Graça - Aula 05

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#DiscipuladoBíblico

MARAVILHOSA
GRAÇA

AULA 05
Hoje, continuaremos falando de salvação. Trataremos sobre
aqueles que foram justificados pela graça e agora podem alcançar a
santificação.

1. SANTOS COMO ELE É

Embora santificação e justificação sejam partes da mesma


salvação, sendo absolutamente complementares, existem pequenas
diferenças essenciais entre elas.

Na justificação, Deus nos imputa a justiça de Cristo. Nós somos


feitos justos em Cristo Jesus, logo uma nova realidade espiritual é posta
diante de nós. Aqui o pecado é perdoado.

Já na santificação, o espírito, pela graça, nos dá o poder de


exercer essa nova realidade. Trata sobre o caminho de todo o salvo para a
perfeição, que será concretizada no dia do Senhor. Aqui o pecado é dia
após dia subjugado.

Estou convencido de que aquele que começou boa


obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo
Jesus. (Filipenses 1:6)

A santificação permite que a vontade de Deus em relação a nós


e nossa postura seja concretizada, ainda nesta era:

Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós


também santos em toda a vossa maneira de viver;
Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou
santo. (1 Pedro 1:15-16)

Em tudo o que Deus faz se percebe uma característica chamada


perfeição. A natureza de Deus é santa e perfeita, seus pensamentos e
desígnios puros e perfeitos da mesma forma. Assim, quando fomos
criados, o interesse de Deus é que fôssemos santos e perfeitos como Ele.
Em Jesus, pela graça, isso é possível.

“Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai


celestial de vocês.” (Mateus 5:48)

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Se entendermos que a expectativa do Pai para nós é a perfeição,
uma vida de obediência e santidade passa a ser uma prioridade e objeto
de esforço e intencionalidade. Ambientes que demandam perfeição e
santidade precisam ser criados em nosso meio!

Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram


ensinados a despir-se do velho homem, que se
corrompe por desejos enganosos, a serem renovados
no modo de pensar e a revestir-se do novo homem,
criado para ser semelhante a Deus em justiça e em
santidade provenientes da verdade. (Efésios 4:22-24)

Percebemos que a vontade de Deus é que sejamos como Jesus,


Ele é o modelo a quem devemos nos comparar. A mentalidade do mundo
fala sobre “fazer o possível, sermos nós mesmos ou aceitar nossas falhas”,
todavia, o Pai nos chamou para sermos como Jesus, nossa medida é
Cristo, a santificação produz em nós a imagem e semelhança do Filho:

até que todos alcancemos a unidade da fé e do


conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à
maturidade, atingindo a medida da plenitude de
Cristo. (Efésios 4:13)

Ainda, isso demonstra que praticar boas obras não nos fazem
santos, porém, a santificação que recebemos nos deixa aptos às boas
obras. Tudo o que fazemos de bom não é causa da santificação, mas sua
consequência.

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e


isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras,
para que ninguém se glorie. Porque somos criação
de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos
boas obras, as quais Deus preparou de antemão para
que nós as praticássemos. (Efésios 2:8-10)

“A BUSCA PELA SANTIDADE JAMAIS DEVERIA SER UM SUPLÍCIO AO


CRISTÃO, MAS UMA TREMENDA ALEGRIA DIANTE DO PRIVILÉGIO DE
SER COMO CRISTO JESUS”

A graça de forma alguma veio para suprimir a obediência e a


necessidade de santidade, mas torná-la possível! Sem o agir da graça de

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Deus em nós, nossas obras serão mortas, pois o esforço humano sozinho
não é o bastante.

É possível entregar a Deus o que Ele espera de nós: santidade e


perfeição. Não porque somos bons, fortes, ou virtuosos, mas porque
recebemos uma graça transformadora que age em nós dia após dia.
Somos edificados e aperfeiçoados, de fé em fé, de glória em glória.

Não só isso, mas quando falamos em santidade não estamos


trabalhando apenas com a noção de pureza ou perfeição. A santificação
nos torna exclusivos de Deus. Fomos comprados por bom sangue para
sermos sacerdotes do Deus vivo, não mais escravos de ninguém, do
pecado ou de nós mesmos:

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real,


nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar
as grandezas daquele que os chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz. (1 Pedro 2:9)

2. O PROCESSO DE SANTIFICAÇÃO

A santificação atinge as nossas vidas como um sublime


processo. Portanto, podemos estabelecer que existem dois momentos
distintos neste processo: a santificação inicial e a santificação progressiva.

À igreja de Deus que está em Corinto, aos


santificados em Cristo Jesus, chamados para serem
santos, com todos os que em todo lugar invocam o
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e
nosso. (1 Coríntios 1:2)

O primeiro ponto é de total responsabilidade e realização de


Cristo na cruz. Por Ele somos santificados, mediante sua graça. Todo o
passado do pecado foi removido e tudo aquilo que não provém de Deus
removido de nossas vidas, tornamo-nos novas criaturas.

Em segundo momento, a santificação progressiva mostra que


depois de termos sido santificados, devemos passar por algo mais, pois

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como diz o texto fomos chamados para sermos santos, uma condição
atual e perceptível. A santidade que recebemos deve ser mantida e
desenvolvida por todos nós através da obra do Espírito Santo.

Esforcem-se para viver em paz com todos e para


serem santos; sem santidade ninguém verá o
Senhor. (Hebreus 12:14)

Ainda, quando Paulo fala sobre a salvação, ele afirma que


devemos nos santificar completamente, por inteiro. A salvação toca de
modo integral em toda partícula do nosso ser:

Que o próprio Deus da paz os santifique


inteiramente. Que todo o espírito, alma e corpo de
vocês seja conservado irrepreensível na vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Tessalonicenses 5:23)

Quando falamos sobre nosso espírito, a santificação atinge


fundamentalmente quem somos. Com a regeneração, nascemos de novo,
somos seres espirituais. Aquele que nasce do Espírito é espírito (João 3:6).

Agora, a santificação faz com que vivamos como cidadãos dos


céus. Precisamos de alimento espiritual que nos edifique e confirme
nossa identidade de filhos de Deus:

Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne,


mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita
em vocês (...) (Romanos 8:9)

porque todos os que são guiados pelo Espírito de


Deus são filhos de Deus. (Romanos 8:14)

Como crianças recém-nascidas, desejem de coração


o leite espiritual puro, para que por meio dele
cresçam para a salvação, (1 Pedro 2:2)

No tocante à alma, nosso coração, mentalidade e valores não


estão mais sujeitos às coisas desta terra. Temos a mente de Cristo, nossa
opinião é a opinião da palavra e nossa intenção é a mesma que existiu em
Cristo Jesus:

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Se por estarmos em Cristo, nós temos alguma
motivação, alguma exortação de amor, alguma
comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e
compaixão, completem a minha alegria, tendo o
mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só
espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição
egoísta ou por vaidade, mas humildemente
considerem os outros superiores a si mesmos. Cada
um cuide, não somente dos seus interesses, mas
também dos interesses dos outros. Seja o sentimento
de vocês o mesma de Cristo Jesus, (Filipenses 2:1-5)

E vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos


vistais do novo homem, que segundo Deus é criado
em verdadeira justiça e santidade. (Efésios 4:23-24)

Já quando a santificação atinge nosso corpo, deixamos de ser


escravos de nossos impulsos ou natureza humana, mas como morada do
Espírito passamos a agir com zelo e honra acerca de todos os nossos
sentidos. Em tudo nosso testemunho de vida deve glorificar a Deus.

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que


apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
(Romanos 12:1)

A vontade de Deus é que vocês sejam santificados:


abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba
controlar o próprio corpo de maneira santa e
honrosa, não com a paixão de desejo desenfreado,
como os pagãos que desconhecem a Deus. Neste
assunto, ninguém prejudique a seu irmão nem dele
se aproveite. O Senhor castigará todas essas
práticas, como já lhes dissemos e asseguramos.
Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas
para a santidade. (1 Tessalonicenses 4:3-7)

Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário


do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi
dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?
Vocês foram comprados por alto preço. Portanto,

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glorifiquem a Deus com o corpo de vocês. (1 Coríntios
6:19-20)

3. O PADRÃO DE PERFEIÇÃO

A bíblia já nos alerta que falsas doutrinas surgiram, inclusive no


meio da igreja, inclusive a hipergraça que a muitos engana. Todavia, nós
permanecemos firmes na sã doutrina. A santidade é para todos nós, a
graça não é uma licensa para pecar, muito pelo contrário, ela nos livra da
escravidão do pecado:

Que diremos então? Continuaremos pecando para


que a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós, os
que morremos para o pecado, como podemos
continuar vivendo nele? [...] 6 Pois sabemos que o
nosso velho homem foi crucificado com ele, para que
o corpo do pecado seja destruído, e não mais
sejamos escravos do pecado (Romanos 6:1,2,6)

Pois o pecado não os dominará, porque vocês não


estão debaixo da lei, mas debaixo da graça. E então?
Vamos pecar porque não estamos debaixo da lei,
mas debaixo da graça? De maneira nenhuma! Não
sabem que, quando vocês se oferecem a alguém
para lhe obedecer como escravos, tornam-se
escravos daquele a quem obedecem: escravos do
pecado que leva à morte, ou da obediência que leva
à justiça? Mas, graças a Deus, porque, embora vocês
tenham sido escravos do pecado, passaram a
obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi
transmitida. Vocês foram libertados do pecado e
tornaram-se escravos da justiça. (Romanos 6:14-18)

Graças a Deus, hoje somos escravos da justiça. Justiça de Deus


baseada em graça e misericórdia que nos leva à vida eterna. Porém,
misericórdia não se confunde com libertinagem e liberdade para pecar.
Deus é justo para salvar e para condenar:

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Se continuarmos a pecar deliberadamente depois
que recebemos o conhecimento da verdade, já não
resta sacrifício pelos pecados, mas tão-somente uma
terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que
consumirá os inimigos de Deus. Quem rejeitava a lei
de Moisés morria sem misericórdia pelo depoimento
de duas ou três testemunhas. Quão mais severo
castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos
pés o Filho de Deus, que profanou o sangue da
aliança pelo qual ele foi santificado, e insultou o
Espírito da graça? Pois conhecemos aquele que
disse: "A mim pertence a vingança; eu retribuirei"; e
outra vez: "O Senhor julgará o seu povo". Terrível
coisa é cair nas mãos do Deus vivo! (Hebreus 10:26-31)

A graça de forma alguma rebaixa o padrão de obediência e


santidade, muito pelo contrário, ela resolve a incapacidade do homem de
cumprir o padrão divino. E gratos somos, pois o Deus que nos ordena, nos
capacita e permite que desfrutemos do processo que ocorre em nós.

Sem santidade ninguém verá a Deus. Portanto, rejeitar a


santificação é rejeitar a Deus. Nós não somos como os insensatos, somos
como aqueles que deixam tudo pra trás para viver a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus pra nós.

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