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Olá!

Me chamo Morgana Diefenthaeler Marques (Difa) e estaremos juntos na matéria


de Legislação de Trânsito durante este curso.

Nossa matéria, que constituiu um bloco inteiro nas últimas duas provas da PRF,
será separada em duas grandes partes:

Código de Trânsito Brasileiro

Resoluções do CONTRAN

Cada uma dessas partes será separada em apostilas menores, para facilitar o
seu estudo.

Onde encontrar o CTB inteiro? Preciso ler a lei seca?

Você pode encontrar o CTB inteiro, atualizado e consolidado no site do Planalto,


clicando aqui. Porém, não recomendo que você se aventure na leitura da lei seca do
Código sozinho. Todos os dispositivos pertinentes ao nosso estudo se encontram
transcritos na nossa apostila, devidamente explicados e contextualizados para a sua
compreensão.

Bora lá?

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SUMÁRIO

DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO......... 04

1. INTRODUÇÃO AO CTB....................................................................... 04

2. ABRANGÊNCIA DO CTB.................................................................... 05

2.1. Conceito de Trânsito......................................................................................................... 06

2.2. Direito de Todos e Dever dos órgãos e entidades do SNT....... 09

3. RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO......................... 10

3.1. Elementos da responsabilidade........................................................................... 10

3.2. Modalidade de responsabilidade...................................................................... 10

3.2.1. Responsabilidade dos órgãos de trânsito......................................... 12

4. PRIORIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO...................................... 13

5. VIAS TERRESTRES.............................................................................. 15

5.1. Conceito de Via...................................................................................................................... 15

5.2. Tipos de Vias Terrestres................................................................................................ 16

6. APLICAÇÃO DO CTB......................................................................... 17

7. ANEXO I DO CTB................................................................................ 18

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO


DE TRÂNSITO BRASILEIRO

1. INTRODUÇÃO AO CTB

O Código de Trânsito Brasileiro – CTB foi instituído pela Lei Federal nº 9.503/97,
publicado no ano de 1997.

O CTB é produto do exercício da competência privativa da União para legislar


sobre trânsito, trazida pelo art. 22, XI, da Constituição Federal:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

XI - trânsito e transporte;

O CTB é constituído por mais de 300 artigos e 2 anexos, encontrando-se assim


estruturado:

Esta será basicamente a ordem dos assuntos que iremos abordar durante
nossas aulas:
· Disposições preliminares
· Sistema Nacional de Trânsito
· Normas Gerais de Circulação e Conduta

4
·
1
Motoristas Profissionais
DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

· Escolares
· Moto-frete e Mototáxi
· Pedestres
· Educação para o Trânsito
· Sinalização de Trânsito
· Veículos
· Habilitação
· Penalidades e medidas administrativas
· Infrações de trânsito
· Processo administrativo
· Crimes de Trânsito

2. ABRANGÊNCIA DO CTB

A abrangência do CTB (sua territorialidade) está contida no art. 1º do CTB:

Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional,


abertas à circulação, rege-se por este Código.

o Trânsito de Qualquer Natureza

Significa que o CTB abrangerá todos os tipos de circulação nas vias, seja de
veículos, pessoas, animais.

o Vias Terrestres do Território Nacional

Veremos adiante quais são a vias terrestres abrangidas pelo CTB.

Quanto ao território nacional, o CTB regula apenas as vias que se encontram


dentro do Brasil: mesmo que uma determinada via se prolongue para fora do território
nacional, o Código vai parar de exercer influência sobre as relações jurídicas que ali
acontecem.

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DE TRÂNSITO BRASILEIRO

o Abertas à Circulação

O CTB atinge somente as vias que são abertas à circulação do público, independente
de se tratar de uma via pública ou uma via privada. Cuidado para não confundir os dois
conceitos, pois é possível que uma via privada seja aberta à circulação do público.

Existe uma exceção para este dispositivo: a parte criminal


do CTB. Estudaremos, no capítulo relativo aos crimes, que
há alguns crimes de trânsito que podem ocorrer fora das
vias terrestres abertas à circulação (vias privadas propriamente ditas). A parte
administrativa, porém, somente é aplicável nas vias terrestres definidas na forma que
vimos acima.

2.1. CONCEITO DE TRÂNSITO


Trânsito é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em
grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação
de carga ou descarga:

Vamos dar uma olhada um pouco melhor nessas atividades:

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

· Circulação

Segundo o Anexo I do CTB, circulação é a movimentação de pessoas, animais e


veículos em deslocamento, conduzidos ou não, em vias públicas ou privadas abertas ao
público e de uso coletivo.

· Parada

Segundo o Anexo I do CTB, parada é a imobilização do veículo com a finalidade


e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de
passageiros.

· Estacionamento

Estacionamento, conforme o Anexo I do CTB, é a imobilização de veículos por


tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros.

Ou seja, o fator que diferencia uma operação de “parada” de uma operação de


“estacionamento” é a atividade que vai ser realizada e o tempo necessário para isso
(embarque ou desembarque de passageiros).

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

A parada e o estacionamento são tipos de imobilização do veículo, enquanto


conceitos técnicos, são definidos em razão do tempo que é necessário para fazer
embarque e desembarque de passageiros. Observe que:

· Quando a imobilização envolve carga e descarga (e isso inclui coisas e


animais), sempre se considerará que o veículo está estacionado;
· Nem sempre o CTB é tão técnico ao utilizar os termos que ele mesmo
define. Veja, por exemplo, o art. 183, que utiliza o termo “parar” o veículo
quando, na verdade, deveria utilizar o termo “imobilizar” o veículo (porque
a infração de parar o veículo sobre a faixa de pedestres para realizar
embarque/desembarque já está descrita no art. 182, VI):

Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal


luminoso:

Infração - média;

Penalidade - multa.

Art. 182. Parar o veículo:

VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas ilhas, refúgios,


canteiros centrais e divisores de pista de rolamento e marcas de canalização:

Infração - leve;

Penalidade - multa;

· Carga e Descarga

Segundo o Anexo I do CTB, operação de carga e descarga é imobilização do


veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou descarregamento de
animais ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito
competente com circunscrição sobre a via.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

2.2. DIREITO DE TODOS E DEVER DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DO SNT


Segundo o §2º do artigo primeiro do CTB:

§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos


órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes
cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas
destinadas a assegurar esse direito.

Observe que a emenda constitucional nº 82/2014 elevou a segurança viária ao


status de direito constitucional:

§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da


incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:

I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de


outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à
mobilidade urbana eficiente; e

II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,


aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira, na forma da lei.

A promoção da segurança viária como DEVER dos integrantes do SNT é algo


que notaremos em diversos dispositivos do nosso estudo: desde as competências
específicas de cada um deles (com a prioridade que veremos no próximo capítulo),
passando pelas normas de circulação até a definição das infrações e crimes de trânsito.
Tudo gira ao redor do nosso grande princípio orientador que é a segurança viária.

Ainda, a criação do PNATRANs – Plano Nacional de Redução de Mortes e


Lesões no Trânsito (instituído por lei federal e regulamentado pelo CONTRAN) caminha
exatamente no sentido de promover a segurança viária, a nível multisetorial e articulando
todos os órgãos possíveis, através da entrega de efetiva redução no número de vítimas
em sinistros de trânsito. Voltaremos a falar sobre o PNATRANs em outros momentos!

Por fim, a educação para o trânsito também é dever dos órgãos e direito de todos:

Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário
para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

3. RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO

O §3º do artigo traz a seguinte disposição sobre a responsabilidade dos órgãos de


trânsito:

§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito


respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por
danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na
execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o
exercício do direito do trânsito seguro.

3.1. ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE


A responsabilidade é formada por alguns elementos:

· Ação, erro ou omissão: existe algo que foi feito (independente de ser algo certo
ou algo errado) ou que não foi feito por uma determinada pessoa (física ou
jurídica);
· Dano: existe um dano causado a alguma outra pessoa;
· Nexo causal: o dano que existiu foi decorrente daquela ação ou omissão;
· Dolo ou culpa: este elemento está presente apenas na responsabilidade
subjetiva, estando ausente na equação da responsabilidade objetiva. Ele indica
que a pessoa que praticou a ação/omissão (1) queria causar aquele dano ou
assumiu o risco de o dano acontecer (dolo), ou (2) não queria causar aquele
dano, mas o fato de ter agido com negligência, imprudência ou imperícia
provocou o resultado danoso (culpa).

3.2. MODALIDADE DE RESPONSABILIDADE


A responsabilidade administrativa que aprendemos em Direito Constitucional e
Direito Administrativo (com base no que diz a Constituição Federal e no Código Civil)
é entendida como sendo objetiva para as ações da Administração Pública e subjetiva
para as omissões.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

CF, Art. 37 § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

CC, Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos
a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se
houver por parte destes, culpa ou dolo.

Assim, se adota tradicionalmente a teoria da responsabilidade objetiva da


Administração, que tem o dever de indenizar pelos danos causados em decorrência dos
atos praticados (ações). Nestes casos, não se questiona a existência de dolo ou de culpa
da Administração, bastando estarem presentes apenas os 3 elementos da equação:

Dano
Ação

Nexo
Causal

Responsabilidade Objetiva da
Administração
Indenização

No caso das omissões da Administração, apesar de existirem divergências


doutrinárias e jurisprudenciais, entende-se que é necessário, comprovar a existência do
DOLO ou de alguma das modalidades de CULPA, adotando-se a teoria da responsabilidade
subjetiva da Administração:

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Responsabilidade Subjetiva
da Administração

3.2.1. RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO


Na parte específica de trânsito, a responsabilidade é tratada de forma um pouco
diferente: ela sempre será OBJETIVA, independentemente de o dano ter se originado de
ação ou omissão da Administração Pública:

Art. 1º, § 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de


Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente,
por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na
execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o
exercício do direito do trânsito seguro.

Não há, assim, necessidade de se comprovar dolo ou culpa por parte do órgão de
trânsito.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Sempre existe a possibilidade de acontecer alguma excludente ou mitigação de


responsabilidade, por exemplo, culpa exclusiva da vítima; culpa exclusiva de terceiro;
caso fortuito, força maior ou culpa concorrente. Nesses
casos, mesmo que ocorra o dano e todos os elementos da
equação da responsabilidade estejam presentes, não haverá
responsabilidade do órgão público.

4. PRIORIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO

A prioridade para todas as ações dos integrantes do SNT é a DEFESA DA VIDA.

§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de


Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a
preservação da saúde e do meio-ambiente.

Perceba que esta prioridade está perfeitamente alinhada com o dever que todos
os órgãos do SNT têm de promover o trânsito em condições seguras.

CUIDADO para não confundir PRIORIDADE do SNT com os


OBJETIVOS do SNT e as COMPETÊNCIAS de cada órgão. A
banca gosta de trocar estes conceitos para fazer você errar a
questão.

Há, ainda, duas questões que são incluídas dentro da defesa da vida:

 a preservação da saúde;

 a preservação do meio ambiente.

Se essas disposições fossem representadas graficamente, chegaríamos ao


seguinte mapa mental:

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Há, ainda, outras duas prioridade instituída pelo CTB, lá nos arts. 74 e 326-A:

Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário
para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito.

Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito, no que


se refere à política de segurança no trânsito, deverá voltar-se prioritariamente
para o cumprimento de metas anuais de redução de índice de mortos por
grupo de veículos e de índice de mortos por grupo de habitantes, ambos
apurados por Estado e por ano, detalhando-se os dados levantados e as ações
realizadas por vias federais, estaduais e municipais. (Incluído pela
Lei nº 13.614, de 2018)

Observe, assim, que há três prioridades que devem ser observadas pelos órgãos
do SNT quando forem estabelecer as ações específicas que adotarão dentro das suas
competências:

 defesa da vida (que inclui saúde e meio-ambiente);

 educação para o trânsito

 cumprimento das metas do PNATRANs

Você consegue perceber como estas prioridades são complementares? A


educação e a redução no número de mortos e lesionados no trânsito possui impacto
direto na preservação da vida e da saúde, levando, em última instância, ao dever que
todos os órgãos do SNT têm: promover um trânsito em condições seguras.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Indo do mais geral para o mais específico, poderíamos expressar graficamente


estas disposições da seguinte forma:

5. VIAS TERRESTRES

5.1. CONCEITO DE VIA


VIA, segundo o Anexo I do CTB, é a superfície por onde transitam veículos,
pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro
central.

Veja que o conceito de via menciona apenas alguns dos seus elementos, assim
definidos pelo Anexo I:

Pista- parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos,


identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação
às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.

Calçada- parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não


destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e,

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DE TRÂNSITO BRASILEIRO

quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação


e outros fins.

Acostamento- parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à


parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação
de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim.

Ilha - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação


dos fluxos de trânsito em uma interseção.

Canteiro Central - obstáculo físico construído como separador de duas pistas


de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício).

Veremos mais sobre os elementos das vias nos capítulos adiante.

5.2. TIPOS DE VIAS TERRESTRES


O art. 2º do CTB define aquelas que são as vias terrestres onde a parte
administrativa do Código será aplicável.

Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os


logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão
seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas,
de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.

Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias


terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes
aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de
estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação
dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

O caput do artigo define as vias terrestres tradicionalmente conhecidas, e o


parágrafo único traz alguns tipos de vias que são equiparadas a estas vias terrestres
para fins de aplicação do Código.

Há duas vias previstas no parágrafo único que são vias privadas,


mas abertas à circulação do público:

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

 Praias abertas à circulação pública [PÚBLICA]


 Vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades
autônomas [PRIVADA]
 Vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo
[PRIVADA]

As áreas portuárias também constituem vias terrestres passíveis de fiscalização,


se for realizado convênio para essa finalidade:

Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade concessionária de porto


organizado poderá celebrar convênios com os órgãos previstos no art. 7o, com
a interveniência dos Municípios e Estados, juridicamente interessados, para o
fim específico de facilitar a autuação por descumprimento da legislação de
trânsito. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) – este artigo não costuma ser
cobrado nas provas

Voltaremos a falar sobre os tipos de vias e suas classificações quando estudarmos


as normas de circulação e conduta.

6. APLICAÇÃO DO CTB

O art. 3º do CTB prevê a quem são aplicáveis as suas disposições:

Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem


como aos proprietários, condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e
às pessoas nele expressamente mencionadas

Assim, o CTB é aplicável todos que estejam transitando em território nacional:


pessoas, veículos e animais, sejam eles nacionais ou estrangeiros.

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DE TRÂNSITO BRASILEIRO

7. ANEXO I DO CTB

O Anexo I do CTB traz uma série de conceitos técnicos importantes para a


compreensão dos seus dispositivos. Observe, porém, que o CTB nem sempre esgota
a definição de determinado termo quando o conceitua no Anexo I: para ter uma noção
completa, por exemplo, sobre acostamento, é necessário estudar todos os dispositivos
do CTB que lhe fazem menção.

A leitura do Anexo I é bastante intuitiva.

Transcrevo para você o Anexo I na sua literalidade, frisando os pontos mais


importantes. Existem muitos alunos que não realizam a leitura do Anexo I do CTB por
não o considerarem importante para os estudos, mas acreditamos que estas referências
ajudam a formar uma base melhor para compreensão do restante para a matéria.

Somos da filosofia #SemPontosFracos.

Retomaremos cada um desses termos quando o assunto for pertinente:

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada


ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e
bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim.

AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo, originário dos alvéolos


pulmonares.

ÁREA DE ESPERA - área delimitada por 2 (duas) linhas de retenção, destinada


exclusivamente à espera de motocicletas, motonetas e ciclomotores, junto à aproximação
semafórica, imediatamente à frente da linha de retenção dos demais veículos.

AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, com


capacidade para até oito pessoas, exclusive o condutor.

AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - agente de trânsito e policial rodoviário


federal que atuam na fiscalização, no controle e na operação de trânsito e no
patrulhamento, competentes para a lavratura do auto de infração e para os procedimentos
dele decorrentes, incluídos o policial militar ou os agentes referidos no art. 25-A deste
Código, quando designados pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via,
mediante convênio, na forma prevista neste Código.

AGENTE DE TRÂNSITO - servidor civil efetivo de carreira do órgão ou entidade


executivos de trânsito ou rodoviário, com as atribuições de educação, operação
e fiscalização de trânsito e de transporte no exercício regular do poder de polícia de
trânsito para promover a segurança viária nos termos da Constituição Federal.

AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou entidade executivo


integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada.

BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical passando pelos centros das
rodas traseiras extremas e o ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos os
elementos rigidamente fixados ao mesmo.

BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para
efeito deste Código, similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao estacionamento de bicicletas.

BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre trilhos.

BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada por linhas longitudinais
de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos.

CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada


à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à
implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.

CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro.

CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga com peso bruto total de


até três mil e quinhentos quilogramas.

CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no


mesmo compartimento.

CAMINHÃO - veículo automotor destinado ao transporte de carga com peso bruto


total superior a 3.500 kg (três mil e quinhentos quilogramas), podendo tracionar ou
arrastar outro veículo, respeitada a capacidade máxima de tração.

CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como separador de duas pistas


de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício).

CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a unidade de tração é capaz


de tracionar, indicado pelo fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de
geração e multiplicação de momento de força e resistência dos elementos que compõem
a transmissão.

CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos automotores em sinal de


regozijo, de reivindicação, de protesto cívico ou de uma classe.

CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no transporte de pequenas


cargas.

CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte de carga.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz utilizado na sinalização


de vias e veículos (olho-de-gato).

CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao transporte de pessoas.

CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana.

CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos,


delimitada por sinalização específica.

CICLOMOTOR - veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de motor de combustão


interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³ (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente
a 3,05 pol 3 (três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de propulsão
elétrica com potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima
de fabricação não exceda a 50 Km/h (cinquenta quilômetros por hora). (Redação
dada pela Lei nº 14.071, de 2020)

CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do


tráfego comum.

CIRCULAÇÃO - movimentação de pessoas, animais e veículos em deslocamento,


conduzidos ou não, em vias públicas ou privadas abertas ao público e de uso coletivo.

CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à direita, de mudança da direção


original do veículo.

CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível.

DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha a função específica de


proporcionar maior segurança ao usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo
que possam colocar em risco sua integridade física e dos demais usuários da via, ou
danificar seriamente o veículo.

ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo superior ao necessário


para embarque ou desembarque de passageiros.

ESTRADA - via rural não pavimentada.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar.

FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, delimitada por lei específica
e sob responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito competente com circunscrição
sobre a via.

FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista pode
ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma
largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores.

FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na


legislação de trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito
de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as
competências definidas neste Código.

FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou impedimento de


locomoção na faixa apropriada.

FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a manter o veículo imóvel na


ausência do condutor ou, no caso de um reboque, se este se encontra desengatado.

FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a diminuir a marcha do


veículo no caso de falha do freio de serviço.

FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a diminuição da marcha do


veículo ou pará-lo.

GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço, adotados


exclusivamente pelos agentes de autoridades de trânsito nas vias, para orientar, indicar
o direito de passagem dos veículos ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se ou
completando outra sinalização ou norma constante deste Código.

GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de braço, adotados


exclusivamente pelos condutores, para orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra
de mudança de direção, redução brusca de velocidade ou parada.

ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação dos


fluxos de trânsito em uma interseção.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas


emanadas do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação
estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito.

INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo


as áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações.

INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para atender circunstância


momentânea do trânsito.

LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações do proprietário de


veículo, comprovado por meio de documento específico (Certificado de Licenciamento
Anual).

LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela municipalidade à circulação,


parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada,
parques, áreas de lazer, calçadões.

LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo


transporta, expressa em quilogramas para os veículos de carga, ou número de pessoas,
para os veículos de passageiros.

LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais e que com elas
se limita.

LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até uma grande distância
do veículo.

LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via diante do veículo, sem
ocasionar ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários
da via que venham em sentido contrário.

LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais usuários da via, que se
encontram atrás do veículo, que o condutor está aplicando o freio de serviço.

LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo destinada a indicar


aos demais usuários da via que o condutor tem o propósito de mudar de direção para a
direita ou para a esquerda.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar atrás do veículo e advertir


aos demais usuários da via que o veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma
manobra de marcha à ré.

LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a iluminação da via em caso


de neblina, chuva forte ou nuvens de pó.

LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indicar a presença e a largura


do veículo.

MANOBRA - movimento executado pelo condutor para alterar a posição em que o


veículo está no momento em relação à via.

MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas, marcações, símbolos


ou legendas, em tipos e cores diversas, apostos ao pavimento da via.

MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para até


vinte passageiros.

MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou sem side-car, dirigido por
condutor em posição montada.

MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posição


sentada.

MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja carroçaria seja fechada e


destinada a alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas.

NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o nascer do sol.

ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais de


vinte passageiros, ainda que, em virtude de adaptações com vista à maior comodidade
destes, transporte número menor.

OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veículo, pelo tempo


estritamente necessário ao carregamento ou descarregamento de animais ou carga,
na forma disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com
circunscrição sobre a via.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado nos conceitos de


Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez, de estacionamento e parada na
via, de forma a reduzir as interferências tais como veículos quebrados, acidentados,
estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros imediatos e
informações aos pedestres e condutores.

PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente


necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.

PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea ou
trilho de bonde com pista própria.

PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem à frente de outro veículo


que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.

PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à transposição de vias, em


desnível subterrâneo, e ao uso de pedestres ou veículos.

PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, e ao


uso de pedestres.

PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada


por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à circulação
exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.

PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária Federal com o objetivo


de garantir obediência às normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando
acidentes.

PATRULHAMENTO OSTENSIVO - função exercida pela Polícia Rodoviária Federal


com o objetivo de prevenir e reprimir infrações penais no âmbito de sua competência e
de garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito, de forma a assegurar
a livre circulação e a prevenir acidentes.

PATRULHAMENTO VIÁRIO - função exercida pelos agentes de trânsito dos órgãos


e entidades executivos de trânsito e rodoviário, no âmbito de suas competências, com
o objetivo de garantir a segurança viária nos termos do § 10 do art. 144 da Constituição
Federal.
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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural.

PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, constituído
da soma da tara mais a lotação.

PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo transmitido ao pavimento pela


combinação de um caminhão-trator mais seu semi-reboque ou do caminhão mais o seu
reboque ou reboques.

PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em caráter de advertência,


destinada a indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em
situação de emergência.

PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada


por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou
aos canteiros centrais.

PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao lado ou suspensos


sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis,
mediante símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas como sinais
de trânsito.

POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida pelas Polícias Militares


com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de
garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre
circulação e evitando acidentes.

PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens opostas de uma


superfície líquida qualquer.

REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor.

REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de regulamentação pelo


órgão ou entidade competente com circunscrição sobre a via, definindo, entre outros,
sentido de direção, tipo de estacionamento, horários e dias.

REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida, destinada ao uso de


pedestres durante a travessia da mesma.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

RENACH - Registro Nacional de Carteiras de Habilitação.

RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores.

RETORNO - movimento de inversão total de sentido da direção original de veículos.

RODOVIA - via rural pavimentada.

SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apóia na sua unidade tratora


ou é a ela ligado por meio de articulação.

SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se utilizam de placas,


marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos
e gestos, destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e
pedestres.

SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados


na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor
fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam.

SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente pelos agentes da


autoridade de trânsito nas vias, para orientar ou indicar o direito de passagem dos
veículos ou pedestres, sobrepondo-se ou completando sinalização existente no local ou
norma estabelecida neste Código.

TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento,


do combustível, das ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de
incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.

TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, quatro, ou seis rodas,
acoplado ou adaptado à traseira de automóvel ou camionete, utilizado em geral em
atividades turísticas como alojamento, ou para atividades comerciais.

TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias


terrestres.

TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de uma faixa demarcada


para outra.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

TRATOR - veículo automotor construído para realizar trabalho agrícola, de construção


e pavimentação e tracionar outros veículos e equipamentos.

ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca


no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando
sair e retornar à faixa de origem.

UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive


fora de estrada.

VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados, sendo um deles


automotor.

VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão que circule por seus
próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas,
ou para a tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O
termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam
sobre trilhos (ônibus elétrico).

VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de carga, podendo transportar


dois passageiros, exclusive o condutor.

VEÍCULO DE COLEÇÃO - veículo fabricado há mais de 30 (trinta) anos, original ou


modificado, que possui valor histórico próprio. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de
2020)

VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o primeiro um veículo


automotor e os demais reboques ou equipamentos de trabalho agrícola, construção,
terraplenagem ou pavimentação.

VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado ao transporte de carga


com peso bruto total máximo superior a dez mil quilogramas e de passageiros, superior
a vinte passageiros.

VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao transporte de pessoas e suas


bagagens.

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1 DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO
DE TRÂNSITO BRASILEIRO

VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e


passageiro.

VEÍCULO EM ESTADO DE ABANDONO - veículo estacionado na via ou em


estacionamento público, sem capacidade de locomoção por meios próprios e que,
devido a seu estado de conservação e processo de deterioração, ofereça risco à saúde
pública, à segurança pública ou ao meio ambiente, independentemente de encontrar-se
estacionado em local permitido.

VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a


pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central.

VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais com


trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e
sem travessia de pedestres em nível.

VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada


por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.

VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha


necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o
trânsito dentro das regiões da cidade.

VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas,


destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas.

VIA RURAL - estradas e rodovias.

VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação


pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis
edificados ao longo de sua extensão.

VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias destinadas à circulação


prioritária de pedestres.

VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de terreno


ou servir de passagem superior.

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