Slides de Aula - Unidade II
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Planejamento de Cardápios
nos Ciclos da Vida
A gestação é um período da vida que traz grande vulnerabilidade biológica decorrente das
alterações fisiológicas impostas ao organismo materno e do aumento das demandas
nutricionais. Ela é constituída de 40 semanas – ou três trimestres.
PERÍODO GESTACIONAL
40 SEMANAS
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E
METABÓLICAS HETEROGÊNEAS
Ganho de peso e anabolismo durante a gestação
Desenvolvimento do feto.
Formação de estruturas maternas durante a gestação (placenta, útero, glândulas mamárias e
sangue) – aumento de 15 a 20% da TMB.
Depósitos energéticos utilizados durante
o parto e a lactação.
Distribuição de ganho de peso
durante a gestação.
Náuseas e vômitos
Necessidades energéticas
Durante a gestação, a mulher necessita de uma quantidade maior de calorias para suprir o
elevado gasto energético ocasionado pelo aumento da Taxa de Metabolismo Basal (TMB) e
para formar os depósitos de energia dos tecidos materno e fetal.
EER para a gestação (IOM, 2004)
Estágio de vida Equação
14-18 anos 135,3 – 30,8 X idade (anos) + NAF X (10,0 X peso + 934 X altura
+ 25 Kcal + DEG
19-50 anos 354 – 6,91 X idade (anos) + NAF X (9,36 X peso + 726 X altura
(m)) + DEG
1º trimestre (1 a 13 semanas) – 0
2º trimestre (14 a 27 semanas) – 340 Kcal
3º trimestre (a partir 28 semanas) – 452 Kcal
Proteínas
Durante a gestação, ocorre síntese elevada de proteínas, o que aumenta as demandas
nutricionais desse macronutriente com o intuito de contribuir com o crescimento fetal,
placentário e dos tecidos mamários.
2º trimestre
EAR: 0,88 g/kg ou adicional de 21 g/dia
RDA: 1,1 g/kg ou adicional de 25 g/dia
ou 71 g/dia
Lipídeos
São importantes fontes de energia, não devendo ultrapassar 30% do VET.
A dieta deve ser composta de gorduras “saudáveis” como a poli-insaturada, em especial as
provenientes de alimentos fonte de ácidos graxos ômega 6 e 3, essenciais ao funcionamento
adequado do sistema uteroplacentário e do sistema nervoso.
Carboidratos
Fornecer calorias suficientes.
Prevenir cetose.
Manter os níveis de glicose sanguínea apropriados para a
gravidez.
Interatividade
B.F.I., gestante, 43 anos, 1,70 cm, peso atual 76 kg, peso pré-gestacional 72 kg, 16ª semana
de gestação é encaminhada pelo médico para o atendimento nutricional. Na anamnese, a
gestante relata pirose e náuseas desde o início da gestação. Relata também consumir sucos
de fruta, principalmente de laranja, e pão diariamente; doce com creme uma vez ao dia. Qual é
a sua conduta em relação à situação relatada?
B.F.I., gestante, 43 anos, 1,70 cm, peso atual 76 kg, peso pré-gestacional 72 kg, 16ª semana
de gestação é encaminhada pelo médico para o atendimento nutricional. Na anamnese, a
gestante relata pirose e náuseas desde o início da gestação. Relata também consumir sucos
de fruta, principalmente de laranja, e pão diariamente; doce com creme uma vez ao dia. Qual é
a sua conduta em relação à situação relatada?
Ferro
O período de maior demanda de ferro acontece no último trimestre da gestação, em virtude
do aumento das necessidades de oxigênio do binômio mãe/bebê.
A carência desse nutriente pode levar à anemia, aumentando o risco de parto prematuro e
morte perinatal.
O Ministério da Saúde, no Programa Nacional de
Suplementação com Ferro, recomenda a dose de 60 mg de Fe
para todas as gestantes a partir da 20ª semana de gestação.
Zinco
Deficiência – está relacionada ao aborto espontâneo, ao retardo do crescimento intrauterino
(RCIU), à prematuridade, à pré-eclâmpsia, entre outros.
Suplementação – 25 mg/dia de zinco, com o intuito de minimizar o risco de complicações
associadas à carência desse mineral.
Cálcio
Papel fundamental na formação de ossos e dentes, no processo de contração muscular,
na transmissão de impulsos nervosos e na coagulação sanguínea.
Recomendações – são de 700 mg/dia a 1.300 mg/dia,
dependendo da idade e da fase em que o
indivíduo se encontra.
Ácido fólico
Necessidade aumentada durante a gestação – divisão celular e síntese proteica
(DNA e RNA)
Ingestão insuficiente: aborto, descolamento da placenta, Defeito do Tubo Neural (DTN):
morte no 1º mês de vida/limitações físicas ou mentais.
Uma combinação de dieta rica em folato e a suplementação de ácido fólico seria a
recomendação adequada para prevenir a deficiência desse nutriente, assim como suas
consequências na gestação.
Vitamina A
No Brasil, o Ministério da Saúde (2013), no Programa
Nacional de Suplementação de Vitamina A, recomenda a
suplementação dessa vitamina, com o intuito de controlar sua
deficiência em crianças e mulheres no pós-parto imediato.
Vitamina C
Recomenda-se a ingestão diária de 85 mg para gestantes entre 19 e 50 anos, necessidade
que é facilmente alcançada por meio da alimentação rica em frutas e hortaliças.
Vitamina D
A deficiência de vitamina D associa-se a distúrbios da homeostase óssea na criança, à
redução da mineralização óssea e ao aumento no risco de fraturas.
Recomendações para a nutriz
Necessidades energéticas
A energia proveniente dos alimentos ingeridos deve ser suficiente para atender às
necessidades de produção de leite, bem como assegurar a manutenção da saúde da nutriz e
do lactente, preservando a composição corporal e o peso da mãe.
Nos primeiros seis meses após o parto, uma lactante bem nutrida perde cerca de
0,8 kg/mês, o que é equivalente a 170 kcal/dia (6.500 kcal/kg) de perda de peso.
Estado nutricional
Semestre de lactação
gestacional
1º semestre
Adequado NEE = NEE (adolescente ou adulto) + 505 kcal
(675 kcal – 170 kcal)
1º semestre
Baixo peso
NEE = NEE (adolescente ou adulto) + 675 kcal
Carboidratos
Fornecer calorias suficientes.
Necessidades de micronutrientes
Você deverá elaborar o cardápio para uma nutriz no 2º semestre de lactação. Quais fatores
devem ser considerados para elaborar uma orientação nutricional?
Você deverá elaborar o cardápio para uma nutriz no 2º semestre de lactação. Quais fatores
devem ser considerados para elaborar uma orientação nutricional?
As fases posteriores: pré-escolar (dois a seis anos de idade) e escolar (sete a dez anos) são
destacadas por estágios de aumento da socialização, independência e individualidade,
características que fazem com que a criança expresse suas preferências alimentares.
Lactentes
De acordo com a OMS (WHO, 2010), recomenda-se o aleitamento materno até os dois anos
de idade e como alimento exclusivo até os seis meses de vida do bebê.
Idade EER
Carboidratos 45- 65
Proteínas 5-20
Carboidratos
Representam 50% da energia proveniente do leite materno.
O leite materno (LM) não é fonte de fibras.
Orienta-se, assim, que entre os seis e 12 meses de idade,
sejam consumidos alimentos fontes de fibra.
Proteínas
São importantes, pois nessa fase o crescimento e desenvolvimento se encontram
acelerados.
Lipídeos
São de suma importância, pois nessa fase o crescimento e desenvolvimento se encontram
acelerados.
Vitaminas
O leite materno apresenta vitaminas em proporções
adequadas, com exceção da vitamina D.
Minerais
O aleitamento materno exclusivo supre a necessidade do bebê
durante os seis primeiros meses de vida.
Alimentação complementar
Consiste na introdução de qualquer tipo de alimento na dieta de uma criança que até então
se encontrava em aleitamento materno exclusivo.
Devem ser oferecidos à criança alimentos em diversidade de cores, sabores, texturas e
cheiros.
Introdução alimentar
A criança deverá receber o alimento/preparação amassado com o garfo. Depois, deve-se
evoluir na consistência, deixando os alimentos mais picados e em pedaços.
Quando maior, a criança pode receber a preparação/comida
semelhante à da família, com auxílio no corte dos pedaços
grandes, quando necessário.
Respeite a quantidade de alimentos a ser oferecida para a
criança e aumente o volume a servir com o tempo.
Introduza gradativamente novos alimentos, novos cheiros,
sabores e texturas, principalmente no primeiro ano de vida.
O consumo precoce de açúcar pode contribuir com o ganho de peso excessivo durante a
infância, aumentando as chances do desenvolvimento de obesidade e outras DCNT na vida
adulta. É importante que ele não seja oferecido às crianças menores de dois anos.
O Guia Alimentar Brasileiro para crianças menores de 2 anos recomenda que a criança seja
amamentada por 2 anos ou mais e que nos 6 primeiros meses ela receba somente leite
materno. Essa prática é chamada amamentação exclusiva. Nenhum outro tipo de alimento
precisa ser dado ao bebê, nem água, chás ou sucos e outros leites, muito menos papinhas ou
mingaus. Isso se aplica inclusive a regiões quentes, pois o leite materno fornece toda a água
de que o bebê precisa. Antes de iniciar a introdução alimentar é importante observar a
prontidão e maturação do bebê. Qual fator deve ser observado?
O Guia Alimentar Brasileiro para crianças menores de 2 anos recomenda que a criança seja
amamentada por 2 anos ou mais e que nos 6 primeiros meses ela receba somente leite
materno. Essa prática é chamada amamentação exclusiva. Nenhum outro tipo de alimento
precisa ser dado ao bebê, nem água, chás ou sucos e outros leites, muito menos papinhas ou
mingaus. Isso se aplica inclusive a regiões quentes, pois o leite materno fornece toda a água
de que o bebê precisa. Antes de iniciar a introdução alimentar é importante observar a
prontidão e maturação do bebê. Qual fator deve ser observado?
Macronutrientes
Cuidados
A inapetência é a queixa mais comum dessa fase e
deve ser avaliada.
Escolar
É uma fase de intensa atividade física, ritmo de crescimento constante, com ganho mais
acentuado de peso próximo ao estirão da adolescência.
a) Nessa fase da vida, ocorre um aumento nas necessidades nutricionais, pois a criança
apresenta grande desenvolvimento.
b) Nessa fase ocorre a eclosão dos primeiros dentes, o que pode interferir na
aceitação dos alimentos.
c) A criança nessa fase atinge a maturidade neurológica, o que permite ter liberdade de
deambulação e buscar seu próprio alimento.
d) Nessa fase da vida, a criança apresenta um aumento
de peso e estatura, contribuindo para o aumento da
ingestão alimentar.
e) As crianças nessa fase apresentam grande curiosidade e
experimentam novos alimentos e preparações.
Resposta
a) Nessa fase da vida, ocorre um aumento nas necessidades nutricionais, pois a criança
apresenta grande desenvolvimento.
b) Nessa fase ocorre a eclosão dos primeiros dentes, o que pode interferir na
aceitação dos alimentos.
c) A criança nessa fase atinge a maturidade neurológica, o que permite ter liberdade de
deambulação e buscar seu próprio alimento.
d) Nessa fase da vida, a criança apresenta um aumento
de peso e estatura, contribuindo para o aumento da
ingestão alimentar.
e) As crianças nessa fase apresentam grande curiosidade e
experimentam novos alimentos e preparações.
Referências
BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2014.
BRASIL. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministério da
Saúde, 2019a.
IOM. Dietary reference intake: applications in dietary assessment. Washington, DC: National
Academy Press, 2002.
MAHAN LK; ESCOTT-STUMP S. Krause. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 14. ed. São
Paulo: Gen Guanabara Koogan, 0018.
VANNUCHI, H. et al. Aplicações das recomendações
nutricionais adaptadas à população brasileira. Ribeirão Preto:
SBAN, 1990.
WHO; FAO. Diet nutrition and the prevention of chronic
diseases: report of the joint WHO/FAO expert. Technical
Report Series, Geneva, n. 916, 2003.
ATÉ A PRÓXIMA!