício e as perdas das Indústrias americanas e


ainda aumentar o nível de produtividade, aplicou Métodos e Técnicas desenvolvidas
pela Engenharia Industrial.

Iniciou seus estudos e experiências pelo trabalho do operário, generalizando


suas conclusões para a Administração.

Figura 2 – Frederick Winslow Taylor


Fonte: Wikimedia Commons

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Em 1881, ainda operário, foi autorizado a iniciar estudos sobre “tempo”, com
a proposta de racionalizar o manejo de materiais (lingotes de ferro) e o tempo
padrão para cada operação, determinando, ainda, os requisitos físicos para o
operário padrão.

Com seus estudos e análises, a racionalização do trabalho permitiu que um


homem realizasse o trabalho de quatro homens e, assim, conseguiu reduzir o custo
de manipulação dos materiais.

O Taylorismo abordava vários princípios relacionados aos conceitos da melhoria


dos processos empresariais, conforme descrito a seguir:
a) Distinção clara entre a execução do trabalho e o seu projeto;
b) Suposição clara de que existe um projeto ideal para qualquer processo
de trabalho;
c) Necessidade de medidas e controles da eficiência e da eficácia do tra-
balho;
d) Necessidade de que os trabalhadores deveriam seguir procedimentos
padronizados (TAYLOR, 1970).

As principais características da Teoria da Administração Científica são:


· Eliminação de desperdícios;
· Caráter científico dos processos produtivos;
· Eficiência e eficácia na Empresa;
· Interesse único entre empregador e empregado (dependência);
· Divisão do trabalho.

Taylor e outros adeptos da OCT encaravam a Organização Empresarial de


um ponto de vista altamente mecanicista e viam no trabalhador um elemento do
Sistema racional e maximizador do lucro.

A OCT exerceu influência em muitas das ideias relativas à direção das


Organizações. Além disso, criou o conceito do “Homo economicus” (Homem
Econômico), que necessita da Organização para a sua própria sobrevivência.

A diferença entre os princípios da OCT e os da melhoria dos processos empre-


sariais é que os últimos oferecem a possibilidade de tornar novamente completos
trabalhos que tenham sido fragmentados e especializados pelo Taylorismo.

A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao


administrador levou os Engenheiros da Administração Científica a pensar que
tais princípios pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis.

Um princípio é uma afirmação válida para uma determinada situação; é uma


previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer àquela situação.

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UNIDADE Teorias da Administração

Entre a profusão de princípios defendidos pelos autores da Administração


Científica, os mais importantes estão identificados a seguir.

Princípios da Administração Científica de Taylor


A gerência deve seguir quatro princípios básicos, a saber:
a) Princípio de Planejamento: substituir no trabalho o critério individual
do operário, a improvisação e a atuação empírico-prática por métodos
baseados em procedimentos científicos; substituir a improvisação pela
Ciência, por meio do planejamento do método de trabalho;
b) Princípio de Preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de
acordo com suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem
mais e melhor, de acordo com o método planejado; preparar máquinas
e equipamentos em um arranjo físico e disposição racional;
c) Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que está
sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo
o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores para
que a execução seja a melhor possível;
d) Princípio da Execução: distribuir atribuições e responsabilidades para
que a execução do trabalho seja disciplinada (TAYLOR, 1970).

Princípios de Eficiência de Emerson


Harrington Emerson (1853-1931) foi um Engenheiro que simplificou os méto-
dos de trabalho, popularizou a Administração Científica e desenvolveu os primeiros
trabalhos sobre seleção e treinamento de empregados (CHIAVENATO, 2002).

Os princípios de rendimento preconizados por Emerson são os seguintes:


1. Traçar um plano bem definido, de acordo com os objetivos;
2. Estabelecer o predomínio do bom senso;
3. Oferecer orientação e supervisão competentes;
4. Manter disciplina;
5. Impor honestidade nos acordos, ou seja, justiça social no trabalho;
6. Manter registros precisos, imediatos e adequados;
7. Oferecer remuneração proporcional ao trabalho;
8. Fixar normas padronizadas para as condições de trabalho;
9. Fixar normas padronizadas para o trabalho em si;
10. Fixar normas padronizadas para as operações;
11. Estabelecer instruções precisas;
12. Oferecer incentivos ao pessoal para aumentar o rendimento e a eficiência.

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Princípios Básicos de Ford (Fordismo)
Provavelmente, o mais conhecido de todos os precursores da Administração
Científica, Henry Ford (1863-1947) iniciou sua vida como mecânico. Projetou um
modelo de carro e, em 1899, fundou sua primeira fábrica de automóveis que, logo
depois, foi fechada.

Sem desanimar, fundou, em 1903, a Ford Motor Co. Sua ideia: popularizar
um produto antes artesanal e destinado a milionários, ou seja, vender carros a
preços populares, com assistência técnica garantida, revolucionando a estratégia
comercial da época.

Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do século XX: a


produção em massa. Embora não tenha inventado o automóvel, nem mesmo a
linha de montagem, Ford inovou na organização do trabalho: a produção de maior
número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor
custo possível.

Essa inovação teve maior impacto sobre a maneira de viver do homem do que
muitas das maiores invenções do passado da Humanidade.

Em 1913, já fabricava 800 carros por dia. Em 1914, repartiu com seus
empregados uma parte do controle acionário da Empresa. Estabeleceu o salário
mínimo de cinco dólares por dia e jornada diária de oito horas, quando, na época,
a jornada variava entre dez e doze horas.

Em 1926, já tinha 88 fábricas e empregava 150.000 pessoas, fabricando


2.000.000 carros por ano. Utilizou um Sistema de concentração vertical, produ-
zindo desde a matéria-prima inicial, até o produto final acabado, além da concen-
tração horizontal, por meio de uma cadeia de distribuição comercial por meio de
agências próprias.

Ford fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao constante aperfeiçoamen-
to de seus métodos e processos de trabalho.

A racionalização da produção proporcionou a Linha de Montagem que permite


a Produção em Série.

Na Produção em Série ou Em Massa, o produto é padronizado, bem como o


maquinário, o material, a mão-de-obra e o desenho do produto, o que proporciona
custo mínimo. Daí, a produção em grandes quantidades, cuja condição precedente
é a capacidade de consumo em massa, seja potencial, na outra ponta. A condição-
-chave da produção em massa é a simplicidade.

Três aspectos suportam o Sistema:


1. A progressão do produto por meio do processo produtivo é planejada,
ordenada e contínua;
2. O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixá-lo com a iniciativa
de ir buscá-lo;

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UNIDADE Teorias da Administração

3. As operações são analisadas em seus elementos constituintes (CHIAVE-


NATO, 2002).

Para obter um esquema caracterizado pela aceleração da produção por meio de


um trabalho ritmado, coordenado e econômico, Ford adotou três princípios básicos:
·· Princípio de Intensificação: diminuir o tempo de duração com a utilização
imediata dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação do
produto no Mercado;
·· Princípio de Economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque
da matéria-prima em transformação, fazendo com que o automóvel fosse
pago à Empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da
matéria-prima adquirida. A velocidade de produção deve ser rápida: “O
minério sai da mina no sábado e é entregue sob a forma de um carro ao
consumidor, na terça-feira, à tarde;
·· Princípio de Produtividade: aumentar a capacidade de produção do
homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e
da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior
produção (CHIAVENATO, 2002).

Ford teve uma incrível intuição de marketing: concluiu que o mundo estava pre-
parado para um carro financeiramente acessível. Em seguida, buscou as técnicas de
Produção em Massa como a única forma de viabilizá-Io. Então, definiu o preço de
venda e desafiou a Organização a fazer com que os custos fossem suficientemente
baixos para garantir aquele preço. Assim, deu ao Mercado o que ele queria: mode-
los simples e acessíveis.

O problema apareceu três décadas depois, quando os outros fabricantes, como


a General Motors, por exemplo, começaram a acrescentar opcionais aos carros,
enquanto Ford continuava fabricando os mesmos modelos simples, básicos e de
uma só cor: preta.

O gênio de marketing perdeu a percepção e a noção daquilo que os clientes


passaram a aspirar.

Princípio da Exceção de Taylor


Taylor adotou um Sistema de Controle Operacional simples e baseado não no de-
sempenho médio, mas na verificação das exceções ou desvios dos padrões normais.
Em outros termos, tudo o que ocorre dentro dos padrões normais não deve ocupar
demasiadamente a atenção do administrador, que deve estar preocupado com as
ocorrências que se afastam dos padrões – as exceções – para que sejam corrigidas.

Os desvios positivos ou negativos que fogem dos padrões normais devem ser
identificados e localizados para a tomada de providências. Daí o princípio da ex-
ceção, segundo o qual as decisões mais frequentes devem ser transformadas em
rotina e delegadas aos subordinados, deixando os problemas mais sérios e impor-
tantes para os superiores.

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O Princípio da Exceção é um sistema de informação que acusa os resultados
concretos que divergem ou se distanciam dos resultados previstos.

O Princípio da Exceção se baseia em relatórios condensados e resumidos que


mostram apenas os desvios ou os afastamentos, omitindo as ocorrências normais,
tornando-os comparativos e de fácil utilização e visualização.

Essa foi à forma como Taylor concebeu a delegação, que se tornaria depois
um Princípio de Organização amplamente aceito, fazendo dos Estados Unidos da
América e, posteriormente, do Japão, os principais países que alcançaram uma ex-
celente produtividade nas suas Empresas. É bem verdade que até hoje essas ideias
ainda são consideradas por muitas Empresas contemporâneas (TAYLOR, 1970).

Principais contribuições da Teoria da Administração Científica


A Administração e a Organização deveriam ser estudadas e tratadas cientifi-
camente; a improvisação deveria dar lugar ao planejamento, e o empirismo, à
Ciência, pois, para Taylor, a partir de seus estudos, três eram os fatores que acar-
retavam problemas às Indústrias (CHIAVENATO, 2009; FARIA, 2002), a saber:
· Vadiagem dos operários, que reduziam a produção a um terço do normal;
· A gerência desconhecia as rotinas de trabalho e o tempo de sua realização;
· A falta de uniformidade das Técnicas e Métodos de trabalho.

Um ponto bastante forte da Teoria Científica se refere à divisão de


responsabilidade, ou seja, a Gerência fica com o Planejamento e a Supervisão, e o
trabalhador fica com a execução, pura e simples (FARIA, 2002).

Outro aspecto também valorizado pela Administração Científica foi o incentivo


salarial e o prêmio compatível com a produção. Surgiu, também, o conceito de
Homo Economicus, segundo o qual toda pessoa é influenciada por recompensas
salariais, econômicas e materiais. O homem trabalha não porque gosta, mas sim,
pela necessidade de satisfazer suas vontades (KURCGANT, 1999; FARIA 2002).

Na organização racional do trabalho, a preocupação não se limitou à divisão de


trabalho, à padronização de métodos e processos, à especialização do operário,
mas, também, à padronização das máquinas, dos equipamentos, dos instrumentos
e das ferramentas, visando a reduzir a variabilidade, a diversidade, enfim, a eliminar
o desperdício. Estabeleceram-se quatro princípios básicos para a Administração:
Planejamento, Preparo, Controle e Execução (FARIA, 2002).

Outros colaboradores da Teoria Científica


Muitos Engenheiros colaboraram com os métodos preconizados por Taylor e/
ou participaram de seus estudos: Carl Barth (1860-1939), Henry Lawrence Gantt
(1861-1919) e Frank B. Gilbreth (1868-1924), entre outros.

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UNIDADE Teorias da Administração

Crítica à Teoria Científica


De acordo com Faria (2002), são numerosas as críticas à obra de Taylor e seus
seguidores, mas há de se mencionar o mérito e o fato de serem pioneiros num
momento em que nada proporcionava condições propícias para tratar do assunto.

A Quadro 1 apresenta as principais críticas à Teoria da Administração Científica.

Quadro 1 – Principais críticas à Teoria da Administração Científica

Principais Críticas:

Ausência de
Mecanicismo
comparação científica
Superespecialização do Abordagem incompleta
operário da organização
Visão microscópica do Abordagem de sistema
homem fechado

Teoria Clássica (Fayolismo)


Enquanto Taylor apresentava a Administração Científica, nos Estados Unidos,
surgiu na França (1916) a Teoria Clássica, caracterizada pela ênfase na estrutura
e na busca de eficiência das Empresas.

De acordo com Kurcgant (1991), essa teoria visava à eficiência da organização pela
adoção de uma estrutura adequada e de funcionamento compatível com essa estrutura.
Pela ênfase que davam à estrutura e ao funcionamento, os seguidores dessa Teoria
foram denominados respectivamente “anatomistas” e “fisiologistas” da Organização.

Henri Fayol (Figura 3) acreditava que a Administração como Ciência Verdadeira


deveria ser estudada pelas universidades.

Ele acreditava que a eficiência operacional de uma organização era motivada pela
forma de melhor administrar a Empresa, por parte do seu Gestor (FAYOL, 1978).

Figura 3 – Henri Fayol.


Fonte: Wikimedia Commons

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Henri Fayol (1841-1915), o fundador da Teoria Clássica, nasceu em Cons-
tantinopla e faleceu em Paris. Seu trabalho, antes da tradução para o inglês, foi
divulgado por Urwick e Gulick, dois autores clássicos. Em 1860, aos 19 anos de
idade, formou-se em Engenharia e sua Teoria, baseada na prática colhida ao longo
de quase 70 anos, permitiu-lhe registrar, anotar, analisar, identificar e proclamar
seus princípios. Suas ideias, de que a Administração pode e deve ser ensinada,
merece citação e respeito. Exerceu, ainda, atividades diversas, como administrador,
presidente ou membro de comissões em Empresas metalúrgicas (FARIA, 2002).

As principais características da Teoria Clássica de Fayol, também conhecida


como Teoria da Gerência Administrativa, são:
· Divisão do trabalho;
· Eficiência operacional;
· Divisão da Organização em seis funções operacionais específicas: técnica,
comercial, financeira, segurança, contábil e administrativa;
· Função administrativa coordenando as demais funções operacionais;
· Cada função tendo os seguintes atos administrativos: planejamento, orga-
nização, comando, coordenação e controle.

Como consequência, Fayol criou os cinco atos administrativos, os quais ficaram


mundialmente conhecidos pela sigla POCCC, deixando implícitos os seus signifi-
cados no âmbito da Administração.

São eles:
· Planejamento;
· Organização;
· Comando;
· Coordenação;
· Controle.

As ideias de Fayol são muito utilizadas ainda hoje pelas Organizações con-
temporâneas.

Fayol salienta que toda empresa apresenta funções básicas, a saber:


1. Funções técnicas – Relacionadas à produção de bens ou de serviços da
Empresa;
2. Funções comerciais – Relacionadas à compra, à venda e à permuta;
3. Funções financeiras – Relacionadas à procura e à gerência de capitais;
4. Funções de segurança – Relacionadas à proteção e à preservação dos
bens e das pessoas;
5. Funções contábeis – Relacionadas a inventários, a registros, balanços, a
custos e a estatísticas.

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UNIDADE Teorias da Administração

6. Funções administrativas – Relacionadas à integração de cúpula das ou-


tras cinco funções (FAYOL, 1978).

As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da


Empresa, pairando sempre acima delas.

Para Fayol nenhuma das cinco funções essenciais precedentes tem o encargo de
formular o programa de ação geral da Empresa, de constituir o seu corpo social, de
coordenar os esforços e de harmonizar os atos. Essas atribuições constituem outra
função, designada pelo nome de Administração.

Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coor-


denar e controlar (FAYOL, 1978).

As funções administrativas envolvem os elementos da Administração, isto é, as


funções do administrador, a saber:
1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação;
2. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da Empresa;
3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal;
4. Coordenar: ligar, unir e harmonizar todos os atos e esforços coletivos;
5. Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas
e as ordens dadas.

Esses são os elementos da Administração que constituem o chamado Processo


Administrativo, sendo localizáveis no trabalho do Administrador em qualquer nível
ou área de atividade da Empresa.

Em outros termos, tanto o diretor, o gerente, o chefe, assim como o supervisor –


cada qual em seu respectivo nível – desempenham atividades de previsão, organiza-
ção, comando, coordenação e controle, como atividades administrativas essenciais.

Para Fayol, existe uma proporcionalidade da Função Administrativa: ela se re-


parte por todos os níveis da hierarquia da Empresa e não é privativa da alta cúpula.

A Função Administrativa não se concentra exclusivamente no topo da Empresa,


nem é privilégio dos diretores, mas é distribuída proporcionalmente entre os níveis
hierárquicos.

Na medida em que se desce na escala hierárquica, mais aumenta a proporção


das outras funções da Empresa, e na medida em que se sobe na escala hierárquica,
mais aumenta a extensão e o volume das funções administrativas.

O Quadro 2 apresenta as cinco funções do Administrador segundo Fayol.

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Quadro 2 − Funções do Administrador

1. Previsão Avalia o futuro e o aprovisionamento dos recursos em função dele.

Proporciona tudo o que é útil ao funcionamento da empresa e pode ser dividida em


2. Organização organização material e organização social.

Leva a organização a funcionar. Seu objetivo é alcançar o máximo retorno de todos os


3. Comando empregados no interesse dos aspectos globais do negócio.

Harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu trabalho e sucesso. Sincroniza coisas
4. Coordenação e ações em proporções certas e adapta meios aos fins visados.

Consiste na verificação para certificar se tudo ocorre em conformidade com o plano adotado,
5. Controle as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas e os
erros no intuito de retificá-los e prevenir a recorrência.
Fonte: Chiavenato, 2002

Ainda que reconhecendo o emprego da palavra Administração como sinônimo


de Organização, Fayol faz uma distinção entre ambas. Para ele, Administração é
um todo, do qual a Organização é uma das partes.

O conceito amplo e compreensivo de Administração – como um conjunto de


processos entrosados e unificados – abrange aspectos que a Organização por si só
não envolve, tais como previsão, comando e controle.

A Organização abrange apenas a definição da estrutura e da forma, sendo,


portanto, estática e limitada.

A partir daí, Organização passa a ter dois significados diferentes:


1. Organização como uma entidade social na qual as pessoas interagem en-
tre si para alcançar objetivos específicos. Nesse sentido, a palavra Organi-
zação significa empreendimento humano moldado intencionalmente para
atingir determinados objetivos. As Empresas constituem um exemplo de
Organização Social;
2. Organização como Função Administrativa e parte do Processo Adminis-
trativo (como Previsão, Comando, Coordenação e Controle). Nesse senti-
do, Organização significa o ato de organizar, estruturar e alocar os recur-
sos, definir os órgãos incumbidos de sua Administração e estabelecer as
atribuições e relações entre eles (FAYOL, 1978).

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UNIDADE Teorias da Administração

Os quatorzes Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol, são:


1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas
para aumentar a eficiência;
2. Autoridade e Responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e
o poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma consequência
natural da autoridade e significa o dever de prestar contas. Ambas devem
estar equilibradas entre si;
3. Disciplina: depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e
respeito aos acordos estabelecidos;
4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas
um superior. É o princípio da autoridade única;
5. Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada conjunto de ati-
vidades que tenham o mesmo objetivo;
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os interesses gerais
da Empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas;
7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os
empregados e para a Organização em termos de retribuição;
8. Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierar-
quia da Organização;
9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao
mais baixo, em função do princípio do comando;
10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem
material e humana;
11. Equidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal;
12. Estabilidade do pessoal: a rotatividade do pessoal é prejudicial para a
eficiência da Organização; quanto mais tempo uma pessoa permanecer no
cargo, tanto melhor para a Empresa;
13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente
o seu sucesso;
14. Espírito de equipe: a harmonia e a união entre as pessoas são grandes
forças para a Organização (FAYOL, 1978).

Principais contribuições da Teoria Clássica


Para Fayol, em toda Empresa coexistem seis funções: técnica, comercial,
financeira, de segurança, contábil e administrativa, funções que se equivalem aos
processos administrativos: prever, organizar, coordenar, comandar e controlar
(KURCGANT, 1991; SILVA, 2008).

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Silva (2008) detalhou os Processos Administrativos conforme segue:
· Previsão – Tentativa de avaliar o futuro; tudo que pode ocorrer;
· Organização – Mobilização dos recursos;
· Comando – Estabelecimento de orientações para os empregados; fazer
agir o pessoal;
· Coordenação – Unificação e harmonia de todas de todas as atividades;
· Controle – Medir e dimensionar os atos para verificar se estão ocorrendo
de acordo com o plano traçado.

Os principais fundamentos da Teoria Clássica são:


· Divisão do trabalho: especialização das tarefas e das pessoas visando a
aumentar a eficiência;
· Autoridade e responsabilidade: a autoridade foi definida para Fayol como
o direito de dar ordens e esperar obediência, sendo a responsabilidade
uma consequência da autoridade;
· Unidade de comando: o empregado deverá receber ordens de um único
superior; princípio de autoridade única;
· Centralização: concentração da autoridade no topo da Empresa (FARIA,
2002; SILVA, 2008)

A estrutura organizacional é influenciada de forma bastante acentuada pelas


concepções antigas e tradicionais, preocupação que marcaram a essência da Teo-
ria Clássica.

Ainda de acordo com Fayol, alguns princípios devem fazer parte da vida diária
do administrador, como conhecer profundamente o pessoal, dispensar os incapa-
zes, dar bom exemplo, fazer inspeções periódicas; não se deixar absolver por deta-
lhes, cada chefe dirige a sua maneira e impor regras, entre outros (FARIA, 2002).

Críticas à Teoria Clássica


A Quadro 3 apresenta as principais críticas à Teoria Clássica.

Quadro 3 – Principais Críticas à Teoria Clássica


Principais Críticas:

Abordagem
Teoria da máquina
simplificada
Ausência de trabalhos
Abordagem incompleta
experimentais
Abordagem de sistema
Extremo recionalismo
fechado

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UNIDADE Teorias da Administração

Abordagem Humanística – Teoria das Relações Humanas


Com a abordagem humanística, iniciada nos Estados Unidos em 1930, o en-
foque se tornou as pessoas. Nesse período, a Administração também sofreu uma
verdadeira revolução, e se antes a ênfase recaía nas tarefas e na estrutura, na Ad-
ministração, também passou a recair nas pessoas.

De acordo com Silva (2008), o movimento das relações humanas foi um


esforço combinado entre teóricos e práticos para fazer os gerentes mais sensíveis
às necessidades dos empregados e a se preocuparem com o aspecto psicológico e
o sociológico, quando pensado no grupo, em lugar dos métodos de trabalho.

Um marco no surgimento dessa teoria foi à experiência de Hawthorne, desen-


volvida em 1924, por Elton Mayo que, embora pretendesse mostrar a influência
da iluminação na produção, acabou por concluir que o fator psicológico interferia
na produtividade dos trabalhadores de forma mais acentuada. Ele Concluiu que a
produção estava relacionada à integração do indivíduo no grupo social (KURC-
GANT, 1991).

Com a Teoria das Relações Humanas, a Administração passou a tratar, entre


outros, de temas relativos à motivação humana, à liderança, à comunicação, à
organização informal e à dinâmica de grupo. A colaboração humana tem origem
na organização informal, e não na formal (KURCGANT, 1991; FARIA, 2002).

Críticas à Teoria das Relações Humanas


A Quadro 4 apresenta as principais críticas à Teoria das Relações Humanas.

Quadro 4 – Principais Críticas à Teoria das Relações Humanas

Principais Críticas:

Oposição cerrada à
Paternalismo
teoria clássica
Concepção ingênua e Enfoque manipulativo
romântica do operário das relações humanas
Ênfase nos grupos
informais

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Comparações entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas
Quadro 5 − Comparações entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas
Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas
Trata a organização como máquina Trata a organização como grupo de pessoas
Enfatiza as tarefas ou tecnologia Enfatiza as pessoas
Inspirada em sistemas de engenharia Inspirada em sistemas de psicologia
Autoridade centralizada Delegação plena de autoridade
Especialização e competência técnica Autonomia do empregado
Acentuada divisão do trabalho Confiança de abertura
Confiança nas regras e nos regulamentos Ênfase nas relações humanas entre as pessoas
Clara separação entre linha e staff Confiança nas pessoas
Dinâmica grupal e interpessoal

Fonte: Faria, 2002

Teoria Burocrática
A partir de 1940, as críticas à Teoria Clássica e à Teoria das Relações Humanas
realçam a falta de uma Teoria da Organização sólida e abrangente e que servisse
de orientação ao administrador.

Com base na obra de Max Weber, alguns estudiosos encontraram a inspiração


para essa nova Teoria – a Teoria da Burocracia (FARIA, 2002; SILVA, 2008)

Max Weber
Nos primeiros anos de 1900, Max Weber, sociólogo alemão, apresentou
um trabalho no qual fazia a bibliografia das grandes organizações da época,
dando-lhe a denominação de Burocracia, e considerou o século XX como o
século das burocracias.

Para Weber, a organização por excelência é a Burocracia.

Figura 4 – Max Weber


Fonte: Wikimedia Commons

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UNIDADE Teorias da Administração

Principais contribuições da Teoria Burocrática


De acordo com Faria (2002), a Burocracia é a Organização eficiente por exce-
lência, tendo como principais características:
·· Caráter legal das normas e dos regulamentos – São escritos, cobrem
todas as áreas da Empresa, são racionais e legais;
·· Caráter formal das comunicações – Registradas por escrito e utilizando
rotinas e formulários para maior facilidade;
·· Caráter racional e divisão do trabalho – Sistemática divisão de trabalho
atendendo a uma racionalidade;
·· Impessoalidade nas relações – Feitas em termos de cargos e funções; o
poder é impessoal e deriva do cargo;
·· Completa previsibilidade de funcionamento – O comportamento dos
membros da Empresa é previsível.

Críticas à Teoria Burocrática


De acordo com Kurcgant (1991), Faria (2002) e Silva (2008), as principais crí-
ticas à Teoria Burocrática estão apresentadas na Quadro 6.

Quadro 6 – Principais Críticas à Teoria Burocrática


Principais Críticas:

Exagerado apego aos Impessoalidade no


regulamentos relacionamento
Rigidez na hierarquia
Excesso de formalismo
da autoridade
Resistência ás
mudanças

Teoria Comportamental
Nesta Teoria, a ênfase na preocupação com a dinâmica organizacional, ou seja,
no comportamento organizacional, possibilitou o enfoque para a variável “pesso-
as” (KURCGANT, 1991; FARIA, 2002; SILVA, 2008).

Para explicar o comportamento organizacional, essa Teoria focou o comporta-


mento das pessoas por meio da motivação humana, utilizando o Referencial de
Maslow (SILVA, 2008), conforme a Figura 5.

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moralidade,
criatividade,
espontaneidade,
solução de problemas,
ausência de preconceito,
aceitação dos fatos
Realização Pessoal
autoestima,
confiança, conquista,
Estima respeito dos outros, respeito aos outros

amizade, familia, intimidade sexual


Amor/Relacionamento
segurança do corpo, do emprego, de recursos,
Segurança da moralidade, da família, da saúde, da propriedade

respiração, comida, água, sexo, sono, homeostase, excreção


Fisiologia
Figura 5 – Hierarquia das Necessidades de Maslow
Fonte: Wikimedia Commons

Abraham H. Maslow apresentou uma Teoria segundo a qual as necessidades


humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância
e influência. Assim que uma necessidade é satisfeita, surge outra em seguida, em
um processo contínuo e sem fim.

Cabe ao administrador conhecer essas necessidades para melhor entender o com-


portamento das pessoas e utilizar a motivação como meio para melhorar a qualidade
de vida dentro da Empresa (KURCGANT, 1991; FARIA, 2002; SILVA, 2008).

A Teoria Comportamental teve, em Herbert A. Simon, seu principal expo-


ente, mas também outros grandes colaboradores, como Douglas McGregor, com
a apresentação da Teoria X e Y, Rensis Likert e Abraham Maslow, entre outros
(FARIA, 2002).

Teoria dos Sistemas e Teoria Contingencial


A Teoria dos Sistemas, desenvolvida na década de 1960, fundamentou-se em
três premissas básicas: os Sistemas existem dentro de Sistemas; os Sistemas são
abertos e as funções de um Sistema dependem de sua estrutura.

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UNIDADE Teorias da Administração

Para que possamos entender melhor esse conceito, vamos utilizar um


exemplo: nos últimos anos, as Organizações de Saúde apresentam estruturas com
características dessa Teoria.

As Organizações de Saúde são aceitas como Subsistemas do Sistema maior, o


Sistema de Saúde, e com ele intercambiam, ou seja, um Sistema dentro de outro
Sistema (KURCGANT, 1991; SILVA 2008).

A Abordagem Contingencial propõe que a eficácia organizacional só é atingida


após o uso de variados modelos, isto é, não existe uma forma única de se atingir
um objetivo (FARIA, 2002).

A partir desse conceito, é possível entender o nome dado a essa teoria, pois
“contingência” significa incerteza, eventualidade, possibilidade de um fato aconte-
cer ou não.

Para Faria (2002), a mais nova das teorias resulta das pesquisas de diversos
autores no tocante às variáveis “ambiente” e “tecnologia”.

Em Síntese Importante!

Vimos o quanto as Teorias da Administração, além dos novos Paradigmas da Adminis-


tração e a Competição Empresarial afetam decisivamente a estratégia para a organização
alcançar seus objetivos e as metas de Mercado. Os administradores devem adotar uma
nova mentalidade, que valoriza as características básicas da competição empresarial
contemporânea, baseada em: Preço, Flexibilidade, Inovação, Integração e Tecnologia, e
os desafios que daí surgirem.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
TGA – Taylor e a Administração Científica
https://youtu.be/x_V04KFGd60

Filmes
Tempos Modernos (1936)
https://youtu.be/ieJ1_5y7fT8

Leitura
Teorias administrativas e organização do trabalho:
de Taylor aos dias atuais, influências no setor da saúde e na enfermagem
MATOS, E. Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais,
influências no setor da saúde e na enfermagem. Texto contexto de Enfermagem, v. 15,
n. 3, p. 508-14, jul.-set. 2006. Disponível no link abaixo
https://goo.gl/tw3GxZ
Teorias Administrativas na Saúde
PAIVA, Sônia Maria Alves de et al. Teorias Administrativas na Saúde.
Disponível no link abaixo
https://goo.gl/Zi3gV1

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UNIDADE Teorias da Administração

Referências
CHIAVENATO, I. Iniciação a administração geral. 3.ed. Barueri São Paulo: Ma-
nole, 2009.

______. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Cam-


pus, 2002.

______. Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo com as em-


presas. 5.ed. São Paulo: Manole, 2008.

DILLARD, D. A Teoria Econômica de John Maynard Keynes. 6.ed. São Paulo:


Pioneira, 1973.

DRUCKER, P. F. A Sociedade Pós-Capitalista. São Paulo: Pioneira, 1996.

FARIA, J. C. Administração – Teoria e aplicações. São Paulo: Pioneira Thom-


son, 2002.

FAYOL, H. Administração Industrial e Geral. São Paulo: Atlas, 1979.

KAST, F. E; ROSENZWEIG, J. E. Organização e Administração – Um enfoque


Sistêmico. São Paulo: Pioneira, 1970. v. I.

KURCGANT, P. Administração em enfermagem. São Paulo: EPU, 1991.

KWASNISKA, E. L. Teoria Geral da Administração – Uma Síntese. 2.ed. São


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LIMA, J. S. L. Proposta Metodológica para a Implementação da Reengenha-


ria de Processos em Empresas dos Segmentos Químico e Petroquímico Bra-
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Paulo. São Paulo, 1996.

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trial. 2003. (Tese de Doutorado) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
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SILVA, R. O. Teorias da administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

TAJRA, S. F. Gestão estratégica na saúde. São Paulo: Látria, 2010.

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