Provas 2a Fase 1d Francês
Provas 2a Fase 1d Francês
Provas 2a Fase 1d Francês
Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas, em outra há outros milhões; e as cidades são tão longe uma
da outra que nesta é verão quando naquela é inverno. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa; e essas
pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo, como plantinha de estufa, um amor a
distância?
Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma
presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam mais; é tão caro e demorado e
tão ruim e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha
vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita?
A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentiu a semana passada... e as semanas passam
de maneira assustadora, os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam
com veemência gritando – “outra semana!” e as quartas já têm um gosto de sexta, e o abril de de-já-hoje é
mudado em agosto...
Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz; mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não
dizem que muita vez ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência – e no entanto há
séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a
estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda; e eu vos direi: amai para entendê-las!
Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e
o vero pelo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, o agora, o
aqui – e isso não há.
Então a outra pessoa vira retratinho no bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina,
tudo o que for eco, sombra, imagem, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando
insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve
fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado
inteiro, está-se gastando, perdendo seu poder emissor a distância.
Cuidai amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de cartas e fotografias no fundo de uma gaveta que
se abre cada vez menos... Não ameis a distância, não ameis, não ameis!
(BRAGA, R. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2013. p.435-436.)
1
A respeito dessa crônica, considere as afirmativas a seguir.
I. A crônica retrata a comunicação falha entre os casais e o tempo como um dos empecilhos para a manu-
tenção dos relacionamentos.
II. A distância retratada na crônica é uma metáfora, pois há muitos casais que vivem juntos, mas não se
encontram.
III. Para o eu do cronista, a distância não é o fator principal da falta de amor, mas a correria do dia a dia, que
nos leva a substituir prioridades.
IV. Sua ideia central retrata os relacionamentos a longa distância e a impossibilidade de êxito, dada sua falta
de cultivo diário.
3 / 19
2
A partir da leitura do trecho “os astrônomos não dizem que muita vez ficamos como patetas a ver uma linda
estrela jurando pela sua existência – e no entanto há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que
custou a fazer a viagem?”, assinale a alternativa correta.
a) Há uma linguagem metafórica relacionada ao fato de que o sentimento expresso em uma carta pode não mais existir
no momento de sua recepção, e o seu receptor pode ser enganado pela distância geográfico-temporal.
b) A linguagem utilizada nesse trecho é metafórica, levando o leitor a refletir a respeito da veracidade dos sentimentos
expressos nas cartas e a facilidade de ludibriar o outro por meio desse veículo de comunicação.
c) A linguagem literal foi utilizada nesse trecho para expor argumentos científicos que contestem as ideias expostas pelo
eu do cronista, cujo objetivo é convencer o leitor a deixar de se iludir olhando para estrelas que já desapareceram.
d) Sua linguagem é denotativa e busca estabelecer uma equivalência entre o desaparecimento das estrelas e a nostalgia
pelo desinteresse das pessoas em um relacionamento a distância.
e) Trata-se de um fragmento cuja linguagem é literal usada para lembrar a distância entre a terra e as estrelas, além do
trabalho importante dos astrônomos em localizar as pessoas em relação à presença ou à ausência desses astros.
3
A respeito do conjunto das crônicas de Rubem Braga indicadas para leitura, assinale a alternativa correta.
a) A linguagem é predominantemente poética, representando, de maneira relevante, o estilo lírico de Rubem Braga a
partir de temas extraídos do cotidiano urbano entre o final da década de 1940 e o final da década de 1970.
b) Traz, na maioria dos seus textos, crônicas narrativas com personagens exploradas com teor humorístico. Algumas
delas, porém, se debruçam em temas reflexivos, poéticos e metafísicos.
c) Trata-se de uma coletânea de crônicas poéticas de Rubem Braga, escritas entre as décadas de 1980 e 1990, e
apresenta como temática central as discussões a respeito do amor, da fidelidade e dos relacionamentos afetivos de
modo geral.
d) Rubem Braga é um grande nome da crônica brasileira do século XIX, consagrando-se, ao lado de Machado de Assis,
com suas crônicas, apresentando temas urbanos de teor sentimentalista.
e) Rubem Braga procurou, nessas crônicas, mesclar textos humorísticos e poéticos, revelando as preocupações, os
sentimentos e as aflições do cotidiano urbano do início do século XX.
1 A cavalgada, que lenta subira a encosta, descia-a rapidamente enquanto Atanagildo, visitando os muros,
2 exortava os guerreiros da cruz a pelejarem esforçadamente. Quando estes souberam quais eram as intenções
3 dos árabes acerca das virgens do mosteiro, a atrocidade do sacrilégio afugentou-lhes dos corações a menor
4 sombra de hesitação. Sobre as espadas juraram todos combater e morrer como godos. Então o quingentário,
5 a quem parecia animar sobrenatural ousadia, correu ao templo.
(HERCULANO, A. Eurico, o presbítero. 2.ed. São Paulo: Martin Claret, 2014. p.107.)
4
Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, o que os verbos “exortava” e “pelejarem”
(ambos na linha 2) indicam no texto.
a) Acalmava e correrem.
b) Aconselhava e apaziguarem.
c) Aterrorizava e combaterem.
d) Estimulava e lutarem.
e) Incentivava e rastejarem.
5
Sobre os elementos linguísticos presentes no texto, assinale a alternativa correta.
a) O pronome “a” (linha 1) refere-se à “cavalgada”.
b) O pronome “estes” (linha 2) refere-se a “muros”.
c) O pronome “lhes” (linha 3) refere-se a “guerreiros”.
d) O pronome “todos” (linha 4) refere-se a “árabes”.
e) O pronome “quem” (linha 5) refere-se às “virgens do mosteiro”.
4 / 19
6
Sobre os verbos “subira” (linha 1), “descia” (linha 1) e “exortava” (linha 2), presentes no trecho, assinale a
alternativa correta.
a) Os verbos “subira”, “descia” e “exortava” estão no tempo verbal pretérito perfeito, pois indicam um fato que aconteceu
em um momento passado e foi concluído. Todos estão no modo indicativo.
b) Os verbos “subira”, “descia” e “exortava” estão no pretérito imperfeito, pois expressam a duração de um fato que ocor-
reu no passado e foi concluído. Os dois primeiros estão no modo indicativo, enquanto “exortava” está no imperativo,
pois expressa ordem.
c) O verbo “subira” está no futuro do presente, pois indica um fato que ainda ocorrerá; os verbos “descia” e “exortava”
estão no futuro do pretérito, pois indicam ações que aconteceriam. Todos estão no modo indicativo.
d) O verbo “subira” está no pretérito mais-que-perfeito, pois indica um fato que aconteceu antes de outro fato no pre-
sente; já os verbos “exortava” e “descia” estão no imperfeito do subjuntivo, pois expressam desejos ou hipóteses.
e) O verbo “subira” está no pretérito mais-que-perfeito, pois indica um processo que ocorreu antes de um outro fato,
também no passado; os verbos “descia” e “exortava” estão no pretérito imperfeito, pois indicam um processo que
ocorreu no passado, expressando sua duração, e que não foi concluído. Todos estão no modo indicativo.
O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma antiga família bárbara,
gardingo na corte de Vítiza, depois de ter sido tiufado ou milenário do exército visigótico vivera os ligeiros
dias da mocidade no meio dos deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar
disso, quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de Hermengarda, filha de Favila, Duque de
Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu amor fora infeliz. O orgulhoso Favila não
consentira que o menos nobre gardingo pusesse tão alto a mira dos seus desejos. Depois de mil provas de um
afeto imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submergir todas as suas esperanças. Eurico era
uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo deu o nome de imaginações desregradas, porque
não é para o mundo entendê-las. Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao
despertar dos sonhos do amor que o tinham embalado. A ingratidão de Hermengarda, que parecera ceder
sem resistência à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do velho prócer deram em terra com aquele
ânimo, que o aspecto da morte não seria capaz de abater. A melancolia que o devorava, consumindo-lhe
as forças, fê-lo cair em longa e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição vigorosa o
arrancou das bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques belos e puros do seu gesto formoso
e varonil transpareciam-lhe a custo através do véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro
pendia fulminado pelo fogo do céu.
(HERCULANO, A. Eurico, o presbítero. 2.ed. São Paulo: Martin Claret, 2014. p.26-27.)
7
Sobre o romance Eurico, o presbítero, considere as afirmativas a seguir.
I. A história das personagens se passa em meio às lutas pela defesa do território da Península Ibérica diante
da tentativa de dominação pelos muçulmanos.
II. A guerra santa, que é pano de fundo do romance, diz respeito ao contexto da reforma protestante, em que
católicos e reformistas se enfrentam em batalhas sangrentas.
III. Hermengarda escapa do clichê romântico e é a única personagem da obra cujo final é feliz, visto que
consegue se casar com um soldado e dar à luz três filhos.
IV. Romance da primeira geração romântica, coloca a história de amor em segundo plano, na medida em que
evidencia a questão histórica.
5 / 19
8
Com base na leitura do romance Eurico, o presbítero e, especificamente, do trecho apresentado, é correto
afirmar que este é o momento em que o narrador conta
a) a saga de Eurico perante sua família e a de Hermengarda, que eram as responsáveis pelo seu sofrimento.
b) o desencanto de Eurico diante de um amor impossível, o que o levaria a dedicar sua vida a professar a fé.
c) como Eurico abandona a batina para lutar por seu grande amor, a nobre Hermengarda.
d) como Eurico se torna um guerreiro contra a Igreja Católica, a quem responsabiliza pelo fim de seu noivado.
e) como Hermengarda abandona Eurico diante do altar, apenas porque ele não é de família nobre como a dela.
Leia o texto a seguir, extraído do conto “A chinela turca”, e responda às questões 9 e 10.
Olhou para trás; não viu ninguém; o perseguidor não o acompanhara até ali. Podia vir, entretanto; Duarte
ergueu-se a custo, subiu os quatro degraus que lhe faltavam, e entrou na casa, cuja porta, aberta, dava para
uma sala pequena e baixa.
Um homem que ali estava, lendo um número do Jornal do Comércio, pareceu não o ter visto entrar. Duarte
caiu numa cadeira. Fitou os olhos no homem. Era o major Lopo Alves. O major, empunhando a folha, cujas
dimensões iam-se tornando extremamente exíguas, exclamou repentinamente:
– Anjo do céu, estás vingado! Fim do último quadro.
Duarte olhou para ele, para a mesa, para as paredes, esfregou os olhos, respirou à larga.
– Então! Que tal lhe pareceu?
– Ah! excelente! respondeu o bacharel, levantando-se.
– Paixões fortes, não?
– Fortíssimas. Que horas são?
– Deram duas agora mesmo.
Duarte acompanhou o major até a porta, respirou ainda uma vez, apalpou-se, foi até à janela. Ignora-se o que
pensou durante os primeiros minutos; mas, ao cabo de um quarto de hora, eis o que ele dizia consigo: – Ninfa,
doce amiga, fantasia inquieta e fértil, tu me salvaste de uma ruim peça com um sonho original, substituíste-me
o tédio por um pesadelo: foi um bom negócio. Um bom negócio e uma grave lição: provaste-me ainda uma
vez que o melhor drama está no espectador e não no palco.
(ASSIS, M. Papéis avulsos. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2011. p.124-125.)
9
Com base no trecho e no conto, considere as afirmativas a seguir.
I. A passagem selecionada assinala o término do sonho da personagem Duarte, motivado pela leitura da
monótona peça do major Lopo Alves.
II. Nesta passagem, o narrador se equivoca ao dizer que o major Lopo Alves lia um número do Jornal do
Comércio. Ele não identifica nas mãos da personagem uma obra dramática.
III. Conforme registram os termos “quadro”, “peça”, “drama”, “espectador” e “palco”, bem como a recorrência
do sinal de travessão a marcar a mudança de interlocutores, o conto “A chinela turca” apresenta uma
estrutura de peça teatral.
IV. Embora não reconheça de imediato, a personagem Duarte, no afã de se esconder, acaba por adentrar em
um espaço que se revelará ser sua própria casa.
6 / 19
10
Com base no trecho e na prévia leitura do conto, é correto afirmar que a história é narrada em
a) primeira pessoa, pelo dramaturgo Lopo Alves, velho amigo da família de Duarte, que compõe a peça que dá título ao
conto.
b) primeira pessoa, pelo bacharel Duarte, personagem principal da história. Dão prova disso as três aparições do
pronome “me” no último parágrafo do texto: “tu me salvaste”, “substituíste-me” e “provaste-me”.
c) terceira pessoa, pelo perseguidor da personagem Duarte, a quem acusa de ter roubado uma preciosa chinela turca.
d) terceira pessoa, por Machado de Assis, que ironiza os conteúdos veiculados nos jornais da época. No conto em
questão, o Jornal do Comércio seria uma espécie de palco de peças ruins.
e) terceira pessoa, por um narrador onisciente, que relata a extraordinária experiência vivida pelo bacharel Duarte, na
noite em que pretendia ir a um baile encontrar a amada Cecília.
Momento
Enquanto eu fiquei alegre, permaneceram
um bule azul com um descascado no bico,
uma garrafa de pimenta pelo meio,
um latido e um céu limpidíssimo
com recém-feitas estrelas.
Resistiram nos seus lugares, em seus ofícios,
constituindo o mundo pra mim, anteparo
para o que foi um acometimento:
súbito é bom ter um corpo pra rir
e sacudir a cabeça. A vida é mais tempo
alegre do que triste. Melhor é ser.
(PRADO, A. Bagagem. 31.ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. p.46.)
11
Em relação ao livro Bagagem, o poema “Momento”
a) afirma, a partir de metáforas tristes, o mesmo desconsolo diante da vida encontrado em muitos outros poemas do
livro.
b) destoa completamente do tema, visto que trata de questões cotidianas, o que não aparece na obra como um todo.
c) emprega o verbo em primeira pessoa, dando-lhe um tom impessoal, o que é a característica central dos outros textos
da obra.
d) mantém a mesma simplicidade, seja nos aspectos estruturais e temáticos, seja no emprego da linguagem.
e) trata do tema da morte, sendo a bagagem uma metáfora para o peso da dor da perda de um ente querido.
12
Sobre os versos “Resistiram nos seus lugares, em seus ofícios, / constituindo o mundo pra mim, anteparo /
para o que foi um acometimento:”, considere as afirmativas a seguir.
I. O trecho “Resistiram nos seus lugares” tem como referentes “bule”, “garrafa”, “latido” e “céu”.
II. Em “o mundo pra mim”, o eu lírico expressa a sua confiança na sensação de conforto que lhe dão as coisas
simples.
III. O trecho “para o que foi um acometimento” se refere à tristeza como coisa passageira.
IV. A palavra “anteparo” é metáfora para a vida parada e sem graça experimentada pelo eu lírico todo o tempo.
7 / 19
Leia o artigo de opinião a seguir e responda às questões de 13 a 16.
1 O caso do menino Bernardo Uglione Boldrini chocou o Brasil. Ainda sem julgamento, a história do homicídio
2 do menino de apenas 11 anos de idade, que tem como principais suspeitos o pai, a madrasta e a assistente
3 social amiga da família, trouxe à tona diversos assuntos, em especial, a convivência familiar. As versões dos
4 acusados são diversas e contraditórias, mas a principal questão reside em torno do tratamento interpessoal
5 dentro da entidade familiar. Nesse tocante, surge preocupação com a situação que muitas famílias vivenciam
6 de tratamento cruel ou degradante, que a Lei Bernardo repudia.
7 A Lei Bernardo, antiga Lei Palmada, eterniza o nome de Bernardo Boldrini. Em vida, o menino chegou a
8 reclamar judicialmente dos maus-tratos sofridos no ambiente familiar, demonstrando que, antes de sua morte
9 física noticiada, Bernardo já estava sofrendo o chamado homicídio da alma, também conhecido como assédio
10 moral. O assédio moral é conduta agressiva que gera a degradação da identidade da vítima assediada,
11 enquanto o agressor sente prazer de hostilizar, humilhar, perseguir e tratar de forma cruel o outro.
12 Justamente essa conduta que o Art. 18-A do ECA, trazido pela Lei Bernardo, disciplina na tentativa de proteger
13 a criança e o adolescente de tais práticas.
14 O assédio moral possui várias denominações pelo mundo, como bullying, mobbing, ijime, harassment, e é
15 caracterizado por condutas violentas, sorrateiras, constantes, que algumas vezes são entendidas como ino-
16 fensivas, mas se propagam insidiosamente. A figura do assédio moral na família surge exatamente quando
17 o afeto deixa de existir dando espaço à desconsideração da dignidade do outro no dia a dia. Demonstrando,
18 assim, que, embora haja necessidade de afetividade para que surja uma entidade familiar, com o desapare-
19 cimento do sentimento de afeto surgem situações de violência, inclusive a psíquica.
20 A gravidade é majorada no âmbito da família, eis que ela é principal responsável pelo desenvolvimento da
21 personalidade de seus membros e do afeto, elemento agregador.
22 A morte da alma do menino Bernardo ainda em vida, resultado de tratamento degradante, diário e sorrateiro,
23 que culminou na morte física, faz refletir sobre a importância da família no desenvolvimento da personalidade
24 de seus membros, de modo a valorizar a existência do afeto para que não haja na entidade familiar a figura
25 do assédio moral.
26 O assédio moral na família, ou psicoterror familiar, deve ser amplamente combatido, principalmente pelo papel
27 exercido pela família de atuar no desenvolvimento da criança e do adolescente, de modo que a integridade
28 psíquica deve ser sempre resguardada, no afeto e no respeito à dignidade da pessoa humana, desde seu
29 nascimento.
(Adaptado de: SENGIK, K. B. Jornal de Londrina. 14 set. 2014. Ponto de vista. ano 26. n.7.855. p.2.)
13
Acerca do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. A expressão “à tona” no trecho “trouxe à tona diversos assuntos, em especial, a convivência familiar.”
diverge do sentido da expressão “à baila” em: “O assédio moral trouxe à baila a importância da afetividade
no convívio familiar.”
II. A expressão “à tona” equivale às expressões “à superfície” e “à flor”. Além disso, como expressões
femininas, há uma contração da preposição “a” com o artigo “a”, resultando na crase.
III. A expressão “Nesse tocante” pode ser substituída por “A respeito disso”, sem prejuízo do sentido original.
IV. O trecho “que tem como principais suspeitos o pai, a madrasta e a assistente social amiga da família” pode
ser reescrito da seguinte forma: “cujos principais suspeitos são o pai, a madrasta e a assistente amiga da
família”.
8 / 19
14
De acordo com o texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Condutas interpretadas como inofensivas são práticas a serem desconsideradas na caracterização do as-
sédio moral.
II. O assédio moral expressa uma forma de violência familiar contra a pessoa, sendo um ato praticado
explicitamente.
III. O assédio moral pode ser praticado às escondidas no âmbito familiar, podendo caracterizar-se como um
“psicoterror familiar”.
IV. O assédio moral, no âmbito familiar, surge quando o “elemento agregador” desaparece.
15
Sobre os conectivos empregados no quarto parágrafo, assinale a alternativa correta.
a) O termo “como” (linha 14) é usado para introduzir exemplificação de denominações.
b) O termo “mas” (linha 16) tem valor aditivo, associando caráter inofensivo e propagação insidiosa.
c) O termo “assim” (linha 18) tem valor temporal, remetendo ao imediatismo na sequência das ações.
d) O termo “embora” (linha 18) serve para contrapor “necessidade de afetividade” e “entidade familiar”.
e) O termo “para que” (linha 18) é utilizado para introduzir a finalidade do surgimento de situações de violência.
16
Sobre os recursos linguísticos utilizados no texto, assinale a alternativa correta.
a) Em “surge preocupação”, no primeiro parágrafo, mesmo que o substantivo fosse flexionado no plural, o verbo se
manteria no singular.
b) Em “surge preocupação”, no primeiro parágrafo, o substantivo exerce a função de complemento do verbo.
c) Em “sente prazer de hostilizar, humilhar”, no segundo parágrafo, o verbo “humilhar” complementa o sentido de “pra-
zer”.
d) Em “tratar de forma cruel o outro”, no segundo parágrafo, o adjetivo se refere tanto à “forma” quanto a “o outro”.
e) No terceiro parágrafo, o termo “disciplina” é um substantivo concreto.
17
Sobre o motivo da jornada da personagem Zé-do-Burro até Salvador, no livro O Pagador de Promessas, de Dias
Gomes, assinale a alternativa correta.
a) Pagamento de promessa pela conquista de suas terras.
b) Pagamento de promessa pela recuperação de Rosa.
c) Pagamento de promessa pelo restabelecimento do burro.
d) Pretexto para fazer campanha a favor da reforma agrária.
e) Pretexto para protestar contra a ditadura.
18
Sobre as personagens de O Pagador de Promessas, assinale a alternativa correta.
a) Galego e Bonitão são artistas populares nordestinos.
b) Minha Tia e os capoeiristas são católicos praticantes do candomblé.
c) O repórter e o fotógrafo são policiais disfarçados que manipulam Zé-do-Burro.
d) O padre e a beata ilustram a intolerância religiosa.
e) Rosa e Marli representam o movimento de liberação feminina dos anos 1990.
9 / 19
19
Com base em O Pagador de Promessas, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o parecer crítico
que analisa a obra.
a) “A mola propulsora da peça – o autor deixou bem claro – é a espinafração.”
b) “Nunca um escritor nacional se preocupou tanto em investigar sem lentes embelezadoras a realidade, mostrando-a
ao público na crueza de matéria bruta.”
c) “Sério exercício de introspecção, o texto se passa em uma viagem de volta ao interior, ao encontro do pai distante.”
d) “O espectador que desejar a diversão desabrida da farsa encontrará na peça um motivo inesgotável de comicidade.”
e) “Essa intolerância erige-se, na peça, em símbolo da tirania de qualquer sistema organizado contra o indivíduo des-
protegido e só.”
20
Sobre o intertexto bíblico presente em O Pagador de Promessas, considere as frases a seguir.
I. “Mas eu conheço seus adeptos! Mesmo quando se disfarçam sob a pele do cordeiro!”
II. “Por que então repete a Divina Paixão? Para salvar a humanidade?”
III. “Uma epopeia. Uma nova Ilíada, onde Troia é a Lua e o cavalo de Troia é o cavalo de São Jorge!”
IV. “É até bom demais. Nunca fez mal a ninguém, nem mesmo a um passarinho.”
10 / 19
LÍNGUA ESTRANGEIRA (FRANCÊS)
1 Pourquoi en parle-t-on ?
2 Parce qu’aujourd’hui commence la Semaine européenne de la mobilité pour tester d’autres modes de
3 déplacement qui polluent moins que la voiture. Ton hebdo 1jour1actu de cette semaine consacre aussi une
4 large place à cette opération.
5 Les nouveaux modes de transport qui ne polluent pas, Charles connaît bien. À Lille, dans le Nord de la France,
6 il travaille pour la société Happymoov, qui transporte passagers et marchandises à bord de triporteurs appelés
7 “vélos-taxis” !
8 1jour1actu : Si je veux monter à bord de votre vélo-taxi, je fais comment ?
9 Charles : C’est simple, il suffit d’appeler un numéro de téléphone ou de héler un vélo dans la rue. Comme un
10 taxi !
11 1jour1actu : Et quel intérêt d’utiliser ce drôle de pousse-pousse ? Ça ne pollue pas, d’accord, mais encore ?
12 Charles : C’est le moyen idéal pour se déplacer en ville. On peut se faufiler dans les petites rues et, comme
13 les vélos, on peut emprunter les pistes cyclables, les couloirs de bus et certaines rues à contresens.
14 1jour1actu : D’accord, mais le problème, c’est que ça ne va pas très vite...
15 Charles : On ne roule qu’à 10 ou 11 kilomètres à l’heure, mais on va plus vite que les voitures qui, souvent,
16 bouchonnent dans les centre-villes.
17 1jour1actu : Et qui sont vos clients ?
18 Charles : Beaucoup sont des personnes âgées qui sont bien contentes qu’on vienne les chercher et qu’on les
19 ramène devant leur maison. Sans le vélo-taxi, ces personnes sortiraient moins de chez elles, peut-être même
20 pas du tout ! On a aussi de nombreux touristes, et de plus en plus d’enfants.
21 1jour1actu : Des enfants, comment ça ?
22 Charles : Ils sont une vingtaine d’habitués. On va les chercher à l’école, on les amène au sport, le mercredi. . .
23 Ils adorent. Souvent, ils deviennent copains à force d’emprunter le vélo-taxi le même jour à la même heure.
24 1jour1actu : Et leurs parents n’ont pas peur ?
25 Charles : Pas du tout. D’abord, ils se rendent vite compte que c’est un moyen de transport très sûr. Comme le
26 vélo-taxi mesure 3 mètres de long et 1,90 mètre de hauteur, on est beaucoup plus visible qu’un vélo normal.
27 1jour1actu : Et le chauffeur, il ne souffre pas trop ?
28 Charles : Il est légèrement allongé, de façon à ce que tout le corps travaille, pas seulement les jambes. En
29 plus, le vélo est équipé d’une assistance électrique.
30 1jour1actu : Et, au fait, est-ce que c’est cher de prendre un vélo-taxi ?
31 Charles : En général, ce sont de petits déplacements qui coûtent entre 3 et 6 euros.
32 1jour1actu : Comment faites-vous pour gagner votre vie ?
33 Charles : Tout l’argent va au chauffeur, qui est souvent un étudiant voulant se faire un peu de sous. Moi, je
34 gagne l’argent que des magasins ou des industriels me donnent pour faire de la publicité sur mes vélos-taxis.
35 1jour1actu : La publicité, c’est pas très écolo...
36 Charles : Peut-être, mais, dans notre cas, c’est une forme de publicité utile qui permet de baisser le prix du
37 trajet...
38 Mot du jour : Vélo-taxi
39 Il s’agit d’un triporteur (trois roues) équipé d’une cabine pouvant transporter jusqu’à 2 adultes et 1 enfant. On
40 l’appelle aussi “vélo calèche” ou “city cruiser”. Les vélos-taxis existent depuis très longtemps dans les pays
41 pauvres, surtout en Asie. Ils sont en train de se développer dans les pays riches sous une forme nouvelle. On
42 en trouve dans plusieurs dizaines de villes en France.
(Disponível em : <http ://1jour1actu.com/planete/hep-taxi-un-velo-11023/>. Acesso em : 10 ago. 2014.)
11 / 19
21
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) A Semana europeia da mobilidade propõe a discussão sobre meios de transporte mais poluentes que os
automóveis.
b) O entrevistado trabalha na empresa Happymoov, situada em Lille, no norte da França.
c) A empresa Happymoov trabalha somente com o transporte de pessoas em seus “vélos-taxis”.
d) O “vélo-taxi” é o meio ideal para o transporte na cidade, embora não seja capaz de entrar em ruas pequenas.
e) O “vélo-taxi” pode circular em baixa e em alta velocidade, se necessário.
22
Em relação ao “vélo-taxi”, considere as afirmativas a seguir.
I. Uma desvantagem é que o “vélo-taxi” pode ficar preso nos engarrafamentos das grandes cidades.
II. Uma das vantagens desse meio de transporte é a de poder utilizar as ciclovias.
III. A clientela se compõe principalmente de pessoas idosas, turistas e crianças.
IV. O “vélo-taxi” conta com uma assistência elétrica para evitar o esforço físico excessivo do condutor.
23
A partir do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Os pais das crianças que utilizam o “vélo-taxi” se sentem seguros quanto à utilização desse meio de
transporte por seus filhos.
II. O custo do transporte em “vélo-taxi” não é alto, já que os usuários se servem dele para pequenos
deslocamentos.
III. A publicidade nos veículos é o meio encontrado pelo empresário para pagar os salários dos funcionários
e ter lucro.
IV. O “vélo-taxi” pode transportar três pessoas adultas no total, pois está equipado com uma cabine.
24
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como pode ser entendida a expressão
“se faire un peu de sous” (linha 33).
a) colocar-se um pouco abaixo
b) fazer-se de incompreendido
c) ficar embriagado
d) ganhar um pouco de dinheiro
e) ter muito trabalho
12 / 19
Leia o texto a seguir e responda às questões de 25 a 30.
Annette Schavan, ministre allemande de l’Éducation, est soupçonnée d’avoir plagié sa thèse de doctorat.
Crédit photo: JOHN MACDOUGALL/AFP
La ministre allemande de l’Éducation vient d’être mise en cause dans une affaire de plagiat qui pourrait la
pousser à démissionner. En France, la plupart des établissements préfèrent fermer les yeux dans de tels cas.
Une situation jugée honteuse par certains universitaires. Annette Schavan, ministre de l’Éducation allemande
pourrait bien être obligée de démissionner dans les jours qui viennent. Elle aurait plagié de larges passages
de sa thèse de doctorat. L’année dernière, déjà, le ministre de la défense et étoile montante du parti de Mme
Merkel avait du quitter son poste suite à une révélation similaire. En France, nos dirigeants passent avant tout
par l’ENA ou les grandes écoles. Ils sont peu nombreux à avoir soutenu une thèse. Laissant le phénomène
dans l’ombre des amphis. Pourtant “Le plagiat a pris de l’ampleur à l’université, s’offusque Michelle Bergadaà,
spécialiste du sujet, mais il n’est pas pris au sérieux”. Pour que ces fraudes ne restent pas impunies, des
universitaires français ont décidé de dénoncer les cas, de sensibiliser leurs collègues, d’exposer sur des blogs
les textes incriminés.
Des thèses plagiées à 99%
Les “emprunts” sont souvent spectaculaires. “Les cas dont je parle et que je présente sur mon site sont des
thèses qui sont entre 75 et 99% plagiées”, précise M. Jean-Noël Darde, maître de conférence à Paris 8 et
auteur d’un blog consacré au sujet. Il cite “un cas où même les trois pages de remerciements, très originaux,
avaient été plagiées. Seul les noms des personnes remerciées avaient été changés!” Les moyens nouveaux
de traquer ces abus se développent. Des logiciels comme Compilatio, par exemple, analysent
automatiquement les textes à la recherche d’emprunts. Ils sont malheureusement faciles à tromper. Les
traductions ou les reformulations leur échappent le plus souvent. Le cas de l’ex-ministre allemand de la
Défense est un bon exemple. Des milliers d’internautes avaient du s’allier pour traquer tous les emprunts non
sourcés dans sa thèse. En France, les chasseurs de plagiaires sont encore peu nombreux. Il revient aux
professeurs de se montrer vigilants. “Il n’y a rien de déshonorant à être abusé par un plagiaire. Ce qui l’est,
c’est de ne pas réagir lorsque l’on s’en aperçoit”, explique M. Darde. Et d’accuser: “Trop souvent, les autorités
académiques ignorent les cas signalés”. Elisabeth Sledziewski, philosophe à l’université de Rennes, parle
même de “funestes secrets de famille”.
“Les établissements se décrédibilisent aux yeux du public”
Le plus souvent, “il n’existe pas d’instances internes aux établissements d’enseignement supérieur adaptées
à ces nouveaux enjeux”, selon Mme Bergadaà. En conséquence, “les cas de plagiat doivent être traités par
la justice civile. Ce qui implique qu’il y ait un dépôt de plainte réalisé par l’auteur plagié. C’est rarement le
cas.” Elle estime que cette politique de l’autruche dessert les établissements d’enseignement supérieur: “Ils
se décrédibilisent aux yeux du public et des étudiants car ils sèment le doute sur leur intégrité.” Dénoncer
publiquement les cas avérés reste généralement la seule solution possible. Mme Bergadaà, comme d’autres,
pointe “le mode de financement des laboratoires de recherche qui est fondé sur le nombre de publications
réalisées par les chercheurs. S’il faut publier beaucoup, et vite, eh bien, on hésitera moins à aller se servir
discrètement dans les œuvres des autres.” Or, aujourd’hui plus que jamais, nos universités se battent pour
leurs financements et pour progresser dans les classements. Dans ce contexte, sont-elles vraiment prêtes
à lutter contre ce problème? La question mérite d’être posée. Car en attendant, M. Darde a vu ses cours
supprimés et sa prime de recherche suspendue par Paris 8. Bien qu’il se défende de tout laxisme, le président
de l’établissement lui a adressé une lettre lui expliquant que le plagiat ne faisait pas partie des objectifs de
recherche de l’université.
(Disponível em: <http://etudiant.lefigaro.fr/les-news/actu/detail/article/theses-doctorats-le-plagiat-reste-tabou-a-l-universite-222/>. Acesso
em: 8 maio 2014.)
13 / 19
25
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
26
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) Entre 75 e 90% do número de teses apresentadas na França são plagiadas, segundo os dados anunciados pelo
M. Darde, em seu blog.
b) Em “Trop souvent, les autorités académiques ignorent les cas signalés”, a expressão sublinhada indica frequência.
c) Em “C’est rarement le cas”, o advérbio sublinhado introduz uma contradição.
d) Em “S’il faut publier beaucoup, et vite”, a expressão sublinhada indica temporalidade.
e) Em “Car en attendant, M. Darde a vu ses cours supprimés et sa prime de recherche suspendue par Paris 8”, a palavra
sublinhada introduz a ideia de finalidade.
27
Em relação ao plágio e com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Existem programas maravilhosos, como o Compilatio, por exemplo, que analisam as teses e encontram
facilmente os trechos plagiados.
II. M. Jean-Noël Darde, autor de um blog contra o plágio, cita um caso em que até mesmo as páginas de
agradecimentos tinham sido plagiadas.
III. A política adotada pelas instituições de ensino acaba por desacreditá-las aos olhos do público, pois inspira
a dúvida quanto à integridade delas.
IV. O modo de financiamento dos organismos de pesquisa se baseia no número de publicações realizadas
pelos pesquisadores, o que acaba estimulando o plágio.
28
Leia o trecho a seguir.
En conséquence, “les cas de plagiat doivent être traités par la justice civile. Ce qui implique qu’il y ait un dépôt
de plainte réalisé par l’auteur plagié. C’est rarement le cas.”
14 / 19
29
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Alguns professores universitários franceses decidiram denunciar os casos de plágio expondo em blogs os
textos dos acusados.
II. Em geral, não existem instâncias internas nos estabelecimentos de Ensino Superior para resolver os casos
de plágio.
III. Os casos de plágio devem ser resolvidos pela justiça civil, sendo necessária a formalização de uma denún-
cia por parte do autor plagiado.
IV. Um baixo número de publicações impediria as universidades de conquistarem financiamentos, e, por isso,
os estabelecimentos de Ensino Superior estão prontos a combater o plágio.
30
Leia a frase a seguir.
15 / 19
-
R
A
Z
I
L
I
T
U
O
Ã
N
R
A
Z
I
L
I
T
U
O
Ã
N
R
A
Z
I
L
I
T
U
O
Ã
N
REDAÇÃO
REDAÇÃO 1 _____________________________________________________________________________________
Tendo como referência as informações contidas tanto nas perguntas quanto nas respostas, passe a entrevista
para o discurso indireto, articulando as ideias expressas pelo entrevistador e entrevistado, fazendo uma pará-
frase de suas falas.
Para a elaboração de seu texto, utilize de 10 a 12 linhas.
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
RASCUNHO RASCUNHO RASCUNHO 17 / 19
REDAÇÃO 2 _____________________________________________________________________________________
O escritor gaúcho Vitor Ramil promove, em seu último livro A Primavera da Pontuação, uma alegoria divertida
entre os elementos da gramática e a realidade social do Brasil. A história acontece no reino de Ponto Ale-
gre onde vivem os elementos gramaticais da língua portuguesa. O lugar vive uma grande revolta quando uma
palavra-caminhão atropela um ponto e foge do local sem ser identificada. Os personagens do romance são
todos termos gramaticais, padrões ortográficos e símbolos de pontuação que funcionam como um espelho da
sociedade humana. Fazem parte da trama, entre outros elementos, acentos inescrupulosos, vírgulas desones-
tas, um “ph” ancião e jovens tremas que reclamavam de dor na coluna, pois em virtude da reforma ortográfica,
tentavam trabalhar como dois pontos.
Uilizando a mesma estratégia do autor, dê sequência à narrativa a seguir, criando um desfecho para a história.
Certa manhã, pintou-se um quadro negro: uma palavra-caminhão, dessas que trafegam ameaçadoramente
inclinadas, carregadas de letras garrafais, atropelou um ponto em uma esquina de frases e fugiu. Revoltada,
a pontuação, que a tudo assistira, aglomerou-se no local do acidente.
(Adaptado de: MOSER, S. Uma Fábula Gramatical. Gazeta do Povo. Curitiba. 29 jun. 2014. Caderno G. p.3.)
A
A
A
A
A
A
A
A
Cerca de 500 pessoas de todo o país trancaram-se em um salão de um hotel do centro de Curitiba, de sexta-
feira 16 a domingo 18, para ouvir depoimentos que autenticam sua discreta crença: sim, existe vida inteligente
fora da Terra e ela está bem mais perto do que podem imaginar os incrédulos. O II Fórum Mundial de Contatos
2014 juntou pessoas que dizem ter tido contatos visuais, físicos e até sexuais com ETs. E, caso único no
mundo, uma família brasileira teria sido levada aos céus, a bordo de um fusca. Engana-se quem pensa que
encontros assim reúnem malucos que acreditam em discos voadores e defendem a existência dos ETs com
base no cinema, nos vídeos do YouTube e em visões bizarras. O avalista do empreendimento, por exemplo,
foi o professor Wilson Picler, de Curitiba, dono do segundo maior complexo de ensino a distância do Brasil.
E entre os palestrantes havia dois cientistas de idoneidade e capacidade reconhecidas internacionalmente:
o psiquiatra chileno Mário Dussel Jurado e o professor aposentado do Instituto de Astronomia, Geofísica e
Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) Rubens Junqueira Villela, pioneiro brasileiro na
Antártida.
(Adaptado de: MOSQUERA, J. E. F. IstoÉ. n.2322. 28 maio 2014. p.70.)
Redija um texto em que você responda à pergunta-título do texto. Apresente argumentos que sustentem sua
posição.
Para a elaboração de seu texto, utilize de 8 a 10 linhas.
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A