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FUNGICIDAS

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Fungicidas

utilizados na
cultura do
algodão
Nara Barbosa Fontes
Introdução
Dos 250 patógenos relatados na cultura do algodão, mais de

90% são fungos;


A Ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporoides) e a

Ramulária (Ramularia areola) se destacam como as duas


doenças fúngicas de maior importância;
A maioria das doenças fúngicas são disseminadas via sementes

infectadas;
O custo com fungicidas variou de 2,80-3,9% do custo de

produção na safra 2013/2014 segundo IMEA.


Principais doenças fúngicas
Órgão(s)
Doença Patógeno(s) atacado(s) Observações
A aplicação de fungicidas deve-se
Colletotrichum gossypii Geralmente folhas iniciar quando os primeiros
Ramulose
var. cephalosporoides mais novas sintomas forem indentificados em
poucas plantas (1 – 2%).
Ramulária, falso Controle químico se faz necessário
Geralmente folhas
oídio ou Ramularia areola quando as primeiras lesões são
mais velhas
mancha branca identificadas nas folhas mais velhas.
Aspergillus, Penicillium,
Fusarium, Phyhium, Reduz stand de plantas
Plântulas pré ou
Tombamento Rhyzopus, significativamente. Tratamento de
pós emergidas
Colletotrichum gossypii sementes é indispensável.
e Rhizoctonia solani
Murcha de Todas as fases da Tratamento de sementes é
Fusarium oxysporum
Fusarium cultura fundamental.
Principais doenças fúngicas
Doença Patógeno(s) Órgão(s) atacado(s) Observações
Maior incidência entre o florescimento e
Mancha de Alternaria Folhas mais velhas e a frutificação. Pulverizações contra
alternária marcrospora folhas cotiledonares outros patógenos contribuem para seu
controle.
Fungicidas utilizados no controle de
Ferrugem
Phakopsora gossypii Folhas Ramulária são eficientes para controle
tropical
da ferrugem no algodão.
Fungicidas a base de cobre e
Mancha de Myrothecium Folhas de plantas
benzimidazóis já foram utilizados no
Mirotécio roridum jovens
controle da doença.
Mancha de
Stemphylium solani Folhas Não existem fungicidas registrados.
Estenfílio

Corynesopora Folhas, flores, frutos, Não existem fungicidas registrados.


Mancha-alvo
cassiicola raízes e caules
Principais Grupos Químicos
Triazóis

- Atuam na integridade da membrana plasmática;

- Inibem a biossíntese do ergosterol  ruptura da


membrana;

- Inibem também a biossíntese dos triglicerídios e


fosfolipídios  necrose celular;
Principais Grupos Químicos
Triazóis

- A maioria são sistêmicos;

- Rápida absorção e translocação;

- Elevado efeito residual.

- Exemplos: Aproach Prima (triazol +estrobilurina) – Du


Pont; Emerald – FMC, Triade – Bayer.
Fonte: Reis, E M, Reis A C, Carmona M A. MANUAL DE FUNGICIDAS, Editora UPF.

Germinação de uredosporos, após o tratamento com um triazol.


Principais Grupos Químicos
Estrobilurinas

- Inibidores da Quinona externa da mitocôndria (IQe);

- Inibem a respiração mitocondrial, reduzindo a


formação de ATP;
- A germinação dos esporos é a fase do ciclo biológico
dos fungos com maior sensibilidade as estrobilurinas;
- Controlam uma ampla gama de doenças fúngicas;
Principais Grupos Químicos
Estrobilurinas

- Absorção foliar, gradual e translaminar.

- Exemplos: Priori Xtra (estrobilurina + triazol) –


Syngenta; Elatus (estrubilurina + pirazol
carboxamida) - Syngenta
Fonte:http://www.bioinfopop.ufv.br/fip-602/home_html_m359a02d4.png

Esquema de transporte de elétrons na mitocôndria e sítio de ação dos fungicidas do grupo


das estrobilurinas.
Principais Grupos Químicos
Benzimidazóis

- Inibem a biossíntese de tubulinas;

- Interferem na mitose durante a divisão da metáfase;

- O fuso mitótico é destruído e os núcleos filos não se


separam, levando a morte da célula.
- Exemplos: Cercobin 500 SC – IHARA; Delsene – Du
Pont.
Fonte: Reis, E M, Reis A C, Carmona M A. MANUAL DE FUNGICIDAS, Editora UPF.

Estrutura celular mostrando os microtúbulos


Principais Grupos Químicos
Dicarboxamidas

- Não possuem mecanismo de ação definido;

- O mecanismo de ação provável está relacionado com a

peroxidação dos lipídios e bloqueio do transporte de elétros de


NADPH para o citocromo-c;

- Inibem a germinação dos esporos e causam ramificações,

dilatações e lise das hifas.

- Exemplo: Orthocide 500 – Arysta; Captan – Adama.


Fitotoxidade

O que é?

Sintomas

Possíveis causas Fonte: http://www.focorural.com/detalhes/n/n/3249.html

Sintoma de fitotoxicidade devido a aplicação de


fungicida;
Possível causa: condições climáticas
inadequadas.
Primeira aplicação e intervalo das
aplicações
Primeira aplicação:

- Deve-se levar em conta o custo com o controle químico e


o potencial de dano econômico que a doença pode causar;
- Início da doença na área.

Intervalo das aplicações:

- Quantidade de chuva ocorrida após a pulverização;

- Residual do produto.
Resistência de fungos à
fungicidas
Capacidade de adaptação à condições adversas;

Redução da sensibilidade;

Variabilidade, mutação e seleção;

Alteração herdável: “Uma vez desenvolvida, a resistência é

herdada” (Brent, 1999);


Fatores: condições ambientais, pressão da doença e

frequência de aplicação do fungicida.


Origem da resistência

Fonte: http://pt.slideshare.net/bruunno3/resistncia-de-fungos-fungicidas-slide
Notícias

Fonte: http://www.agrolink.com.br/noticias/excesso-de-chuvas-levou-produtores-a-optarem-pelo-cultivo-do-algodao-segunda-
safra-em-mt_202928.html
Notícias

Fonte: http://www.agrolink.com.br/noticias/defensivo-tera-custo-maior-na-safra-2014-15_202324.html
Referências bibliográficas
 Andrade, B A et al. Resistência de fungos à fungicidas. Disponível em:
http://pt.slideshare.net/bruunno3/resistncia-de-fungos-fungicidas-slide. Acesso em:
setembro de 2014;
 Chitarra, L G. Cartilha de Identificação e Controle de Doenças do Algodoeiro. Embrapa.
Campina Grande, PB, 2007;
 Custo de Produção Algodão – Safra 2013/14. Imea. Disponível em:
http://www.imea.com.br/upload/publicacoes/arquivos/R410_2013_01_CPAlgodao.pdf.
Acesso em: setembro de 2014;
 Miranda, J E, Suassuna, N D. Identificação e Controle das Principais Pragas e Doenças
do Algodoeiro. Junho, 2004;
 Moura, P C S. Efeitos fisiológicos da aplicação de triazol e estrobilurinas em soja. Esalq,
Piracicaba, 2013;
 Reis, E M, Reis A C, Carmona M A. MANUAL DE FUNGICIDAS, Editora UPF, 2010;
 Siqueri, F V. CONTROLE QUÍMICO DE DOENÇAS DO ALGODOEIRO. Fundação de
Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso. V Congresso Brasileiro de Algodão.
Obrigada!

Nara Barbosa Fontes


[email protected]
[email protected]
(62 8126 9728)

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