Resumo Fichamento para A Prova de Antropologia Cultural

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Resumo fichamento para a prova de antropologia cultural

Textos:
1. O tempo dos pioneiros e os pesquisadores eruditos do século XIX
(LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. 27 ed. São Paulo: Brasiliense,
2012).

2. Apresentação: Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer


(CASTRO, Celso (Org.). Evolucionismo Cultural: textos de Morgan, Tylor e
Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005). OBS: Do livro, ler somente a
apresentação).

3. Os pais fundadores da etnografia: Boas e Malinowski (LAPLANTINE,


François. Aprender Antropologia. 27 ed. São Paulo: Brasiliense, 2012).

4. O triunfo do conceito de cultura (capítulo 3) (CUCHE, Denys. A noção de


cultura nas ciências sociais. 2 ed. Bauru, Edusc, 2002). OBS: Do capítulo 3,
ler os seguintes tópicos: A herança de Boas: a história cultural; Malinowski e
a análise funcionalista da cultura; a escola "cultura e personalidade".

Resumo/fichamento 1: O Tempo Dos Pioneiros: os pesquisadores-eruditos do século XIX

A antropologia nasce no século xix como a ciência de estudo das sociedades primitivas.

Conjuntura: neocolonialismo e conquista da africa.

Com o acesso direto (via exploração e invasão) às culturas primitivas, colonos e


administradores são usados pelos pesquisadores como fonte de informações

Segunda metade do século, grande volume de obras

Mudança de visão: do selvagem ao primitivo. O primitivo é o ancestral do civilizado, o passado


congelado no tempo.

Noção de evolução aplicada também à sociedade, cultura.

Antropologia evolucionista: teoria.

A espécie humana é idêntica, mas se desenvolve em ritmos desiguais. O progresso dessas fases
leva à evolução.

Morgan faz a formulação mais sistemática do que consideraria a sequência dos estágios,
enquanto de paw e Hegel não acreditam que sociedades não civilizadas não tem história, e
tampouco evoluirão por osmose e se tornarão civilizadas.

O que importa é que todos naquela esfera acadêmica acreditavam no fato de serem os povos
primitivos vestígios de uma infância da sociedade.

O que estudavam:

Aborígenes australianos, pois acreditavam se serem os mais antigos; família e parentesco, com
a ideia de que antes do patriarcado, veio o matriarcado; estudo da religião, colocando a magia
no começo desta etapa, e a ciência em último.
Estudiosos mais proeminentes: morgan , Taylor e frazer.

Qual era a contraparte perfeita: moral vitoriana, família monogâmica, religião monoteísta,
propriedade privada, produção econômica.

É muito obvio que a ideia foi usada para justificar a pratica colonialista. Se o branco europeu
era o adulto, na vida civilizatória, estava aí desenhado o seu papel de tomar as crianças da
humanidade pelas mãos e guia-las ao que é certo, com justiça e força, se preciso.

A antropologia evolucionista, através de uma visão teológica da tese central, conseguiu fazer
uma visão de leis fundamentais para o desenvolvimento da humanidade.

(ciência que não aceitava contestação, tal como filosofia dos séculos anteriores.

Estudavam dos povos primitivos apenas o que queriam para manter a sua teoria, ignoravam a
visão empática, e até reconstituíam partes faltantes por conta própria.

Completamento o oposto da etnografia, essa pratica era apenas a de compreender as


sociedades primitivas como um todo, e não se fazia o exercício intensivo de ver o outro pelo
outro.

Não eram antropólogos, até porque a antropologia ainda não era disciplina formada.

“Atrav´es dessa atividade extrema, esses homens do s´eculo passado colocavam o problema
maior da antropologia: explicar a universalidade e a diversidade das t´ecnicas, das
institui¸c˜oes, dos comportamentos e das cren¸cas, comparar as pr´aticas sociais de
popula¸c˜oes infinitamente distantes uma das outras tanto no espa¸co como no tempo.” (pag
8)

A ideia de comparação cria a hipótese de espécie humana unida. Humanidade como um todo
integrado.

A antropologia não existiria sem a teoria da evolução. Porém, ela é muito mais teleológica do
que cientifica, até que se rompa com essa mesma visão evolucionista.

Capítulo 4 Os Pais Fundadores Da Etnografia: Boas e Malinowski

A etnografia nasce apenas qunado o pesquisador entende que ele mesmo deve ir a campo.

“. O pesquisador compreende a partir desse momento que ele deve deixar seu gabinete de
trabalho para ir compartilhar a intimidade dos que devem ser considerados n˜ao mais como
informadores a serem questionados, e sim como h´ospedes que o recebem e mestres que o
ensinam. Ele aprende ent˜ao, como aluno atento, n˜ao apenas a viver entre eles, mas a viver
como eles, a falar sua l´ıngua e a pensar nessa l´ıngua, a sentir suas pr´oprias emo¸c˜oes dentro
dele mesmo.” ( p. 11)

Século XX

Franz boas:

Primeira virada de chave, a analise microsociologica do povo estudado. A cultura do povo pelo
povo era estudada, transcrita sem erro, sem mudança.
Critico à ideia de origem, de reconstituição dos estágios, de ver sociedades primitivas como
algo a mais que apenas elas. (um costume só tem significado no contexto em que está
inserido). O estudo da microssociedade deve ser feito na microssociedade e pelos olhos da
microssociedade.

Ainda mais, entende que deve se aprender a língua do local em que estuda, pois a cultura deve
ser aprendida na fonte, não traduzida.

Boas foi praticamente desconhecido, porque:

Escreveu artigos e comunicações, foi ativista, mas não escreveu nenhum livro acadêmico.

Se dedicou ao estudo, embora nunca tenha formulado uma teoria.

Malinoski:

Primeira obra: os argonautas do pacifico central.

Pode ser considerado o primeiro a produzir uma pratica cientifica da etnografia.

Viveu entre as populações que estudava.

Ao contrario de boas, que considerava todas as coisas da cultura indispensáveis para entende-
la, Malinowski considerava que um único costume dava conta de toda uma cultura.

Rupturas:

História conjectural ( estágios), geografia especulativa ( difusionismo). Para malinoski, uma


sociedade deve ser enxergada como uma totalidade, e apenas no momento em que estamos
observando. Não estava se importando com o caminho que levou uma sociedade a se tornar o
que é, apenas quer entender os aspectos de interação da mesma com as partes que as
constituem. Malinowski faz da antropologia uma ciência da alteridade.

“Hoje, todos os etn´ologos est˜ao convencidos de que as sociedades diferentes da nossa s˜ao
sociedades humanas tanto quanto a nossa, que os homens e mulheres que nelas vivem s˜ao
adultos que se comportam diferentemente de n´os, e n˜ao primitivos”, autˆomatos atrasados
(em todos os sentidos do termo) que pararam em uma ´epoca distante e vivem presos a
tradi¸c˜oes est´upidas. Mas nos anos 20 isso era propriamente revolucion´ario.” (p. 16)

Teoria do malinwski: funcionalismo. A cultura todas as coisas criadas para suprir a necessidade
do individuo naquela conformação.dai o conceito de instituições, como as econômicas,
politicas, familiares, religiosas.

Para Malinowski, o homem deve ser estudado pelo biológico, o psicológico e o social.

Para ele, o social é uma maquina mimética das logicas biológicas. Além disso, para ele o
pesquisador deve entender e sentir ele mesmo as reações emotivas e percepções do objeto.

Malinowski foi considerado controverso porque:

Os outros antropólogos não conseguiam dissociar sua visão de mundo de seu local cultural,
vendo outras culturas como atrasadas, incompletadas ou aberrantes. Malinoswki propunha
alteridade, reconhecimento de uma contemporaneidade da cultura e autenticidade.
Por conta da extrema rigidez toerica e do funcionalismo. Para este modelo, as sociedades já
estavam formadas, porque já se mostravam estar resolvendo as necessidades dos indivíduos.
Logo, ele não conseguia lidar com um estudo de sociedades que lidasse com mudanças sociais,
ou disfunções de alguma sociedade. Seu estudo deixava de lado a história e outras
interpretações, além de descartar mudanças e relações de trocas culturais (estudou a vida toda
apenas uma ilha da melanésia).

Contribuições de Malinowski:

A pesquisa direta, de estadias de longa duração.

O social, de uma cultura, faz inteiro sentido se explicado junto ao todo integrado do qual faz
parte, e só a ele. Malinowski estudou os costumes melanésios não numa ânsia de rotular
motivos ocidentais, mas entendendo os motivos autóctones.

“Ora, a grande for¸ca de Malinowski foi ter conseguido fazer ver e ouvir aos seus leitores aquilo
que ele mesmo tinha visto, ouvido, sentido. Os Argonautas do Pac´ıfico Ocidental, publicado
com fotografias tiradas a partir de 1914 por seu autor, abre o caminho daquilo que se tornar´a
a antropologia audiovisual.” P 19

Fichamento 2: evolucionismo cultural-celso furtado

Apresentação

Textos acerca de morgan, frazer e taylor.

Tres pais fundadores da antropologia.

Morgan, estadunidense, século XIX.

Advogado, foi viver com indígenas iroqueses.

Sua maior pesquisa foi sobre relações de parentesco. Atuava por meio de pesquisadores e fez
pequenas visitas de campo.

Inicia a pesquisa sobre os “estágios” do progresso da sociedade humana com quatro povos,
iroqueses, aborígenes, astecas, gregos e romanos.

Seu livro que desenha essa linha evolutiva para a humanidade, “ as sociedade antiga”,
influenciou sobremaneira marx e Engels, na sua visão da história primitiva. Morgan
revolucionou o modo de pensar na história primitiva. (segundo marx e Engels, no livro a origem
da família)

As teorias de morgan podem ser acusadas de materialismo, por suas concepções materiais da
fase da humanidade, mas morgan estava longe de ser comunista ou materialista. Acreditava
inclusive que um plano divino tinha sido o gestor das etapas humanas, passando da selvageria
à barbárie e indo à civilização.

TYLOR

Inglês, 1832.familia quacker


Tinha formação de bosta nenhuma, e veio visitar a américa, escreveu sobre o mexico de forma
extremamente determinista. Para ele o mexico era impossível de se autogovernar e estaria
fadado a ser absorvido pelos estados unidos.

Estuda história antiga e se torna o primeiro a trazer o conceito de cultura, no livro cultura
primitiva.

Não dissocia cultura de civilização. Para ele é cultura ou civilização.

"Cultura ou Civilização, tomada em seu mais amplo sentido etnográfico, é aquele todo
complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras
capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade." (p. 5)

Muito ao contrario do conceito de cultura de boas, que é relativista, pluralista e não


hierárquico.

Cultura para Taylor era uma só. A única diferença estava nos estágios de cada manifestação.

Se tornou professor e importante na cena da antropologia nascente.

FRAZER

Escocês, classe media.

Foi levado a estudar e se interessar pelas culturas clássicas. Grécia, traduziu pausanias.

Escreveu o ramo de ouro, um livro que inicialmente pega um rito religioso grego e o compara
com outras simbologias. O mesmo vicio de comparação de sempre.

Se tornou professor de antropologia social.

Continuou escrevendo, e se tornou famoso, enquanto a antropologia o renegava como


“demasiadamente” literário. Ademais, o tempo do evolucionismo cultural havia passado.

EVOLUÇÃO BIOLÓGICA E EVOLUÇÃO CULTURAL

O texto considera um equívoco dizer que a evolução cultural é um conceito que surge
diretamente da evolução biológica

Compreensões rasas ligavam a seleção natural ao conceito de progresso. O evolucionismo


virou uma forma de provar esta ideia geral.

A revolução darwinista ocorre junto ao alargamento da temporalidade humana, com o


encontro dos primeiros artefatos junto aos mamutes. Do antediluviano, passa se ao pré-
histórico.

Ironicamente, quem populariza o conceito de evolução é herbert Spencer, com o texto


progresso: sua lei e sua causa.

“O avanço do simples para o complexo, através de um processo de sucessivas diferenciações, é


igualmente visto nas mais antigas mudanças do Universo que podemos conceber
racionalmente e indutivamente estabelecer; ele é visto na evolução geológica e climática da
Terra, e de cada um dos organismos sobre sua superfície; ele é visto na evolução da
Humanidade, quer seja contemplada no indivíduo civilizado, ou nas agregações de raças; ele é
igualmente visto na evolução da Sociedade com respeito a sua organização política, religiosa e
econômica; e é visto na evolução de todos ... os infindáveis produtos concretos e abstratos da
atividade humana” (p. 10)

O evolucionismo de darwin não levava a uma ideia de progresso, muito menos de linearidade.

É a filosofia de Spencer que cria essa ideia.

E é essa ideia que guia a antropologia do século XIX.

Um só caminho, uma mesma humanidade

Como colocar a história, com tantas sociedades, tão diferentes, tanto no passado como no
presente? A ideia foi: reduzir as diferenças e organizar em estágios para o caminho evolutivo.

“O postulado básico do evolucionismo em sua fase clássica era, portanto, que, em todas as
partes do mundo, a sociedade humana teria se desenvolvido em estágios sucessivos e
obrigatórios, numa trajetória basicamente unilinear e ascendente. A possibilidade lógica
oposta, de que teria havido uma degenera- ção ou decadência a partir de um estado superior
— idéia que tinha por base uma interpretação bíblica — precisava ser descartada, como se
poderá ver nos textos aqui reunidos. Toda a humanidade deveria passar pelos mesmos
estágios, seguindo uma direção que ia do mais simples ao mais complexo, do mais
indiferenciado ao mais diferenciado.” (p.11)

Toda a humanidade tinha como obrigação a de passar por estes estágios da evolução
ascendente da civilização.

Para morgan, a evolução era natural e necessária.

Humanidade: unidade ppsiquica. (isso tudo dentro da ideia MONOGENISTA). Os poligenistas


não conseguiriam conceber tais pressupostos, pois acreditavam não em estágios, mas em raças
diferentes.

O método comparativo e a ciência da cultura

Como a humanida de era vista como uma só, os primitivos eram uma forma de entender o que
todas as civilixzações foram, pois segundo a ideia evolucionista, ainda estariam no estagio
inicial.

Como nessa época a arqueologia não estava tão completa, quem queria estudar sobre pré
história se debruçou por fazer isso com os povos primitivos.

“Em suma, a selvageria é a condição primitiva da humanidade, e, se quisermos entender o que


era o homem primitivo, temos que saber o que é o homem selvagem hoje. [ver p.107-8](frazer,
apud esse livro aqui p.12)

Dai nasce o metodo COMPARATIVO:

Já usado na biologia e na linguística.


Tylor dizia que o método comparativo devia isolar um mesmo objeto em vários locais e estudar
sua difusão e relações.

Outra ideia do evolucionismo cultural: sobrevivênciascostumes, crenças e hábitos que


sobrevivem a uma mudança de estagio da sociedade, demonstrando a sua origem no estágio
anterior.

Uma "antropologia de gabinete"

A pesquisa desses homens vinha de relatos daqueles que estavam realmente perto das
sociedades. O rigor cientifico dos relatos pouco importava.

Fenômenos, segundo tylor, surgiriam repetidamente no mundo, pois o caminho da evolução


era o mesmo. Isso os fazia não só aceitar qualquer relato, como imaginar o que não foi
relatado, a partir do que já “sabiam”.

A “antropologia de gabinete” foi muito criticada nos anos posteriores. No início do século XX

O evolucionismo vai deixando de ser pauta

Vai sendo mais difundida a ideia de difusão cultural, dai a escola difusionista. (elementos
comuns eram fruto de contato e relações que se espalharam).

Outros marcos da ruptura foram boas e malinowski

Boas: usa o conceito de cultura e sociedade no plural. Haviam culturas e sociedades. O estudo
antropológico, para boas, não seria para aprender nas sociedades primitivas algo do passado
na nossa sociedade, mas as próprias culturas e as sociedades estudadas, por elas mesmas.

Nesse tempo, a teoria evolucionista já era vista como etnocêntrica, e que julgava a sociedade
pelo olhar do observador.

“As culturas "primitivas" deixavam, assim, de serem percebidas e avaliadas por aquilo que lhes
faltava ou aquilo em que estariam "atrasadas" em comparação com a cultura ocidental
moderna: Estado, família monogâmica, ciência, propriedade privada e religião monoteís- ta.
Além desse relativismo metodológico, Boas praticou e estimulou em seus alunos um gosto pela
pesquisa de campo desconhecido para a maior parte dos autores que o precederam.” (p. 14)

Malinoswki.

Ia para campo. Agora a antropologia era indiscociavel desta pratica

Não fragmentava a cultura, mas a via em sua totalidade.

Já decadente e totalmente desacreditada, a antropologia evolucionista cultural perdeu seu


posto, que ocupou de 1870 ate a 1 guerra.

Sobraram rebarbas. (darcy ribeiro era um deles)

Fichamento/resumo 3: a noção de cultura nas ciências sociais.

Cap 3: o tirunfo da cultura.


A herança de Boas: a História cultural.

(Boas-eua-reação empirista ao evolucionismo)

Os que vieram depois de boas, seus sucessores, vão retomar sobretudo sua ideia de dimensão
histórica dos fenômenos culturais.

Refinam ideias difusionistas, que vieram dos alemães, como traço cultural(menor repartição de
uma cultura, um componente atômico de uma cultura), e área cultural(para eles, espaço com
maior incidência de traços semelhantes).

Há a ideia de centro e de periferia de cultura. O centro tem os traços mais refinados, e a


periféria se junta a outras.

Kroeber: vai mostrar que o conceito de área cultural funciona melhor em locais de área cultural
e geográfica mais ou menos iguais. Mas em vários casos não acontece, o que dificulta achar
essa área.

Difusão: contato entre cultura e circulação de traços culturais.

(houveram varias criticas aos difusionistas europeus, considerados hiperdifusionistas)

Os boasianos foram mais cautelosos no uso destas ideias.

Mais metodológicos e empíricos.

Contribuições:

Conceito de modelo cultural: conjunto o estruturado o do s mecanismo - mo s pelo s quais s


um a cultura a s e adapta a a se u meio o ambiente . Est a noção o ser á retomada a e apro -
fundada a pel. a escol a "cultura a e personalidade”

Os boasianos, e boas, centravam sua pesquisa no contato cultural, na troca. Isso abriu
possibilidades para o estudo do conceito de aculturação, e de trocas culturais.

Analisaram a complexidade dos fenômenos de empréstimo.

Empréstimo cultural: deve se transformar ou até recriar o traço cultural, para se adaptar à
cultura receptora.

MALINOWSKI E A ANALISE FUNCIONALISTA DA HISTÓRIA

Para malinoswki, não se pode recriar a história das culturas de tradição oral.

Sua observação é da cultura no presente, sem procurar as origens.

Pois para malinoswki esta busca pelo passado não teria respaldo cientifico, uma vez que estas
culturas não tem fontes históricas escritas (Malinowski; analise sincrônica, do momento
presente). Contra o difusionismo do passado, contra o evolucionismo do futuro, o
funcionalismo enxerga o presente.

Malinoswki critica também a fragmentação usada para o estudo difusionista. Ele não quer
saber se tal objeto está aqui e lá, ou surgiu aqui e foi para lá. Ele quer saber o papel deste
objeto e deste traço cultural na funcionalidade da cultura, que ele via como um “sistema cujos
objetos são interdependentes” (p.71)

Por isso a analise funcionalista. cada traço cultural é analisado a partir de sua função, seu papel
dentro do todo, e nenhuma analise se dissocia do todo.

Analisa também que cada cultura é um todo coerente, que já chegou ao seu ápice. Descarta
mudanças internas, e acredita que mudanças venham apenas do externo.

Para explicar as diferentes culturas, cria a teoria das necessidades, onde diz que cada
sociedade é criada em cultura e em estruturas como uma forma de satisfazer necessidades dos
homens em certo território. Ele pega esta ideia emprestada das ciências naturais.

O que surge destas necessidades: instituições( é a célula central da cultural, para Malinowski)

Nenhum traço cultural faz sentido senão quando analisado em conjunto com sua instituição.

Para o funcionalismo, a antropologia estuda as instituições.

A analise funcionalista erra ao tentar ver, com um olhar biológico, as sociedades como
harmoniosas, feitas quase que por instinto. Não se consegue, nessa analise, entender
contradições culturais internas, disfunções e patologias sociais.

Mas vale lembrar que de malinoswki vem a urgência da analise do outro pelo outro, da
pesquisa participante, direta, de aprender a língua nativa, tem tentar ter alteridade no estudo.

A ESCOLA “CULTURA E PERSONALIDADE”:

1930...

Continua na antropologia americana.

Tentam agora entender como os humanos se incorporam em suas culturas. A cultura não está
dissociada dos indivíduos, e de mesmo modo, os indivíduos não estão dissociados dela.
Existem então comportamentos comuns dentro de uma cultura.

Nessa perspectiva, a cultura é uma totalidade.

Para sapir, por exemplo, está errado dizer que os elementos culturais passam imutáveis,
independente dos indivíduos, mas que estes tem papel fundamental na difusão.

A tal da escola de cultura e personalidade tem uma diferença notável entre os métodos de seus
participantes.mas todos tem em comum o respeito aos ensinamentos da psicologia e
psicanalise em suas analises, e eram muito interdisciplinares.

Eram anti freud: não era o libido que fazia a cultura, mas a cultura que fazia a libido.

“A questã o fundamenta l qu e o s pesquisa - dore s dest a escol a s e coloca m é a d a personali


- dade . Se m questiona r a unidad e d a humanida - de , tant o n o plan o biológic o quant o n o
plan o psíquico , este s autore s s e pergunta m po r quai s mecanismo s d e transformação ,
indivíduo s d e naturez a idêntic a a princípio , acaba m adquirin - d o diferente s tipo s d e
personalidade , caracte - rístico s d e grupo s particulares . Su a hipótes e fundamenta l é qu e à
pluralidad e da s cultura s dev e corresponde r um a pluralidad e d e tipo s d e personalidade .”
p 76

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