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Prefeitura Municipal de Porto Alegre

Fundação de Assistência Social e Cidadania Fundação de Assistência


Social e Cidadania

PROJETO TÉCNICO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL PARA IDOSOS – GRAU


DE DEPENDÊNCIA III

Porto Alegre, maio de 2020.

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1. OBJETO
Parceria com Organização da Sociedade Civil para a gestão de Unidade de
Acolhimento Institucional para Idosos – Grau de dependência III – Modalidade
Instituição de Longa Permanência, serviço que integra a Proteção Social Especial de
Alta Complexidade do Sistema Único de Assistência Social - SUAS.
O serviço deverá ser executado de forma alinhada com a Politica Nacional de
Assistência Social, com a Política Nacional do Idoso e com o Estatuto do Idoso.

1.1 Objetivos específicos


a) Acolher Idosos com dependência grau III (conforme Índice de Katz, anexo I) em
situação de vulnerabilidade social, com o intuito de garantir proteção integral com
assistência 24 horas em instituição de longa permanência.
b) Acolher idosos de ambos os sexos de forma integral em suas necessidades, como:
alimentação, higiene, vestuário, convivência e proporcionar espaço de escuta,
diálogo e referência domiciliar;
c) Favorecer o surgimento e o desenvolvimento de aptidões, capacidades e
oportunidades para que os indivíduos façam escolhas com autonomia;
d) Promover condições para o autocuidado e de organização pessoal e coletiva da
população usuária, possibilitando a convivência comunitária;
e) Contribuir para a prevenção do agravamento de situações de negligência, de
violência e de ruptura de vínculos;
f) Articular com os Serviços de Proteção Social Básica e Especial de Média e Alta
Complexidade, referência e contrarreferência;
g) Oportunizar atividades que possibilitem a construção de relações humanizadas,
valorizando as potencialidades individuais e coletivas;
h) Promover a participação da população usuária nos processos de gestão do serviço,
no que tange a organização, rotinas e questões de convivência;
i) Garantir assistência aos idosos em todas as suas atividades da vida diária,
acompanhados por uma equipe técnica multidisciplinar que promova o bem estar e
os cuidados necessários aos usuários acolhidos;
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j) Promover acesso à rede socioassistencial, aos demais órgãos do Sistema de


Garantia de Direitos e às demais políticas públicas setoriais.
k) Promover o acesso a programações culturais, de lazer, de esporte e ocupacional
interno e externo, relacionando-as a interesses, vivências, desejos e possibilidades
do público.

2. DESCRIÇÃO DA REALIDADE
Diante do quadro crescente de envelhecimento da população brasileira
multiplicam-se as demandas por cuidados sociais impostos pela incapacidade física e
cognitiva prevalentes na população longeva somada à vulnerabilidade das famílias
destes cidadãos.
A Organização Mundial de Saúde alerta que nos países em desenvolvimento,
como o Brasil, diferentemente de países europeus onde o envelhecimento da
população coincidiu com a estabilidade econômica ante o acúmulo de riquezas das
nações, o envelhecimento é acompanhado por mudanças dramáticas nas estruturas e
nos papéis da família, assim como nos padrões de trabalho e na migração. A
urbanização, a migração de jovens para cidades à procura de trabalho, famílias
menores e mais mulheres tornando-se força de trabalho formal significam que menos
pessoas estão disponíveis para cuidar de pessoas mais velhas quando necessário, o
que, obviamente, também alerta para o crescimento da demanda por
entidades/serviços de acolhimento.
Algumas situações são também marcadas pelo conflito familiar e resultam na
procura da família, ou às vezes do próprio idoso, pela institucionalização. De outra
parte, muitas famílias não conseguem manter o idoso dependente em casa porque o
cuidado se torna difícil e desgastante física e emocionalmente.
Observa-se também um incremento das doenças crônico-degenerativas no perfil
epidemiológico da população das quais, advém sequelas que em muitos casos
comprometem a independência do indivíduo.
Por outro lado, no Brasil, os idosos em situação de dependência necessitam
cuidados que na maior parte das vezes são atribuídos aos familiares. Familiares estes
não preparados para o atendimento dessa problemática, com vínculos fragilizados,
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rompidos, quando não esgotadas as possibilidades de convívio seja devido à


vulnerabilidade social, seja pelo risco. Uma parte das necessidades dos idosos com
dependência, que chegam às emergências, está relacionada à falta de preparo,
sobrecarga, maus-tratos e/ou negligência dos cuidadores, quando não, devido a longa
exposição à violência física e psicológica por parte daqueles que deveriam garantir a
proteção e o cuidado.
Neste contexto, a demanda por Instituições de Longa Permanência de Idosos –
ILPI, com grau de dependência III, é cada vez maior e pode ser observada através do
aumento de procura espontânea registrado pelas ILPIs e por solicitações ao Núcleo de
Acolhimento da Proteção Social da FASC.
A realidade presente no Município justifica a necessidade do serviço de Longa
Permanência para idosos, especialmente grau III, que possa acolher com qualidade e
dignidade a população idosa que se encontra em situação de risco social, sem
autonomia para o atendimento das atividades da vida diária, com vínculos familiares
fragilizados ou inexistentes.

3. BENEFICIÁRIOS ATENDIDOS
O serviço de ILPI destina-se a acolher 100 idosos com idade igual ou superior a
60 anos que estejam em situação de dependência de grau III, que não dispõem de
condições para permanecer com a família, em situações de vulnerabilidade social e
com vínculos familiares fragilizados ou rompidos.
Segundo resolução da ANVISA (nº283 de 2005), Grau de Dependência III
corresponde os idosos com dependência que requeiram assistência em todas as
atividades de autocuidado para a vida diária e ou com comprometimento cognitivo.

3.1. CRITÉRIOS DE INGRESSO


a) Ter idade igual ou superior a 60 anos que esteja em situação de
Dependência de grau III, que não dispõem de condições para permanecer com a
família, em situações de vulnerabilidade social e com vínculos familiares fragilizados ou
rompidos.

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b) Não estar em situação de ameaça de vida que requeira medida de


segurança.

3.2. FORMAS DE ACESSO


a) As solicitações de ingresso serão demandadas para o Núcleo de
Acolhimento da FASC, da Proteção Social Especial, que fará a avaliação do caso com
vistas à identificação das situações de vulnerabilidade social (insuficiência ou
inexistência familiar, insuficiência de renda, entre outros) que justifiquem o acolhimento;
b) Após avaliação da FASC/Núcleo de Acolhimento, o processo será
encaminhado à SMS que validará o grau de dependência e a gravidade do caso;
c) O Serviço deverá acolher o idoso após o recebimento da documentação do
idoso, conforme estabelecido pelo Núcleo de Acolhimento da FASC;
Não será vedado o ingresso do idoso sem renda.

4. ABRANGÊNCIA TERRITORIAL
Idosos com Grau de Dependência III e sem retaguarda familiar, residentes no
Município de Porto Alegre.

5. LOCAL DE EXECUÇÃO DO SERVIÇO


As unidades devem estar inseridas na comunidade, dentro do Município de
Porto Alegre. As estruturas devem ser acolhedoras, de forma a não estigmatizar ou
segregar os (as) usuários (as).
A execução dos serviços poderá ser em imóvel locado e/ou de propriedade
da Organização, não podendo, contudo, ser compartilhado com outras unidades de
serviços.

6. FORMA DE EXECUÇÃO DO SERVIÇO

6.1 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO


O Serviço deve atender, dentre outras, as seguintes premissas:

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a) O Serviço deve propiciar o exercício dos direitos humanos (civis, políticos,


econômicos, sociais, culturais e individuais) de seus residentes;
b) Observar os direitos e garantias dos idosos, inclusive o respeito à liberdade
de credo e a liberdade de ir e vir, desde que não exista restrição determinada no Plano
de Atenção à Saúde;
c) Contribuir para a prevenção do agravamento da situação de dependência
grau III;
d) Promover o restabelecimento dos vínculos familiares e/ou sociais;
e) Preservar a identidade e a privacidade do idoso, assegurando um ambiente
de respeito e dignidade;
f) Promover ambiência acolhedora;
g) Promover a convivência mista entre os residentes de diversos graus de
dependência;
h) Havendo a necessidade, o Serviço se responsabilizará pela curatela do
idoso encaminhado;
i) Incentivar e promover a participação da família e da comunidade na
atenção ao idoso residente;
j) Desenvolver atividades que estimulem a autonomia dos idosos;
k) Promover condições de lazer para os idosos tais como: atividades físicas,
recreativas e culturais;
l) Desenvolver atividades e rotinas para prevenir e coibir qualquer tipo de
violência e discriminação contra as pessoas residentes;
m) Obedecer aos princípios e diretrizes do Estatuto do Idoso (Lei
10.741/2003), Política Nacional do Idoso (Lei 8842/1994) e da Política Nacional de
Assistência Social (PNAS, 2004).

6.2 METODOLOGIA DO SERVIÇO


A natureza do acolhimento deverá ser de longa permanência, esgotadas todas
as possibilidades de autossustento e convívio com familiares. É previsto para idosos
que não dispõe de condições de permanecer com a família, com vivência de situações

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de violência ou negligência, situação de rua ou abandono, com vínculos familiares


fragilizados ou rompidos.
Os idosos devem ser assistidos em todas as suas atividades da vida diária. No
cotidiano do acolhimento, os idosos devem ser acompanhados por uma equipe técnica
multidisciplinar que promova o bem estar e os cuidados necessários aos usuários
acolhidos.
O atendimento deve estar amparado no exercício dos direitos humanos
preservando a liberdade dos acolhidos, preservando suas identidades e privacidades,
proporcionando dessa forma, a qualidade do serviço, com dignidade e respeito aos
idosos residentes.

6.2.1 Acolhida
O acolhimento do idoso deve ser realizado com uma equipe capacitada que
garanta respeito à dignidade e preceitos éticos relacionados às vivências trazidas pelo
usuário.
A primeira acolhida da equipe será para identificar as necessidades mais
emergentes. O técnico social realizará uma entrevista identificando necessidades de
acompanhamentos e possíveis encaminhamentos à rede socioassistencial e demais
políticas públicas.

6.2.2. Plano Individual de Atendimento


O plano de acompanhamento (PIA) permeia todo o processo de trabalho com o
beneficiário e subsidia a equipe nas tomadas de decisões e intervenções.
Este processo envolve várias dimensões, tais como: orientação ao acesso de
documentação, tratamento de saúde, retomada ou fortalecimento de vínculos familiares
e ou comunitários, acesso a benefícios, norteando o período de permanência do idoso
e prevendo inserções conjuntas com a rede de atendimento.
O plano do acolhido transcende o espaço de atendimento da ILPI, visto que o
mesmo já vem com um conjunto de intervenções efetivadas e propostas pela rede de
atendimento socioassistencial e demais políticas sociais. Portanto a avaliação e o

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acompanhamento do plano deverão ser realizados em conjunto com o usuário e rede


de atendimento.
O Plano será acompanhado pelos diversos profissionais da equipe conforme
suas competências e atribuições para garantir a formação de vínculos necessária ao
atendimento, e cada acolhido terá um técnico social como profissional de sua
referência.

6.2.3 Registros e Informação: instrumentos técnicos operativos


A gestão da informação e do registro da passagem do beneficiário nos serviços
é uma diretriz do SUAS e um direito do usuário a ter acesso a informação do
atendimento a ele realizado, seja em meio físico ou dos sistemas informatizados e
integrados.
Assim, a inserção do usuário no acolhimento institucional deve contemplar o
registro no sistema informatizado do Cadastro Único e SIAS – Sistema Informatizado
de Assistência Social.

6.2.4 Prontuário
O atendimento dos usuários será registrado em prontuário único, de acordo
com as orientações institucionais, devendo ser respeitada as especificidades de cada
profissional, mantendo o direcionamento ético da equipe de trabalho.
O prontuário é um documento do usuário de uso exclusivo da equipe de
trabalho e nele devem constar os dados de identificação, história de vida e
acompanhamentos no espaço do acolhimento, assim como encaminhamentos
realizados.

6.2.5 Fluxo com a rede de atendimento

O fluxo com a rede socioassistencial deve pautar-se pelas orientações e


normatizações de referência e contrarreferência da política de assistência social, bem
como deve considerar as especificidades de cada situação, o PIA e avaliações dos
serviços. Esse processo inicia antes do acolhimento, devendo permanecer a

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interlocução entre as equipes dos serviços durante o processo de encaminhamento,


acolhimento, até o desligamento.
A articulação compreende a criação de espaços de comunicação e ação
complementar entre serviços socioassistenciais e demais serviços de políticas públicas
setoriais; com serviços, programas e projetos de instituições não governamentais e
comunitárias e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos.
Dessa forma, é fundamental que a equipe conheça programas, serviços e ações
de outras políticas que trabalhem com o mesmo público, visando potencializar os
esforços.
É de vital importância o diálogo, especialmente a sensibilização das equipes
envolvidas nos processos de inclusão do idoso na instituição e nos espaços de
ressocialização.

6.2.6 Regras e normas de Convivência


As regras e normas de convivências, horários para entrada e saída, horários de
refeição, atividades de rotinas e organização interna devem ser matéria do regimento
interno do acolhimento a ser elaborado de forma participativa entre equipe e usuários.

6.2.7 Desligamento
Os desligamentos para esta modalidade de acolhimento podem ocorrer por
retorno ao convívio familiar, por não adesão do usuário ou por falecimento. Em todas
essas situações é fundamental que o serviço informe e discuta os possíveis
encaminhamentos com a FASC, com o serviço demandante do acolhimento, e sempre
que houver algum nível de acompanhamento da rede atendimento e proteção, também
com estas equipes.
É fundamental que o processo de desligamento seja lento, gradual, respeitando
a condição do idoso e seu processo de maturação para proceder ao desligamento.
Poderá ser desligado também por evolução do grau de dependência, avaliado
através de Relatório Social e da tabela Katz, preenchida pelo profissional de saúde da
Unidade de Saúde do território onde o (a) idoso (a) idosa está vinculado (a).

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7. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
O serviço terá funcionamento Ininterrupto (24 horas).

8. IMPACTO SOCIAL ESPERADO COM O SERVIÇO


O Serviço de Acolhimento Institucional Grau III para Idosos – modalidade de
atendimento em unidade institucional com característica domiciliar - deverá contribuir
para:
a) Redução das violações dos direitos socioassistenciais, seus agravamentos ou
reincidência;
b) Proteção Integral do idoso em vulnerabilidade e risco;
c) Redução de danos provocados por situações violadoras de direitos.

9. REQUISITOS PARA EXECUÇÃO DO SERVIÇO


O atendimento deverá ser em unidade institucional com característica domiciliar
que acolhe idosos com diferentes necessidades e grau de dependência III. Deve
assegurar a convivência com familiares, amigos e pessoas de referência de forma
contínua, bem como acesso às atividades culturais, educativa e de lazer na
comunidade.
A capacidade de atendimento das unidades deve seguir as normas da Vigilância
Sanitária, devendo ser assegurado o atendimento de qualidade, personalizado, com
até quatro idosos por quarto (Resolução ANVISA nº283/2005).

9.1. Estrutura física


O serviço de acolhimento institucional deverá ser prestado em local
adequado, com condições de habitabilidade em ambiente que assegure espaço para
moradia, endereço de referência, condições de repouso, espaço de estar e convívio,
guarda de pertences, lavagem e secagem de roupas, banho e higiene pessoal,
vestuário e pertences, bem como acessibilidade de acordo com as normas da ABNT
notadamente as especificações constantes da NBR 9050/ABNT.
O acolhimento deve, necessariamente, estar inserido em áreas residenciais
na comunidade, sem distanciar excessivamente do padrão das casas vizinhas, nem,
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tampouco, da realidade geográfica e sociocultural dos beneficiários. Por outro lado, é


importante garantir que o imóvel seja devidamente adaptado e amplo o suficiente para
propiciar conforto e comodidade, além de se localizar em região de fácil acesso e que
ofereça recursos de transporte público, infraestrutura e serviços.
A inserção da ILPI na comunidade deve possibilitar a construção de
estratégias de articulação com a vizinhança e com os espaços que esta localidade
dispõe.
Recomenda-se que os espaços essenciais sejam previamente pensados ao
definir o imóvel e o mobiliário adequado, para que não haja improvisações no local.
São os seguintes os espaços essenciais que devem compor o serviço de
acolhimento para idosos:
1 - Quartos e armários para a guarda dos pertences pessoais de forma
individualizada;
2 - Sala de estar e atividades grupais;
3 - Ambiente para refeições;
4 - Sala para atendimento;
5 - Banheiro com as adaptações necessárias considerando as necessidades
de cada idoso em particular;
6 - Cozinha;
7 - Área de Serviço;
8 - Área externa;
9 - Sala para equipe técnica (deve ter área reservada para guarda de
prontuários em condições de segurança e sigilo), porém essa sala também poderá ser
na sede administrativa da OSC.
A ILPI, também, deve priorizar, quando possível, a utilização dos
equipamentos públicos ou comunitários de lazer, esporte e cultura, proporcionando um
maior convívio comunitário e incentivando a socialização dos beneficiários.
A ILPI deverá disponibilizar meio de transporte que possibilite a realização de
visitas domiciliares e reuniões com os demais profissionais dos recursos das outras
políticas públicas e da rede de serviços local.

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9.2 Alimentação
O serviço deverá ofertar aos beneficiários de acordo com as boas práticas
nutricionais: café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia composto de
alimentação com padrões nutricionais adequados, e adaptados, se for o caso, as
necessidades específicas dos usuários.
A Organização deverá garantir que o cardápio seja elaborado e/ou revisado
por nutricionista.
A alimentação poderá ser elaborada no local ou oferecida por empresa
especializada em transporte de alimentação, observado em ambos os casos os
devidos registros e alvarás necessários para a execução das atividades.

9.3 Recursos Humanos


O acolhimento deve ser prestado por profissionais técnicos e operacionais
qualificados, com competência para a execução das atividades.
O serviço pressupõe que sejam disponibilizados pela Organização profissionais
que exerçam as ações de coordenação, administrativas, técnicas e operacionais, de
orientação e cuidados aos usuários, em observância a Norma Operacional Básica de
recursos humanos do SUAS- NOB-RH/SUAS.
A Resolução da ANVISA de nº283/2005 determina que a Instituição de Longa
Permanência para Idosos deve possuir um Responsável Técnico - RT pelo serviço,
com formação de nível superior, e responderá pela instituição junto à autoridade
sanitária local. E especificamente para o Grau de Dependência III, um cuidador para
cada 6 idosos, ou fração, por turno.
A Organização deverá apresentar Plano de Trabalho descrevendo a equipe de
trabalho que prestará os serviços técnicos e os operacionais, na Instituição, inclusive,
com referência a carga horária, a fim de possibilitar avaliação se atende aos padrões
técnicos do serviço.
Todos os profissionais envolvidos, tanto na manutenção da casa quanto no
trabalho direto com os beneficiários, devem ter uma postura acolhedora que estabeleça
relacionamentos horizontais, com respeito e estímulo ao processo de autonomia dos
beneficiários.
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A instituição que possuir profissional de saúde vinculado à sua equipe de


trabalho, deve exigir registro desse profissional no seu respectivo Conselho de Classe.
A Instituição deve realizar atividades de educação permanente na área de
gerontologia, com objetivo de aprimorar tecnicamente os recursos humanos envolvidos
na prestação de serviços aos idosos.

10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS DA PARCERIA


O processo de monitoramento da exemplar prestação do serviço de
Acolhimento para idosos será realizado através de instrumentos informatizados
entregues mensalmente e sempre que solicitados pela Comissão de Monitoramento e
Avaliação da FASC e serão balizados nos indicadores definidos pela FASC, bem como,
aqueles definidos conforme orientação do MDS. O serviço será monitorado por meio da
equipe de supervisão da Proteção Social Especial.
A FASC avaliará, monitorará e fiscalizará a parceria de acordo com as
disposições da Lei nº 13.019/2014 e do Decreto Municipal nº 19.775/2017, através do
Gestor da parceria e da Comissão de Monitoramento e Avaliação.
A partir da assinatura do Termo de Colaboração, o Gestor da parceria e a
Comissão de Monitoramento e Avaliação poderão solicitar para a Organização
documentos, planilhas e relatórios referentes à execução do serviço e às diretrizes e
obrigações previstas no Termo de Colaboração, bem como realizar inspeção in loco, se
necessário.
O monitoramento e a avaliação do cumprimento da prestação do serviço
considerarão mecanismos de escuta aos beneficiários descritos no Plano de Trabalho e
no Termo de Colaboração acerca dos serviços prestados no âmbito da parceria, a fim
de aferir o padrão de qualidade dos serviços, e utilizará os resultados como subsídio
para avaliação da parceria e do cumprimento dos objetivos pactuados, bem como na
reorientação e no ajuste das metas e atividades previstas no Plano de Trabalho.

11. PRESTAÇÃO DE CONTAS

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A prestação de contas da parceria será apresentada pela Organização na


forma descrita no Termo de Colaboração, na Lei nº 13.019/2014 e no Decreto Municipal
nº 19.775/2017.

12. RESPONSABILIDADES DA OSC


São as seguintes as responsabilidades da Organização na execução do
serviço de Institucionalização de Idosos:
I. prestar o serviço de acolhimento para idosos com grau III;
II. garantir espaço físico adequado com mobiliário necessário, oferecendo
condições de infraestrutura física e administrativa para os beneficiários;
III. responder aos pedidos de informações da FASC e dos órgãos de
fiscalização internos e externos do Município de Porto Alegre;
IV. realizar reuniões sistemáticas com a equipe técnica e FASC;
V. garantir espaços de formação para a equipe de trabalho;
VI. integrar, participar e articular com a Rede de Atendimento da Região;
VII. manter a regularidade jurídica, fiscal e tributária durante toda a vigência da
parceria;
VIII. substituir, se e quando necessário, imediatamente, os profissionais
integrantes da equipe de referência, sem prejuízo à oferta do serviço;
IX. rejeitar concepções preconceituosas, que reforçam desigualdades no
âmbito familiar;
X. acolher a diversidade de filosofias e religiões bem com a sua ausência,
sem preconceito a qualquer expressão ou inexpressão do beneficiário;
XI. respeitar e preservar a confidencialidade das informações repassadas
pelos beneficiários no decorrer do trabalho social;
XII. garantir a segurança e a integridade física, moral e psicológica dos
beneficiários, sem utilizar métodos de tratamento que impliquem situações degradantes
ou vexatórias;
XIII. acolher com dignidade os beneficiários e informá-los sobre as regras e
normas do serviço;

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XIV. encaminhar mensalmente à FASC o instrumento de aferição dos


atendimentos para fins de pagamento;
XV. garantir a integralidade da prestação dos serviços durante toda a execução
da parceria;
XVI. permitir o monitoramento e a avaliação da parceria pelo gestor e pela
comissão designada pela FASC;
XVII. prestar contas da parceria nos termos solicitados pela FASC, e de acordo
com as diretrizes da Lei nº 13.019/2014 e do Decreto Municipal nº 19.775/2017.
XVIII. receber as orientações expedidas pela FASC em relação à prestação do
serviço;
XIX. garantir a observância à legislação trabalhista, as convenções coletivas de
trabalho e as normas dos conselhos profissionais, relativamente aos profissionais que
integram a equipe de trabalho do serviço, noticiando imediatamente ao gestor da
parceria, eventual irregularidade;
XX. garantir que todos os profissionais que integram a equipe de trabalho do
serviço estejam identificados, com foto, nome e função;
XXI. assumir total e exclusivamente a responsabilidade por quaisquer ônus ou
encargos relacionados com profissionais que integram a equipe de trabalho do serviço,
sejam eles trabalhistas, sociais e previdenciários, bem como relativos à indenização
por acidentes, moléstias ou de outra natureza, profissional e/ou ocupacional;
XXII. fornecer sempre que solicitado pela FASC, os comprovantes do
cumprimento das obrigações com a Previdência e com o Fundo de Garantia sobre o
Tempo de Serviço (FGTS), e do pagamento dos salários e benefícios dos profissionais
que integram a equipe de trabalho do serviço;
XXIII. responder às solicitações do gestor da parceria, da comissão de
monitoramento, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos órgãos de controle
externos;
XXIV. garantir a oferta de alimentação, higiene pessoal, guarda de pertences e
lavagem de roupa, bem como o acompanhamento social pela equipe técnica;

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XXV. entregar anualmente o Relatório Social e tabela Katz preenchida pelo


profissional de saúde da Unidade de Saúde do território onde o (a) idoso (a) está
vinculado (a);
XXVI. Prestar contas do uso do BPC dos beneficiários acolhidos, mensalmente,
junto da entrega do Instrumento de Aferição.

13. RESPONSABILIDADES DA FASC


São responsabilidades da FASC:
I – Garantir articulação com a rede de serviços públicos em cogestão com a
Organização;
II - Repassar mensalmente os recursos financeiros para execução do serviço até o
último dia útil do mês;
III - Analisar os relatórios apresentados pela Organização;
IV - Fiscalizar a prestação de serviço, através do Gestor e da Comissão de
Monitoramento e Avaliação, notificando a Organização para regularizar a execução do
serviço, sempre que necessário, e emitir os respectivos Relatórios;
V - Solicitar as informações necessárias para o monitoramento e a avaliação da
parceria;
VI - Realizar o acompanhamento, supervisão, monitoramento, sistematização das
ações realizadas no serviço, aperfeiçoamento e/ou redimensionamento, no sentido de
qualificar a prestação do serviço ofertado;
VII - Garantir a execução participativa da parceria contemplando a Organização a
equipe técnica e os beneficiários;
VIII – Solicitar reuniões e encontros com a Organização destinados a discutir o
aprimoramento da execução do serviço.

14. DO REPASSE DE RECURSOS FINANCEIROS


A FASC repassará para a(s) Organização(ões) selecionada(s) o valor para
implantação do serviço no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a assinatura do Termo
de Colaboração, conforme segue:

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De 10 a 25 beneficiários Máximo de R$ 40.000,00


De 26 a 50 beneficiários Máximo de R$ 80.000,00

O valor integral de implantação acima referido será repassado somente para a


Organização que apresentar PEF- Planejamento de Execução Financeira especifico de
implantação, com a comprovação da necessidade de, no mínimo, gastos com locação,
aquisição de equipamentos e mobiliário de alojamento, para o acolhimento do número
de beneficiários proposto para o serviço.
As Organizações que já possuírem estrutura física para a prestação do serviço,
poderão apresentar PEF - Planejamento de Execução Financeira especifico de
implantação, com despesas relacionadas a aquisição de aquisição de equipamentos e
mobiliário de alojamento, e outros necessários para a instituição do serviço, sendo
vedada a previsão de despesas com pessoal, à exceção de vale transporte e vale
alimentação a serem previamente pagos à equipe de trabalho contratada na fase de
implantação do serviço.
Para a execução do serviço, a(s) Organização(ões) selecionada(s) receberá(ão)
o valor correspondente conforme a quantidade de acolhidos apresentada no Plano de
Trabalho. Para fins de cálculo de valor a ser repassado, o valor unitário é R$ 3.900,00.

Valor unitário R$ 3.900,00


Mínimo 10 beneficiários R$ 39.000,00
Máximo 50 beneficiários R$ 195.000,00

O projeto destina-se a parceria de 100 vagas de acolhimento em Instituição de


Longa Permanência com Grau de Dependência III. O número mínimo de vagas de
acolhimento para execução por uma OSC deverá ser de 10 beneficiários e número
máximo de 50 acolhidos,
Importa apontar que o valor para o repasse financeiro mensal será fixo,
conforme Plano de Trabalho apresentado e aprovado no Edital, em razão do fato de
que independentemente da quantidade de beneficiário atendidos, as despesas com
recursos humanos e de consumo, tais como luz, telefone, aluguel e outras se mantém.

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Para o recebimento do repasse financeiro mensal, a Organização deverá


apresentar os seguintes documentos:
I – Instrumento de aferição de efetividade elaborado pela FASC;
II - Declaração de manutenção de Habilitação;
III – Prestação de contas do BPC dos beneficiários que a OSC for curador.

15. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA, JURÍDICA E FISCAL DA PARCEIRA


Para habilitação da Organização à celebração de parceria, os seguintes
documentos abaixo deverão ser apresentados:

TÉCNICA:
a) 2 (duas) declarações de pessoas jurídicas, públicas ou privadas,
declarando a prestação de serviços satisfatórios pela OSC na área da Assistência
Social;
b) 2 (duas) declarações de pessoas jurídicas, públicas ou privadas,
declarando a prestação de serviços de acolhimento de idosos, de forma satisfatória
pela OSC;
c) apresentação de Proposta do Projeto Político Pedagógico do serviço.

JURÍDICA:
I- Estatuto Social e suas alterações se houver, com o com objeto social
compatível com a prestação do serviço e Ata da Diretoria devidamente registrados no
órgão competente.
II - Cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, impresso do
site da Secretaria da Receita Federal do Brasil;
III - Comprovantes de inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social
de Porto Alegre e no Conselho Municipal do Idoso - COMUI;
IV – Relação nominal atualizada dos dirigentes da Organização, com
endereço, número e órgão expedidor da carteira de identidade e número de registro no
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de cada um deles e de não contratação irregular;

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Social e Cidadania

V – Declaração firmada pelo representante legal da entidade, sob as penas


da lei, de que cumpre o disposto no inciso XXXIII do art. 7º, da Constituição da
República;
VI – Declaração, firmada pelo representante legal, de que a organização e
seus dirigentes não incorrem em qualquer das vedações previstas no art. 39 da Lei
13.019/2014 e inciso VI do art. 28 do Decreto Municipal 19.775/2017;
VII – Alvará sanitário atualizado expedido pelo órgão sanitário competente,
de acordo com o estabelecido na Lei Federal nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977;
VIII – Declaração de Contrapartida, se houver.

FISCAL:
I - Certidão Negativa de Débitos relativos aos Tributos Federais e à Dívida
Ativa da União;
II - Certidão da Regularidade com a Fazenda Estadual;
III- Certidão da Regularidade com a Fazenda Municipal de Porto Alegre;
IV - Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço;
VIII - Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas.

16. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DA ORGANIZAÇÃO


A seleção da Organização será em 2 (duas) etapas, a primeira, a análise do
Plano de Trabalho, sendo este avaliado de acordo com os critérios técnicos e o Projeto
Político Pedagógico, conforme pontuação abaixo descrita, perfazendo o máximo de 10
(dez) pontos e o mínimo de 5 (cinco) pontos, e a segunda etapa através da análise da
documentação.
I - Qualidade técnica do Plano de Trabalho (7 pontos):
A análise do Plano de Trabalho considerará os critérios e as pontuações a
seguir descritas:

ELEMENTO DE AVALIAÇÃO PONTUAÇÃO MAXIMA PONTUAÇÃO E


CRITÉRIO
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PLANO DE TRABALHO
A) Consistência Técnica do 2 Zero – não contempla
Plano de Trabalho contempla
1- contempla parcialmente
as diretrizes do Projeto Técnico
2 – contempla totalmente
B) Consistência Técnica da 1 Zero – não contempla
Proposta de Alimentação
0,5 – contempla parcialmente
Saudável, incluindo cardápio.
1 – contempla totalmente
C) Capacidade Física instalada, 2 Zero – não tem imóvel próprio e
com imóvel próprio para nem bens móveis como
instalação do acolhimento ou a contrapartida
instalar, com contrapartida em
1 – tem imóvel próprio ou bens
bens móveis demonstrada
móveis em contrapartida
através da Declaração de
Contrapartida, utilizando valor 2 - tem imóvel próprio e bens
inferior ao valor previsto para móveis em contrapartida
instalação.
D) Experiência da OSC em 2 Zero – não contempla
serviço de acolhimento em 1- contempla parcialmente
Instituição de Longa
Permanência, comprovada 2 – contempla totalmente
através das declarações
previstas.

II – Consistência Técnica da Proposta do Projeto Político Pedagógico


da ILPI (3 pontos):
Consistência Técnica da Proposta de Projeto Político Pedagógico em
consonância com Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais e com o Projeto
Técnico, considerando o seguinte critério e pontuação:

ELEMENTO DE AVALIAÇÃO PONTUAÇÃO MAXIMA CRITÉRIOS

PROPOSTA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


E) Consistência Técnica 3 Zero – não contempla
do Projeto Político 1,5 - contempla
Pedagógico
parcialmente
3 – contempla totalmente

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Social e Cidadania

A Organização deverá atingir, no mínimo, 50% da pontuação em cada um


dos critérios de avaliação para que seja dado prosseguimento na avaliação da
proposta.
A Organização que não atingir pontuação mínima de 50% será
desclassificada.
A segunda etapa consistirá na análise dos documentos referidos no item 15
deste Projeto Básico, sendo desabilitada a OSC que não possuir qualquer um dos
documentos referidos neste item.

17. CRITÉRIOS DE DESEMPATE


Em caso de eventual empate, os critérios adotados para desempate serão:
a) em primeiro lugar a maior nota auferida na alínea “A” do item 16 deste
Projeto;
b) caso persista o empate, será usado o critério na alínea “E” do item 16
deste Projeto;
c) persistindo o empate, será considerada vencedora a OSC com maior
pontuação na alínea “D” do item 16 deste Plano de Trabalho;
d) permanecendo o empate, o desempate far-se-á por sorteio.

18. DO INICIO E DO PRAZO DE VIGÊNCIA DA PARCERIA


A parceria terá início a partir da data da assinatura do Termo de
Colaboração, possuindo a OSC o prazo de até 30 (trinta) dias para instalar o serviço.
A parceria terá vigência por 5 (cinco) anos, prorrogável uma única vez por
igual período, com fulcro no art. 31 do Decreto Municipal nº 19775/2017.

19. CAUSAS DE RESCISÃO DA PARCERIA E HIPÓTESES DE APLICAÇÃO DE


PENALIDADES
Constitui motivo para rescisão antecipada da parceria o inadimplemento
injustificado da execução da parceria mediante constatação de irregular ou ausente
prestação do serviço de acolhimento e também quando constatada:

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I - a utilização dos recursos em desacordo com o Plano de Trabalho e o


Termo de Colaboração;
II – a irregular ou a falta de apresentação das prestações de contas;
III – as demais hipóteses previstas na Lei nº 13019/2014, no Decreto nº
19775/2017 e no Termo de Colaboração.

20. NORMAS DE REGÊNCIA DO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL


PARA IDOSO – GRAU DE DEPENDÊNCIA III
a) Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988.
b) Política Nacional de Assistência Social - PNAS/2004;
c) Lei nº 8842 de 04 de janeiro de 1994 - Brasília: MPAS, SAS, 1997, que dispõe
sobre a Política Nacional do Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá
outras providências.
d) Lei Federal n° 13.019/ 2014, que estabelece o regime jurídico das parcerias
voluntárias.
e) Estatuto do Idoso: Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003;
f) Decreto Municipal nº 19775/2017, que regulamenta o regime jurídico das
parcerias voluntárias no Município de Porto Alegre.
g) Lei n.º 8.742/ 1993, Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
h) Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009, do CNAS, que dispõe sobre a
Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais;
i) Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS. Anotada e
Comentada, NOB-RH/SUAS. Brasília: 2011.
j) Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social
(NOB/SUAS), 2004.
k) BRASIL. PORTARIA N . 73, DE 2001 - Normas de Funcionamento de Serviços
de Atenção ao Idoso no Brasil. Secretaria de Políticas de Assistência Social
Departamento de Desenvolvimento da Política De Assistência Social, Gerência
de Atenção a Pessoa Idosa. Diário Oficial da União, Brasília, 2001.

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Anexo I - Índice de Katz

AVALIAÇÃO DE IDOSOS COM GRAU DE DEPENDÊNCIA III ELEGÍVEIS A INSTITUCIONALIZAÇÃO

NOME:
IDADE:
ENDEREÇO:
UNIDADE DE SAÚDE DE REFERÊNCIA:
RESPONSÁVEL:

Quadro 1: Índice de Katz – Escala de Atividade da Vida Diária


Atividade Independente SIM NÃO
1. Banho Não recebe assistência ou somente recebe em uma ( ) ( )
parte do corpo.
2. Vestir-se Escolhe as roupas e se veste sem nenhuma ajuda, ( ) ( )
exceto para calças sapatos.
3. Higiene Vai ao banheiro, usa-o, veste-se e retorna sem ( ) ( )
Pessoal nenhuma assistência (pode usar bengala ou andador
como apoio e usar comedre/urinol à noite).
4. Transferência Consegue deitar e levantar de uma cama ou sentar e ( ) ( )
levantar de uma cadeira sem ajuda (pode usar bengala
ou andador).
5. Continência Tem autocontrole do intestino e da bexiga (sem ( ) ( )
acidentes ocasionais).
6. Alimentação Alimenta-se sem ajuda, exceto para cortar carne ou ( ) ( )
passar manteiga no pão.
FONTE: FREITAS E. V., et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro. Guanabara
Koogan, pp. 613, 2002.

CADA RESPOSTA “SIM” EQUIVALE A 01 PONTO


0-2 PONTOS: DEPENDÊNCIA TOTAL
3-4: DEPENDÊNCIA MODERADA
5: DEPENDÊNCIA LEVE
6: INDEPENDÊNCIA

*****Priorizar pacientes com pontuação de 0 à 2*****

HISTÓRICO SOCIAL E DE SAÚDE:


____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
CIDs:
RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO:
DATA:

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