Estudo Dirigido 5 - Sistema Urinário e Renal

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Discente: Aline Szubris Dias

Estudo dirigido 5 ( Sistema urinário e renal)

1. Descreva a estrutura e a função dos néfrons, incluindo as etapas do processo


de filtração glomerular e formação de urina.

Figura 1: estrutura do néfron

Estrutura e função do néfron:


O néfron é a unidade funcional básica dos rins, desempenha um papel crucial na
filtração do sangue e formação da urina. Cada rim humano contém cerca de
800.000 a 1 milhão de néfrons. Cada néfron exerce várias funções, sendo elas: a
remoção de resíduos metabólicos, regulação de eletrólitos, controle do volume de
líquidos corporais e manutenção do equilíbrio ácido-base. Cada néfron contém (1)
grupo de capilares glomerulares chamado glomérulo, pelo qual grandes
quantidades de líquido são filtradas do sangue; e (2) longo túbulo, no qual o líquido
filtrado é convertido em urina, no trajeto para a pelve renal. O glomérulo contém
rede de capilares glomerulares que se unificam e se anastomosam e que,
comparados a outros capilares, têm pressão hidrostática alta (cerca de 60 mmHg).
Os capilares glomerulares são recobertos por células epiteliais, e todo o glomérulo
é envolvido pela cápsula de Bowman. O líquido filtrado dos capilares glomerulares
flui para o interior da cápsula de Bowman e daí para o interior do túbulo proximal
que se situa na zona cortical renal. A partir do túbulo proximal, o líquido flui para o
interior da alça de Henle, que mergulha no interior da medula renal. Cada alça
consiste em ramos descendentes e ascendentes. As paredes do ramo
descendente e da parte inferior do ramo ascendente são muito delgadas e,
portanto, são denominadas segmentos delgados da alça de Henle. Após a porção
ascendente da alça ter retornado parcialmente de volta ao córtex, as paredes ficam
mais espessas e são denominadas segmento espesso do ramo ascendente. No
final do ramo ascendente espesso existe um pequeno segmento que tem em sua
parede placa de células epiteliais especializadas, conhecidas como mácula densa.
A mácula densa tem um papel importante no controle da função do néfron. Depois
da mácula densa, o líquido entra no túbulo distal que, como o túbulo proximal, se
situa no córtex renal. O túbulo distal é seguido pelo túbulo conector e o túbulo
coletor cortical, que levam ao ducto coletor cortical. As partes iniciais de 8 a 10
ductos coletores corticais se unem para formar o único ducto coletor maior que se
dirige para a medula e forma o ducto coletor medular. Os ductos coletores se unem
para formar ductos progressivamente maiores que se esvaziam na pelve renal,
pelas extremidades das papilas renais. Em cada rim, existem cerca de 250 grandes
ductos coletores, cada um dos quais coleta urina de aproximadamente 4.000
néfrons.
Etapas do processo de filtração glomerular e formação de urina: filtração
glomerular — a primeira etapa da formação da urina - o primeiro passo na
formação de urina é a filtração de grandes quantidades de líquidos através dos
capilares glomerulares para dentro da cápsula de Bowman — quase 180 L ao dia.
A maior parte desse filtrado é reabsorvida, deixando apenas cerca de 1 L de líquido
para excreção diária, embora a taxa de excreção renal de líquidos possa ser muito
variável, dependendo da ingestão. A elevada taxa de filtração glomerular depende
da alta taxa de fluxo sanguíneo renal, bem como de propriedades especiais das
membranas dos capilares glomerulares. A formação da urina começa quando
grande quantidade de líquido praticamente sem proteínas é filtrada dos capilares
glomerulares para o interior da cápsula de Bowman. A maior parte das substâncias
no plasma, exceto as proteínas, é livremente filtrada, de modo que a concentração
dessas substâncias no filtrado glomerular da cápsula de Bowman é a mesma do
plasma. Conforme o líquido filtrado sai da cápsula de Bowman e flui pelos túbulos,
é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos, de volta para os
capilares peritubulares ou pela secreção de outras substâncias dos capilares
peritubulares para os túbulos.

2. Explique como os enxágues regulam o equilíbrio ácido-base no corpo humano,


incluindo os mecanismos de reabsorção e excreção de íons hidrogênio e
bicarbonato.
Os rins controlam o equilíbrio ácido-base ao excretar urina ácida ou
básica. A excreção de urina ácida reduz a quantidade de ácido no líquido
extracelular, enquanto a excreção de urina básica remove a base do
líquido extracelular. O mecanismo global pelo qual os rins excretam urina
ácida ou básica é o seguinte: grandes quantidades de HCO3 − são
filtradas continuamente para os túbulos, e se forem excretadas na urina,
removem a base do sangue. Ainda, grandes quantidades de H+ são
excretadas no lúmen tubular pelas células epiteliais tubulares, removendo assim
ácido do sangue. Se for secretado mais H+ do que HCO3 −, ocorrerá perda real
de ácido do líquido extracelular. Por outro lado, se for filtrado mais HCO3
− do que H+ é secretado, haverá perda real de base. Todos os dias o
corpo produz cerca de 80 mEq de ácidos não voláteis, principalmente
como resultado do metabolismo das proteínas. Esses ácidos são
chamados não voláteis porque não são H2CO3 e, portanto, não podem ser
eliminados pelos pulmões. O mecanismo primário que remove esses
ácidos do corpo é a excreção renal. Os rins precisam, ainda, evitar a
perda de bicarbonato na urina, tarefa quantitativamente mais importante
do que a excreção de ácidos não voláteis. Todos os dias, os rins filtram
cerca de 4.320 mEq de HCO3 − (180 L/dia × 24 mEq/L); sob condições
normais, quase todo esse bicarbonato é reabsorvido nos túbulos,
conservando, assim, o sistema tampão primário do líquido extracelular.
Tanto a reabsorção de HCO3 − quanto a excreção de H+ são realizadas pelo
processo de secreção de H+ pelos túbulos. Como o HCO3 − reage com o H+
secretado para formar H2CO3 antes de ser reabsorvido, 4.320 mEq de H+ precisam
ser excretados a cada dia, apenas para reabsorver o HCO3 − filtrado.
Então, o adicional de 80 mEq de H+ precisam ser excretados para eliminar do
corpo os ácidos não voláteis produzidos a cada dia, resultando em total de 4.400
mEq de H+ secretados para o líquido tubular todos os dias. Quando ocorre redução
da concentração de H+ no líquido extracelular (alcalose), os rins excretam menos
H+ e não conseguem reabsorver todo o HCO3 − filtrado, aumentando,
assim, a excreção de bicarbonato. Como o HCO3 − normalmente tampona
o hidrogênio no líquido extracelular, essa perda de bicarbonato significa o
mesmo que acrescentar H+ ao líquido extracelular. Dessa forma, na
alcalose, a remoção de HCO3 − eleva a concentração de H+ do líquido
extracelular para os níveis normais. Na acidose, os rins excretam H+
adicional e não excretam HCO3 − na urina, mas reabsorvem todo o HCO3
− filtrado e produzem novo bicarbonato, que é acrescentado de volta ao
líquido extracelular. Essa ação reduz a concentração de H+ do líquido
extracelular para os níveis normais. Assim, os rins regulam a concentração de H+
do líquido extracelular por três mecanismos fundamentais: (1) secreção de H+; (2)
reabsorção de HCO3 − filtrado; e (3) produção de novo HCO3 −. Todos
esses processos são realizados pelo mesmo mecanismo básico.

3. Qual é o papel do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) na regulação


da pressão arterial e do volume sanguíneo? Descreva os principais passos desse
sistema e como ele afeta a função renal.
Além da capacidade dos rins de controlar a pressão arterial por meio de alterações
do volume do líquido extracelular, os rins têm também outro potente mecanismo de
controle da pressão: o chamado sistema renina-angiotensina. A renina é enzima
proteica liberada pelos rins quando a pressão arterial cai para níveis muito baixos.
Sua resposta consiste em elevar a pressão arterial de diversos modos, contribuindo
para a correção da queda inicial da pressão. A renina é sintetizada e armazenada
em forma inativa chamada pró-renina nas células justaglomerulares (células JG) dos
rins. As células JG são células musculares lisas modificadas, situadas
principalmente nas paredes das arteríolas aferentes imediatamente próximas aos
glomérulos. Quando a pressão arterial cai, reações intrínsecas dos rins fazem com
que muitas das moléculas de pró-renina nas células JG sejam clivadas, liberando
renina. A maior parte da renina é liberada no sangue que perfunde os rins para
circular pelo corpo inteiro. Entretanto, pequenas quantidades de renina
permanecem nos líquidos locais dos rins onde exercem diversas funções
intrarrenais. A renina é enzima, e não substância vasoativa. ela age
enzimaticamente sobre outra proteína plasmática, a globulina referida como
substrato de renina (ou angiotensinogênio), liberando peptídeo com 10
aminoácidos, a angiotensina I. A angiotensina I tem ligeiras propriedades
vasoconstritoras, mas não suficientes para causar alterações significativas na
função circulatória. A renina persiste no sangue por 30 minutos a 1 hora e continua
a causar a formação de angiotensina durante todo esse tempo. Alguns segundos
após a formação de angiotensina I, dois aminoácidos adicionais são removidos da
angiotensina I, formando o peptídeo de oito aminoácidos angiotensina II. Essa
conversão ocorre, em grande parte, nos pulmões, enquanto o sangue flui por seus
pequenos vasos catalisados pela enzima conversora de angiotensina presente no
endotélio dos vasos pulmonares. Outros tecidos, tais como rins e vasos sanguíneos,
também contêm enzimas conversoras e, portanto, formam localmente angiotensina
II. A angiotensina II é vasoconstritor extremamente potente, e ela afeta a função
circulatória por outros modos. Entretanto, ela persiste no sangue por apenas 1 ou 2
minutos por ser rapidamente inativada por múltiplas enzimas sanguíneas e
teciduais, coletivamente chamadas de angiotensinases. A angiotensina II exerce
dois efeitos principais capazes de aumentar a pressão arterial. O primeiro, a
vasoconstrição em muitas áreas do corpo, ocorre com muita rapidez. A
vasoconstrição se dá, de modo muito intenso, nas arteríolas e com intensidade
muito menor nas veias. A constrição das arteríolas aumenta a resistência periférica
total, elevando, dessa forma, a pressão arterial. Além disso, a leve constrição das
veias promove o aumento do retorno venoso do sangue para o coração,
contribuindo para o maior bombeamento cardíaco contra a pressão elevada. O
segundo meio principal, pelo qual a angiotensina II eleva a pressão arterial, é a
diminuição da excreção de sal e de água pelos rins. Essa ação eleva lentamente o
volume do líquido extracelular, o que aumenta a pressão arterial durante as horas e
dias subsequentes. Esse efeito a longo prazo, agindo pelo mecanismo de controle
do volume do líquido extracelular, é ainda mais potente que a vasoconstrição aguda
na elevação eventual da pressão arterial.
Figura 2: Mecanismo vasoconstritor da renina-angiotensina para o controle da pressão
arterial
4. Como os enxágues controlam a osmolaridade e a concentração de eletrólitos
no sangue? Discuta os mecanismos de reabsorção e a coordenação
envolvidas nesse processo.
Para a manutenção da homeostasia, a excreção de água e eletrólitos deve ser
cuidadosamente combinada com os respectivos ganhos. Caso o ganho exceda
a excreção, a quantidade de água e de eletrólitos no corpo aumentará. Caso o
ganho seja menor que a excreção, a quantidade de água e de eletrólitos no
corpo diminuirá. Embora possam ocorrer desequilíbrios temporários (ou cíclicos)
de água e eletrólitos em várias condições fisiológicas e fisiopatológicas
associadas à ingestão alterada ou à excreção renal, a manutenção da vida
depende da restauração do equilíbrio de água e eletrólitos. A entrada de água e
de muitos eletrólitos é controlada principalmente pelos hábitos da ingestão de
sólidos e de líquidos da pessoa, requerendo que os rins ajustem suas
intensidades de excreção para coincidir com a ingestão de várias substâncias.
Cerca de 2 a 3 dias, após a elevação da ingesta de sódio, a excreção renal
também aumenta para aproximadamente 300 mEq/dia, de modo que o equilíbrio
entre a ingestão e a excreção é restabelecido rapidamente. Entretanto, durante
os 2 a 3 dias de adaptação renal, à alta entrada de sódio, ocorre acúmulo
modesto de sódio que discretamente eleva o volume de líquido extracelular e
desencadeia alterações hormonais e outras respostas compensatórias. Essas
respostas sinalizam os rins para que aumente a excreção de sódio. A
capacidade dos rins de alterar a excreção de sódio em resposta às alterações
na ingestão de sódio é enorme. Estudos experimentais mostraram que em
muitas pessoas a ingestão de sódio pode ser aumentada para 1.500 mEq/dia
(mais de 10 vezes o normal) ou diminuída para 10 mEq/dia (menos de um
décimo do normal), com alterações relativamente pequenas no volume de
líquido extracelular ou na concentração plasmática de sódio. Esse fenômeno
também se aplica à água e à maioria dos eletrólitos, tais como cloreto, potássio,
cálcio, hidrogênio, magnésio e íons fosfato.
Por meio dos seus mecanismos de reabsorção e excreção, os rins regulam a
osmolaridade e a concentração de eletrólitos no sangue. A principal área da
reabsorção é o néfron, onde a água e os solutos são filtrados do sangue para o
filtrado glomerular. Em seguida, essas substâncias são reabsorvidas para a
corrente sanguínea e os resíduos são eliminados da corrente sanguínea. Os
hormônios como a aldosterona, que estimula a reabsorção de sódio e água nos
túbulos renais, e o hormônio antidiurético (ADH) regulam a osmolaridade e a
concentração de eletrólitos. O ADH aumenta a permeabilidade à água dos
túbulos coletores, permitindo a reabsorção de água e, portanto, a concentração
de urina. Esses processos são coordenados de forma complexa para manter o
equilíbrio hídrico e eletrolítico do organismo. Os túbulos renais, principalmente o
túbulo proximal, a alça de Henle, o túbulo distal e o túbulo coletor, são onde
ocorrem os mecanismos de reabsorção. Alguns dos principais mecanismos de
reabsorção são os seguintes: 1. transporte ativo primário; 2. Transporte
secundário ativo; 3. Transporte passivo; 4. Reabsorção de água. Esses
mecanismos funcionam juntos para reabsorver elementos vitais como água,
glicose, eletrólitos e nutrientes, ao mesmo tempo em que eliminam resíduos e
substâncias extras da urina. A coordenação dos processos de reabsorção nos
rins é realizada por meio de diferentes sistemas de regulação, sendo eles: os
hormônios, como a aldosterona, produzida pela glândula adrenal, estimulam a
reabsorção de sódio e água nos túbulos renais. O hormônio antidiurético (ADH),
produzido pela glândula pituitária, aumenta a permeabilidade à água nos túbulos
coletores, promovendo a reabsorção de água. Sistema Renina-Angiotensina-
Aldosterona (SRAA): esse sistema é ativado em resposta à diminuição da
pressão sanguínea ou à diminuição do volume de líquidos no organismo. Ele
promove a liberação de renina pelos rins, o que leva à formação de angiotensina
II e à liberação de aldosterona, resultando em reabsorção aumentada de sódio e
água. Feedback tubuloglomerular: esse mecanismo envolve a regulação da taxa
de filtração glomerular em resposta aos níveis de sódio e pressão arterial nos
túbulos renais. Sistema nervoso autônomo, ele pode influenciar indiretamente a
reabsorção renal através da regulação da liberação de hormônios, como a
noradrenalina, que afeta a atividade do SRAA. Esses sistemas trabalham em
conjunto para garantir a regulação precisa da reabsorção de água e eletrólitos,
mantendo o equilíbrio hídrico e eletrolítico adequado no organismo.

5. Explique a importância da regulação da função renal na homeostase do cálcio e


do fósforo no organismo humano. Quais hormônios estão envolvidos nesse
processo e como eles atuam nos rins?
A concentração de cálcio no líquido extracelular é, normalmente, regulada de
forma precisa, raras vezes apresentando elevação ou baixa de algumas
porcentagens a mais ou a menos do valor normal em torno de 9,4 mg/dL, o que
equivale a 2,4 mmol de cálcio por litro. Esse controle preciso é essencial, já que o
cálcio desempenha um papel fundamental em muitos processos fisiológicos,
incluindo a contração dos músculos esqueléticos, cardíacos e lisos, a coagulação
sanguínea e a transmissão de impulsos nervosos, citando apenas alguns deles. As
células excitáveis, como os neurônios, são sensíveis às alterações das
concentrações do cálcio iônico; assim, aumentos da concentração deste elemento
iônico acima do normal (hipercalcemia) provocam depressão progressiva do
sistema nervoso, enquanto a diminuição dessa concentração (hipocalcemia) causa
mais excitação desse sistema. Uma característica importante da regulação
extracelular do cálcio repousa no fato de que apenas 0,1% deste elemento corporal
total encontra-se no líquido extracelular, cerca de 1% nas células e suas organelas,
e o restante é armazenado nos ossos. Portanto, os ossos podem servir como
amplos reservatórios, liberando cálcio em caso de queda na concentração do
líquido extracelular e armazenando o cálcio, em casos de excesso.
Aproximadamente 85% do fosfato corporal se encontram armazenados nos ossos,
14% a 15% nas células e menos de 1% no líquido extracelular. Portanto, esses dois
minerais desempenham papéis vitais em diversas funções fisiológicas, como a
contração muscular, a coagulação sanguínea, a transmissão nervosa e a formação
óssea. A regulação adequada desses minerais é essencial para prevenir distúrbios
como osteoporose, calcificação de tecidos moles e desequilíbrios metabólicos.
Os principais hormônios envolvidos na regulação dos níveis de cálcio e fósforo
são: Paratormônio (PTH) que é liberado pelas glândulas paratireóides em resposta
à diminuição dos níveis de cálcio no sangue, ele atua nos rins, estimulando a
reabsorção de cálcio nos túbulos renais distais e coletores, aumentando, assim, a
retenção de cálcio pelo organismo. Além disso, o PTH inibe a reabsorção de fosfato
nos túbulos renais proximais, promovendo sua excreção pela urina. Vitamina D,
colecalciferol é a forma ativa da vitamina D, que é produzida na pele em resposta à
exposição solar e é obtida na dieta. Ela atua nos rins para aumentar a absorção de
cálcio e fósforo no intestino, promovendo assim a homeostase desses minerais.
Calcitonina secretada pelas células C da glândula tireoide, é liberada em resposta a
altos níveis de cálcio no sangue. Ela reduz os níveis de cálcio no sangue ao inibir a
atividade dos osteoclastos (células responsáveis pela quebra do tecido ósseo) e
promover a excreção de cálcio pelos rins.
A regulação dos níveis de cálcio e fósforo acontece principalmente nos túbulos
renais, onde esses hormônios controlam a absorção e eliminação desses minerais.
O PTH, por exemplo, estimula a absorção de cálcio nos túbulos renais, ao mesmo
tempo que inibe a absorção de fósforo. Já a calcitonina estimula a eliminação de
cálcio através dos rins. A regulação hormonal e renal se une para manter os níveis
de cálcio e fósforo no sangue em equilíbrio, o que é fundamental para a saúde dos
ossos e o bom funcionamento de outros órgãos no corpo humano.

6. Discuta as principais causas e consequências da insuficiência renal aguda e


crônica. Como essas condições afetam a função renal e a saúde geral do paciente?
Insuficiência renal aguda (IRA): A insuficiência renal aguda é
caracterizada por uma rápida e abrupta diminuição na função renal, ocorrendo em
um curto espaço de tempo, geralmente em questão de horas a alguns dias. Essa
condição é frequentemente associada a um declínio significativo na taxa de filtração
glomerular (TFG), que é a medida da capacidade dos rins de filtrar o sangue. As
causas da insuficiência renal aguda são variadas e podem incluir: Lesão renal
aguda: danos aos rins causados por falta de fluxo sanguíneo adequado, toxinas,
medicamentos nefrotóxicos ou infecções graves. Insuficiência circulatória: Baixa
pressão arterial, choque ou desidratação que afetam o fluxo sanguíneo para os rins.
Obstrução do trato urinário: Bloqueio que impede o fluxo normal de urina dos rins
para a bexiga. Efeitos adversos de medicamentos: Alguns medicamentos podem
prejudicar diretamente a função renal.
As consequências são: desregulação do balanço hídrico, edema, desequilíbrio
eletrolítico, distúrbios ácido-base, hipertensão arterial, entre outros.
A insuficiência renal aguda afeta a função renal por que haverá uma queda da taxa
de filtração glomerular, ocorrendo uma diminuição súbita e muitas vezes dramática
na função dos glomérulos renais, resultando em uma redução na capacidade dos
rins de filtrar e excretar substâncias metabólicas e resíduos, além de uma disfunção
tubular renal, redução na filtração glomerular, a IRA pode resultar em danos aos
túbulos renais, interferindo na capacidade de reabsorção e secreção tubular,
levando a distúrbios eletrolíticos, acidose metabólica e retenção de fluidos, como
citados nas consequências. O acúmulo de toxinas, como resultado da diminuição da
excreção renal, toxinas e produtos metabólicos como ureia e creatinina podem se
acumular no sangue, levando a uremia e outros sintomas associados à intoxicação
urêmica.
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma condição médica em que os rins
perdem gradualmente sua capacidade de funcionar adequadamente durante um
longo período. É uma doença progressiva e irreversível que pode levar a sérias
complicações se não for devidamente tratada. A IRC é uma das principais causas
de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Causas de insuficiência renal
crônica: existem várias causas subjacentes que podem levar ao desenvolvimento da
insuficiência renal crônica. Algumas das principais causas incluem: diabetes
mellitus, hipertensão arterial, doenças renais inflamatórias, doença renal policística,
obstrução do trato urinário, uso prolongado de medicamentos nefrotóxicos, entre
outros.
A insuficiência renal crônica irá afetar a função renal por motivos de: perda
progressiva da função renal, danos estruturais nos rins, complicações sistemáticas,
incluindo distúrbios cardiovasculares, distúrbios ósseos e metabólicos, anemia,
comprometimento imunológico e distúrbios neurológicos.
Tanto a insuficiência renal aguda como a crónica podem ter um impacto
significativo na saúde geral do paciente, mas o impacto pode variar dependendo da
gravidade da doença e da presença de outras comorbidades. Efeitos agudos na
saúde geral: A IRA pode conduzir rapidamente a complicações graves, incluindo
distúrbios eletrolíticos, acidose metabólica, aumento da pressão arterial, edema
pulmonar, disfunção cardíaca e envolvimento de múltiplos órgãos. Quando grave, a
IRA pode evoluir para síndrome hepatorrenal, coagulopatia, encefalopatia urêmica e
até morte. Progressão lenta e efeitos cumulativos: A IRC é uma doença crônica e
progressiva que, ao longo do tempo, pode ter um impacto cumulativo na saúde
geral do paciente. A perda progressiva da função renal pode levar a uma série de
complicações sistêmicas, incluindo doenças cardiovasculares, distúrbios
metabólicos, anemia, doenças ósseas e comprometimento imunológico.

7. Qual é o papel dos túbulos renais na formação de equipamentos de urina?


Descreve os mecanismos envolvidos na reabsorção de água e soluções nessa
região.
Nos túbulos renais acontecem processos complexos que levam à formação
final da urina, que é crítica para a regulação da homeostase de fluidos e
eletrólitos. Os túbulos renais desempenham um papel importante nos rins, pois
são responsáveis por processos importantes na formação da urina e na
regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico do corpo. Os mecanismos
envolvidos na reabsorção de água e solutos são, a reabsorção de água nos
túbulos renais, que é um processo chave na concentração da urina e na
conservação de água no corpo. A maior parte da reabsorção de água ocorre no
túbulo renal proximal, e as células tubulares são altamente permeáveis à água
devido à presença de aquaporinas, canais de água que permitem que a água se
mova livremente passivamente através da membrana celular e ocorra por
osmose após a concentração. No gradiente estabelecido pela presença de
solutos na luz tubular renal, a água é reabsorvida junto com os solutos através
da membrana apical das células tubulares renais e devolvida à circulação
sanguínea através da membrana basolateral. Nos túbulos renais distais e nos
ductos coletores, a reabsorção de água é regulada pelo hormônio antidiurético
(ADH), também conhecido como vasopressina. O ADH aumenta a
permeabilidade das células tubulares renais à água, permitindo que seja
reabsorvida dependendo da pressão osmótica do líquido extracelular e dos
níveis circulantes de ADH. Outro mecanismo é a reabsorção de soluto, a
reabsorção de solutos nos túbulos renais é indispensável para guardar
substâncias úteis como glicose, aminoácidos, eletrólitos e outros compostos
essenciais, ao mesmo tempo que elimina produtos residuais indesejados. No
túbulo renal proximal, a reabsorção de solutos ocorre principalmente através do
transporte ativo secundário, no qual o sódio é cotransportado com outros solutos
(por exemplo, glicose, aminoácidos e fosfatos), explorando o gradiente de
concentração estabelecido pelo transporte de sódio na membrana basal das
células tubulares. Nos túbulos renais distais e nos ductos coletores, a
reabsorção de solutos é regulada por múltiplos hormônios, incluindo a
aldosterona (que aumenta a reabsorção de sódio e potássio) e o sistema renina-
angiotensina-aldosterona (via renina, angiotensina II e renina regulam a pressão
arterial e a reabsorção de solutos). Esses mecanismos enfatizam o papel crítico
dos túbulos renais na formação da urina e na regulação do equilíbrio hídrico e
eletrolítico. A reabsorção seletiva de água e solutos nos túbulos renais é
essencial para manter a homeostase, garantindo que os produtos residuais
sejam excretados enquanto as substâncias essenciais são retidas no corpo.

8. Explique como os enxágues regulam a pressão arterial por meio da excreção de


água e sódio. Quais são os principais mecanismos envolvidos nesse processo?
A regulação da pressão arterial pelo sistema renal, envolve complexos
mecanismos de controle da excreção de água e sódio. Os rins desempenham um
papel crucial na manutenção da homeostase dos fluidos corporais, ajustando a
excreção de água e eletrólitos, particularmente sódio, em resposta a diversas
sinalizações hormonais e nervosas.
Os rins regulam a pressão arterial principalmente através do sistema renina-
angiotensina-aldosterona (SRAA). Quando ocorre uma redução na pressão arterial,
as células justaglomerulares dos rins liberam renina. A renina catalisa a conversão
do angiotensinogênio, um precursor produzido no fígado, em angiotensina I, que é
subsequentemente convertida em angiotensina II pelos enzimas conversoras de
angiotensina nos pulmões. A angiotensina II exerce múltiplos efeitos para aumentar
a pressão arterial. Primeiramente, ela causa vasoconstrição das arteríolas,
aumentando a resistência vascular periférica. Em segundo lugar, estimula a
liberação de aldosterona pelo córtex adrenal. A aldosterona atua nos túbulos
renais, aumentando a reabsorção de sódio e água, o que eleva o volume
sanguíneo e, consequentemente, a pressão arterial. Além disso, a angiotensina II
estimula a liberação de hormônio antidiurético (ADH) pela hipófise posterior, que
aumenta a reabsorção de água pelos túbulos coletores dos rins, contribuindo ainda
mais para o aumento do volume sanguíneo e da pressão arterial. Os rins também
respondem diretamente às variações na pressão arterial através do mecanismo de
filtração glomerular, o aumento na pressão arterial eleva a taxa de filtração
glomerular (TFG), levando a uma maior excreção de sódio e água, um processo
conhecido como natriurese e diurese de pressão. Esse mecanismo ajuda a baixar
a pressão arterial ao reduzir o volume de fluido extracelular. Por outro lado, quando
a pressão arterial diminui, a TFG também diminui, resultando em menor excreção
de sódio e água, conservando o volume de fluido e aumentando a pressão arterial.
Esse sistema de retroalimentação permite ajustes finos na excreção renal de sódio
e água para estabilizar a pressão arterial a curto e longo prazo.
Os enxágues também respondem a outros hormônios, como o peptídeo
natriurético atrial (ANP), que é liberado pelo coração em resposta ao aumento do
volume sanguíneo. A ANP promove a excreção de sódio e água pelos rins,
antagonizando os efeitos do SRAA e ajudando a reduzir a pressão arterial. Em
resumo, os rins regulam a pressão arterial através de um equilíbrio complexo entre
a excreção de sódio e água, mediado por mecanismos hormonais e ajustes na taxa
de filtração glomerular.

9. Como as lesões nos glomérulos renais podem afetar a função dos enxágues?
Discuta as principais características e consequências das glomerulopatias.
As lesões nos glomérulos renais podem ter impactos profundos na função renal
e, consequentemente, no equilíbrio hidroeletrolítico e na regulação da pressão
arterial, os glomérulos são estruturas fundamentais nos rins responsáveis pela
filtração inicial do sangue. Quando essas estruturas sofrem lesões, diversos
processos fisiológicos são afetados, resultando em alterações significativas na
função renal. Essas lesões podem resultar em uma condição chamada
glomerulonefrite, que pode ser causada por várias doenças autoimunes, infecções
ou exposição a toxinas. Essas lesões comprometem a integridade da barreira de
filtração glomerular, levando a várias disfunções. Em síntese, as lesões nos
glomérulos renais têm um impacto direto e significativo na capacidade dos rins de
filtrar o sangue adequadamente.
As glomerulopatias são doenças que afetam os glomérulos renais, estruturas
fundamentais responsáveis pela filtração do sangue e pela formação do filtrado
glomerular, precursor da urina. Essas condições podem ter um impacto significativo
na função renal, comprometendo a capacidade dos rins de regular o equilíbrio
hídrico e eletrolítico do corpo. Por exemplo, alterações na filtração glomerular: os
glomérulos renais desempenham um papel crucial na filtração do sangue,
permitindo que substâncias essenciais sejam retidas no corpo enquanto resíduos
são eliminados na urina. Lesões nos glomérulos podem comprometer essa função,
levando a uma redução na taxa de filtração glomerular (TFG). Em condições como a
glomerulonefrite, a inflamação dos glomérulos pode causar aumento da
permeabilidade capilar, resultando em proteinúria (perda de proteínas na urina) e
hematúria (presença de sangue na urina), além de diminuição na TFG. Síndrome
nefrótica: algumas glomerulopatias, como a síndrome nefrótica, são caracterizadas
por lesões graves nos glomérulos que levam a uma excreção excessiva de
proteínas na urina. Isso pode resultar em baixos níveis de albumina no sangue
(hipoalbuminemia), edema (retenção de líquidos nos tecidos) e aumento dos níveis
de lipídios no sangue (dislipidemia), entre outras manifestações. Em contrapartida, a
síndrome nefrítica é marcada pela inflamação dos glomérulos, resultando em
sintomas como hematúria, oligúria (diminuição da produção de urina), hipertensão
arterial e, em casos graves, insuficiência renal aguda. Essas glomerulopatias podem
ter diversas causas, incluindo doenças autoimunes, infecções bacterianas ou virais.
Glomerulopatias primárias e secundárias: as glomerulopatias podem ser
classificadas como primárias, quando a lesão afeta diretamente os glomérulos, ou
secundárias, quando são decorrentes de outras condições, como diabetes mellitus,
lúpus eritematoso sistêmico, hipertensão arterial ou doenças infecciosas. O
tratamento das glomerulopatias pode envolver uma combinação de abordagens
terapêuticas, incluindo o uso de medicamentos imunossupressores,
corticosteróides, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) ou
bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA), dependendo da causa
subjacente e das manifestações clínicas da doença. É fundamental identificar e
tratar essas condições precocemente para prevenir complicações graves e
preservar a função renal a longo prazo.

10. Descreva os efeitos da diabetes mellitus nos rins e na função renal. Quais são
os principais mecanismos pelos quais o diabetes pode causar danos aos rins?
A diabetes mellitus é uma doença crônica que pode afetar significativamente os
rins e a função renal. A diabetes mellitus, uma condição crônica, pode exercer
impactos significativos nos rins, afetando sua função ao longo do tempo. Os efeitos
da diabetes nos rins são frequentemente associados a complicações renais
conhecidas como nefropatia diabética, tornando-se uma das principais causas de
doença renal crônica em pacientes diabéticos. A nefropatia diabética é uma das
principais causas de doença renal crônica em pacientes diabéticos e pode progredir
para estágios mais avançados, como a insuficiência renal crônica e a necessidade
de diálise ou transplante renal. Os principais mecanismos de lesão renal na diabetes
são, hiperglicemia sostenida, a hiperglicemia crônica, característica da diabetes
mellitus, pode causar danos aos pequenos vasos sanguíneos dos rins, resultando
em lesões nos glomérulos renais. Aumento da pressão arterial, a diabetes pode
levar a um aumento da pressão arterial, o que exerce uma pressão adicional sobre
os glomérulos renais, contribuindo para a progressão da nefropatia diabética. Lesão
endotelial e inflamação, a hiperglicemia crônica pode levar a lesões no endotélio
dos vasos sanguíneos renais e à ativação de processos inflamatórios nos rins,
contribuindo para a fibrose e disfunção renal. Acúmulo de produtos finais da
glicação avançada (AGEs), os produtos finais da glicação avançada são
substâncias que se acumulam nos tecidos em resposta à hiperglicemia crônica e
podem desempenhar um papel na progressão da nefropatia diabética. Ativação do
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA), a diabetes pode levar à ativação
do SRAA, resultando em vasoconstrição dos vasos sanguíneos renais, retenção de
sódio e água, e fibrose renal, contribuindo para a progressão da doença renal.
Lesão tubular, além dos glomérulos, a diabetes também pode causar lesões nos
túbulos renais, afetando a capacidade de reabsorção e excreção de substâncias, o
que pode levar à perda progressiva da função renal. Esses são alguns dos
principais mecanismos pelos quais a diabetes mellitus pode causar danos aos rins e
comprometer a função renal. O entendimento desses mecanismos é de suma
importância para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento da
nefropatia diabética, visando à preservação da função renal e à melhoria da
qualidade de vida dos pacientes diabéticos.

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