A Era Vargas Resumo e Atividade
A Era Vargas Resumo e Atividade
A Era Vargas Resumo e Atividade
"Era Vargas foi um período iniciado em 1930, logo após a Revolução de 1930, e finalizado em 1945 com a
deposição de Getúlio Vargas. Nesse período da história brasileira, o poder esteve centralizado em Getúlio Vargas,
que assumiu como presidente do Brasil após o movimento que depôs Washington Luís da presidência.
Resumo
A Era Vargas foi o período de quinze anos da história brasileira que se estendeu de 1930 a 1945 e no qual Getúlio
Vargas era o presidente do país. A ascensão de Vargas ao poder foi resultado direto da Revolução de 1930, que
destituiu Washington Luís e impediu a posse de Júlio Prestes (presidente eleito que assumiria o país).
Ao longo desse período, Getúlio Vargas procurou centralizar o poder. Muitos historiadores, inclusive, entendem o
período 1930-1937 como a “gestação” da ditadura de Vargas. Vargas também ficou marcado pela sua
aproximação com as massas, característica que se tornou muito marcante durante o Estado Novo.
Permaneceu no poder até 1945, quando foi forçado a renunciar à presidência por causa de um ultimato dos
militares. Com a saída de Vargas do poder, foi organizada uma nova Constituição para o país e iniciada outra fase
da nossa história: a Quarta República (1946-1964).
Resumir as características da Era Vargas é uma tarefa complexa, principalmente porque cada fase assumiu
aspectos diferentes. De maneira geral, as seguintes características podem ser destacadas.
Centralização do poder → Ao longo de seus quinze anos no poder, Vargas tomou medidas para enfraquecer o
Legislativo e reforçar os poderes do Executivo. Essa característica ficou evidente durante o Estado Novo.
Política Trabalhista → Vargas atuou de maneira consistente no sentido de ampliar os benefícios trabalhistas. Para
isso, criou o Ministério do Trabalho e concedeu direitos aos trabalhadores. Era uma forma de reforçar seu poder
aproximando-se das massas.
Propaganda Política → O uso da propaganda como forma de ressaltar as qualidades de seu governo foi uma
marca forte de Vargas e que também ficou evidente durante o Estado Novo a partir do Departamento de Imprensa
e Propaganda (DIP.)
Capacidade de negociação política → A capacidade política de Vargas não surgiu do nada, mas foi sendo
construída e aprimorada ao longo de sua vida política. Vargas tinha uma grande capacidade de conciliar grupos
opostos em seus governos, como aconteceu em 1930, quando oligarquias dissidentes e tenentistas estavam no
mesmo grupo apoiando-lhe.
A postura de Vargas no poder do Brasil durante esse período pode ser também relacionada com o populismo,
principalmente pelos seguintes aspectos:
5. Transição de poder
A ascensão de Getúlio Dornelles Vargas à presidência aconteceu pela implosão do modelo político que existia no
Brasil durante a Primeira República. Ao longo da década de 1920, inúmeras críticas foram feitas ao sistema
oligárquico que vigorava em nosso país, sendo os tenentistas um dos movimentos de oposição de maior destaque.
A implosão da Primeira República concretizou-se de fato durante a eleição de 1930. Nessa eleição, a oligarquia
mineira rompeu abertamente com a oligarquia paulista porque o presidente Washington Luís recusou-se a indicar
um candidato mineiro para concorrer ao cargo. A indicação para presidente foi do paulista Júlio Prestes.
Isso desagradou profundamente à oligarquia mineira, uma vez que a atitude do presidente rompia com o acordo
existente entre as duas oligarquias (Política do Café com Leite). Assim, os mineiros passaram a conspirar contra
o governo e, aliando-se às oligarquias paraibana e gaúcha, optaram por lançar um candidato para concorrer à
presidência: Getúlio Vargas.
A disputa eleitoral travada entre Júlio Prestes e Getúlio Vargas teve como desfecho a vitória do primeiro. No
entanto, mesmo derrotados, membros da chapa eleitoral de Vargas (chamada Aliança Liberal) começaram a
conspirar para destituir Washington Luís do poder (Vargas, porém, havia aceitado a derrota).
Essa conspiração tornou-se rebelião de fato quando João Pessoa, vice de Getúlio Vargas, foi assassinado em
Recife por João Dantas. O assassinato de João Pessoa não tinha nenhuma relação com a eleição disputada, mas o
acontecido foi utilizado como pretexto para que um levante militar contra Washington Luís fosse iniciado.
A revolta iniciou-se em 3 de outubro de 1930 e estendeu-se por três semanas. No dia 24 de outubro de 1930, o
presidente Washington Luís foi deposto da presidência. Uma junta militar governou o Brasil durante 10 dias e,
em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas, que aderiu à rebelião quando ela estava em curso, assumiu a
presidência do Brasil.
O governo provisório, como o próprio nome sugere, deveria ter sido uma fase de transição em que Vargas
rapidamente organizaria uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição para o Brasil.
Getúlio Vargas, porém, nesse momento, já deu mostras da sua habilidade de se sustentar no poder, pois adiou o
quanto foi possível a realização da Constituinte.
Nessa fase, Vargas já realizou as primeiras medidas de centralização do poder e, assim, dissolveu o Congresso
Nacional, por exemplo. A demora de Vargas em realizar eleições e convocar uma Constituinte teve impactos em
alguns locais do país, como São Paulo, que se rebelou contra o governo em 1932 no que ficou conhecido como
Revolução Constitucionalista de 1932.
O movimento foi um fracasso e, após a sua derrota, Getúlio Vargas atendeu as demandas dos paulistas,
nomeando para o estado um interventor (governador) civil e nascido em São Paulo, além de garantir a realização
de uma eleição em 1933 para compor a Constituinte. Dessa Constituinte, foi promulgada a Constituição de 1934.
A nova Constituição foi considerada bastante moderna para a época e trouxe novidades, como o sufrágio
universal feminino (confirmando o que já havia sido estipulado pelo Código Eleitoral de 1932). Junto da
promulgação da nova Constituição, Vargas foi reeleito indiretamente para ser presidente brasileiro entre 1934 e
1938. Após isso, um novo presidente deveria ser eleito.
Nessa fase, a política econômica de Vargas concentrou-se em combater os efeitos da Crise de 1929 no Brasil.
Para isso, agiu comprando milhares de sacas de café e incendiando-as como forma de valorizar o principal
produto da nossa economia. Nas questões trabalhistas, autorizou a criação do Ministério do Trabalho em 1930 e
começou a intervir diretamente na atuação dos sindicatos.
A participação brasileira na Segunda Guerra e o desgaste desse projeto político autoritário enfraqueceram o
Estado Novo perante a sociedade. Assim demandas por novas eleições começaram a acontecer. Pressionado,
Vargas decretou para o fim de 1945 a realização de eleição presidencial e, em outubro desse mesmo ano, foi
deposto do poder pelos militares."