Estrutura Geral Dos Rins
Estrutura Geral Dos Rins
Estrutura Geral Dos Rins
Estrutura do Néfron:
O néfron é a unidade funcional do rim e é responsável pela formação da urina através de três
processos principais: filtração, reabsorção e secreção. Cada rim possui cerca de um milhão
de néfrons, e cada néfron é composto pelas seguintes estruturas:
1. Filtração Glomerular
A filtração ocorre no glomérulo, onde a pressão sanguínea força a passagem de água e
pequenas moléculas do sangue para a cápsula de Bowman, formando o **ultrafiltrado
glomerular**. Neste processo, células sanguíneas e proteínas grandes ficam retidas nos
capilares e permanecem no sangue, enquanto sais, glicose, aminoácidos, ureia e água
passam para o néfron.
Passagem: o plasma sai do glomérulo para a cápsula de bowman (corpúsculo renal) ->
túbulos (o líquido sai, ou acrescenta coisas).
2. Reabsorção
A reabsorção é o processo pelo qual substâncias úteis no filtrado (como glicose,
aminoácidos e íons) são transferidas de volta para o sangue. Isso ocorre principalmente no
túbulo contorcido proximal e, em menor medida, na alça de Henle e no túbulo contorcido
distal. A reabsorção envolve tanto transporte ativo quanto passivo:
- Túbulo Contorcido Proximal: onde a maior parte da glicose, aminoácidos e uma
quantidade significativa de água e sais são reabsorvidos.
- Alça de Henle: concentra a urina através da reabsorção de água na parte descendente e
de íons (sódio e cloreto) na parte ascendente.
- Túbulo Contorcido Distal e Ducto Coletor: continuam a reabsorção de água e íons,
regulados por hormônios como aldosterona e hormônio antidiurético (ADH), para ajustar o
equilíbrio hídrico e a pressão sanguínea.
3. Secreção
A secreção envolve o transporte ativo de substâncias indesejadas do sangue para os túbulos
renais. Isso inclui íons hidrogênio (para regulação do pH), potássio e substâncias residuais,
como toxinas e medicamentos. Esse processo ocorre principalmente no túbulo contorcido
distal e no ducto coletor, contribuindo para a regulação da composição final da urina.
1. Cor:
- A cor da urina varia do amarelo claro ao amarelo escuro, dependendo da concentração de
bilirrubina-urobilina, um pigmento resultante da degradação da hemoglobina dos glóbulos
vermelhos.
- A coloração também pode ser influenciada pela concentração dos solutos: quanto mais
concentrada, mais escura a urina; quanto mais diluída, mais clara.
- Alimentos, medicamentos e patologias podem alterar a cor da urina: por exemplo, o
consumo de beterraba pode tingir a urina de avermelhado, enquanto certas infecções podem
dar um aspecto turvo.
2. Odor:
- O odor característico da urina é derivado principalmente de compostos como **amônia**
e outros subprodutos da degradação de proteínas.
- A dieta também influencia o odor: por exemplo, o consumo de aspargos libera compostos
sulfurados, que causam um odor distinto.
- Patologias podem alterar o cheiro: infecções urinárias podem deixar a urina com odor
forte, doce ou frutado (presente em casos de diabetes, devido à cetonúria).
3. Densidade:
- A densidade urinária normal varia de **1,005 a 1,030 g/mL**, dependendo da quantidade
de solutos dissolvidos.
- A densidade aumenta com a concentração de íons, proteínas,ureia e outros compostos,
enquanto a diluição com água baixa a densidade.
- Essa variação permite avaliar a capacidade dos rins em concentrar ou diluir a urina, sendo
um indicador do estado de hidratação e de algumas doenças.
4. Consistência:
- Em condições normais, a urina tem uma consistência líquida e clara.
- A presença de elementos como muco, células, bactérias ou cristais pode torná-la mais
turva e espessa.
- Infecções e inflamações no trato urinário também podem alterar a consistência.
Fatores Adicionais:
- pH: a urina normalmente é levemente ácida (pH 4,5-8), mas pode variar com dieta e
condições metabólicas.
- Níveis de glicose, proteínas e cetona: em indivíduos saudáveis, são praticamente
inexistentes na urina, mas em certas condições (como diabetes e doenças renais), essas
substâncias podem aparecer em concentrações elevadas.
Hormônios envolvidos:
2. Aldosterona
O ANP é produzido nas células dos átrios do coração em resposta ao aumento da pressão
arterial e do volume sanguíneo. Ele tem efeitos opostos aos de ADH e aldosterona.
Caminho da urina:
1. **Formação nos Néfrons**: nos rins, a urina é formada nos néfrons por meio dos processos
de filtração, reabsorção e secreção. A urina resultante é coletada nos túbulos coletores.
2. **Ductos Coletores e Pelve Renal**: a urina flui dos túbulos coletores para os ductos
coletores e, em seguida, para a **pelve renal**, uma região em forma de funil que coleta a
urina de cada néfron.
3. **Ureteres**: da pelve renal, a urina passa para os **ureteres**, dois tubos finos que
conectam os rins à bexiga. Nos ureteres, a urina é movida por ondas de contrações
musculares, chamadas **peristaltismo**, que empurram a urina até a bexiga.
4. **Bexiga Urinária**: ao chegar na **bexiga**, a urina é armazenada até o momento da
micção. A bexiga possui paredes musculares elásticas e é capaz de se expandir à medida
que se enche de urina.
5. **Uretra**: no momento da micção, a urina é expulsa da bexiga pela **uretra**, o canal
final de excreção que leva a urina para fora do corpo.
Reflexo da Micção
A micção é controlada tanto por reflexos automáticos quanto pela vontade consciente:
- **Em crianças pequenas** e em alguns animais, o reflexo da micção é um processo
totalmente involuntário. Porém, com o desenvolvimento do sistema nervoso, os seres
humanos aprendem a controlar o esfíncter externo voluntariamente.
- **Pressão e Feedback**: quando o volume de urina na bexiga atinge seu limite, a pressão
interna aumenta, intensificando os sinais de estiramento e gerando o desejo de urinar. Se a
micção é adiada, o reflexo é inibido temporariamente, mas o desejo aumenta novamente
conforme o volume e a pressão aumentam na bexiga.