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UNIDADE II

Planejamento de Cardápios
nos Ciclos da Vida

Profa. Ma. Frances Illes


Planejamento dietético na gestação

 A gestação é um período da vida que traz grande vulnerabilidade biológica decorrente das
alterações fisiológicas impostas ao organismo materno e do aumento das demandas
nutricionais. Ela é constituída de 40 semanas – ou três trimestres.

PERÍODO GESTACIONAL
40 SEMANAS

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E
METABÓLICAS HETEROGÊNEAS
Ganho de peso e anabolismo durante a gestação

 Desenvolvimento do feto.
 Formação de estruturas maternas durante a gestação (placenta, útero, glândulas mamárias e
sangue) – aumento de 15 a 20% da TMB.
 Depósitos energéticos utilizados durante
o parto e a lactação.
 Distribuição de ganho de peso
durante a gestação.

Fonte: MAHAN L. K.; ESCOTT-STUMP S.


Krause. Alimentos, nutrição e dietoterapia.
 A velocidade de aumento de peso é muito diferente entre os trimestres gestacionais.
 O feto ganha o total de 1 kg até 28 semanas e nas duas semanas seguintes, 2,5 kg. Isso
significa que em 30 semanas gestacionais alcançará 1,5 kg.
 Ganho de peso recomendado (em kg) na gestação, segundo estado nutricional
pré-gestacional:
GP 2º/3º
Estado GP 1o
IMC PG semestre (por GP total
Nutricional semestre
semana)
Baixo peso < 20 2,3 0,5 12,5 – 18,0
Adequado 20 – 24,9 1,6 0,4 11,5 – 16,0
Sobrepeso 25 – 29,9 0,9 0,3 7,0 – 11,5
Obesidade > 30 -- 0,2 6,0 – 7,0
Fonte: Institute of Medicine, 1992.
Situações e sintomas durante a gestação: práticas alimentares

Náuseas e vômitos

 Refeições pequenas e mais frequentes.


 Evitar frituras, alimentos gordurosos, alimentos com odor forte que causem
desconforto/intolerância.
 Refeições secas, com carboidratos de fácil digestão.
 Pela manhã, preferir alimentos sólidos e ricos em CHO (biscoitos cream-cracker).
 Evitar deitar após as grandes refeições.
Pica

 É uma desordem alimentar caracterizada pela ingestão persistente de substâncias


inadequadas com pequeno ou nenhum valor nutritivo, ou de substâncias comestíveis, mas
não na sua forma habitual.

 A etiologia desse comportamento é desconhecida, tendo como possíveis hipóteses o alívio


de náuseas e vômitos referidos pela mãe; assim como o suprimento de deficiências (cálcio,
ferro) presentes na maioria das substâncias alvo dessas compulsões alimentares.
Pirose

 Pirose e regurgitação são manifestações da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)


que ocorrem frequentemente no terceiro trimestre da gravidez, comumente após as
refeições.
 Refeições pequenas e mais frequentes.
 Mastigar bem os alimentos.
 Evitar líquidos durante as refeições.
 Evitar o consumo de café, chá, álcool, doces, frituras, gorduras.
 Não restringir o consumo de frutas cítricas para não
comprometer o aporte de vitaminas.
Constipação

 A constipação é um problema digestivo muito comum, sendo bastante frequente no período


gestacional, principalmente a partir da 20ª semana de gravidez.
 Aumentar o consumo de fibras: frutas laxativas com bagaço, vegetais crus, cereais integrais
(aveias, farelos, linhaça).
 Aumentar a ingestão hídrica.
 Observar tolerância a alimentos flatulentos: alho, batata-doce, brócolis, cebola, couve, couve-
flor, feijão, ovo, repolho.
Recomendações nutricionais na gestação

 A gestação é um período no qual as demandas nutricionais encontram-se aumentadas.

Necessidades energéticas

 Durante a gestação, a mulher necessita de uma quantidade maior de calorias para suprir o
elevado gasto energético ocasionado pelo aumento da Taxa de Metabolismo Basal (TMB) e
para formar os depósitos de energia dos tecidos materno e fetal.
EER para a gestação (IOM, 2004)
 Estágio de vida Equação
 14-18 anos 135,3 – 30,8 X idade (anos) + NAF X (10,0 X peso + 934 X altura
+ 25 Kcal + DEG
 19-50 anos 354 – 6,91 X idade (anos) + NAF X (9,36 X peso + 726 X altura
(m)) + DEG

Acréscimo para depósito na gestação (DEG)

1º trimestre (1 a 13 semanas) – 0
2º trimestre (14 a 27 semanas) – 340 Kcal
3º trimestre (a partir 28 semanas) – 452 Kcal
Proteínas
 Durante a gestação, ocorre síntese elevada de proteínas, o que aumenta as demandas
nutricionais desse macronutriente com o intuito de contribuir com o crescimento fetal,
placentário e dos tecidos mamários.

Utilizar 1 g/kg/dia sobre o PPG ou


IOM (2005) peso aceitável e adicionar *peso
pré-gestacional

1º trimestre: igual às mulheres não


+ 1 g/dia: 1º trimestre
grávidas
+ 9 g/dia: 2º trimestre
EAR: 0,66 g/kg
+ 31 g/dia: 3º trimestre
RDA: 0,80 g/kg ou 46 g/dia

2º trimestre
EAR: 0,88 g/kg ou adicional de 21 g/dia
RDA: 1,1 g/kg ou adicional de 25 g/dia
ou 71 g/dia
Lipídeos
 São importantes fontes de energia, não devendo ultrapassar 30% do VET.
 A dieta deve ser composta de gorduras “saudáveis” como a poli-insaturada, em especial as
provenientes de alimentos fonte de ácidos graxos ômega 6 e 3, essenciais ao funcionamento
adequado do sistema uteroplacentário e do sistema nervoso.
Carboidratos
 Fornecer calorias suficientes.
 Prevenir cetose.
 Manter os níveis de glicose sanguínea apropriados para a
gravidez.
Interatividade

B.F.I., gestante, 43 anos, 1,70 cm, peso atual 76 kg, peso pré-gestacional 72 kg, 16ª semana
de gestação é encaminhada pelo médico para o atendimento nutricional. Na anamnese, a
gestante relata pirose e náuseas desde o início da gestação. Relata também consumir sucos
de fruta, principalmente de laranja, e pão diariamente; doce com creme uma vez ao dia. Qual é
a sua conduta em relação à situação relatada?

a) Refeições pequenas três vezes ao dia.


b) Mastigar os alimentos lentamente.
c) Consumir líquidos com as refeições
d) Consumir pela manhã chá ou café.
e) Não consumir frutas cítricas para evitar azia.
Resposta

B.F.I., gestante, 43 anos, 1,70 cm, peso atual 76 kg, peso pré-gestacional 72 kg, 16ª semana
de gestação é encaminhada pelo médico para o atendimento nutricional. Na anamnese, a
gestante relata pirose e náuseas desde o início da gestação. Relata também consumir sucos
de fruta, principalmente de laranja, e pão diariamente; doce com creme uma vez ao dia. Qual é
a sua conduta em relação à situação relatada?

a) Refeições pequenas três vezes ao dia.


b) Mastigar os alimentos lentamente.
c) Consumir líquidos com as refeições.
d) Consumir pela manhã chá ou café.
e) Não consumir frutas cítricas para evitar azia.
Necessidades de micronutrientes

 O consumo adequado de vitaminas e minerais é importante na manutenção da saúde da


gestante e no desenvolvimento adequado do feto.

Ferro
 O período de maior demanda de ferro acontece no último trimestre da gestação, em virtude
do aumento das necessidades de oxigênio do binômio mãe/bebê.
 A carência desse nutriente pode levar à anemia, aumentando o risco de parto prematuro e
morte perinatal.
 O Ministério da Saúde, no Programa Nacional de
Suplementação com Ferro, recomenda a dose de 60 mg de Fe
para todas as gestantes a partir da 20ª semana de gestação.
Zinco
 Deficiência – está relacionada ao aborto espontâneo, ao retardo do crescimento intrauterino
(RCIU), à prematuridade, à pré-eclâmpsia, entre outros.
 Suplementação – 25 mg/dia de zinco, com o intuito de minimizar o risco de complicações
associadas à carência desse mineral.

Cálcio
 Papel fundamental na formação de ossos e dentes, no processo de contração muscular,
na transmissão de impulsos nervosos e na coagulação sanguínea.
 Recomendações – são de 700 mg/dia a 1.300 mg/dia,
dependendo da idade e da fase em que o
indivíduo se encontra.
Ácido fólico
 Necessidade aumentada durante a gestação – divisão celular e síntese proteica
(DNA e RNA)
 Ingestão insuficiente: aborto, descolamento da placenta, Defeito do Tubo Neural (DTN):
morte no 1º mês de vida/limitações físicas ou mentais.
 Uma combinação de dieta rica em folato e a suplementação de ácido fólico seria a
recomendação adequada para prevenir a deficiência desse nutriente, assim como suas
consequências na gestação.

Vitamina A
 No Brasil, o Ministério da Saúde (2013), no Programa
Nacional de Suplementação de Vitamina A, recomenda a
suplementação dessa vitamina, com o intuito de controlar sua
deficiência em crianças e mulheres no pós-parto imediato.
Vitamina C
 Recomenda-se a ingestão diária de 85 mg para gestantes entre 19 e 50 anos, necessidade
que é facilmente alcançada por meio da alimentação rica em frutas e hortaliças.

Vitamina D
 A deficiência de vitamina D associa-se a distúrbios da homeostase óssea na criança, à
redução da mineralização óssea e ao aumento no risco de fraturas.
Recomendações para a nutriz

Necessidades energéticas
 A energia proveniente dos alimentos ingeridos deve ser suficiente para atender às
necessidades de produção de leite, bem como assegurar a manutenção da saúde da nutriz e
do lactente, preservando a composição corporal e o peso da mãe.
 Nos primeiros seis meses após o parto, uma lactante bem nutrida perde cerca de
0,8 kg/mês, o que é equivalente a 170 kcal/dia (6.500 kcal/kg) de perda de peso.

Estado nutricional
Semestre de lactação
gestacional
1º semestre
Adequado NEE = NEE (adolescente ou adulto) + 505 kcal
(675 kcal – 170 kcal)
1º semestre
Baixo peso
NEE = NEE (adolescente ou adulto) + 675 kcal

EER pré-gestacional + 400 – 0 (Energia da secreção do


2º semestre
leite – perda de peso)
Fonte: adaptado de: WHO e FAO (2001).
Proteína
 A lactação não altera o equilíbrio de proteínas se comparada a uma mulher não
lactante/nutriz, ou seja, as recomendações de proteína na nutriz são determinadas pelo
método fatorial em que se considera a média de produção láctea, a concentração de
proteína no leite humano e a concentração média de nitrogênio não proteico no
leite humano.

DRI – IOM (2005) FAO; WHO; UNU (2001)

1º trimestre: adicional de 19 g/dia


1,3 g/kg/dia de proteína ou + 25 g/dia
2º trimestre: adicional de 12,5 g/dia
Lipídeos
 São importantes fontes de energia, não devendo ultrapassar 30% do VET.
 A dieta deve ser composta de gorduras “saudáveis”, como a poli-insaturada, em especial
provenientes de alimentos fontes de ácidos graxos ômega 6 e 3, essenciais ao
funcionamento adequado do sistema uteroplacentário e do sistema nervoso.

Carboidratos
 Fornecer calorias suficientes.
Necessidades de micronutrientes

 A adequação da oferta de micronutrientes à nutriz é de suma importância para garantir


a secreção láctea adequada e, dessa maneira, assegurar o desenvolvimento adequado
do lactente.

 Aumentar a ingestão hídrica durante a lactação é um cuidado importante. Nutrizes


apresentam maior propensão à desidratação, especialmente em regiões de clima quente.
Interatividade

Você deverá elaborar o cardápio para uma nutriz no 2º semestre de lactação. Quais fatores
devem ser considerados para elaborar uma orientação nutricional?

a) Para determinar a necessidade energética de uma nutriz no segundo semestre pós-parto,


deve-se utilizar a fórmula proposta nas DRIs e acrescentar 200 kcal.
b) A nutriz deve ter uma ingestão hídrica de no mínimo 35 mL/kg, pois a hidratação influencia
o volume de leite produzido.
c) A ingestão de hortaliças e frutas deve ser mantida, pois as necessidades de vitaminas e
minerais não se alteram nessa situação.
d) O consumo de cafeína pode ser normal.
e) As bebidas alcoólicas podem ser consumidas com
moderação.
Resposta

Você deverá elaborar o cardápio para uma nutriz no 2º semestre de lactação. Quais fatores
devem ser considerados para elaborar uma orientação nutricional?

a) Para determinar a necessidade energética de uma nutriz no segundo semestre pós-parto,


deve-se utilizar a fórmula proposta nas DRIs e acrescentar 200 kcal.
b) A nutriz deve ter uma ingestão hídrica de no mínimo 35 mL/kg, pois a hidratação influencia
o volume de leite produzido.
c) A ingestão de hortaliças e frutas deve ser mantida, pois as necessidades de vitaminas e
minerais não se alteram nessa situação.
d) O consumo de cafeína pode ser normal.
e) As bebidas alcoólicas podem ser consumidas com
moderação.
Planejamento dietético na infância: lactente, pré-escolar e escolar

 Os hábitos alimentares nos primeiros anos repercutirão de diferentes formas ao longo de


toda a vida dos indivíduos. São, assim, fundamentais para a formação dos hábitos
associados aos padrões alimentares saudáveis.

 A lactação é a fase da vida marcada pelo início do processo nutricional infantil.

 As fases posteriores: pré-escolar (dois a seis anos de idade) e escolar (sete a dez anos) são
destacadas por estágios de aumento da socialização, independência e individualidade,
características que fazem com que a criança expresse suas preferências alimentares.
Lactentes

 De acordo com a OMS (WHO, 2010), recomenda-se o aleitamento materno até os dois anos
de idade e como alimento exclusivo até os seis meses de vida do bebê.

Necessidades nutricionais do lactente


 Uma alimentação saudável na infância consiste em fornecer ao lactente aleitamento materno
exclusivo até o sexto mês de vida, seguido de introdução alimentar que complemente o leite
materno a partir dos seis meses.

 Entende-se por alimentação complementar o conjunto de


todos os alimentos, além do leite materno, oferecidos durante
o período em que a criança continuará a ser amamentada,
embora sem exclusividade.
Energia
 As necessidades energéticas se relacionam a fatores como: o tamanho e a composição
corporal, a taxa metabólica, o gênero e o tamanho ao nascer.
 Estimativas energéticas para crianças de 0 a 35 meses.

Idade EER

EER = (89 × peso [kg] – 100) + 175 kcal de energia de


0 a 3 meses
depósito

EER = (89 × peso [kg] – 100) + 56 kcal de energia de


4 a 6 meses
depósito

EER = (89 × peso [kg] – 100) + 22 kcal de energia de


7 a 12 meses
depósito

EER = (89 × peso [kg] – 100) + 20 kcal de energia de


13 a 35 meses
depósito
Fonte: adaptado de: IOM (2002).
 As fontes de energia devem ser distribuídas de maneira equilibrada entre os
macronutrientes.
 Distribuição de macronutrientes (um a três anos de idade).

Macronutrientes Percentual de energia (%)

Carboidratos 45- 65

Proteínas 5-20

Gorduras totais 30-40 Fonte: adaptado de: IOM (2002).

Carboidratos
 Representam 50% da energia proveniente do leite materno.
 O leite materno (LM) não é fonte de fibras.
 Orienta-se, assim, que entre os seis e 12 meses de idade,
sejam consumidos alimentos fontes de fibra.
Proteínas
 São importantes, pois nessa fase o crescimento e desenvolvimento se encontram
acelerados.

Lipídeos
 São de suma importância, pois nessa fase o crescimento e desenvolvimento se encontram
acelerados.

Vitaminas
 O leite materno apresenta vitaminas em proporções
adequadas, com exceção da vitamina D.

Minerais
 O aleitamento materno exclusivo supre a necessidade do bebê
durante os seis primeiros meses de vida.
Alimentação complementar
 Consiste na introdução de qualquer tipo de alimento na dieta de uma criança que até então
se encontrava em aleitamento materno exclusivo.
 Devem ser oferecidos à criança alimentos em diversidade de cores, sabores, texturas e
cheiros.

Introdução alimentar
 A criança deverá receber o alimento/preparação amassado com o garfo. Depois, deve-se
evoluir na consistência, deixando os alimentos mais picados e em pedaços.
 Quando maior, a criança pode receber a preparação/comida
semelhante à da família, com auxílio no corte dos pedaços
grandes, quando necessário.
 Respeite a quantidade de alimentos a ser oferecida para a
criança e aumente o volume a servir com o tempo.
 Introduza gradativamente novos alimentos, novos cheiros,
sabores e texturas, principalmente no primeiro ano de vida.
 O consumo precoce de açúcar pode contribuir com o ganho de peso excessivo durante a
infância, aumentando as chances do desenvolvimento de obesidade e outras DCNT na vida
adulta. É importante que ele não seja oferecido às crianças menores de dois anos.

 Ofertar os líquidos em copos.


Interatividade

O Guia Alimentar Brasileiro para crianças menores de 2 anos recomenda que a criança seja
amamentada por 2 anos ou mais e que nos 6 primeiros meses ela receba somente leite
materno. Essa prática é chamada amamentação exclusiva. Nenhum outro tipo de alimento
precisa ser dado ao bebê, nem água, chás ou sucos e outros leites, muito menos papinhas ou
mingaus. Isso se aplica inclusive a regiões quentes, pois o leite materno fornece toda a água
de que o bebê precisa. Antes de iniciar a introdução alimentar é importante observar a
prontidão e maturação do bebê. Qual fator deve ser observado?

a) O bebê não é capaz de lidar com alimentos diferentes do leite materno.


b) Sentar-se com apoio.
c) Ainda não mastiga, apenas suga.
d) Aparecimento dos primeiros dentes.
e) Aos 3 meses, o bebê já atingiu a maturidade fisiológica,
podendo receber outros alimentos.
Resposta

O Guia Alimentar Brasileiro para crianças menores de 2 anos recomenda que a criança seja
amamentada por 2 anos ou mais e que nos 6 primeiros meses ela receba somente leite
materno. Essa prática é chamada amamentação exclusiva. Nenhum outro tipo de alimento
precisa ser dado ao bebê, nem água, chás ou sucos e outros leites, muito menos papinhas ou
mingaus. Isso se aplica inclusive a regiões quentes, pois o leite materno fornece toda a água
de que o bebê precisa. Antes de iniciar a introdução alimentar é importante observar a
prontidão e maturação do bebê. Qual fator deve ser observado?

a) O bebê não é capaz de lidar com alimentos diferentes do leite materno.


b) Sentar-se com apoio.
c) Ainda não mastiga, apenas suga.
d) Aparecimento dos primeiros dentes.
e) Aos 3 meses, o bebê já atingiu a maturidade fisiológica,
podendo receber outros alimentos.
Pré-escolar

 Compreende crianças entre dois e seis anos de idade.

 A partir do 2º ano de vida, a criança torna-se mais independente.

 Fase decisiva em termos de formação de hábitos alimentares.

 Um importante princípio da alimentação nessa fase da vida é a habilidade de se


autorregularem em relação à ingestão de alimentos.

 A alimentação adequada é fundamental para o crescimento e


o desenvolvimento de crianças nessa faixa etária.
Necessidades nutricionais do pré-escolar
 Energia – utilizar as equações para sexo e faixa etária.

Macronutrientes

Percentual de energia (%) Percentual de energia (%)


Macronutrientes
1-3 anos 4-18 anos

Carboidratos 45-65 45-65

Proteínas 5-20 10-30

Gorduras totais 30-40 25-35

Fonte: adaptado de: IOM (2002).


Micronutrientes
 A ingestão está relacionada à ingestão de energia.
 Deficiências de ferro podem prejudicar o desenvolvimento físico e mental, além de prevenir a
anemia ferropriva.
 A ingestão de cálcio contribui para o desenvolvimento e crescimento ósseo e influencia o
pico de massa óssea e dentária.
 O zinco apresenta papel importante em processos cognitivos, imunológicos.

Cuidados
 A inapetência é a queixa mais comum dessa fase e
deve ser avaliada.
Escolar

 A idade escolar corresponde a uma fase de transição entre a infância e a adolescência e


compreende crianças de sete anos de idade até a puberdade (aproximadamente 10 anos de
idade).

 Observa-se uma crescente independência da criança.

 É uma fase de intensa atividade física, ritmo de crescimento constante, com ganho mais
acentuado de peso próximo ao estirão da adolescência.

 O ambiente familiar, incluindo o comportamento dos pais,


associado ao sedentarismo contribui com o aumento do
peso nessa faixa etária.
Comportamento alimentar
 Estudos têm mostrado que desordens de balanço energético são comuns nessa fase da
vida, podendo haver excesso no consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos, além de
falta de incentivo para a realização de atividade física.
 Aumento da ingestão alimentar.
 Aceitação de alimentos diferentes e preparações elaboradas.
 Omissão do café da manhã.
 Influência dos colegas e adultos.
 Nesse período, os hábitos alimentares da família, o alto
consumo de alimentos ricos em gordura, sal e açúcares, como
salgadinhos, bolachas, refrigerantes, sucos artificiais, lanches,
produtos panificados que contenham gorduras trans e saturada,
aumentam o risco de desenvolvimento de doença
cardiovascular.
Necessidades nutricionais do escolar

 Devem ser suficientes para suprir as demandas de macro e micronutrientes em quantidade e


qualidade adequadas.
 Energia – utilizar as equações para sexo e faixa etária.

Macronutrientes Percentual de energia (%)


Macronutrientes
4-18 anos
Carboidratos 45-65
Proteínas 10-30
Gorduras totais 25-35
Fonte: adaptado de: IOM (2002).
Recomendações nutricionais escolares
 O planejamento alimentar deve respeitar os hábitos alimentares da família e as
características regionais.
 A alimentação do escolar deve incluir todos os grupos de alimentos e ser distribuída em três
refeições principais (café da manhã, almoço e jantar). Além disso, deve-se ter três lanches
para completar a ingestão necessária.
 Devem-se evitar alimentos ultraprocessados ricos em gorduras, sais e açúcares, incluindo
enlatados, embutidos, salgadinhos, condimentos e comidas congeladas.
 Atentar-se às necessidades de ferro, estimulando o consumo de alimentos fonte.
 Consumo diário e variado de frutas, verduras e legumes.
 Controle da ingestão de sal (<5 g/dia) para prevenção de
hipertensão arterial.
 Evitar a substituição de refeições por lanches.
Interatividade

Compreende a faixa etária do pré-escolar as crianças de 2 a 6 anos e é caracterizada por uma


diminuição na velocidade de crescimento ocorrendo diversas mudanças fisiológicas com a
criança. Assim, podemos afirmar:

a) Nessa fase da vida, ocorre um aumento nas necessidades nutricionais, pois a criança
apresenta grande desenvolvimento.
b) Nessa fase ocorre a eclosão dos primeiros dentes, o que pode interferir na
aceitação dos alimentos.
c) A criança nessa fase atinge a maturidade neurológica, o que permite ter liberdade de
deambulação e buscar seu próprio alimento.
d) Nessa fase da vida, a criança apresenta um aumento
de peso e estatura, contribuindo para o aumento da
ingestão alimentar.
e) As crianças nessa fase apresentam grande curiosidade e
experimentam novos alimentos e preparações.
Resposta

Compreende a faixa etária do pré-escolar as crianças de 2 a 6 anos e é caracterizada por uma


diminuição na velocidade de crescimento ocorrendo diversas mudanças fisiológicas com a
criança. Assim, podemos afirmar:

a) Nessa fase da vida, ocorre um aumento nas necessidades nutricionais, pois a criança
apresenta grande desenvolvimento.
b) Nessa fase ocorre a eclosão dos primeiros dentes, o que pode interferir na
aceitação dos alimentos.
c) A criança nessa fase atinge a maturidade neurológica, o que permite ter liberdade de
deambulação e buscar seu próprio alimento.
d) Nessa fase da vida, a criança apresenta um aumento
de peso e estatura, contribuindo para o aumento da
ingestão alimentar.
e) As crianças nessa fase apresentam grande curiosidade e
experimentam novos alimentos e preparações.
Referências

 BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2014.
 BRASIL. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministério da
Saúde, 2019a.
 IOM. Dietary reference intake: applications in dietary assessment. Washington, DC: National
Academy Press, 2002.
 MAHAN LK; ESCOTT-STUMP S. Krause. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 14. ed. São
Paulo: Gen Guanabara Koogan, 0018.
 VANNUCHI, H. et al. Aplicações das recomendações
nutricionais adaptadas à população brasileira. Ribeirão Preto:
SBAN, 1990.
 WHO; FAO. Diet nutrition and the prevention of chronic
diseases: report of the joint WHO/FAO expert. Technical
Report Series, Geneva, n. 916, 2003.
ATÉ A PRÓXIMA!

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