Módulo Prisão

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVERSO – GOIÂNIA

CURSO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

PROF. SÍLVIO ARAÚJO DE OLIVEIRA

MÓDULO: PRISÃO

1 – CONCEITO:

Prisão é a privação da liberdade de locomoção em virtude de flagrante delito ou determinada


por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de
sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em
virtude de prisão temporária ou prisão preventiva.

2 – ESPÉCIE DE PRISÃO:

A) – Prisão- pena ou prisão penal: é aquela imposta em virtude de sentença


condenatória transitada em julgado, ou seja, trata-se da privação da liberdade determinada
com a finalidade de executar decisão judicial, após o devido processo legal, na qual se
determinou o cumprimento de pena privativa de liberdade. Não tem finalidade acautelatória,
nem natureza processual. Trata-se de medida destinada à satisfação da pretensão executória
do Estado.

B) – Prisão sem pena ou prisão processual: trata-se de prisão de natureza puramente


processual, imposta com finalidade cautelar, destinada a assegurar o bom desempenho da
investigação criminal, do processo penal ou da futura execução da pena, ou ainda a impedir
que, solto, o sujeito continue praticando delitos. É imposta apenas para garantir que o
processo atinja seus fins.

2.1 – Prisão em domicílio:

A Constituição Federal dispõe que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém


nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial” (C.F, art. 5.,XI).

2.2 – Prisão em perseguição:

Nesta hipótese, contanto que a perseguição não seja interrompida, o executor


poderá efetuar a prisão onde que alcance o capturando, desde que dentro do território
nacional (CPP, art. 290, primeira parte). Não havendo autoridade no lugar em que se tiver
efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo. (CPP, art.308).

2.3 - Prisões a serem estudadas:

a) - Prisão Temporária - Lei n. 7.960/89

b) - Prisão em flagrante

c) - Prisão preventiva
PRISÃO TEMPORÁRIA - (LEI N. 7.960/89)

1 – Conceito:

A prisão temporária é prisão cautelar de natureza processual destinada a possibilitar as


investigações a respeito de crimes graves, durante o inquérito policial.

2 – Base Legal: a prisão temporária está prevista na Lei n. 7.960/89.

3 – REQUISITOS:

De acordo com o artigo 1º., da lei n. 7.960/89, caberá prisão temporária:

I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

Acerca do primeiro quesito caracterizador do periculum libertatis (Inciso I do art. 1º., da


Lei 7.960/89), é indispensável a existência de prévia investigação (não necessariamente de um
inquérito policial), apresentando-se a privação cautelar da liberdade de locomoção do
indivíduo como recurso indispensável para a colheita de elementos de informação quanto à
autoria e materialidade da conduta delituosa. Queremos crer que que a existência de inquérito
policial em andamento não é indispensável para a decretação da temporária. Há, sim,
necessidade de que haja uma investigação preliminar em curso.

II – quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade;

Conquanto a lei se refira à figura do “indiciado”, como o inquérito policial não é elemento
indispensável à decretação da prisão temporária, forçoso é concluir que o indiciamento
também não é requisito obrigatório para a decretação da medida cautelar. Na verdade, ao se
referir ao “indiciado”, quis a lei demonstrar a necessidade da presença de uma ligação mínima
de elementos de informação capazes de vincular alguém à prática de um fato delituoso.

A custódia cautelar sob o argumento de que se destina a conhecer a identidade do


indiciado só pode ser aceitável, portanto, no caso de fracasso das diligências policiais que
devem ocorrer previamente e, mesmo assim, o tempo limite de cárcere temporário deve ser o
estritamente necessário para submeter o indivíduo à identificação criminal, sem que seja
necessário cumprir todo o prazo previsto em lei.
III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação
penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes previstos neste inciso.

Em sede de restrição da liberdade pessoal, as fundadas razões de que trata a lei 7.960/89,
e que bastam para justificar o decreto de prisão temporária, têm que se algo muito mais coeso
e convincente que uma simples suspeita. As fundadas razões têm que estar acompanhadas por
dados objetivos que apontem para a conclusão de que o suspeito ou indiciado possa ser autor
ou partícipe em um dos crimes ali enumerados e em razão do que é requerida a sua prisão
temporária, sendo ilegal e repudiável uma captura destinada a fazer nascer referidos
indicativos. A determinação da prisão temporária deve ser fundada em fatos concretos que
indiquem a sua real necessidade, atendendo-se aos termos descritos na lei.

Na verdade, diante das alterações trazidas pela Lei 12.015/09, não mais constam do rol
do inciso III do artigo 1º, da Lei 7.960/89 e do artigo 2º, & 4º, da Lei 8.072/90, quaisquer
delitos sujeitos à ação penal de iniciativa privada. Doravante, portanto, pode-se afirmar que a
prisão temporária não mais pode ser decretada em relação a crimes de ação penal privada.

Segundo Damásio E. de Jesus de Antônio Magalhães Gomes Filho, a prisão temporária só


pode ser decretada naqueles crimes apontados pela lei. Nestes crimes, desde que concorra
qualquer uma das duas primeiras situações, caberá a prisão temporária. Assim, se a medida for
imprescindível para as investigações ou se o endereço ou identificação do indiciado forem
incertos, caberá a prisão cautelar, mas desde que o crime seja um dos indicados por lei.

4 – PRESSUPOSTOS:

- Periculum libertatis – incisos I e II do artigo 1º

- Fumus comissi delicti – inciso III do artigo 1º.

5- PRAZOS:

O prazo é de 5 (cinco) dias, prorrogáveis por igual período - artigo 2º. da Lei

Quando se tratar de crimes hediondos, o prazo será de 30 dias, prorrogáveis por igual
período, segundo o artigo 2º, & 4º., da Lei 8.072/90 – (Lei dos Crimes Hediondos).
6 – PROCEDIMENTOS:

a)- a prisão temporária pode ser decretada pelo juiz, em face da representação da autoridade
policial ou de requerimento do Ministério Público;

b)- não pode ser decretada de ofício pelo juiz;

c)- no caso de representação da autoridade policial, o juiz, antes de decidir, tem de ouvir o
Ministério Público;

OBS: Se o pedido de prisão temporária formulado pelo Ministério Público for indeferido pelo
juiz, o recurso cabível será o Recurso em Sentido Estrito (CPP, art. 581, inciso V), por
interpretação extensiva. Seria mais útil e eficaz que o Parquet obtenha novos elementos de
informação quanto à autoria e materialidade, formulando novo pedido ao magistrado.

d)- o juiz tem o prazo de vinte e quatro horas, a partir do recebimento da representação ou
requerimento, para decidir fundamentadamente;

e)- o mandado de prisão deve ser expedido em duas vias, uma das quais deve ser entregue ao
indiciado, servindo como nota de culpa;

A Lei n. 13.869/19 - (Abuso de Autoridade) acrescentou o & 4º -A, com o seguinte


teor: “O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão
temporária estabelecido no “caput” deste artigo, bem como o dia em que o preso
deverá ser libertado”.

f)- efetuada a prisão, a autoridade policial deve advertir o preso do direito constitucional de
permanecer calado;

g)- ao decretar a prisão, o juiz poderá (faculdade) determinar que o preso lhe seja
apresentado, solicitar informações da autoridade policial ou submetê-lo a exame de corpo de
delito;

h)- o prazo de 05 cinco dias ou 30 dias pode ser prorrogado uma vez em caso de comprovada e
extrema necessidade;

&. 7º. - Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável


pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr
imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da
prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva.
(Acrescentado pela Lei n. 13.869/19)

&. 8º. - Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo


de prisão temporária - (Acrescentado pela Lei n. 13.869/19)

j)- o preso temporário deve permanecer separado dos demais detentos.


PRISÃO EM FLAGRANTE

1- Conceito: O flagrante provém do latim flagrare, que significa queimar, arder. É o crime que
ainda queima, isto é, que está sendo cometido ou acabou de sê-lo.

2- Espécies de flagrante:

a)- Flagrante facultativo: consiste na faculdade de efetuar ou não o flagrante, de acordo com
os critérios de conveniência e oportunidade. Abrange todas as espécies de fragrante, previstas
no artigo 302, e se refere às pessoas comuns do povo. Está previsto no artigo 301, primeira
parte do CPP: “Qualquer do povo poderá...prender quem quer que seja encontrado em
flagrante delito”.

b)- Flagrante compulsório ou obrigatório: chama-se compulsório porque o agente é obrigado


a efetuar a prisão em flagrante, não tendo discricionariedade sobre a conveniência ou não de
efetivá-la. Ocorre em qualquer das hipóteses previstas no artigo 302 (flagrante próprio,
impróprio e presumido), e diz respeito à autoridade policial e seus agentes, que têm o dever
de efetuar a prisão em flagrante. Está previsto no artigo 301, segunda parte, do CPP: “...as
autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem que seja encontrado em flagrante
delito”.

c)- Flagrante próprio (também chamado de propriamente dito, real ou verdadeiro): é aquele
em que o agente é surpreendido cometendo uma infração penal ou quando acaba de
cometê-la (CPP, art.302, I e II). Nesta última hipótese, devemos interpretar a expressão “acaba
de cometê-la” de forma restritiva, no sentido de uma absoluta imediatidade, ou seja, o agente
deve ser encontrado imediatamente após o cometimento da infração penal (sem qualquer
intervalo de tempo).

d)- Flagrante impróprio, ou irreal ou quase flagrante: ocorre quando o agente é perseguido,
logo após cometer o ilícito, em situação que se faça presumir ser ele o autor da infração
(CPP, art. 302, III). No caso do flagrante impróprio, a expressão “logo após” não tem o mesmo
rigor do inciso precedente (“acaba de cometê-la”). Admite um intervalo de tempo maior entre
a prática do delito, a apuração dos fartos e o início da perseguição. Assim, “logo após”
compreende todo o espaço de tempo necessário para a polícia chegar ao local, colher as
provas elucidadoras da ocorrência do delito e dar início à perseguição do autor.

Não tem qualquer fundamento a regra popular de que é de vinte e quatro horas o prazo
entre a hora do crime e a prisão em flagrante, pois, no caso do flagrante impróprio, a
perseguição pode levar até dias, desde que ininterrupta.

e) – Flagrante presumido (ficto ou assimilado): o agente é preso, logo depois de cometer a


infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da
infração (CPP, art. 302, IV).
Não é necessário que haja perseguição, bastando que a pessoa seja encontrada logo depois
da prática do ilícito em situação suspeita. Essa espécie de flagrante usa a expressão “logo
depois”, ao invés de “logo após” (somente empregado no flagrante impróprio). Embora ambas
as expressões tenham o mesmo significado, a doutrina tem entendido que o “logo depois”, do
flagrante presumido, comporta um lapso temporal maior do que “logo após”, do flagrante
impróprio.

OBS IMPORTANTE: NÃO EXISTE PRISÃO EM FLAGRANTE POR APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA


POR AUSÊNCIA DE DISPOSITIVO LEGAL (STF, RT, 616/400).

OUTRAS MODALIDADES DE PRISÃO EM FLAGRANTE

A) – Flagrante preparado ou provocado: (também chamado de delito de ensaio, delito de


experiência ou delito putativo por obra do agente provocador).

SÚMULA 145 DO STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna
impossível a sua consumação”.

Na definição de Damásio de Jesus, “ocorre crime putativo por obra do agente provocador
quando alguém de forma insidiosa provoca o agente à prática de um crime, ao mesmo tempo
em que toma providências para que o mesmo não se consume”.

Trata-se de modalidade de crime impossível, pois, embora o meio empregado e o objeto


material sejam idôneos, há um conjunto de circunstâncias previamente preparadas que
eliminam totalmente a possibilidade da produção do resultado. Há, portanto, um vício na sua
vontade.

B) – Flagrante esperado: nesse caso, a atividade do policial ou do terceiro consiste em simples


aguardo do momento do cometimento do crime, sem qualquer atitude de induzimento ou
instigação.

“Não há flagrante preparado aquando a ação da policial aguarda o momento o momento da


prática delituosa, valendo-se de investigação anterior, para efetivar a prisão, sem utilização do
agente provocador”- (STJ).

C) – Flagrante prorrogado ou retardado: está previsto no artigo 8., da Lei 12.850/13, chamada
de Lei do Crime Organizado, e “consiste em retardar a interdição policial do que se supõe ação
praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e
acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de
vista da formação de provas e fornecimento de informações.

Convém mencionar que, com o advento da Lei 11.343/2006, é também possível o flagrante
prorrogado ou retardado em relação aos crimes previstos na Lei de Drogas, em qualquer fase
da persecução penal, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público (art.,53 da
lei).
D) – Flagrante forjado (também chamado de fabricado, maquinado ou urdido): nesta espécie,
os policiais ou particulares criam provas de um crime inexistente, colocando, por exemplo, no
interior de um veículo substância entorpecente. Neste caso, além de, obviamente, não existir
crime, responderá o policial ou terceiro por crime de abuso de autoridade.

3 – DA PRISÃO EM FLAGRANTE QUANDO EM PERSEGUIÇÃO

A autoridade competente, em regra, é a autoridade policial da circunscrição onde foi efetuada


a prisão, e não a do local do crime. Não havendo autoridade no local onde foi efetuada a
prisão, o capturado será logo apresentado à do lugar mais próximo (CPP, art. 308).

4 – PRAZO PARA A LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

Quanto ao prazo para a lavratura do auto de prisão em flagrante, a autoridade deverá, em até
vinte e quatro horas após a realização da prisão (CPP, art. 306 && 1., e 2.):

a)-encaminhar ao juiz competente o auto de prisão em flagrante;

b)-se for o caso, encaminhar cópia integral para a Defensoria Pública;

c)- entregar a nota de culpa ao preso, de onde se infere seja este o prazo máximo para a
conclusão do auto;

d)- encaminhar o preso para a audiência de custódia, para que o juiz decida, de plano, a
respeito da legalidade ou necessidade da prisão, nos termos do artigo 310 do CPP.

OBS: A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra serão comunicados


imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada (CPP, art. 306, “caput”).

5 – NOTA DE CULPA:

A nota de culpa é a peça inicial do auto de prisão em flagrante e tem por finalidade comunicar
ao preso o motivo da sua prisão, bem como a identidade do responsável por essa prisão. Sua
falta caracteriza omissão de ato essencial e provoca a nulidade e o relaxamento da prisão
(CPP,306, & 2º).
6 - DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA - CPP, ART.310

A receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:

I – relaxar a prisão ilegal; ou

II–converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes


do artigo 312 CPP, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares
diversas da prisão; ou

III – conceder a liberdade provisória, com ou sem fiança.

Parágrafo único -Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente
praticou o fato em qualquer das condições dos incisos I,II ou III do caput do artigo 23 do
Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória
mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos do processuais, sob pena de
revogação.

6.1- DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA – ART. 310 CPP NA NOVA LEI N. 13.964/19 - LEI
ANTICRIME

A receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 horas após a realização
da prisão, o juiz deverá promover AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA com a presença do acusado, seu
advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o Ministério Público, e, nessa
audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:

I – relaxar a prisão ilegal; ou

II–converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes


do artigo 312 CPP, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares
diversas da prisão; ou

III – conceder a liberdade provisória, com ou sem fiança.

& 1º - Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em
qualquer das condições dos incisos I,II ou III do caput do artigo 23 do Código Penal, poderá,
fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória mediante termo de
comparecimento obrigatório a todos os atos do processuais, sob pena de revogação.

& 2º - Se o agente é REINCIDENTE ou que INTEGRA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ARMADA OU


MILICIA, ou que PORTA ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO, DEVERÁ DENEGAR A LIBERDADE
PROVISÓRIA, com ou sem medidas cautelares.
& 3º - A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização de audiência de
custódia no prazo estabelecido responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão.

& 4º-Transcorridas 24 horas após o decurso do prazo, a NÃO REALIZAÇÃO de audiência de


custódia sem motivação idônea, ENSEJARÁ também a ILEGALIDADE DA PRISÃO, a ser relaxada
pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão
preventiva.

7 – DAS ETAPAS PARA A LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE – CPP, ART.304

Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo,
sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida,
procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharam e ao interrogatório do acusado
sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas,
lavrando, a autoridade, afinal, o auto.

7.1 – A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas,
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
testemunhado a apresentação do preso à autoridade (&,2º)

7.2 – Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de
prisão em flagrante será assinado por 2 testemunhas que tenham ouvido sua leitura na
presença deste (&.3º)

7.3 – Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a


existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

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