RELATORIO - IMMO Grupo1 - Medicao Do Brilho Solar.
RELATORIO - IMMO Grupo1 - Medicao Do Brilho Solar.
RELATORIO - IMMO Grupo1 - Medicao Do Brilho Solar.
Departamento de Física
Licenciatura em Meteorologia
3ª Ano
Grupo I
Discentes:
Docente:
Esta pesquisa explora a medição do brilho solar, focando em métodos, instrumentos e aplicações. Instrumentos-
chave incluem piranômetros, heliógrafo, essenciais para capturar dados precisos de radiação solar. Essas
ferramentas são vitais em meteorologia, climatologia, energia solar e protecção solar. Compreender esses
métodos e instrumentos é essencial para monitorar níveis de radiação solar, prever padrões climáticos, optimizar
sistemas de energia solar e avaliar impactos ambientais.
A medição do brilho solar auxilia na previsão do tempo, previsão de mudanças climáticas e no desenvolvimento
de tecnologias solares. Ela apoia a formulação de políticas para protecção ambiental e sustentabilidade. No geral,
é fundamental para entender a dinâmica solar e processos ambientais. Suas diversas aplicações destacam sua
importância na abordagem das mudanças climáticas e na transição para fontes de energia renovável. À medida
que a pesquisa avança, a medição do brilho solar continuará a desempenhar um papel central no avanço de
práticas sustentáveis.
Abstract
This research explores the measurement of solar brightness, focusing on methods, instruments, and applications.
Key instruments include pyranometers, radiometers, and spectrophotometers, crucial for capturing accurate solar
radiation data. These tools are vital across meteorology, climatology, solar energy, and sun protection fields.
Understanding these methods and instruments is essential for monitoring solar radiation levels, predicting
climate patterns, optimizing solar energy systems, and assessing environmental impacts.
Solar brightness measurement aids in weather forecasting, climate change prediction, and the development of
solar technologies. It supports policy-making for environmental protection and sustainability. Overall, it is
foundational to understanding solar dynamics and environmental processes. Its diverse applications highlight its
importance in addressing climate change and transitioning to renewable energy sources. As research progresses,
solar brightness measurement will continue to play a central role in advancing sustainable practices.
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 4
2. Metodologia ........................................................................................................................ 6
3.2. Instrumentos............................................................................................................... 10
5. Conclusão ......................................................................................................................... 22
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1. Introdução
1.1. Contextualização
O termo Brilho solar está associado ao brilho do disco solar que excede o fundo da luz difusa
do céu, ou melhor observável pelos olhos humanos com o aparecimento de sombras atrás de
objectos iluminados. Como tal, o termo está mais relacionado à radiação visível do que à
energia irradiada em outros comprimentos de onda, embora ambos os aspectos sejam
inseparáveis. Na prática, porém, a primeira definição foi estabelecida directamente pelo
relativamente simples registador do brilho solar Campbell-Stokes, que detecta a luz solar se o
feixe de energia solar concentrado por uma lente especial, capaz de queimar um cartão
especial de papel escuro. Este gravador já foi introduzido em estações meteorológicas em
1880 e ainda é utilizado em muitas redes. Como não foram fixadas regulamentações
internacionais sobre as dimensões e qualidade das peças especiais, o cumprimento de
diferentes leis do princípio deu diferentes valores de duração da luz solar.
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1.2. Importância
A medição do brilho solar desempenha um papel crucial ao fornecer dados essenciais para
entender e prever o clima. Através da medição do brilho solar, os meteorologistas podem
prever as condições meteorológicas, estudar o balanço de energia da Terra, monitorar a
radiação ultravioleta e calibrar modelos climáticos. Esses dados são fundamentais para
melhorar a precisão das previsões do tempo e entender as complexas interacções atmosféricas,
contribuindo assim para uma melhor compreensão do clima e suas mudanças. (Grant et al.,
2003)
1.3. Objectivos
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2. Metodologia
Para a realização deste trabalho sobre medição do brilho solar, adoptamos uma abordagem
baseada na revisão bibliográfica de livros e artigos científicos relevantes. Inicialmente,
conduzimos uma pesquisa extensiva para identificar fontes de informação confiáveis que
abordassem os conceitos fundamentais. Utilizamos livros especializados sobre energia solar,
meteorologia e instrumentação meteorológica para obter uma compreensão abrangente do
tema. Além disso, exploramos artigos científicos publicados em periódicos especializados e
relatórios técnicos para obter visões actualizadas e evidências experimentais sobre o assunto.
A partir dessa revisão bibliográfica, pudemos desenvolver uma metodologia sólida para
abordar os objectivos do trabalho. Essa abordagem baseada em fontes de informação
académica e científica contribuiu significativamente para a qualidade e credibilidade do
trabalho, garantindo uma fundamentação sólida e embasada em evidências.
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3. Revisão Bibliográfica (Mediação do brilho solar)
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requisitos dos gravadores de luz solar variam, dependendo do local e da estação, de acordo
com a formação de nuvens dominante. Este último pode ser descrito aproximadamente por
três faixas de duração relativa da luz solar diária SD/SD0, nomeadamente “céu nublado” por
(0 =SD/SD0<0,3), nuvens dispersas por (0,3 =SD/SD0<0,7) e bom tempo por (0,7
=SD/SD0<1,0). Os resultados para o céu nublado dominante geralmente mostram a maior
percentagem de desvios da referência.(WMO,2006)
[1]
1- Método pirreliométrico:
Detecção pirheliométrica da transição da irradiância solar directa através dos 120 W m-2
limiar (de acordo com a Recomendação 10 (CIMO-VIII)). Valores de duração legíveis a partir
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de contadores de tempo accionados pelas transições ascendentes e descendentes apropriadas.
(WMO,2006)
2- Método pirométrico:
(i) Medição pirométrica global (G) e difuso (D) irradiância solar para derivar a
irradiância solar directa como o valor discriminador limite da WMO e ainda como
em (2) acima. (WMO,2006)
(ii) Medição piranométrica global (G) irradiância solar para estimar aproximadamente
a duração da luz solar. (WMO,2006)
3- Método de gravação:
Efeito limite da queima de papel causado pela radiação solar directa focada (efeito térmico da
energia solar absorvida). A duração é lida a partir da duração total da queima. (WMO,2006)
4- Método de contraste:
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Tipo de instrumento: detectores multisensores especialmente concebidos (na sua maioria
equipados com células fotovoltaicas) combinados com um discriminador electrónico e um
contador de tempo.(WMO,2006)
5- Método de digitalização:
3.2.Instrumentos
3.2.1. Piranômetro
Os piranômetros destinam-se a medir a quantidade de radiação solar que atinge a uma
superfície plana, proveniente de todo um hemisfério. São usados para determinar a radiação
global e, eventualmente, têm sido empregados para estimar a radiação difusa. Neste último
caso o sensor é protegido da radiação directa por meio de uma faixa de metal curva, cuja
inclinação deve ser ajustada de modo a acompanhar o movimento aparente do Sol na abóbada
celeste. Mas essa faixa constitui, igualmente, um anteparo parcial à radiação difusa,
introduzindo um erro sistemático nas determinações, o que exige a aplicação de um certo
factor de correcção para compensá-lo.(Verejao-Silva,2006)
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Figura 2: Estrutura Vertical do piranômetro (Fonte: ASIA, 2018)
3.2.1.2. Classificação
Os piranômetros Podem ser classificar em dois tipos básicos, a saber, o piranômetro
termoeléctrico e o piranômetro fotovoltaico. (CRESESB, 2014)
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1. Piranômetros termoeléctrico
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2- Piranômetro fotovoltaico
3.2.1.3. Medição
No piranômetro termoeléctrico, a radiação solar é absorvida por uma superfície especial
revestida, convertendo a energia radiante em calor. Este calor aquece uma junta
termoeléctrica, que é composta por dois materiais diferentes e gera uma diferença de potencial
eléctrico. Essa diferença de potencial é então medida como um sinal eléctrico proporcional à
radiação solar incidente. (Geuder et al. 1997)
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Ambos os tipos de piranômetros têm a capacidade de medir a irradiância solar, que é a
quantidade de energia solar incidente por unidade de área, geralmente expressa em watts por
metro quadrado (W/m²). No entanto, as técnicas de conversão de energia radiante em sinal
eléctrico são diferentes para cada tipo de piranômetro. (Myers, 2007)
3.2.2. Pireliómetro
Pireliómetros são instrumentos destinados a medir a irradiância correspondente à radiação
solar directa, perpendicularmente à direcção de sua propagação. O mais conhecido deles é o
Pireliómetro de Compensação de Ångstrom (Figura 7), cujo sensor é constituído por duas
placas, situadas na base de um tubo, enegrecido internamente, uma das quais é aquecida
devido à absorção da energia solar directa e a outra o é electricamente. A intensidade de
radiação é proporcional à energia gasta para igualar a temperatura da segunda placa à da
primeira. Os pares termoeléctricos existentes sob cada placa são conectados, através de um
galvanómetro bastante sensível e a corrente consumida é medida em um miliamperímetro
(analógico ou digital). (Varejão-Silva,2006)
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3.2.3. Heliógrafo de Campbell-Stokes
Os heliógrafos destinam-se a medir a insolação, definida como o intervalo de tempo em que o
disco solar permanece visível, entre o nascimento e o ocaso do Sol, para um observador
localizado em um dado ponto da superfície terrestre. Supõe-se que esse local tenha o
horizonte desobstruído nos sectores em que o Sol nasce e se põe, ou pelo menos que os
eventuais obstáculos, capazes de obstruir o disco solar, tenham altura aparente não superior a
5o. (Varejão-Silva,2006)
Para evitar tal inconveniente usa-se uma esfera de vidro para concentrar a radiação solar.
Coloca-se de modo conveniente uma tira de cartão numa armação curva, concêntrica com a
esfera de vidro. Os raios solares ficam então focados sobre a tira de cartão. (Los Dolores et
al., 1995)
Quando o Sol está descoberto durante todo o dia, aparece um traço contínuo na tira de cartão.
Quando o Sol está temporariamente encoberto, o traço é interrompido. Neste caso o
comprimento constituído pela soma de todos os segmentos queimados dá a medida da
insolação.
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O princípio de funcionamento é extremamente simples: o foco luminoso, devido à radiação
directa, queima o heliograma em um ponto, que avança com o movimento aparente diário do
Sol. Quando uma nuvem oculta o disco solar, a queima é interrompida. O heliograma usado é
substituído por um novo diariamente à noite. (Varejão-Silva,2006)
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3.2.3.3. Exposição do heliógrafo
O objectivo da utilização do heliógrafo é conseguir um registo contínuo da insolação. A forma
ideal de montar o heliógrafo será sobre um suporte firme e rígido, num local onde não haja
obstáculos a obstruir os raios solares, em qualquer hora do dia e em qualquer época do ano.
(Los Dolores et al., 1995)
Ao ser instalado, seu eixo deve ficar paralelo ao eixo terrestre, permanecendo a calha
orientada na direcção este-oeste. O foco luminoso, causado pela convergência da luz do Sol
ao incidir sobre a esfera, deve situar-se sempre no interior da calha (em qualquer hora do dia,
de qualquer dia do ano) (Varejão-Silva,2006).
a) Cartões para Verão - cartões longos e curvos, enfiados com a parte convexa para cima,
entre as ranhuras como indicação "Verão".
b) Cartões para Inverno - cartões curtos e curvos, enfiados com a parte côncava para cima,
entre as ranhuras com indicação "Inverno".
c) Cartões equinociais - cartões direitos, enfiados entre as ranhuras centrais com indicação
"Equinócios".
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Figura 10: cartões do heliógrafo (Los Dolores et al., 1995).
Quando é possível, deve substituir-se o cartão depois do pôr-do-Sol. Para substituir o cartão,
retira-se o estilete fixador dos cartões e retira-se o cartão usado, fazendo-o deslizar.
Depois da chuva é, por vezes, difícil retirar um cartão sem o rasgar. Neste caso, corta-se o
cartão cuidadosamente ao longo da aresta de uma das ranhuras, com uma faca afiada. Deve
haver o cuidado de não prejudicar o registo. (Los Dolores et al., 1995)
Enfia-se o novo cartão e faz-se coincidir a linha das 12H00 com a linha do meio-dia gravada
no suporte. Depois introduz-se o estilete de fixação. (Los Dolores et al., 1995)
Em cada cartão devem estar escritos o nome da estação e a data. Devem também estar
indicadas as horas exactas a que o cartão foi colocado e retirado do instrumento. (Los Dolores
et al., 1995)
O traço pode ser pouco nítido, como geralmente acontece próximo do nascer ou do pôr-do-
sol, ou quando os raios solares atravessam bruma seca. Nesses casos deve medir-se todo o
traço castanho, desde que seja visível. (Los Dolores et al., 1995)
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Surgem também dificuldades quando o Sol brilha com muita intensidade, mas
intermitentemente, ou quando um traço forte pára abruptamente. A imagem do Sol tem um
diâmetro finito, e a área queimada estende-se um pouco mais, por combustão lenta. A marca
de uma exposição de alguns segundos pode cobrir uma distância equivalente a vários minutos.
Quando se mede uma marca forte que termina abruptamente, a medição não deve ser feita até
aos extremos. Deve dar-se desconto à extensão queimada para além da verdadeira posição. A
insolação é um dado necessário para o estudo da radiação total que atinge a superfície do
Globo. (Los Dolores et al., 1995)
a) que o traço coincide com a linha central do cartão para os períodos equinociais.
b) que às 12H00, tempo local aparente, a imagem do Sol coincide com a marca do meio-dia
no suporte.
Quando estas condições estão preenchidas, o registo estará correcto em todas as épocas do
ano.
b) O instrumento esteja voltado para o Sul no Hemisfério Norte e para o Norte no Hemisfério
Sul (quando isto se verifique, o plano que passa pelo centro da esfera e pela marca do meio-
dia no suporte dos cartões coincide com o plano do meridiano geográfico)
c) O plano que passa pelo centro da esfera e pela linha central do cartão para os períodos
equinociais, forme, com a vertical, um ângulo igual à latitude do local.
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4. Aplicação de dados de duração do sol
Uma das primeiras aplicações SDO dados visavam caracterizar o clima dos locais,
especialmente dos balneários. Isto também leva em consideração o efeito psicológico da forte
luz solar no bem-estar humano. Ainda é utilizado por algumas autoridades locais para
promover destinos turísticos. A descrição das condições meteorológicas passadas, por
exemplo de um mês, geralmente contém o curso dos acontecimentos diários. SD dados. Para
estes campos de aplicação, uma incerteza de cerca de 10 por cento da média SD valores
pareciam aceitáveis ao longo de muitas décadas.(WMO,2006)
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5. Conclusão
Ao longo deste trabalho, exploramos em detalhes a medição do brilho solar, abordando tanto
os métodos quanto os instrumentos mais comummente utilizados para essa finalidade, bem
como suas aplicações práticas. A análise revelou a importância crítica da medição do brilho
solar em uma variedade de campos, desde a meteorologia e climatologia até aplicações
industriais e de engenharia.
Portanto, a medição do brilho solar é uma disciplina crucial que desempenha um papel vital
em muitas áreas da ciência e da tecnologia modernas. A compreensão dos métodos de
medição e dos instrumentos envolvidos é fundamental para aproveitar ao máximo as
informações fornecidas pela radiação solar e aplicá-las de forma eficaz em uma variedade de
campos. À medida que continuamos a avançar no entendimento do clima e na busca por
fontes de energia sustentável, a medição do brilho solar continuará desempenhando um papel
central em nossa compreensão do mundo natural e nas soluções para os desafios ambientais
que enfrentamos.
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6. Referências bibliográficas
[1] Grant, R. H., Heisler, G. M., & Gao, W. (2003). Quantifying the influence of sky
luminance and other meteorological variables on solar radiation on vertical surfaces. Solar
Energy, 74(6), 443-448.
[2] Myers, D. R., & Myers, R. E. (2007). Photovoltaic solar energy: Review and appraisal.
Progress in Energy and Combustion Science, 33(3), 267-295.
[3] Salvo, B. CRESESB. 2014. Relatório técnico sobre medições solares no Brasil: 2006-
2012. Brasília, DF: Ministério de Minas e Energia.
[5] Los Dolores, M. M., Teixeira M. E., Amorim, V., Instrumentação e métodos de
observação. Departamento de Física Universidade de Aveiro. 1995
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