Ética Social - Ana

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

FALE DA LIBERDADE DA PESSOA TENDO EM CONTA: O vínculo da


liberdade com a verdade e a lei natural.

Ana Joaquim Vaz: 708221788

Curso: Ensino de Português


Disciplina: Ética Social
Docente:
Ano de Frequência: 3o ano

Gurué, Maio de 2024


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos ............................................................................................................................ 4

1.2. Metodologia ......................................................................................................................... 4

2. Liberdade da pessoa tendo em conta: o vínculo da liberdade com a verdade e a lei natural. 5

2.1. Conceito da liberdade .......................................................................................................... 5

2.2. Importância e limites da liberdade; ..................................................................................... 5

2.3. Diferença entre liberdade e libertinagem............................................................................. 6

2.4. Relação existente entre liberdade e a verdade, tendo em conta a lei natural. Em que consiste
a lei natural. ................................................................................................................................ 6

2.5. Dignidade da pessoa humana .............................................................................................. 7

2.5.1. Conceito da dignidade da pessoa humana ........................................................................ 7

3. Conclusão ............................................................................................................................. 10

4. Referências Bibliográficas .................................................................................................... 11


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1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre fale da liberdade da pessoa tendo em conta: o vínculo da
liberdade com a verdade e a lei natural. A liberdade é então inteiramente necessária neste
processo de procura quotidiana da verdade relativa, circunstancial, seja ela científica, religiosa,
espiritual, existencial ou qualquer outra. Nenhum ser humano se pode arrogar o direito a ter
acesso privilegiado à verdade total. A lei natural é precisamente o conjunto de fins aos quais o
homem é naturalmente inclinado, na medida em que esses fins estão presentes na razão como
princípios para o ordenamento racional da ação. A dignidade da pessoa humana é um conceito
fundamental que permeia todas as esferas da vida. É uma ideia que busca garantir o respeito e
a valorização de cada indivíduo, independentemente de sua origem, raça, gênero, religião ou
qualquer outra característica. Neste artigo, vamos explorar o que consiste a dignidade da pessoa
humana e sua importância na sociedade atual. A dignidade da pessoa humana é um dos
princípios fundamentais estabelecidos na Constituição Federal de 1988. Esse princípio é de
extrema importância, pois reconhece que todos os indivíduos possuem direitos e devem ser
tratados com respeito e consideração.
O presente trabalho obedece a seguinte estrutura: Uma Introdução, objectivos, metodologia,
desenvolvimento, conclusão e referência bibliografia.
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1.1.Objectivos
Geral:
 Conhecer a liberdade da pessoa tendo em conta: o vínculo da liberdade com a verdade e a
lei natural.
Específicos:
 Conceituar a liberdade, sua importância e limites da liberdade;
 Descrever a diferença entre liberdade e libertinagem. Como é entendido a liberdade nos dias
de hoje;
 Explicar sobre a dignidade da pessoa humana, e o conceito da dignidade da pessoa humana;
 Apresentar a relação que existe entre liberdade e a verdade, tendo em conta a lei natural. E
fale em que consiste a lei natural.

1.2.Metodologia

Metodologia é o campo em que se estuda os melhores métodos praticados em determinada área


para a produção do conhecimento (Ludke e André,1999). Para estes autores a pesquisa pode ser
diferenciada quanto à natureza, aos métodos (ou abordagens metodológicas), quanto aos
objectivos e quanto aos procedimentos.
Para o presente trabalho foram usados uns elementos constituintes do processo metodológico
que de certa maneira contribuiu a realização do mesmo, a consulta bibliográfica que envolve a
leitura e análise de informação adquirida.
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2. Liberdade da pessoa tendo em conta: o vínculo da liberdade com a verdade e a lei


natural.
2.1. Conceito da liberdade

Aristóteles, citado por Osmar Mackeivicz (2003, p. 89), analisa que: “A liberdade é a
capacidade de decidir-se a si mesmo para um determinado agir ou sua omissão”.
Logo, liberdade é o princípio para escolher entre alternativas possíveis, realizando-se como
decisão e ato voluntário.
Liberdade é classificada pela filosofia, como a independência do ser humano, autonomia, auto-
determinação, espontaneidade e intencionalidade. A liberdade pode ser entendida em um
sentido amplo ou mais restrito, pensado como liberdades e definidas pelo Direito.

2.2. Importância e limites da liberdade;


A liberdade é essencial para promover a criatividade, inovação e diversidade na
sociedade. Quando as pessoas são livres para tomar decisões e agir de acordo com sua
própria vontade e consciência, isso leva a uma sociedade mais dinâmica e vibrante. Todo
ser humano, em algum momento da vida, haverá de duvidar da existência da liberdade.
No entanto, ninguém pode duvidar de que à natureza humana é formada essencialmente
pela liberdade. Ou seja, a liberdade é condição fundamental da vida humana. Se não fosse
a liberdade seríamos qualquer coisa, menos seres humanos. Nesse sentido, somos o que
somos pela liberdade. E o que vem a ser liberdade? Liberdade é a condição de autonomia
do sujeito. É poder dizer não quando todos dizem sim. (Osmar Mackeivicz .2003,p.76).

A liberdade é a matéria prima da felicidade humana. Quem é livre tem mais chance de ser feliz
do quer quem não o é. Dessa forma, não pode haver felicidade na escravidão, no sofrimento, na
dor. Por isso, devemos lutar sempre pela liberdade, seja ela qual for. Toda forma de radicalismo,
seja religioso, científico ou político não colabora com a liberdade humana. Ou seja, toda ação
que visa diminuir a liberdade humana deve ser prontamente repudiada. Quem ama a liberdade
luta pela liberdade!
Naturalmente, liberdade não é libertinagem. Liberdade implica responsabilidade.
Responsabilidade com a própria vida, com a vida do outro e, consequentemente, com a vida das
futuras gerações. Não se brinca coma a liberdade, pois quem a perde tende a valorizar.
A liberdade é o bem maior da existência humana. Quem é educado na liberdade tem mais
chance de ser um defensor da liberdade do quer quem não o foi. Somente quem é livre
sabe valorizar a liberdade. Geralmente quem não ama a liberdade comente injustiça. A
liberdade é muito importante, uma vez que nos permite fazer escolhas e agir de acordo
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com a nossa vontade e ser feliz. Os limites da liberdade de expressão são determinados
por princípios como o respeito à dignidade humana, a não incitação à violência, a não
difamação, o respeito à privacidade, à honra e à imagem das pessoas. (Dworkin,
Ronald. 1877,p.27).

2.3. Diferença entre liberdade e libertinagem.


Liberdade e libertinagem são dois conceitos relacionados e que muitas pessoas confundem. Os
dois são fulcrais no processo de tomada de decisão do ser humano, e revelam atitudes diferentes
dos indivíduos. A liberdade consiste no direito de se movimentar livremente, de se comportar
segundo a sua própria vontade, partindo do princípio que esse comportamento não influencia
negativamente outra pessoa. De acordo com a filosofia, a liberdade é a independência,
autonomia e espontaneidade do ser humano.

Por outro lado, a libertinagem é fruto de um uso errado da liberdade, porque demonstra
irresponsabilidade, que pode prejudicar não só a própria pessoa, mas outras pessoas também.
Quem age com libertinagem, revela não se importar com as consequências que o seu
comportamento pode ter. Em muitos casos, a libertinagem é traduzida por uma ausência de
regras. Desta forma, alguém que bebe e depois dirige, é um exemplo de alguém cuja atitude
evidencia libertinagem, pois está colocando em risco a sua vida e a vida de outras pessoas.
(Dworkin, Ronald. 1877p.92).

2.4. Relação existente entre liberdade e a verdade, tendo em conta a lei natural. Em que
consiste a lei natural.

A liberdade é então inteiramente necessária neste processo de procura quotidiana


da verdade relativa, circunstancial, seja ela científica, religiosa, espiritual, existencial ou
qualquer outra. Nenhum ser humano se pode arrogar o direito a ter acesso privilegiado
à verdade total. A lei natural é precisamente o conjunto de fins aos quais o homem é
naturalmente inclinado, na medida em que esses fins estão presentes na razão como princípios
para o ordenamento racional da ação. (Dworkin, Ronald. 1877,p.74).
Liberdade e lei natural são dois temas que se correlacionam ao longo da história da filosofia
política moderna. Nos textos de Hobbes, a ideia da liberdade como ausência de impedimentos
às ações ajuda-nos a pensar o dever de obediência ao poder soberano e as relações entre política
e direito. Uma situação de vácuo jurídico, em que tudo é permitido, faz-se, contudo, impossível,
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de modo que a solução de Hobbes consiste em sustentar a ideia do direito natural como direito
originário individual vinculado à preservação da vida. Suas ideias do direito natural e da lei
natural, que servem de fundamento ao dever de obediência ao soberano, amparam-se em
princípios jurídicos, teológicos e biológicos. Tais princípios, entretanto, não dão conta da
questão da extensão do poder soberano. Hobbes recorre à análise da linguagem. Sua teoria
contratual afirma o princípio de preservação da vida na base da política e sustenta a ideia da
criação e da manutenção do poder soberano no ato de linguagem implicado na estrutura
representativa do pacto político. (Osmar Mackeivicz. 2003,p.87).

2.5. Dignidade da pessoa humana


2.5.1. Conceito da dignidade da pessoa humana

A dignidade da pessoa humana é um conceito fundamental para a construção de uma sociedade


justa e igualitária. Ela busca garantir que cada indivíduo seja tratado com respeito e valorização,
independentemente de suas características pessoais. Reconhecer e promover a dignidade
humana é essencial para a promoção dos direitos fundamentais e para o desenvolvimento pleno
de cada ser humano.
Portanto, é fundamental que todos estejamos atentos e engajados na defesa desse princípio. É
necessário que cada um de nós se esforce para promover a igualdade, o respeito e a valorização
da vida em todas as suas formas. Somente assim poderemos construir uma sociedade
verdadeiramente justa e igualitária, em que a dignidade da pessoa humana seja uma realidade
para todos.
A dignidade da pessoa humana é um princípio ético e jurídico que reconhece o valor intrínseco
de cada ser humano. Ela engloba diversas dimensões, como o respeito à integridade física e
moral, a liberdade de expressão, a igualdade de oportunidades, o acesso a direitos básicos, entre
outros. Em suma, trata-se de assegurar que cada indivíduo seja tratado com dignidade e tenha
a possibilidade de desenvolver plenamente suas potencialidades.

No contexto jurídico, a dignidade da pessoa humana é reconhecida como um direito


fundamental em diversas constituições ao redor do mundo. Ela serve como base para a
construção de um sistema legal justo e igualitário, que garanta a proteção de todos os cidadãos.
Além disso, a dignidade humana é um princípio orientador para a tomada de decisões éticas em
diversas áreas, como a medicina, a pesquisa científica e a política. (Teles e Henriques,
1989,p.62).
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A dignidade da pessoa humana também está intrinsecamente ligada à noção de direitos


humanos. Estes são direitos inalienáveis e universais que todas as pessoas possuem
simplesmente por serem seres humanos. O respeito à dignidade humana implica em
garantir que esses direitos sejam respeitados e protegidos. Entre os principais direitos
humanos estão o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, à educação, à
saúde, entre outros. A dignidade da pessoa humana é um dos pilares da Constituição
Federal de 1988. Ela está presente desde o seu preâmbulo, que afirma o compromisso
de "assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o
bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos". (Santos, Boaventura de
Sousa. 2006,p.72).

Esse princípio é reforçado ao longo do texto constitucional, em diversos artigos que tratam dos
direitos fundamentais. A dignidade da pessoa humana é mencionada explicitamente no artigo
1º, inciso III, que estabelece como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil "a
dignidade da pessoa humana".

Esse reconhecimento da dignidade da pessoa humana implica em garantir a todos os indivíduos


o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, à saúde, à educação, ao trabalho, entre
outros direitos fundamentais. Além disso, implica também em proibir qualquer forma de
tratamento desumano, cruel ou degradante. A Constituição Federal de 1988 estabelece que
todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Isso significa que não importa
a raça, o gênero, a orientação sexual, a religião, a classe social ou qualquer outra característica,
todos devem ser tratados com igualdade e respeito.

A dignidade da pessoa humana é um princípio que vai além do aspecto legal. É uma questão
moral, que diz respeito à valorização da vida e do ser humano em sua plenitude. É um princípio
que deve nortear as ações de todos os indivíduos e instituições, sejam elas públicas ou privadas.
Infelizmente, mesmo com a garantia constitucional da dignidade da pessoa humana, ainda
existem violações e desrespeitos a esse princípio em nossa sociedade. A discriminação, a
violência, a desigualdade social são exemplos de situações que vão contra a dignidade da pessoa
humana. (Teles e Henriques, 1989,p.65).

Segundo Teles e Henriques, (1989), Dignidade da pessoa humana é um conjunto de princípios


e valores, com a função de garantir que cada cidadão tenha seus direitos respeitados pelo
Estado. (p.63).
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O principal objetivo é garantir o bem-estar de todos os cidadãos. A dignidade da pessoa humana


é um princípio fundamental do Brasil. Significa que é um objetivo a ser cumprido pelo Estado
através da ação dos seus governos. O princípio é ligado a direitos e deveres, e envolve as
condições necessárias para que uma pessoa tenha uma vida digna, com respeito a esses direitos
e deveres. Também se relaciona com os valores morais, porque objetiva garantir que o cidadão
seja respeitado em suas questões e valores pessoais. (Santos, Boaventura de Sousa. 2006,p.83).
A dignidade da pessoa humana é um princípio do Estado Democrático de Direito, que é o Estado
que respeita e garante os direitos humanos e os direitos fundamentais dos seus cidadãos. Assim,
ela pode ser entendida como um princípio que coloca limites às ações do Estado. Dessa forma,
a dignidade da pessoa humana deve ser usada para basear as decisões tomadas pelo Estado,
sempre considerando os interesses e o bem-estar dos cidadãos.

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3. Conclusão
Concluindo o presente trabalho constata-se que a liberdade consiste no direito de se movimentar
livremente, de se comportar segundo a sua própria vontade, partindo do princípio que esse
comportamento não influencia negativamente outra pessoa. De acordo com a filosofia, a
liberdade é a independência, autonomia e espontaneidade do ser humano. Por outro lado, a
libertinagem é fruto de um uso errado da liberdade, porque demonstra irresponsabilidade, que
pode prejudicar não só a própria pessoa, mas outras pessoas também. Quem age com
libertinagem, revela não se importar com as consequências que o seu comportamento pode ter.
Em muitos casos, a libertinagem é traduzida por uma ausência de regras. Desta forma, alguém
que bebe e depois dirige, é um exemplo de alguém cuja atitude evidencia libertinagem, pois
está colocando em risco a sua vida e a vida de outras pessoas.
A dignidade da pessoa humana é um conceito fundamental para a construção de uma sociedade
justa e igualitária. Ela busca garantir que cada indivíduo seja tratado com respeito e valorização,
independentemente de suas características pessoais. Reconhecer e promover a dignidade
humana é essencial para a promoção dos direitos fundamentais e para o desenvolvimento pleno
de cada ser humano. Portanto, é fundamental que todos estejamos atentos e engajados na defesa
desse princípio. É necessário que cada um de nós se esforce para promover a igualdade, o
respeito e a valorização da vida em todas as suas formas. Somente assim poderemos construir
uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária, em que a dignidade da pessoa humana seja
uma realidade para todos.
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4. Referências Bibliográficas

Osmar Mackeivicz (2003). Liberdade e Responsabilidade moral. 3ed, Sao Paulo, Brasil.

Dworkin, Ronald. (1877). Liberdade e a verdade. Harvard University Press.

Rawls, John. (2000). Uma Teoria da Justiça. Martins Fontes.

Santos, Boaventura de Sousa. (2006). A Gramática do Tempo: dignidade da pessoa humana.


Cortez Editora.

Teles e Henriques, (1989). Introdução a ética filosofia, Porto Editora, Lisboa.

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