Feminismo Uma Poltica Transformacional Bell Hooks
Feminismo Uma Poltica Transformacional Bell Hooks
Feminismo Uma Poltica Transformacional Bell Hooks
Género e Performance
T E X T O S E S S E N C I A I S 1
TEXTOS DE:
bell hooks
Christine Delphy
Donna Haraway
Gayatri Spivak
Hélène Cixous
Judith Butler
Luce Irigaray
María Lugones
Monique Wittig
Ochy Curiel
Rosi Braidotti
Simone de Beauvoir
MARIA MANUEL BAPTISTA (ORG.)
Género e Performance
T E X T O S E S S E N C I A I S 1
TEXTOS DE:
bell hooks
Christine Delphy
Donna Haraway
Gayatri Spivak
Hélène Cixous
Judith Butler
Luce Irigaray
María Lugones
Monique Wittig
Ochy Curiel
Rosi Braidotti
Simone de Beauvoir
[Ficha Técnica]
Título
Género e Performance — Textos essenciais Vol. I
Organização
Maria Manuel Baptista
Coordenação Editorial
Mafalda Lalanda e Fernanda de Castro
Capa
Grácio Editor
ISBN: 978-989-54215-2-7
© Grácio Editor
Travessa da Vila União,
n.º 16, 7.o drt
3030-217 COIMBRA
Telef.: 239 084 370
e-mail: [email protected]
sítio: www.ruigracio.com
Esta obra foi financiada por fundos nacionais através da FCT – Fundação
para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto UID/ELT/04188/2013.
Femininismo:
uma política transformacional
bell hooks
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Tradução do inglês por Fernanda de Castro ([email protected]). Doutoranda
no Programa Doutoral em Estudos Culturais, na Universidade de Aveiro. Bolseira
de Doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) (ref.
SFRH/BD/124507/2016). Apoio financeiro da FCT no âmbito dos Fundos Nacionais
do MCTES e FSE. Investigadora e colaboradora no Centro de Literaturas e Cultu-
ras Lusófonas e Europeias (CLEPUL), da Universidade de Lisboa, e no Centro de
Línguas, Literaturas e Culturas (CLLC), da Universidade de Aveiro.
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uma meta para as feministas, mesmo que se assegure que ela não
se torne numa exigência para a participação na educação femi-
nista.) Reformar pequenos grupos subverteria a apropriação do
pensamento feminista por um grupo seleto de mulheres e homens
académicos, geralmente brancos e de classes privilegiadas.
Pequenos grupos de pessoas unindo-se para se envolverem na
discussão feminista, na luta dialética, criam um espaço onde o
“pessoal é político” como ponto de partida para a educação da
consciência crítica. Esta perspetiva pode ser ampliada para in-
cluir a politização do eu que se concentra na compreensão de como
a articulação do sexo, da raça e classe determinam o nosso per-
curso individual e a nossa experiência coletiva. Seria crucial para
o pensamento feminista se muitos pensadores feministas conhe-
cidos participassem em pequenos grupos, reexaminando critica-
mente as formas pelas quais as suas obras poderiam ser alteradas
pela incorporação de perspetivas mais amplas. Todos os esforços
de autotransformação desafiam-nos a envolvermos um autoe-
xame e reflexão contínuos e críticos sobre a prática feminista,
sobre como vivemos no mundo. Este compromisso individual,
quando associado ao envolvimento na discussão coletiva, fornece
um espaço para comentários críticos que fortalecem os nossos es-
forços para mudar e renovar-nos. É neste compromisso para com
os princípios feministas, nas nossas palavras e ações, que está a
esperança da revolução feminista.
Trabalhar coletivamente para confrontar a diferença, expan-
dir a nossa consciência relativamente ao sexo, raça e classe como
sistemas interligados de dominação, as formas como reforçamos
e perpetuamos essas estruturas, é o contexto no qual aprendemos
o verdadeiro significado da solidariedade. É este trabalho que
deve ser a base do movimento feminista. Sem isso, não podemos
resistir efetivamente à dominação patriarcal; sem isso, permane-
cemos distantes e alienados um do outro. O medo do confronto do-
loroso muitas vezes leva mulheres e homens ativos no movimento
feminista a evitar um encontro crítico rigoroso, no entanto, se não
pudermos envolver-nos dialeticamente de uma maneira compro-
metida, rigorosa e humanizadora, não podemos almejar mudar o
mundo. A verdadeira politização — alcançar a consciência crítica
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