Exercicicio de Bioquimica

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NOMES: Filipe Zamboni, Danieli Fonseca, Kauan Felipe, Gustavo gomes, Manuela.

1. Descreva resumidamente o processo de digestão de lipídeos


A digestão de lipídeos começa na boca, onde a mastigação e a saliva dão
início à quebra das gorduras. No estômago, esses lipídeos se misturam ao
quimo, mas é no intestino delgado que o processo ocorre de forma mais eficaz.
A bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, emulsifica os
lipídeos, fragmentando-os e aumentando sua superfície para que a lipase
pancreática atue. A enzima lipase converte triglicerídeos em ácidos graxos e
glicerol, que são absorvidos pelas células intestinais. Depois, esses produtos
podem ser reesterificados em triglicerídeos e incorporados em quilomícrons
para transporte através do sistema linfático e da corrente sanguínea,
garantindo a distribuição dos lipídeos para uso energético ou armazenamento.

2. Descrever o papel dos sais biliares no processo de digestão


dos lipídeos
Os sais biliares desempenham um papel essencial na digestão de lipídeos ao
promover a emulsificação das gorduras. Produzidos pelo fígado e
armazenados na vesícula biliar, eles são liberados no intestino delgado durante
a digestão. Ao interagir com as moléculas de gordura, os sais biliares quebram
os lipídeos em pequenas gotículas, aumentando a superfície de contato e
facilitando a ação da lipase pancreática. Além disso, esses sais também
auxiliam na absorção dos produtos da digestão, como ácidos graxos e glicerol,
que são transportados pelas células intestinais para a corrente sanguínea. Sem
esse processo de emulsificação, a digestão lipídica seria menos eficiente,
comprometendo a absorção adequada dos nutrientes.

3. O que é esteatorreia?
Esteatorreia é uma condição caracterizada pela presença excessiva de gordura
nas fezes, que se tornam oleosas, volumosas e de cor clara. Ela ocorre quando
o organismo é incapaz de digerir ou absorver corretamente os lipídeos. Entre
as causas mais comuns estão doenças pancreáticas, como pancreatite crônica,
que afetam a produção de enzimas digestivas; doenças intestinais, como a
doença celíaca, que comprometem a absorção de nutrientes; e problemas
hepáticos que interferem na produção de bile. Além da alteração nas fezes, os
sintomas incluem dor abdominal, perda de peso e deficiências nutricionais,
sendo necessário diagnóstico clínico e laboratorial para identificar a causa
subjacente e orientar o tratamento adequado.

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NOMES: Filipe Zamboni, Danieli Fonseca, Kauan Felipe, Gustavo gomes, Manuela.

4. Qual a diferença fundamental no processo de absorção entre


ácidos graxos de cadeia longa e curta?
A principal diferença entre a absorção de ácidos graxos de cadeia curta e longa
está na forma como eles são transportados pelo organismo. Os ácidos graxos
de cadeia curta, por serem solúveis em água, são rapidamente absorvidos pela
mucosa intestinal e entram na corrente sanguínea por meio dos capilares,
seguindo diretamente para o fígado. Já os ácidos graxos de cadeia longa, que
possuem mais de 12 carbonos e não são solúveis em água, são reesterificados
em triglicerídeos dentro das células intestinais e incorporados em quilomícrons.
Esses quilomícrons são liberados na linfa e, depois, chegam à corrente
sanguínea, distribuindo os lipídeos para os tecidos do corpo.

5. Quais as possíveis formas de absorção dos produtos de


hidrólise de um triglicerídeo?
Os produtos da hidrólise de triglicerídeos incluem ácidos graxos e glicerol, que
podem ser absorvidos de diferentes maneiras. Ácidos graxos de cadeia curta e
média, que possuem menos de 12 carbonos, são solúveis em água e
facilmente absorvidos pelas células intestinais, seguindo para o fígado pela
corrente sanguínea. Já os ácidos graxos de cadeia longa são reesterificados
em triglicerídeos e incorporados em quilomícrons, que são liberados na linfa
antes de alcançar a circulação sanguínea. O glicerol, por sua vez, é absorvido
diretamente pelas células intestinais e pode ser utilizado pelo fígado para
produzir glicose ou formar novos triglicerídeos.

6. No enterócito, como é formado um quilomícron nascente?


A formação de um quilomícron nascente ocorre em várias etapas dentro do
enterócito. Após a digestão, os ácidos graxos e o glicerol são absorvidos pelas
células intestinais. No retículo endoplasmático liso, os ácidos graxos são
reesterificados para formar triglicerídeos. Esses triglicerídeos se combinam
com colesterol, fosfolipídios e apoproteínas, como a apoB-48, formando uma
estrutura inicial. O quilomícron nascente é então encapsulado por uma
membrana lipídica e liberado para a linfa por exocitose, de onde seguirá para a
corrente sanguínea e distribuirá os lipídeos pelo corpo.

7. O que é um quilomícron maduro?


Um quilomícron maduro é uma versão funcional do quilomícron nascente, que
adquire apoproteínas adicionais, como apoE e apoC-II, ao entrar na corrente

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sanguínea. Essas modificações tornam o quilomícron mais eficiente para o


transporte de lipídeos. Ele circula pelo sangue, liberando triglicerídeos para os
tecidos, como músculos e tecido adiposo, onde esses lipídeos são utilizados
para energia ou armazenamento. Após liberar a maior parte dos triglicerídeos,
o quilomícron se torna um remanescente, rico em colesterol, e é captado pelo
fígado para metabolização.

8. Como se dá o metabolismo de um quilomícron maduro?


O metabolismo do quilomícron maduro ocorre ao longo da circulação
sanguínea. Ao chegar aos tecidos periféricos, como músculos e tecido adiposo,
a apoproteína C-II ativa a lipoproteína lipase, que quebra os triglicerídeos em
ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos podem ser utilizados imediatamente
pelos tecidos para energia ou armazenados em forma de triglicerídeos. O
quilomícron, agora reduzido e chamado de remanescente, é captado pelo
fígado, que o utiliza para produzir bile ou novas lipoproteínas, regulando assim
o metabolismo lipídico.

9. O que é um quilomícron remanescente?


Um quilomícron remanescente é a forma reduzida de um quilomícron maduro
após a liberação de grande parte dos triglicerídeos. Ele contém uma
quantidade maior de colesterol e apoproteínas, especialmente a apoE, que
facilita sua captação pelo fígado. Essa etapa é essencial para evitar o acúmulo
de lipídios na corrente sanguínea e prevenir doenças cardiovasculares, como a
aterosclerose. O fígado processa esses remanescentes e mantém o equilíbrio
lipídico do organismo.

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