Radiação Cósmica de Fundo em Micro-Ondas - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
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de fundo em micro-
ondas
radiação eletromagnética remanescente
da época quente e densa do universo
O ruído provocado por essa radiação está presente em cerca de 1% no funcionamento dos
nossos aparelhos elétricos. Este ruído pode ser compreendido como um "fóssil" de uma
época em que o universo era muito novo.[6]
A teoria do Big Bang sugere que a radiação cósmica de fundo preenche todo o espaço
observável, e que a maior parte da energia do universo está na radiação cósmica de fundo
em micro-ondas, que constitui uma fração de aproximadamente 5×10−5 da densidade total
do universo.[7]
Dois dos maiores sucessos da teoria do Big Bang são suas predições do seu espectro de
corpo negro praticamente perfeito e sua detalhada predição das anisotropias na radiação
cósmica de fundo em micro-ondas. A recente sonda Wilkinson Microwave Anisotropy Probe
(WMAP) mediu com precisão essas anisotropias através de todo o céu até escalas
angulares de 0,2 graus.[8] Elas podem ser utilizadas para estimar os parâmetros do modelo
padrão Lambda-CDM do Big Bang. Algumas informações, como a forma do universo, podem
ser obtidas diretamente da radiação cósmica de fundo, enquanto outras, como a constante
de Hubble, não são óbvias e precisam ser inferidas de outras medidas.[9]
História
A radiação cósmica de fundo em micro-ondas foi prevista por George Gamov, Ralph Alpher e
Robert Herman em 1948. Além disso, Alpher e Herman foram capazes de estimar a
temperatura dessa radiação como sendo de 5 K.[10] Apesar de que existissem diversas
estimativas anteriores da temperatura do espaço, essas sofriam de diversos inconvenientes.
Primeiramente, elas eram medidas da temperatura efetiva do espaço, e não sugeriam que o
espaço fosse repleto com um espectro de Planck térmico; segundo, elas eram dependentes
da nossa posição específica na beira da Via Láctea e não sugeriam que a radiação fosse
isotrópica. Além disso, elas levariam a predições completamente diferentes se a Terra
estivesse localizada em um outro lugar do Universo.[11]
Inspiradas pelos resultados obtidos pelo COBE, uma série de experiências de solo e
baseadas em balões mediram as anisotropias da radiação cósmica de fundo em escalas
angulares inferiores ao longo da década seguinte. O objetivo principal dessas experiências
era medir a escala do primeiro pico acústico, que COBE não tinha resolução suficiente para
resolver. O primeiro pico na anisotropia foi detectado por tentativas pela experiência Toco e o
resultado foi confirmado pelos experimentos BOOMERanG e MAXIMA.[18] Essas medidas
demonstraram que o universo é plano e foram capazes de indicar a teoria de string cósmico
como uma teoria de formação da estrutura cósmica, e sugeriram que a Inflação cósmica é a
teoria correta de formação estrutural.
O segundo pico foi detectado por tentativas por diversas experiências antes de ser
definitivamente detectado pelo WMAP, que também detectou por tentativas o terceiro pico. A
polarização da radiação cósmica de fundo foi primeiramente descoberta pelo Degree Angular
Scale Interferometer (DASI).[19] Várias experiências para melhorar as medidas da polarização
da radiação cósmica de fundo em pequenas escalas angulares estão em andamento. Estas
incluem DASI, WMAP, BOOMERanG e o Cosmic Background Imager. Outras experiências
incluem a sonda Planck, o Telescópio cosmológico de Atacama e o Telescópio do Polo Sul.
Ver também
BICEP2
Big Bang
COBE
WMAP
Notas
1. As observações da polarização de
Planck da radiação cósmica, em
2015, nos dizem que a "Idade das
Trevas" terminou cerca de 550
milhões de anos após o Big Bang -
mais de 100 milhões de anos mais
tarde do que se pensava
anteriormente.[1]
Referências
7. A densidade de energia de um
espectro de corpo negro é
, onde T é a
temperatura, kB é a constante de
Boltzmann, é a constante de
Planck e c a velocidade da luz no
vácuo. Isso pode ser relacionado à
densidade crítica do universo através
dos parâmetros do modelo Lambda-
CDM.
8. Astrophysical Journal Supplement,
148 (2003). Em particular, G.
Hinshaw et al. "First-year Wilkinson
Microwave Anisotropy Probe
(WMAP) observations: the angular
power spectrum", 135–159.
Ligações externas
Missões
Resultados
Aspectos cosmológicos
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