E-Book Geekie - Metodologias Ativa 2022
E-Book Geekie - Metodologias Ativa 2022
E-Book Geekie - Metodologias Ativa 2022
METODOLOGIAS
DE APRENDIZAGEM
ATIVA PARA NÃO
ESQUECER MAIS!
Você já deve ter ouvido o termo “estudante autônomo(a)” ou a “formação integral do(a)
estudante”. Despertar o interesse dos(as) estudantes pelo conhecimento e cumprir com essas
premissas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) são responsabilidades da escola, da
coordenação e de seus educadores e suas educadoras. Muitas são as formas de incentivar o
aluno ou a aluna ao aprendizado mais significativo, de modo que todos(as) e todas se sintam
donos(as) da construção de seus conhecimentos e tenham mais prazer em estudar.
Então, como é possível promover uma educação voltada para a compreensão? Pensando
nesse desafio, reunimos neste livro um conjunto de práticas educacionais contemporâneas
fundamentais para tornarmos nossos(as) estudantes protagonistas de seu próprio
conhecimento: é o caso das rotinas de pensamento do Project Zero, organização educacional
da Harvard Graduate School of Education, e das metodologias ativas.
Temos, com isso, o intuito de ajudar você nessa jornada rumo a uma aprendizagem mais
ativa, visível, conectada e personalizada. Para isso, apresentamos um material prático
para ser lido, estudado e consultado constantemente. Em cada seção você encontrará a
contextualização e a descrição necessárias para entender a estrutura e a proposta de cada
prática, rotina e metodologia ativa que elencamos. O objetivo, aqui, não é apenas apresentar
um passo a passo de como colocar essas estratégias em prática, mas também refletir sobre o
potencial de cada uma delas para o processo de aprendizagem dos(as) estudantes de
sua escola.
Logo, esperamos que este e-book gere momentos ricos de aprendizagem e trocas
de experiências entre gestão, coordenação e docentes. Quando a colaboração e a
corresponsabilidade pela aprendizagem dos(as) estudantes é a prioridade máxima, todos(as)
podem brilhar juntos e juntas.
Boa leitura!
Equipe Geekie
7. Práticas ativas
Questionamentos
Dê um, pegue um
8. Rotinas de pensamento
Ver-Pensar-Perguntar
Conversa de papel
Manchete
Antes eu pensava… Agora eu penso...
Cor-Símbolo-Imagem
O que faz você pensar assim?
Pensar, Trocar e Compartilhar
9. Metodologias ativas
Sala de aula invertida
Rotação por estações
Quebra-cabeça
Design thinking
10. Quais são os benefícios das metodologias de aprendizagem ativa para o(a)
professor(a)? E para o(a) estudante?
12. Referências
13. Posfácio
De acordo com Ron Ritchhart, nossas mentalidades são desenvolvidas por nossas interações
com outros indivíduos nas situações de aprendizagem. Elas podem promover ou limitar o
desenvolvimento de uma mentalidade de crescimento. Estudantes que desenvolvem uma
mentalidade de crescimento aprendem que são capazes de ter sucesso em todas as áreas,
se se esforçarem.
Portanto, quando criamos oportunidades desafiadoras para nossos(as) estudantes, eles e elas
desenvolvem a habilidade de focar no processo de aprendizagem, e não no resultado final
(Ron Ritchhart, 2015).
Portanto, a cultura que criamos define como a aprendizagem ocorrerá. É necessário envolver
nossos(as) estudantes em experiências de aprendizagem que desenvolvam suas habilidades
cognitivas e socioemocionais, a fim de ajudá-los(as) a construir sua própria compreensão. De
acordo com Lev Vygotsky (1978), “as crianças se desenvolvem a partir do meio intelectual em
que convivem.”
Existem forças culturais que impactam a criação de uma cultura de pensamento, ou seja,
uma comunidade de aprendizagem entre educadores(as), estudantes e famílias. Expectativas,
linguagem, oportunidades, interações, rotinas, tempo, orientações e ambiente são indicadores
de cultura. Todos esses fatores são forças que podem promover ou dificultar a nossa
evolução como aprendizes.
Aprendizado do estudante:
Aprendizagem é a aquisição de novos saberes que permite ao(à) aprendiz construir ideias,
oportunidades, relações éticas e ações que o(a) transformam e lhe permitem transformar a
sociedade em que vive. Ela acontece por meio do desenvolvimento dos big understandings,
ou, em português, dos “grandes entendimentos” (David Perkins, Future Rise, 2014).
Reflita sobre as seguintes descrições dos grandes entendimentos. Com relação ao conteúdo,
de que forma os temas principais podem transformar as ideias, as ações, as relações éticas
e as oportunidades de aprendizagem dos(as) estudantes? Que ações podemos tomar para
garantir que isso ocorra em nossas aulas?
Essas formas de pensamento devem ser trabalhadas, por exemplo, por meio das rotinas de
pensamento nas aulas, para desenvolver as habilidades cognitivas e socioemocionais dos(as)
estudantes. Desta forma, conseguimos mapear o pensamento dos(as) estudantes, ou seja,
tornar a aprendizagem mais significativa.
Referência: Mapa de compreensão por Ron Ritchhart, Cultures of Thinking Project, Project Zero.
[Imagem e tradução da Geekie]
As evidências são criadas para mensurar se esses objetivos estão sendo atendidos.
Em outras palavras, nossas práticas devem fornecer as evidências necessárias para avaliar
se os objetivos de aprendizagem foram contemplados. Mas lembre-se de que, na realidade,
a aprendizagem em sala de aula não é linear: as práticas e evidências coexistem.
PLANEJAMENTO EM 3 ETAPAS
6
aprendizagem ativa: prá-
ticas, rotinas e metodolo-
gias ativas
AS METODOLOGIAS DE
APRENDIZAGEM ATIVA
Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se
envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que devam tomar decisões e avaliar os
resultados, com o apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam
experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa.
Referência: José Moran, Mudando a educação com metodologias ativas; Disponível em:
www2.eca.usp.br/moran.
Pensando em sua realidade, quais fatores e/ou forças influenciam sua decisão de aplicar
essas metodologias em suas aulas? Será possível mudar essa mentalidade? O que te faz
pensar isso?
METODOLOGIAS DE APRENDIZAGEM
AS PROGRESSÕES DE FLEXIBILIDADE E COMPLEXIDADE/AUTONOMIA
Turmas pequenas
Turmas grandes
I) Questionamentos
O que é?
Que conexões você poderia fazer entre… ? O que faz você pensar assim?
O que mudou a respeito do que você pensava até agora? Você pode elaborar mais?
Quais são as semelhanças e/ou diferenças que você encontrou entre Você pode explicar seu raciocínio?
esse conceito e o outro?
O diálogo com base nas perguntas cria oportunidades para construir ideias ou fornecer
argumentos e elaborações, além de considerar outros pontos de vista. Os(As) estudantes
podem registrar suas reflexões de várias maneiras, por exemplo, no caderno, em Post-its,
no campo de anotações do Geekie One (se for possível) ou utilizando aplicativos educacionais
como Google Docs, Google Classroom, Padlet etc.
Exemplo das perguntas facilitadoras na prática: como essa rotina promove o desenvolvimento
de argumentos e elaborações?
Reflita sobre as seguintes perguntas facilitadoras que se relacionam com as 8 forças culturais.
Elas nos ajudam a exercitar a mentalidade de crescimento no nosso dia a dia e nos incentivam
a elaborar práticas a favor da aprendizagem.
O que é?
Essa prática incentiva a troca de aprendizados entre colegas. A escuta ativa é desenvolvida
por meio das conexões feitas às ideias discutidas. Dê um, pegue um estimula a participação
de modo que os(as) estudantes compartilhem e desenvolvam colaborativamente o
conhecimento sobre um tópico.
Passos
• Os(as) estudantes se revezam compartilhando suas ideias com seu par (etapa “dar”)
e anotam (ou “pegam”) algo que aprenderam ou que chamaram sua atenção durante
as discussões.
• Após alguns minutos, o(a) professor(a) sinaliza para encontrar um novo par e o processo
se repete.
Essa prática pode ser aplicada para gerar novas ideias sobre um tópico, revisar os principais
conceitos após uma unidade de estudo ou coletar evidências em resposta às perguntas de
interpretação do texto.
Nessa prática, as discussões com base na provocação, fornecem oportunidades para cons-
truir explicações, considerar diferentes pontos de vista e desenvolver a escuta. As discussões
feitas, além do registro de novas ideias, permitem ao(à) professor(a) coletar evidências dos
aprendizados que os(as) estudantes estão construindo.
Turmas pequenas
Turmas grandes
APROFUNDAR AS IDEIAS
O que faz você pensar isso? Construir explicações, justificar e Estimular o compartilhamento de
raciocinar com evidências. interpretações; considerar diferentes
perspectivas.
Use essa rotina na introdução de um assunto para motivar o interesse da turma e captar o
conhecimento prévio dos(as) estudantes.
Passos
Peça ao(às) estudantes que façam observações sobre um objeto (por exemplo, pode ser
uma obra de arte, uma imagem, uma peça artesanato ou até mesmo um assunto) e siga com
uma conversa sobre as reflexões feitas. Eles e elas podem discutir cada passo da rotina em
duplas ou em pequenos grupos, baseando-se no pensamento dos(as) outros(as). Convide
voluntários(as) para compartilhar suas ideias ou as ideias de seu grupo.
No passo ver, peça à turma que liste apenas as coisas que ela vê, que seja descritiva,
sem fazer interpretações. No passo pensar, peça à turma que diga o que ela vê que está
acontecendo no objeto. E, por último, no passo perguntar, peça à turma que crie perguntas
ou questionamentos com base em suas reflexões no passo anterior.
Exemplo 1
Capítulo do Geekie One: Sistema Sol, Terra e Lua por 8º ano
Exemplo 2
Day and Night por MC Escher, 1938. Explorando como usar uma imagem
nas diferentes conteúdos.
Conversa de papel
O que é?
Conversa de papel é uma rotina praticada nas aulas de Educação Digital. Essa rotina estimula
a discussão aberta no papel, incentivando a turma a considerar ideias, questões ou problemas
apenas respondendo por escrito em um papel suas impressões iniciais e considerações sobre
o pensamento de outras pessoas.
Use essa rotina para gerar ideias, construir hipóteses, incentivar o questionamento e
considerar outras perspectivas. A discussão aberta no papel garante que todas as vozes
sejam ouvidas. Desta forma, essa rotina facilita a manifestação daquelas pessoas que não
se sentem confortáveis em falar para toda a turma.
• Separe pelo menos três papéis grandes e escreva, em cada um, uma pergunta, um tópico
ou um conceito sobre o tema a ser trabalhado. Espalhe os papéis em diferentes mesas em
diferentes locais da sala.
• Incentive a turma a rodar novamente pelos cartazes e a refletir sobre quais conexões
podem estabelecer com as ideias das outras pessoas, anotando-as no cartaz.
• Disponha os cartazes para toda a turma, de modo que todos(as) possam apreciá-los
por um tempo. Em seguida, abra a discussão.
• Consolide, com a turma, as conclusões a respeito das ideias, das questões e dos
problemas trabalhados.
O objetivo dessa rotina é incentivar uma discussão silenciosa sobre o tópico, a ideia ou o
problema em estudo. Lembre-se de que, para criar um ambiente seguro, é importante não
julgar as reflexões de outras pessoas. Este é um momento para expressar abertamente suas
impressões iniciais e aprender com o pensamento dos(as) outros(as).
Opcional: Colocar uma música suave de fundo para criar um ambiente descontraído.
Nessa rotina, o diálogo escrito no papel fornece oportunidades para construir explicações
e considerar diferentes pontos de vista. Ela incentiva a participação dos(as) estudantes
que ainda não têm muita facilidade para expor suas ideias oralmente. Os cartazes podem
ser afixados na parede; desta forma, a turma pode revisitar a “Conversa de papel” ao
longo da unidade em estudo, relacionando os pontos discutidos na rotina aos conceitos
trabalhado nas aulas.
O que é?
Essa rotina lembra a ideia de manchetes jornalísticas como modo de resumir e capturar a
essência de um assunto, conceito ou ideia.
Use essa rotina para ajudar os(as) estudantes a capturarem a essência do assunto que
está sendo estudado ou discutido. Isso pode levá-los(as) resumir os assuntos e a chegar a
conclusões experimentais.
Passos
Se você precisasse escrever um título (como manchetes de jornais) para este tópico,
com a intenção de registrar o aspecto mais importante a ser lembrado, qual seria?
• Uma segunda questão explora como o pensamento sobre o tópico mudou no decorrer
do tempo:
Como ficaria o seu tema baseado na discussão de hoje? Como ele se diferencia do que
você teria dito?
Essa rotina é especialmente adequada para o final de uma discussão em aula ou uma
sessão em que os(as) estudantes exploraram um tópico e adquiriram novas informações
e/ou opiniões. Lembre-se de que uma manchete é um título que descreve o aspecto mais
importante a ser lembrado.
As respostas dos(as) estudantes a essa rotina podem ser registradas em uma lista, para
que o(a) professor(a) e os(as) estudantes possam avaliá-las posteriormente e extrair delas
interpretações ou conclusões. Elas também podem ser registradas no caderno ou no campo
de anotações do Geekie One (se for possível).
Exemplo da rotina na prática: Como essa rotina promove a compreensão da ideia central?
Se você precisasse escrever uma manchete de jornal para o design thinking com a
intenção de registrar o aspecto mais importante a ser lembrado, qual seria?
Exemplo 2
Bett Educar 2019 - Participantes na formação de aprendizagem ativa colaboram para
capturar a essência das práticas ativas.
O que é?
Essa rotina estimula uma reflexão sobre os aprendizados e as mudanças provocadas após o
trabalho em torno de um assunto.
Use essa rotina para que os(as) alunos(as) reflitam sobre o seu atual entendimento sobre um
tópico e como ele mudou ao longo do tempo.
Passos
• Peça para os(as) estudantes refletirem sobre como o seu entendimento do tópico em
estudo mudou, com base no que foi visto, discutido e/ou debatido.
• A seguir, peça que completem estas frases baseados(as) nas suas reflexões:
Antes eu pensava…
Agora eu penso…
As novas ideias, conexões, entendimentos etc. sobre um tópico, temo ou conceito evidenciam
o aprendizado dos(as) estudantes. Eles(as) podem registrar suas reflexões no caderno, em
Post-its ou no campo de anotações do Geekie One (se for possível).
Exemplo 1
Uma aluna do 4° ano reflete sobre a sua experiência ao visitar o Sítio do Carroção, Tatuí (SP).
Exemplo 2
O time Pedagógico da Geekie aplicou essa rotina para direcionar seu pensamento e, como
resultado, foi capaz de se aprofundar em como nossa linguagem pode influenciar a forma
como escrevemos o conteúdo para o Geekie One.
O que é?
Essa rotina incentiva a comunicação não verbais de ideias. Ela ajuda a capturar a essência
de uma ideia por meio de metáforas. “Cor-Símbolo-imagem” desperta a criatividade e novas
formas de pensar e, por sua vez, aprofundando a compreensão do tema ou conceito em
estudo.
Use essa rotina para melhorar a compreensão de ler, ouvir ou assistir. Ela também pode ser
usada para estimular uma reflexão sobre aprendizados anteriores. A síntese acontece quando
os(as) estudantes selecionam uma cor, um símbolo e uma imagem para representar três
ideias importantes.
Passos
» Se você fosse escolher uma COR, para uma delas que represente
ou capture a essência dessa ideia, qual seria?
» Se você fosse escolher um SÍMBOLO, para outra que represente ou
capture a essência dessa ideia, qual seria?
Essa rotina também facilita a discussão de um texto ou evento à medida que os(as)
estudantes compartilham suas cores, seus símbolos e suas imagens. Lembre-se de que o
objetivo é capturar a essência de uma ideia por meio das formas não verbais. Ser criativo(a)
é fundamental para a execução dessa rotina, a fim de desenvolver a compreensão dos
conceitos aprendidos.
Você pode diferenciar um símbolo de uma imagem da seguinte maneira: um símbolo é algo
simples, por exemplo, um número, um sinal de pontuação ou um ícone. Um símbolo também
pode ser um desenho descomplicado, como duas linhas cruzadas para indicar uma interseção
de ideias ou um círculo para representar totalidade ou completude. Enquanto uma imagem
é algo mais complexo e totalmente desenvolvido do que apenas um símbolo. Uma imagem
pode ser um desenho detalhado.
Essa rotina estimula uma sintetização dos aprendizados após o trabalho em torno de um
tema após desenvolver um trabalho de estudar um conceito. As novas ideias, entendimentos,
conexões, insights etc. evidenciam o aprendizado dos(as) estudantes. Eles(as) podem usar
papel e canetas coloridas para responder às perguntas da rotina “Cor-Símbolo-Imagem” ou
podem falar sobre cada escolha, explicando primeiro a cor, depois o símbolo e por último,
a imagem. O uso de ferramentas digitais também pode ajudar a criar maiores conexões com
a aprendizagem. Incentive seus(as) estudantes a serem criativos(as)! “O que faz você pensar
isso?” também serve para complementar a rotina “Cor-Símbolo-Imagem”. Pode ser feita de
forma escrita e/ou oral para ajudar a construir as explicações.
Como essa rotina ajuda a capturar a essência de uma ideia por meio das metáforas?
Exemplo 1
Estudantes do 5° ano estudavam as etapas que orientam o planejamento de uma história.
A professora pediu à sua turma que escolhesse uma etapa e descrevesse sua importância
para o desenvolvimento de um conto por meio da rotina, “Cor-Símbolo-Imagem”.
O que é?
Essa rotina promove a justificação e o raciocínio com base em evidências.
Passos
• Pergunte à turma “O que faz você pensar assim?”, para ajudá-los(as) a construir suas
explicações.
• Faça uma segunda pergunta: “Com base em que você pensou isso?”, para que ela possa
construir seus argumentos.
Essa rotina solicita aos(às) estudantes que descrevam algo, como um objeto ou conceito,
e que apoiem sua interpretação com evidências. A natureza flexível dessas perguntas as torna
úteis na observação de objetos como obras de arte ou artefatos históricos, mas elas também
podem ser usada para explorar um poema, fazer observações, desenvolver hipóteses
científicas ou investigar ideias mais conceituais (ex. democracia).
A rotina pode ser adaptada a qualquer contexto e também pode ser útil para coletar
informações sobre o entendimento geral dos(as) estudantes ao introduzir um novo tópico
ou conceito. Ela serve também para complementar as outras rotinas. Pode ser feita de forma
escrita e/ou oral.
Como esse assunto é muito importante para a aula de Geografia, vamos ajudá-lo(a) a
entender melhor as informações contidas no gráfico.
Investigue!
2. Você consegue identificar três conjuntos de dados numéricos nesse gráfico? O que
cada um desses conjuntos representa no contexto do gráfico?
3. Você acredita que, de acordo com os dados apresentados, a situação na Terra estaria
melhorando ou piorando? O que faz você pensar assim?
O que é?
Essa rotina promove a compreensão por meio de raciocínio e elaborações do(a) esdutante.
Use essa rotina para que os(as) alunos(as) reflitam sobre algo, como um problema, uma
questão ou um tópico - e depois articularem os pensamentos em duplas ou pequenos grupos.
Ela incentiva os(as) estudantes a considerarem as diferentes perspectivas por meio da escuta
ativa e da troca de ideias.
Passos
Essa rotina pode ser aplicada a qualquer momento da aula, por exemplo. Ao abordar uma
solução; resolver um problema de matemática, antes de um experimento científico;
ou depois de ler um trecho ou capítulo de um livro. Peça à turma que eles e elas pensem
em uma pergunta e, depois, procurem um(a) colega para compartilhar seus pensamentos.
Os(As) estudantes também podem formar pequenos grupos. Dependendo do contexto,
algumas vezes você precisará que as duplas ou os grupos resumem suas ideias para
toda a turma.
Ao longo dos workshops de Aprendizagem Ativa, apresentados pelo Geekie One, os(as)
professores(as) participantes receberam tarefas que os(as) orientavam a escolher uma das
metodologias de aprendizagem ativa (práticas, rotinas de pensamento ou metodologias
ativas) aplicadas nos workshops e experimentá-la nas aulas. Utilizamos a rotina “Pensar,
Trocar e Compartilhar”, para discutir qual era a intencionalidade pedagógica ao escolher
a metodologia.
DINÂMICA
Turmas pequenas
Turmas grandes
Elas são estratégias de inovação em sala, ajudam a despertar o interesse dos(as) estudantes
pelo conhecimento fazendo-os(as) sentirem donos(as) do conteúdo. As metodologias ativas
incentivam a criação de um ambiente em que diferentes conteúdos se tornem relevantes,
aplicáveis, por meio de dinâmicas adequadas ao contexto da turma.
Quebra-cabeça
Design thinking
Na sala de aula invertida (ou flipped classroom, em inglês), os(as) alunos(as) estudam os
conteúdos previamente, de forma assíncrona, com o uso de materiais diversos: videoaulas,
textos, podcasts etc.
Esse método serve como introdução aos temas que, mais adiante, serão aprofundados com
professores(as) e colegas. Essa estrutura promove o desenvolvimento de uma aprendizagem
ativa e investigativa, além de ressignificar o papel do(a) estudante, transformando-o(a) em
protagonista do processo.
“Os alunos aprendem o conteúdo em suas próprias casas, por meio de videoaulas ou outros
recursos interativos, como games ou arquivos de áudio. A sala de aula é usada para a
realização de exercícios, atividades em grupo e realização de projetos. O professor
aproveita para tirar dúvidas, aprofundar no tema e estimular discussões”
(Porvir, É a combinação do aprendizado online com o offline, 18 de julho de 2013).
VÍDEOS
1º PASSO
O conteúdo é introduziso aos(às) alunos(as) antes
FÓRUNS
da aula presencial - uo seja, o primeiro contato
é virtual, através de vídeos, videaulas, resumos
que podem ser explorados individualmente.
EXTRAS
2º PASSO
Em sala de aula, os(as) alunos(as) tiram dúvidas e o
professor propõe e orienta projetos, atividades
DÚVIDAS
e debates acerca do tema. O momento presencial,
portanto, deve não só trazer conteúdos, mas
desenvolver habilidades intra e interpessoais.
PROJETOS
DEBATES
3º PASSO
O(A) aluno(a) rever o material caso tenha dificuldade,
além de fazer outras pesquisas que aprofundem
o tema estudado de acordo com seu interesse.
Esse é o momento em que ele(a) vai levantar as ATIVIDADES
dúvidas, comentários e complementos que
levará à sala de aula.
CONSTRUÇÃO DO
AUTOMOTIVAÇÃO
CONHECIMENTO
CRIATIVIDADE COLABORAÇÃO
AUTONOMIA ORGANIZAÇÃO
Individual
Colaborativa
Diretiva
Para cada uma das estações de aprendizado, o(a) professor(a) elabora atividades distintas
e determina evidências para cada uma das estações para a conferência da aprendizagem.
Por exemplo, o uso das práticas ativas e/ou rotinas de pensamento nas estações facilita as
discussões e/ou direciona o pensamento dos(as) estudantes, permitindo ao(à) professor(a)
coletar evidências dos aprendizados que eles(as) estão construindo.
Use essa metodologia para promover tanto o processo de estudo individual como o de
compartilhamento de conhecimento com os(as) colegas. Isso requer que cada estudante
compreenda o material trabalhado em um nível mais aprofundado para que possa se engajar
em discussões, na solução de problemas e na aprendizagem.
Passos
1. Dividir times de origem:
• Divida as(os) estudantes em pequenos grupos, dando a cada participante de cada grupo
um número (1, 2, 3, 4… a depender do número de divisões do conteúdo). Esses grupos serão
denominados times de origem.
• Os(As) estudantes ganham tempo para estudar seu tópico de forma independente,
sintetizando as informações e determinando as ideias-chave. Eles(as) podem registrar seus
pensamentos no caderno ou no Geekie One.
• A seguir, peça que cada participante dos times de origem se reúna com os(as) demais
participantes dos outros times de número semelhante ao seu e que estão se aprofundando
no mesmo tópico. Serão formados novos grupos com estudantes de mesmo número
(todos(as) de número 1 se reúnem, todos(as) de número 2 etc.). Eles serão chamados grupos
de especialistas.
• De mesma forma que a estação de colaboração em rotação por estações, cada grupo
de especialistas trabalhará em conjunto para aprofundar seu conhecimento de sua “peça” do
“Quebra-cabeça”. Por exemplo: anotações são comparadas, perguntas esclarecedoras são
feitas, ideias-chave são determinadas, diferentes perspectivas são compartilhadas, conclusões
são feitas de forma colaborativa etc.
A METODOLOGIA DO QUEBRA-CABEÇA
• Escolha uma pessoa para marcar o tempo; por exemplo: cada participante especialista terá
5 minutos para dar a sua “aula”.
• Os times podem criar uma representação visual e/ou usar uma rotina de pensamento para
sintetizar os novos aprendizados. Se houver tempo ao final da aula, cada time apresentará
sua aprendizagem para a turma.
A METODOLOGIA DO QUEBRA-CABEÇA
• O(A) professor(a) pode avaliar o time com base na síntese visual e/ou escrita das ideias-
chave apreendidas nas “aulas” de cada participante especialista. A avaliação individual pode
assumir a forma de questionário, prova, tarefa ou projeto para avaliar a compreensão de
cada estudante sobre o conteúdo aprendido por meio da aprendizagem cooperativa em
pequenos grupos.
Explicar
Analisar
Analisar
Descrever
Use o design thinking para buscar a resolução de problemas complexos de forma mais
simples, propondo uma nova maneira de pensar, baseada nos valores da empatia,
colaboração e experimentação.
Empatia: Centrado no ser humano, o design thinking nos ajuda a desenvolver uma profunda
empatia e o entendimento das necessidades e motivações do(a) outro(a).
Entender as
Como podemos Gerar ideias que Contruir protótipos Testar a experiência
necessidades
delimitar a principal podem servir como para tornar as ideias do público-alvo diante
e motivações
oportunidade? soluções tangíveis do protótipo
do(a) outro(a)
O design thinking estimula novas formas de pensar e diferentes ideias são desenvolvidas por
meio de um processo focado na descoberta, na ideação e na experimentação.
Agora chegou o momento de construir a melhor versão possível da sua ideia para
testar no ambiente escolar. É possível tangibilizar uma ideia de várias maneiras,
porém, é importante escolher a forma que mais se adéqua à solução desejada.
Nesta etapa, queremos validar a experiência das pessoas diante do protótipo que foi
construído. Queremos entender como a pessoa se sente, descobrir quais benefícios
ou problemas ela percebe e de que maneira a experiência potencializa o seu
aprendizado. A validação é muito mais focada na pessoa e em sua experiência de
uso do que na solução.
Leitura complementar…
Leia o artigo que publicamos no InfoGeekie para saber mais sobre como utilizar o
design thinking promoção de uma aprendizagem personalizada: Design thinking na
aprendizagem personalizada
Toda essa tarefa, sobre a qual escolas, educadores e educadoras estão se debruçando para
encontrar caminhos, é potencializada pelo uso de metodologias, rotinas e práticas ativas em
sala de aula. Isso acontece porque o foco se desprende do ensino tradicional e posiciona o
aluno e a aluna no centro do processo. Eles e elas estabelecem vínculos com a aprendizagem
de maneira mais significativa.
Não se trata mais de apenas consumir, sem reflexão nem ação, uma série de conteúdos
transmitidos ao longo de tantos anos em um modelo passivo de aquisição de conhecimento.
O imperativo, agora, é dar a autonomia necessária, criar significados e vínculos entre o
conhecimento e as demais competências, habilidades e demandas da vida.
Esperamos que o conteúdo deste e-book, fruto de nossos estudos e estratégias pedagógicas,
tenha ajudado você a desenvolver e aperfeiçoar suas práticas. Fique à vontade para
compartilhar este material e seu aprendizado com outros educadores e outras educadoras,
afinal, são iniciativas como essa que colaboram para uma melhoria do ensino como um todo.
Por meio delas, a intenção pedagógica por trás de cada atividade, do emprego de dispositivos
digitais, das formações de professores e professoras é evidente, trazendo à tona o brilho
individual de cada estudante, docente, família, coordenadores(as) e gestores(as) da
comunidade escolar.
Conheça mais como o Geekie One pode tornar a aprendizagem de sua escola ainda mais
ativa e sustentada na inteligência de dados que só a Geekie tem.