Trabalho Científico - UAN - Pesquisa de Campo 31.10
Trabalho Científico - UAN - Pesquisa de Campo 31.10
Trabalho Científico - UAN - Pesquisa de Campo 31.10
Trabalho Científico
RGM: 23798807
São Paulo
2023
Curso de Nutrição EaD – Metodologia Semipresencial
Universidade Cruzeiro do Sul
Trabalho Científico
RGM: 23798807
São Paulo
2023
Aproveitamento Integral dos Alimentos para Promover a
Sustentabilidade e a Saúde
RESUMO
O objetivo fundamental do aproveitamento integral dos alimentos é minimizar o
desperdício de partes comestíveis dos alimentos. Isso ajuda a economizar recursos naturais,
reduzir a poluição, consumo de combustível fóssil e diminuir a quantidade de alimentos
descartados.
Aproveitamento integral de nutrientes, muitas partes dos alimentos que normalmente
são descartadas, como cascas, talos e folhas, contêm nutrientes importantes, como fibras,
vitaminas e minerais. Aproveitar essas partes é uma maneira de aumentar o valor nutricional
das refeições.
Alguns exemplos de aproveitamento integral dos alimentos incluem o uso de cascas de
frutas em compotas, geleias, a utilização de talos de vegetais em sopas, cremes, saladas, arroz,
o aproveitamento de partes de animais que normalmente são descartadas (como miudezas), e
a produção de caldos a partir de sobras de legumes e carne.
O aproveitamento integral dos alimentos está alinhado com práticas sustentáveis, pois
reduz a pressão sobre os recursos naturais, contribui para a segurança alimentar e ajuda a
minimizar a produção de resíduos.
Incentivo a criatividade culinária, incentiva a criatividade na cozinha, já que as
pessoas precisam encontrar maneiras saborosas de incorporar partes menos tradicionais dos
alimentos em suas refeições.
Conscientização sobre o aproveitamento integral dos alimentos é um passo importante
para promover a sustentabilidade e reduzir o desperdício de alimentos em nível individual e
global.
Em resumo, o aproveitamento integral dos alimentos é uma prática nutricional e
culinária que enfatiza o uso de todas as partes comestíveis dos alimentos, promovendo a
sustentabilidade, reduzindo o desperdício e aumentando o valor nutricional das refeições.
Uma dieta saudável e equilibrada previne doenças provenientes de carências
nutricionais, doenças crônicas e fornece todos os elementos necessários para manutenção do
organismo.
SUMARIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4
REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................................ 4
METODOLOGIA........................................................................................................................................ 7
A ALIMENTAÇÃO ..................................................................................................................................... 9
PLANEJAMENTO .................................................................................................................................... 10
PARTES UTILIZADAS............................................................................................................................... 10
COMO UTILIZAR .................................................................................................................................... 11
DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................. 11
CONSERVAÇÃO ...................................................................................................................................... 11
SANITIZAÇÃO ......................................................................................................................................... 11
RECEITAS ............................................................................................................................................... 12
RESULTADOS: ........................................................................................................................................ 14
CONCLUSÃO: ......................................................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 14
INTRODUÇÃO
A questão do desperdício de alimentos é uma preocupação global crescente, à medida
que enfrentamos desafios de segurança alimentar, sustentabilidade e impacto ambiental. É
notório que uma grande quantidade de alimentos é perdida todos os dias, desde a produção até
o descarte, enquanto muitas comunidades ao redor do mundo enfrentam escassez de alimentos
e insegurança alimentar. Este projeto tem como objetivo abordar essa questão, enfocando o
aproveitamento integral dos alimentos como uma estratégia para promover a sustentabilidade
e a saúde. Ao utilizar todas as partes dos alimentos, podemos reduzir o desperdício,
economizar recursos e fornecer refeições nutritivas para comunidades em necessidade.
Com objetivo de promover o aproveitamento integral dos alimentos, minimizando o
desperdício em uma comunidade específica.
Avaliar o impacto do projeto na redução do desperdício de alimentos.
Analisar os benefícios nutricionais do consumo de partes não convencionais dos
alimentos.
Conscientizar a população estudada sobre o desperdício de alimentos e seu impacto na
sustentabilidade e na saúde.
Proposta do projeto que envolve a colaboração com uma comunidade local, como uma
escola, um abrigo, ou um centro comunitário, que enfrenta desafios em termos de insegurança
alimentar e desperdício de alimentos. A proposta inclui a identificação de fontes de alimentos
subutilizados ou desperdiçados na comunidade.
Desenvolvimento de receitas e práticas de culinária que maximizem o uso de todas as
partes dos alimentos.
Implementação de programas de conscientização sobre desperdício de alimentos e
nutrição.
Avaliação dos resultados, incluindo a quantidade de alimentos economizados, a
satisfação dos participantes e as mudanças na conscientização.
REVISÃO DE LITERATURA
Introdução à definição e aos conceitos-chave relacionados ao aproveitamento integral
dos alimentos.
Contextualização da importância dessa prática no cenário atual de desperdício de
alimentos e preocupações ambientais.
História e evolução, uma análise da história e evolução do aproveitamento integral dos
alimentos ao longo do tempo e em diferentes culturas.
Aspectos Nutricionais, uma revisão dos estudos que destacam os benefícios
nutricionais do consumo de partes normalmente desperdiçadas dos alimentos, incluindo
vitaminas, minerais e fibras.
Impacto Ambiental, a exploração das implicações ambientais do desperdício de
alimentos e como o aproveitamento integral pode contribuir para a redução do impacto
ambiental.
Técnicas e Práticas de Aproveitamento Integral:
Revisão das técnicas e práticas culinárias que permitem o uso de todas as partes
comestíveis dos alimentos, como receitas específicas, métodos de conservação e preparação.
Destaque para estudos de caso e exemplos de comunidades, restaurantes e programas
que adotam o aproveitamento integral dos alimentos.
Sustentabilidade alimentar, a discussão sobre como o aproveitamento integral dos alimentos
se encaixa na noção mais ampla de sustentabilidade alimentar, incluindo segurança alimentar
e o papel na produção de alimentos.
Abordagem das barreiras e desafios que podem dificultar a adoção generalizada do
aproveitamento integral dos alimentos, como questões de segurança alimentar e resistência
cultural.
Exame das iniciativas de educação e conscientização que promovem o aproveitamento
integral dos alimentos entre o público em geral e profissionais da área de alimentação.
Sugestões para áreas de pesquisa futura, incluindo estudos que possam aprofundar
nosso entendimento sobre os benefícios do aproveitamento integral dos alimentos e
estratégias para sua implementação.
Uma revisão mais ampla da literatura sobre o aproveitamento integral dos alimentos
abrangeria uma gama mais extensa de tópicos e pesquisas relacionadas ao tema. Estes são
alguns pontos adicionais que poderiam ser incluídos em uma revisão mais abrangente:
Exploração das implicações socioeconômicas do aproveitamento integral dos
alimentos, incluindo seu potencial para melhorar a segurança alimentar, reduzir custos
domésticos e apoiar comunidades economicamente.
Análise das políticas governamentais e estratégias em nível nacional e internacional
que promovem o aproveitamento integral dos alimentos, e o impacto dessas políticas na
redução do desperdício de alimentos.
Análise das implicações para a indústria de alimentos, incluindo a adaptação de
processos de produção, embalagens e marketing para incentivar o uso de partes normalmente
desperdiçadas.
Revisão das pesquisas que avaliam o impacto do aproveitamento integral dos
alimentos na saúde pública, incluindo a redução de doenças relacionadas deficiências
dietéticas.
Exploração das inovações tecnológicas que facilitam o aproveitamento integral dos
alimentos, como técnicas de processamento avançadas e produtos de alimentos específicos.
Análise das práticas de aproveitamento integral dos alimentos em diferentes culturas e
tradições culinárias, destacando a diversidade de abordagens.
Discussão sobre como o aproveitamento integral dos alimentos se alinha com os
princípios da economia circular e a minimização do desperdício em sistemas econômicos.
Identificação de sinergias entre o aproveitamento integral dos alimentos e outras
iniciativas de sustentabilidade, como agricultura sustentável e redução do uso de plásticos.
Avaliação do impacto do aproveitamento integral dos alimentos na biodiversidade,
incluindo a promoção do uso de variedades de culturas e espécies de alimentos menos
comuns.
Revisão de campanhas de conscientização e programas educacionais destinados a
promover o aproveitamento integral dos alimentos.
Essa revisão ofereceria uma compreensão mais profunda e abrangente do tópico,
abordando os múltiplos aspectos interligados do aproveitamento integral dos alimentos, desde
suas raízes históricas até as implicações contemporâneas em áreas como saúde, economia e
meio ambiente.
Há vários anos tem-se uma preocupação constante no combate a fome e o desperdício.
É um trabalho de compromisso social, que envolve diversos segmentos da sociedade, a base
de sustentação de todas suas ações. Isso demonstra, na prática, que a concepção do
aproveitamento integral e consumo consciente dos alimentos devem ser implantados
primeiramente em nossos lares.
Devemos evitar o desperdício, pois ao jogar fora os talos, cascas e folhas dos
alimentos, estamos deixando de aproveitar muitos nutrientes e contribuindo para o aumento
da quantidade de lixo orgânico produzido diariamente. Para se ter uma idéia, o lixo gerado
diariamente no Brasil gira em torno de 250 toneladas e, deste total, 90 mil correspondem ao
lixo domiciliar, com a maior parte contendo lixo orgânico (resto de alimentos). Com o
aproveitamento integral dos alimentos, evitamos o desperdício e a desnutrição.
Cerca de um terço de todos os alimentos é perdido ou desperdiçado em todo o mundo
no caminho que vai desde a produção do alimento até o seu consumo, ao mesmo tempo em
que 800 milhões de pessoas encontram-se subnutridas (ONU, 2015). No Brasil, segundo
registro da ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNÍDAS possui 50 milhões de pessoas
que convivem com a fome e a desnutrição. Por outro lado, uma residência desperdiça em
média 20% dos alimentos que compra semanalmente e, a cada ano, o Brasil joga fora R$ 12
bilhões de reais com o desperdício de alimentos.
Em contra partida temos uma população que sofre cada vez mais, devido a baixa
qualidade da alimentação, com uma dieta rica em carboidratos, gorduras saturadas e
industrializados, o que aumenta os índices de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2,
hipertensão arterial, hipercolesterolemia, obesidade, câncer e outras doenças crônicas.
Portanto, não é apenas com energia, combustível fóssil e água que devemos nos
preocupar em economizar, hoje, também, necessitamos poupar de forma racional os alimentos
que consumimos, praticando o chamado “CONSUMO RESPONSÁVEL”.
Consumo responsável é a capacidade de cada pessoa ou instituição escolher serviços e
produtos que contribuam, de forma ética e de fato, para a melhoria de vida de cada um, da
sociedade e do ambiente. Por exemplo, ir ao supermercado e não comprar tudo o que vê, é
saber exatamente o que se está comprando, por que e para quê.
Praticando o consumo desordenado dos alimentos, jogarmos fora por vencimento do
prazo, baixa qualidade do produto ou por desconhecer a utilização de partes tradicionalmente
descartadas preocupando-nos com o aumento da produção de lixo.
Com as orientações e esclarecimentos sobre: seleção e separação de alimentos
excedentes, armazenamento, manipulação dos alimentos e receitas de aproveitamento integral
dos alimentos visando o preparo de refeições nutritivas em condições seguras.
O objetivo é contribuir para a inclusão nutricional e social de segmentos da população
que desconhecem a importância de uma alimentação equilibrada, saudável e sustentável.
METODOLOGIA
A metodologia de pesquisa utilizada para o aproveitamento integral dos alimentos com
o objetivo específico, envolveu pesquisa que trouxe os dados abaixo e uma abordagem que
inclui elementos de pesquisa qualitativa e quantitativa. Aqui foram utilizados dados coletados
em campo para investigar o aproveitamento integral dos alimentos.
Uma revisão abrangente da literatura existente sobre o tema, a fim de entender o
estado atual do conhecimento, identificar lacunas na pesquisa e reunir informações relevantes.
Coleta de dados por meio de observações e entrevistas, para entender as práticas atuais
de aproveitamento integral de alimentos na Uan, incluindo aspectos culturais e
comportamentais.
Análise laboratorial de partes de alimentos normalmente desperdiçadas para
determinar seu valor nutricional, incluindo teor de vitaminas, minerais e fibras.
Avaliação do impacto ambiental do desperdício de alimentos e do aproveitamento
integral, usando ferramentas como a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) para medir o
consumo de recursos e as emissões associadas.
Análise dos custos e benefícios econômicos do aproveitamento integral dos alimentos,
levando em consideração fatores como economia, custos de produção e receita adicional
gerada.
Investigação aprofundada de práticas de aproveitamento integral de alimentos em
contextos específicos, como restaurantes, comunidades ou indústrias alimentícias, para
identificar estratégias eficazes e desafios enfrentados.
Realização de experimentos controlados para avaliar o impacto do aproveitamento
integral dos alimentos na dieta, saúde ou outros indicadores específicos.
Avaliação das políticas governamentais e regulamentações relacionadas ao desperdício
de alimentos e ao aproveitamento integral, incluindo análise de seu impacto e eficácia.
Pesquisa de mercado para entender a demanda do consumidor por produtos e práticas
relacionadas ao aproveitamento integral dos alimentos.
Uso de modelagem matemática e estatística para prever tendências relacionadas ao
desperdício de alimentos e ao aproveitamento integral, bem como para simular cenários
futuros.
Avaliação de programas de conscientização e educação que visam promover o
aproveitamento integral dos alimentos e medir seu impacto na adoção de práticas sustentáveis.
A metodologia escolhida dependerá dos objetivos específicos da pesquisa, dos
recursos disponíveis e do contexto do estudo. Muitas vezes, estudos sobre o aproveitamento
integral dos alimentos envolvem uma combinação de várias dessas metodologias para obter
uma compreensão abrangente.
É muito mais do que usar todas as partes do alimento em preparações. É um conceito,
um modo de vida, porque, quando falamos de aproveitamento integral, estamos falando de
alimentos com valor nutricional incrível que são desprezados, de cuidado com o meio
ambiente, de economia.
O alimento tem seis partes. Casca, entrecasca, folha, talo, semente e polpa. Mas
usamos apenas uma, a última. Jogamos fora 5/6. Se usarmos todo o alimento, estaremos
economizando.
Esse conceito de preparo dos alimentos visa consumir as partes que geralmente são
descartadas (talos, cascas, sementes, etc.), aumentando o valor nutricional das preparações e
agregando sabor, além de caracterizar uma forma mais sustentável de preparar os alimentos.
A ALIMENTAÇÃO
Alimentação é a base da vida e dela depende o estado de saúde do ser humano.
O desconhecimento dos princípios nutritivos do alimento, bem como o seu não
aproveitamento, ocasiona o desperdício de toneladas de recursos alimentares. O desperdício é
um sério problema a ser resolvido na produção e distribuição de alimentos, principalmente
nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. O crescimento da população mundial,
mesmo que amparado pelos rápidos avanços da tecnologia, nos faz crer que o desperdício de
alimentos é uma atitude injustificável. Por isso, não podemos mais desperdiçar. Antigamente,
as pessoas tinham uma relação natural com o ambiente. A maioria vivia no campo, conhecia
as plantas venenosas, criava pequenos animais e plantava verduras, frutas, arroz, feijão, milho
e mandioca. O contato com os alimentos permitia o seu melhor aproveitamento e as
informações passavam de geração em geração.
A promoção da alimentação integral começa diante das dificuldades econômicas pelas
quais passa o país. Torna-se cada vez mais difícil adquirir alimentos adequados ao consumo
do dia-a-dia, razão pela qual alimentação equilibrada é atualmente uma das maiores
preocupações do nosso cotidiano. Dessa forma, devemos aproveitar tudo que o alimento pode
nos oferecer como fonte de nutrientes. Dentre os diferentes padrões de alimentação destacam-
se as dietas não usuais, sendo as mais abordadas pela literatura: naturalista, vegetariana,
macrobiótica e alimentação integral. Elas possuem características específicas e produzem
diferentes repercussões sobre o organismo humano. A alimentação integral possui como
princípio básico a diversidade de alimentos e a complementação de refeições, com o objetivo
de reduzir custo, proporcionar preparo rápido e oferecer paladar regionalizado.
Estudos mostram que o homem necessita de uma alimentação sadia, rica em
nutrientes, que pode ser alcançada com partes dos alimentos que normalmente são
desprezadas. As perdas não ocorrem somente em plantações, transporte e armazenamento
inadequado, mas também no preparo incorreto dos alimentos. Os principais alimentos ou
produtos utilizados para complementar a dieta convencional são: pós (casca de ovo, semente
de abóbora), farelos (trigo, arroz, milho), farinhas torradas, raízes e tubérculos.
Características Básicas:
✓ Alto valor nutritivo
✓ Baixo custo
✓ Paladar regionalizado
✓ Preparo rápido
PLANEJAMENTO
Comprar bem: preferir legumes, hortaliças e frutas da época.
Conservação: armazenar em locais limpos e em temperaturas adequadas a cada tipo de
alimento.
Preparação: lavar bem os alimentos, não retirar cascas grossas e preparar apenas a
quantidade necessária para a refeição de sua família.
Aproveitamento: sobras e aparas, desde que mantidas em condições seguras até o
preparo.
PARTES UTILIZADAS
Alimentos que podem ser aproveitados integralmente:
Folhas: cenoura, beterraba, batata doce, nabo, couve-flor, abóbora, chuchu e rabanete, e folhas
não esteticamente para saladas como acelga, alface, escarola, agrião.
Cascas: batata inglesa, banana, tangerina, laranja, mamão, pepino, maçã, pera, abacaxi,
berinjela, beterraba, melão, maracujá, goiaba, manga, abóbora.
Talos: couve-flor, brócolis, couve, hortelã, salsinha.
Entrecascas: mandioca, melancia, melão, maracujá.
Sementes: abóbora, melancia, melão, jaca;
Pão amanhecido
Água do Cozimento, legumes, carnes, aves e peixes
COMO UTILIZAR
Carne assada: croquete, omelete, tortas, recheios, molhos.
Carne moída: croquete, panqueca e bolo salgado.
Arroz: bolinho, arroz de forno, risotos.
Macarrão: salada ou misturado com ovos batidos.
Talos e folhas: farofa, panquecas, sopas, purês.
Peixes e frango: suflê, risoto, bolo salgado, cuscuz.
Aparas de carne: molhos, sopas, croquetes e recheios.
Feijão: tutu, feijão tropeiro, sopas, virado e bolinhos.
Pão: pudim, torradas, farinha de rosca, rabanada, creme.
Frutas maduras e cascas: doces, bolo, sorvetes, sucos, vitaminas, geleia.
Leite talhado: doce de leite, ricota.
Água do Cozimento: sopas, caldos, molhos, gelatinas, sorvetes.
DEFINIÇÃO
Sobra: Aquilo que foi preparado e exposto, porém não servido. As sobras limpas
podem ser aproveitadas se armazenadas sob correta refrigeração.
Restos: Aquilo que foi preparado, servido, restou nos pratos e deve ser descartado.
Partes não convencional: São próprias dos alimentos e, muitas vezes, são desprezadas
por preconceito ou cultura.
CONSERVAÇÃO
Os alimentos devem ser mantidos em temperaturas abaixo de 5°C ou acima de 60°C,
na faixa entre 5°C e 60°C é a faixa de temperatura que se desenvolvem microrganismos.
Alimentos já processados e preparados devem ser mantidos em geladeira por no
máximo 3 dias, acondicionados embalados em sacos plásticos ou em potes tampados.
O congelamento é adequado a alimentos tanto preparado como crus, alguns devem ser
branqueados para que conservem melhor suas características após descongelamento para
consumo.
Os alimentos, dependendo do tipo, no congelador comum duram até 30 dias e no
freezer por até 90 dias.
SANITIZAÇÃO
A preparação dos vegetais deve seguir alguns cuidados básicos:
Retire as partes estragadas e unidades deterioradas
Lave cuidadosamente folha a folha ou cada unidade de alimento em água corrente potável
Desinfete-os em solução sanitizante ou hipoclorito (10 ml, o equivalente a uma colher de
sopa rasa de hipoclorito de sódio diluído em um litro de água potável) por 15 minutos ou siga
a recomendação do fabricante do produto sanitizante utilizado.
Recomenda-se também uma solução de Tintura de Iodo (5 ml – equivalente a meia colher
de sopa rasa diluídos em um litro de água potável) por 30 minutos. A tintura de iodo elimina
grande parte dos agrotóxicos, visto o alto custo do alimento orgânico.
Enxágue-os em água corrente potável
Acondicione-os em um recipiente limpo.
Vale ressaltar que ainda há debates quanto aos benefícios nutricionais do consumo
integral dos alimentos devido ao uso dos agrotóxicos usados em sua produção que muitas
vezes ficam retidos em maior concentração nas cascas (por essa razão a recomendação da
tintura de iodo é importante para que se possa aproveitar ao máximo todos os nutrientes).
Deve-se priorizar o consumo de alimentos da safra que apresentam menor quantidade de
resíduos de agrotóxicos ou alimentos orgânicos provenientes principalmente de pequenos
produtores e agricultura familiar.
Lembre-se sempre de higienizar bem os alimentos em geral, especialmente, quando for
utilizar cascas, talos e folhas.
RECEITAS
Nhoque de cascas e folhas com molho rústico
Ingredientes Nhoque
10 kg cascas picadas de legumes (cenoura, abobora, batata), folhas e talos de couve, alface,
acelga, escarola, salsinha, salsão, branqueadas e congeladas (congelar até obter a quantidade
total
2 kg cebolas
250 gramas de alho
2 kg de margarina ou manteiga
10 kg de leite
5 kg de farinha de trigo
Sal, salsinha e orégano a gosto
Ingredientes: Molho Rústico
10 kg de tomates picados com pele e sementes
2 kg de cebolas
700 gramas de óleo
250 gramas alho
Sal, salsinha (folhas e talos) e pimenta a gosto.
3 kg de queijo parmesão
Modo de Preparo Nhoque
Descongelar em geladeira cascas, talos e folhas, refogar a cebola e o alho em 1 kg de
manteiga ou margarina, bater no liquidificador com o leite, retornar a panela até ferver e
acrescentar mais 1 kg de margarina e a farinha, cozinhar a massa até soltar do fundo da panela
e testar o ponto de enrolar, cobrir a massa e esperar amornar, modelar a massa, cortar e levar
ao forno com o molho rústico e o parmesão polvilhado para gratinar.
Modo de Preparo Molho Rústico
Refogar a cebola e o alho em óleo até murchar, acrescentar os tomates ajustar o tempero até
ficarem desmanchados, se necessário acrescente água aos poucos.
Rendimento 140 porções de 250 gramas
Modo de Preparo
Corte em cubos a entrecasca do maracujá. Deixe de molho em água quente por pelo menos 4
horas. Escorra e cozinhe até ficar macia. Deixe esfriar e reserve. À parte, pique a azeitona,
acrescente a maionese, a mostarda e a salsa. Coloque sal a gosto. Misture os temperos e as
entrecascas reservadas. Deixe na geladeira até a hora de servir.
Rendimento 140 porções de 80 gramas
RESULTADOS:
Os resultados iniciais do projeto demonstraram uma redução significativa no
desperdício de alimentos onde o aproveitamento integral dos alimentos, além de contribuir na
economia, também se observa a melhora nutricional, além de preparações saborosas.
Além disso, observou-se uma melhor conscientização sobre o desperdício de
alimentos e uma maior valorização dos alimentos. Onde a conscientização da utilização de
partes não convencionais dos alimentos também se mostrou benéfica em termos de nutrição.
CONCLUSÃO:
O projeto de aproveitamento integral dos alimentos demonstra ser uma abordagem
eficaz para abordar o desperdício de alimentos, promover a sustentabilidade e melhorar a
saúde das comunidades. A conscientização sobre o desperdício de alimentos e a
implementação de práticas de culinária sustentável são passos cruciais na busca por um futuro
mais saudável e ambientalmente responsável. Este trabalho destaca a importância de
aproveitar ao máximo os alimentos, não apenas para reduzir o desperdício, mas também para
nutrir e fortalecer comunidades em todo o mundo.
REFERÊNCIAS